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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

BRAZIL IMPOSTÔMETRO: IMPOSTO E RETIDO.

PROBLEMA DE EDUCAÇÃO
Resultado de imagem para IMPOSTO DE RENDA CHARGES
www.google.com.br/images. Novamente o LEÃO IR ME PEGOU NA MALHA FINA. Afff

Marina da Silva

Depois de passar muita raiva, pelo menos três vezes, para tentar descobrir o porquê de não ter recebido a restituição do imposto de renda/2013, que de acordo com meus cálculos, era-me devido, deixei a coisa de lado após a eficiente e arrogante explicação da funcionaria da Receita Fazendária.
Munida com um papelzinho que não dizia nada além de “seu imposto está na base” e depois de passar em três filas em dias consecutivos, pus fé nas entradas de 2013 e lá fui eu buscar o meu IR: imposto retido. Passei pela mesma via crucis – lá no fundão, guichê da direita e guichê da esquerda,
Quando o rapaz ia me atender, uns trinta minutos de chá de fila depois, a mulher que parecia dar-lhe treinamento aproximou-se do guichê.
Educadamente o funcionário perguntou-me qual era o meu problema ao que respondi que era justamente isso o que me interessava saber.
Então do meio de nada, assim, a mulher atabalhoadamente me cortou:
_ O que a senhora deseja da Receita? Falou-me ríspida.
_ Receber minha restituição! Devolvi seca para a proprietária do ministério da fazenda, tamanha arrogância e falta de educação.
Ela pegou meu papelzinho, leu e me avisou:
_ Seu imposto está na base. Você caiu na malha fina.
Quase lhe informei que tinha feito o primário, hoje, ensino fundamental e obviamente sabia ler.
_ Isso eu sei. Respondi mais seca ainda. O que eu não sei é o que eu fiz de errado para cair na malha fina.
_ Isso não quer dizer que a senhora fez algo errado!
_ Desculpe-me! Contei até dez antes de pular no pescoço dela. Eu quero saber qual o problema da declaração...
Ela não me deixou completar e me fez sentir uma empaca-fila.
_ Pode não ter nada de errado!
_ Mas então porque caí na malha do governo?
Ela fez um ar de entojo e não me respondeu.
_ O que eu faço? É só o que quero saber! Minha paciência já tinha ido pro saco! Quando vou ver o meu dinheiro? Insisti.
_ O governo tem até cinco anos para lhe devolver!
_ Cinco anos? Pensei incrédula. Essa aí só pode estar me tirando, fazendo hora comigo! Mas não. Outro número foi chamado e fim de papo.
Então veio 2006 inteirinho e lá ficou retida a minha segunda restituição.
_ Só pode ser o Benedito!
Novembro 2013, primeiro dia de férias, fui novamente dar plantão na Receita e resolver de vez essa pendenga.
Antes de sair, suco de maracujá, meio Lexotan e uma colher de maracujina. Passei longe das facas de cozinha ou qualquer troço inflamável ou explosivo. Sabe-se lá o que espera a gente nessas receitas da vida...
_ Eu quero os recibos das duas declarações.  O garoto além de educado, muito bonito. Pode sentar-se senhorita!
Ganhei o dia! Ele tem uns dezoito?!
_ Suas restituições estão na base!
_ No-vi-da-de! Manda outra! Só em pensamento.
_ Retire uma senha para o guichê deste lado _ o mesmo da dona do mundo _ e a senhorita vai obter os dados que precisa. Decorado, mas educadíssimo!
_ Obrigada. E _ voltei-me para ele_ obrigada pelo senhorita. Ele sorriu. Vai ficar um homem lindo...
Entro na fila, espero meus vinte minutos, recebo uma folha informando-me que meu problema é educação e devo comparecer no PMF – plantão da malha fina, no segundo andar, o fino trato da malha por especialistas.
_ Jesus seja louvado! Adeus térreo e venha o segundo andar!
_ Mas não adianta a senhora ir lá agora não, pois as senhas são distribuídas pela manhã, umas noventa, e acabam rapidinho!
_ Tem que dormir na fila? Perguntei desolada.
A moça sorriu um talvez sim.
_Ah, quer saber _ falei comigo _ em 2014 eu mexo com isso!

