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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

BRAZIL: RUMOREJANDO COM JUCA ZOKNER.

RUMOREJANDO

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PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I (Passível de mal-entendido).
-“Como é que está o relacionamento com a tua mulher?”
-“Já deu o que tinha que dar”.
Constatação II
E como elucubrava o obcecado: “morrer transando é uma morte gloriosa;
 morrer de uma transfusão de sangue que estava contaminado com o vírus 
da Aids, além de ser uma morte inglória, arrisca ensejar que façam o
 seguinte comentário: “Fulano, hein!” “Quem diria...”
Constatação III (Teoria da relatividade para principiantes).
E como dizia aquele obcecado – nada a ver com o obcecado anterior – 
que já estava com a idade próxima de 80 anos: “Pra mim, na minha 
idade e com meu desempenho sair com uma mulher de 40 anos pode
 ser considerado pedofilia”.
Constatação IV
Deu na mídia, mais precisamente no Estadão: “É preciso melhorar 
a política, disse Renan Calheiros”, logo após ser reeleito por mais
 dois anos para a presidência do Senado. Quanto à acusação da 
sua – dele – participação no Lava Jato S. Excia. nada comentou.
 Tampouco os senadores que o elegeram. Vige!
Constatação V
Quando o diretor do manicômio perguntou ao médico chefe o
 que o paciente do quarto 228 apresentava como sintomas, recebeu 
a resposta que ele havia se internado por sua livre e espontânea vontade
 porque havia tentado entender as mulheres, particularmente a sua.
 “Ótimo”, falou o diretor. “Quando vocês curarem o cidadão,
 por favor, me comuniquem qual a terapia que vocês usaram para
 que eu não precise acabar de diretor deste hospital, para um mero
 paciente como os demais”...
Constatação VI (De um pseudo-soneto).

             Tragédias do cotidiano

Pra a amante, era um sujeito muito do bacana;
Para a mulher não passava de um muquirana*.
Claro! Para a queridona deu um anel de brilhante;
Para o cônjuge somente se mostrava implicante.

Essa acentuada diferença visível de tratamento
Acabou redundando para ele num baita tormento.
Não faltou quem fosse fofocar para a consorte
Que o garanhão andava ‘viajando sem passaporte’.

Ela, que era muito rica, tratou de pedir o divórcio,
Sem fazer escândalo, dizendo “acabou o consórcio”.
E ele se sentiu como se estivesse no mato sem cachorro.

Financeiramente dependia dela. Não era dado ao trabalho.
Jamais exerceu alguma atividade porque não queria dar malho.
E caiu num inconsolável, triste, macambuzio, sentido choro.
*Muquirana = n substantivo feminino
Rubrica: entomologia. Regionalismo: Brasil.
1          m.q. piolho (Pediculus humanus)
n adjetivo e substantivo de dois gêneros (sXX)
2          Derivação: por analogia. Regionalismo: Sudeste do Brasil.
 Uso: informal, jocoso.
que ou aquele que se mostra maçante, aborrecido; indivíduo
 enfadonho, chato
3          Regionalismo: São Paulo. Uso: informal.
que ou aquele que se mostra sovina; avarento, mesquinho (Houaiss).
Constatação VII (De outro pseudo-soneto).

De truque, truco, liques, zápete.

Cada vez que ele gritava no jogo: “truque!”
Instintivamente ele mostrava o muque.
Todos achavam que era de banana, o gesto.
E até o fiel e leal parceiro se sentia molesto.

Um dia um adversário fez o sinal de figa
Ao retrucar contra a dupla velha amiga.
Ele estava retribuindo o suposto sinal
Que, na verdade, não tinha nada de mal.

Era apenas um tique de quem estava habituado
A apontar o bíceps, ameaçando o filho malcriado,
De lhe dar uma camaçada se não fizesse a lição.

O garoto estava naquela idade de pré-adolescência
De se rebelar contra tudo e todos e com indolência,
De fazer os seus deveres que eram sua obrigação.

Constatação VIII (De um terceiro pseudo-soneto).

A minha cidade também pode vir visitar

Estamos entrando num período momesco
E quem não tem espírito carnavalesco
Deve ir para um lugar pra fazer retiro
Pra contatar a natureza que tanto admiro.

Trata-se de Curitiba que já ouviram falar
Ou provavelmente enaltecer e espalhar
Que tem um clima e um ar modorrento
Onde se descansa e não por um momento.

Maldosamente, os adeptos do período entrudesco,
Fazem dos curitibanos troça com algum dito burlesco
Dizendo que nós, aqui, temos o freio de mão puxado.

Efetivamente, nós não temos toda essa malemolência,
Mas respeitamos de cada um a sua – dele – preferência
E queremos que respeitem a nossa. Muito obrigado!