Ps: virou rotina cair na malha fina. Também com este nome Marina da Silva. Affff. Só que hoje não me preocupo com devolução porque descobri QUE A SUPER RECEITA CORRIGE COM ÍNDICE SUPERIOR AO DA POUPANÇA! Que a malha fina me renda uns bons trocados!




quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

BRAZIL: CINQUENTA TONS DE CINZA!

SR. GREY JÁ ESTÁ NO CINEMA....quem esperou ou espera SEXO EXPLÍCITO ou como a GLOBO QUER AS EREÇÕES DO CHRISTIAN GREY...VÁ LER O LIVRO!
OU ENTÃO...QUE TAL MAIS UM CONTO CINQUENTA TONS DE CINZA?



 SEXO RADIATIVO 
Marina da Silva

Ele veio da metrópole; um jovem médico recém formado. Seu primeiro plantão causou alvoroço, um frisson feminino que despertou inveja  e ciúmes de veteranos, homens mais velhos, calibrados  na profissão, lapidados pelos muitos anos de exercício da medicina.
Não era nem alto nem baixo, mediano, simples e bonito. Sua inexperiência exacerbava sua timidez toda vez que se via alvo de olhares e comentários femininos. Tudo lhe era entregue nas mãos, a tempo, mesmo antes de formular qualquer pedido, embalado em gracejos e elogios calientes.
_Solteiro? Sim. Tem namorada? Não. Veio para ficar?
Em menos de um mês teve a vida inventariada num dossiê que rodava todas as clínicas: do CTI à pediatria, do pré-parto à Oncologia. Todo o plantel feminino tomava conta de sua vida. Em pouco tempo acostumou-se com o assédio e burburinho - que embora lhe massageasse o ego - apenas reforçava sua intenção de se manter íntegro, ético e profissional para evitar constrangimentos no serviço. Era quase uma pedra de gelo ao relacionar-se com as funcionárias.
 O tititi inicial foi se arrefecendo, os olhares tornaram-se discretos, os comentários mais comedidos. Essa postura lhe angariou o respeito, admiração e amizade dos demais médicos e médicas, a maioria casados e pais de família. Três anos se passaram; os suspiros sumiram e ele se transformou apenas no Dr. Lindo para colegas e pacientes!
Os comentários picantes, ao contrário do que ele imaginava, continuaram discretos e  sussurrados ao pé do ouvido. E foi um destes, muito atrevido, que a secretária sussurrou para a amiga, técnica de raio-X quando ele assomou no corredor em direção à radiologia.
_ Advinha quem vem vindo direto para cá? A moça perguntou à outra num ventriloquismo safado, abaixando a cabeça e soltando um risinho.
_ Ah se eu o pego sozinha aqui na radiologia...vai voar faíscas radioativas para todos os lados! (risos contidos)
_ Pois não doutor? Lindo, completou em pensamento a secretária. Posso ajudá-lo?
Ele queria saber se os laudos do radiologista estavam concluídos. A moça avisou que ia  verificar  e se dirigiu a outra sala onde ficavam os pareceres das radiografias.
_ Se o senhor quiser entrar e aguardar aqui dentro da secretaria...investiu a outra, rosto enfiado  dentro do armário de arquivo.
Ele entrou, sentou tamborilando os dedos pelo teclado do computador.
_ Não precisa me chamar de senhor...Esbanjou simpatia.
_ É respeito doutor, hierarquia...
Ele se virou e a olhou atentamente, parando os olhos na blusa de onde  mamilos pontiagudos e eretos perfuravam o fino tecido como se estivem prontos para fuga. Seu corpo respondeu de imediato, seu membro enrijeceu de súbito e as faces ficaram rubras. Sua virilha começou a formigar a pelve contrair. Fechou as pernas desconfortável e surpreso.
A mulher ficou calada percebendo o intumescimento do pênis pelo jaleco aberto e a vermelhidão no rosto do médico e comemorou a rapidez com que descartou fora o sutiã tomara-que-caia e o jogou atrás do arquivo ao saber quem se dirigia para o setor.
Ele girou a cadeira para a posição inicial, fechou o jaleco, sentindo o ar impregnado de lascívia, ambos transpirando essências primitivas, erotizantes, altamente sensuais. Não conseguiu pensar em mais nada além da intensa vontade de juntar seu corpo ao dela, amassando-lhe os peitos com seu tórax naquele cubículo! Nervoso com aquele silêncio afrodisíaco e pensamentos angustiantes voltou a tamborilar os dedos no teclado.
_ É a primeira vez que entro na radiologia...Que frase estúpida meu Deus! Criticou-se arrependido.
_ Então vou apresentá-la ao senhor...me acompanha num city-tour?
Colidiram os corpos no início do passeio. Ofegantes, olharam-se nos olhos e estranho, não estavam constrangidos. Apenas febris, a pele exalando odores de sexo e perfume, os pelos eriçados, uma eletricidade cortando-lhes a carne. Roçou o braço de forma brusca e intencional para sentir a rigidez dos mamilos. Uma onda apertou mais sua virilha, nádegas, coxas, reverberando pernas abaixo num espasmo que quase o fez cambalear.
Entraram no corredor: À direita o posto para lanches, seguindo reto a imensa sala de exames com bancada, mochos para análise de exames; na parede negatoscópios e um varal. À esquerda uma porta lateral para acesso de cadeiras de rodas e macas. Na janela à direita o biombo protetor de radiações e atrás dele o banheiro. No meio da sala o moderníssimo aparelho de raios-X.
Ele acompanhava desatento - colado à sua nuca, inundando seu pescoço e orelhas, exalando um odor sensual, quente, vulcânico, sem emitir nenhum som, o olhar colabado nos cabelos presos com uma gominha. Soltou-lhe atrevidamente os cabelos que desmoronaram sobre os ombros. A moça balançou-os ajeitando o penteado com as mãos.
Na outra ponta do corredor, a secretária estacou ao assistir a cena e pé-ante- pé voltou ao seu posto e fechou a porta sem um clique sequer. _ Loucos! Sorriu se colocando a postos para o caso de…
No fundo do cérebro transtornado de tesão e luxúria, sentiram que a secretária se pusera de guarda.
_ E aqui revelamos as chapas...ela informou num gemido quase inaudível _ é a nossa câmara escura. Entraram. Era uma sala padronizada, de bom tamanho, bancadas com armários de estoque e os tanques contendo revelador, água, fixador e água corrente. Logo ao lado varais de secagem. Ela se dirigiu lânguida para a saída altamente estonteante naquele salto alto, dando por encerrada a visita e desligando o interruptor. Súbito uma mão se colocou sobre a sua acendendo as luzes e a puxando de volta para o interior da câmara escura.
Duas mãos lhe esmagaram os seios sobre a blusa de seda. Ofegavam uma urgência impossível de ser contida, incontrolável. Ela fechou a porta, passou o trinco. Ele se desfez do jaleco, agarrando-a forte, assanhando-lhe num frenesi louco os cabelos, beijando sofregamente sua boca, rosto, orelhas, chupando e mordendo seu pescoço. Num só golpe  lhe arrancou a blusa pela cabeça e parou espremendo seus mamilos hirtos entre os dedos, sugando-os, massageando-os com a palma da mão aberta, uma carícia em círculos.
Ela gemia e sussurrava seu prazer no ouvido dele enquanto lhe desabotoava a camisa, o cinto, o zíper do jeans.  Ele se desfez rapidamente das roupas e do tênis All-Star branco e  ajoelhou aos pés dela, deslizando as mãos pelas pernas, joelhos, coxas, sacando fora sua calcinha,  cheirou e sorveu seu odor. Ela fez menção em tirar a saia e o  scarpin; ele a refreou:
_ Fique assim e com os sapatos. Tocou-os admirando a beleza. Ela assentiu enterrando os dedos em sua cabeça e  puxando fortes seus cabelos cheirosos e macios. Ele abocanhou seu sexo por sobre o tecido afundando o rosto naquele estreito de geografia triangular. Ela sentiu a vagina inundada, contraindo loucamente. Segurou-lhe a cabeça naquela posição enquanto uma mão entranhava com força as carnes de suas nádegas e a outra espalhava seus líquidos pelos grandes lábios, clitóris, monte de Vênus, pelos pubianos. Os gemidos eram impossíveis de ser contidos. Urravam de prazer. Sentindo-a pronta ele parou aquela agonia e a comprimiu contra a parede enfiando o pênis granítico entre suas coxas  e grandes lábios muito molhados, um vai e vem  enlouquecedor! Ela era o Nilo e transbordava sua rica fertilidade e fluidos em abundante generosidade. Ele se sentiu pronto, o pênis extremamente duro chegava a doer pedindo a penetração.
Cambaleando e se esfregando avidamente pela parede, o casal chegou à bancada. Antes de sentá-la suspendeu sua saia branca arranhando as laterais de suas coxas  expondo nádegas e seu sexo. Com gestos rápidos sentou a moça; uma perna apoiada no chão, a outra flexionada permitindo que ele a penetrasse profundamente. A cada estocada um gemido, um urro, acompanhado de abraços apertados, cabelos puxados. Entrar e sair pela vagina quente e úmida que se contraía loucamente comendo seu membro viril. Beijos, chupadas e mordiscadas nos mamilos, mãos que se apertavam, apertavam nádegas, pescoço, cabelos. Era uma dança tribal, um combate sexual intenso antecipando e reprimindo o gozo. Ela não resistiu, gozou uma, duas, n. vezes enquanto ele exigia:
_ Goza pra mim! Goza pra mim! Gostosa, goza pra mim!
Por fim ele não mais se conteve e explodiu encharcando-a com seu sêmen espesso, banhando-a de suores e saliva. Corpos trêmulos, músculos espasmódicos, extenuados, tombaram um sobre o outro enquanto respiração e batimentos cardíacos se normalizavam  aos poucos assim como os membros inferiores. Ficou dentro dela extasiado, grudado no seu corpo, muito suado, sorvendo-lhe o delicado e afrodisíaco perfume.
Quando as luzes da câmara escura se apagaram ele já havia partido. No espelho do banheiro, trêmula, trôpega, ela arrumava as roupas, penteava os cabelos, retocava a maquiagem totalmente zonza, inebriada, ainda muito úmida, com toda a musculatura do canal vaginal e pelve numa permanente contratura só ao imaginar quando aconteceria novamente, o sexo mais caliente e perfeito que tiveram na câmara escura!