Constatação IX
Não se pode confundir mofina*, com morfina**muito embora
 quem se encontra numa situação ruim de qualquer espécie, como
 por exemplo, muita conta para pagar sem ter suficiente numerário,
 se divorciou do cônjuge com quem viveu muitos anos numa boa,
 seu time caiu para a divisão inferior, como é o caso de meu Paraná 
e outras tantas terríveis como a dor, a depressão, ainda que não deva,
 acaba apelando para psicotrópicos. Pena!
*Mofina = “n substantivo feminino
1. Circunstância adversa; situação dolorosa; desdita, infortúnio,
 desgraça, azar
(Houaiss).
**Morfina = “Substantivo feminino. 1.Quím. O principal e mais
 ativo dos alcaloides do ópio, branco, cristalino, usado como
 sedativo” (Aurélio).
Constatação X
Rumorejando confessa que ultimamente não tem entendido muitos
 textos que lhe é dado ler na imprensa. Isso se não se deve ao fato
 do texto eventualmente ser apócrifo – como se vê quando político
 está se expressando, teses acadêmicas e por aí afora –, ou prolixo.
 A dificuldade está no número de palavras estrangeiras que são usadas
 e, algumas poucas vezes, usadas na linguagem técnica, o que ainda
 poderiam ser aceitas por, talvez, não haver a correspondente em
 português. De vez em quando algum filólogo, professor, escritor e/ou
 amante dessa nossa rica língua portuguesa se manifesta contra tal fato. Rumorejando faz coro com todos estes protestos. A única concessão
 é a maneira de escrever a palavra vodca. Não porque o k o y e o w foram,
 digamos, reativados. Porém comprar uma garrafa de vodca, nacional ou
 estrangeira, que não esteja escrita com k dá a impressão que é de baixa 
qualidade e até mesmo ser falsificada. Vige!
Constatação XI
E como elucubrava aquele obcecado também amante da matemática:
 “Vejam: Se a > b (> = leia-se maior que) e se b > c, logo a > c. Por 
semelhança de raciocínio: Se carícia é um carinho cheio de boas 
intenções e se bolinagem é um carinho com excelentes intenções, 
logo bolina é um carinho com boas + excelentes intenções = 
excelentíssimas intenções”.
Constatação XII
Com essa profusão de eleição para rainha, escolha de musa, eleição 
por jurados de miss qualquer coisa e de tantas outras coisas similares,
 Rumorejando, respeitosamente como é de seu feitio, sugere para
 promotores (não os juristas), para os criadores ‘Pardal da Vida’ de
 “Coisas que precisam ser inventadas” a introdução (epa!...) de novos
 concursos, como, por exemplo, Miss Chuteira, Miss Prancha de Surf,
 Miss Cestinha e, logo, logo com o advento do rugby, do futebol 
americano, que estão sendo importados, dos irmãos do norte,
 em nosso país, também misses voltadas para estes não menos
 violentos esportes. 
Fica aqui consignada, no nosso modesto entender, a brilhante ideia.
Constatação XIII (De um quarto pseudo-soneto. )

        Gente prazerosa

Na escola o chamavam de balofo.
A progenitora o achava muito fofo.
Quando cresceu arrumou uma guria
Que o considerou uma doce simpatia.

Efetivamente, um saudável bonachão,
Alegre, risonho, um cara brincalhão.
A maldade nunca habitava o seu ser.
Era maneiroso como se fosse seu dever.

Ela era do tipo pouco rechonchudo
E formavam um casal harmonioso.
Que os Hermanos diriam macanudo.

Quem cruzasse com aquela dupla simpatia
Sentir-se-ia feliz, eufórico, contente e jubiloso,
Esquecendo-se de Lula, Dilma & Companhia.

Constatação XIV (De um quinto pseudo-soneto. Vige!)

De brochuras cambiais

Ela ficou cabreira, na moita:
“Você aqui não mais pernoita.
Será que você cansou de mim?
Ou arranjou uma gaja chinfrim?”

“Não é nada disso, minha cara.
É que o dólar dispara.
Você sabe que eu te amo.
E isso há tempo, eu proclamo”.

“Então fique cá comigo
Que coloquei no meu umbigo
Um ‘piercing’ e quero te mostrar”.

“Você tem que me dar crédito:
Em dólar é meu débito
E eu não sei como vou pagar”.

Constatação XV
Depois que foi instituída a delação premiada, faz-se mister
 que também seja estabelecida a denúncia premiada. Naturalmente
 a premiação só seria paga depois de ser comprovada a sua veracidade
 e a veracidade da veracidade. Afinal, em certos países iria se correr 
o risco de que o volume fosse tal de denuncias que fatalmente ir-se-ia
 (Fi-lo porque qui-lo) descambar para a necessidade de uma delação
 premiada face às fraudes e falcatruas no teor das denúncias que adviriam.
 Elementar, minha gente!
Constatação XVI
Deu na mídia, mais precisamente no site da Globo: “Após reaparecer
 19 kg mais magra, a ex-BBB Ana Carolina revela: Estou há um ano
 sem sexo”. Taí uma notícia de transcendental importância para o futuro da Humanidade. Vige!!!
Constatação XVII (Sextilha para ser recitada algures).
O dinheiro que se paga como salário
Para os políticos. A maioria salafrário.
Seria mil vezes melhor aproveitado
Se fosse muito melhor destinado,
Como em Educação, Segurança,
E na Saúde do adulto e da criança.

RICOS & POBRES
Constatação I
Rico argumenta na dialética; pobre, na discussão
 (quando não, na bordoada).
Constatação II
Pessoa jurídica de prestação de serviços, rica, cobra
 indevidamente na fatura e não acontece nada; pessoa
 física de prestação de serviços, pobre, nem sempre
 consegue receber o trabalho realizado.
Constatação III
Rico raramente comete um equívoco; pobre, só faz burrada.
Constatação IV
Rico tem dinheiro em paraíso fiscal; pobre tem a promessa de
 ir ao paraíso, àquele onde moram os anjos, sob a alegação que
 deles, os pobres, será o reino do céu.
Constatação V
Rico usa roupa de grife; pobre usa a roupa que dá no jeito.
Constatação VI
Rica, conforme o caso, usa roupa ‘plus size’; pobre, 
tamanho único.
 (Perdão leitores o termo estrangeiro que contraria a ‘Constatação X’ acima).
Constatação VII
Rico frequenta restaurante onde os chefes de cozinha são famosos.
 Pobre, lava os pratos.
Constatação VIII
Rico pratica o polo; pobre, arrepia o pelo.
Constatação IX
Rico frequenta Cambridge e Oxford; 
pobre, só vai até o segundo do primário.
Constatação X
Rico pratica tiro ao prato; pobre, recolhe os cacos.


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