domingo, 22 de fevereiro de 2015

BRAZIL: RUMOREJANDO CORRUPÇÃO, LAVA-JATO E até as celulites da anita...

RUMOREJANDO

PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I
Alguns deputados petistas estão se afastando do governo e tudo leva a crer
 do partido. Como é mesmo aquela história de quem são os primeiros a
 abandonar o navio quando ele está afundando? 
São só ratos ou alguns gatos também?
Constatação II
Para curtir e manter uma aptitude*
Quando se trata de encantamento
Há que se possuir muita virtude
E não só por um reles momento...
*Aptitude = aptidão (Aurélio).
Constatação III
Deu na mídia, mais precisamente no site do msn Brasil: “Anitta sensualiza e
 deixa celulite à mostra”. Taí mais uma notícia de transcendental importância
 para o futuro da Humanidade. Vige!
Constatação IV
Rumorejando não sabe quem inventou ou instituiu a delação premiada.
 Ela tem dado resultados surpreendentes ao revelar pessoas que querem
 passar e passavam por inocentes, decentes e boa gentes. A delação premiada
 passou a ser uma espécie de tortura, mas dos delatados, que passam a fazer malabarismos para provar suas difíceis e improváveis inocências.
 Faz-se mister, agora, a extensão da delação premiada para a virtude
 premiada, a paz premiada, a educação premiada, a saúde premiada,
 a ordem premiada, o silêncio depois das 22 horas premiada,
 a bondade premiada e assim por diante...
Constatação V (De uma dúvida crucial).
Barriga sarada das musas é aquela que estava doída e sarou com
 uma umbigada? Umbigada?
Constatação VI (De outra dúvida crucial).
E já que falamos em musas, além delas (nem todas), tem gente que se 
expressa com convicção através da poupança, mais conhecida por bunda?
Constatação VII
Deu na mídia, mais precisamente no site do MSN Brasil: “Depois de Salvador,
 Valesca Popozuda levanta foliões de Florianópolis”. Só?
Constatação VIII
Também deu na mídia, mais precisamente no site do Estadão: “HSBC pede
 desculpas por incentivo à sonegação. Banco é acusado de ajudar 8,7 mil clientes brasileiros a 'esconder' cerca de 7 bilhões de dólares na Suíça”.
Data vênia, como diriam nossos juristas, mas Rumorejando acha
 que a gente deve pedir desculpas se, por exemplo, pisa no pé de alguém, evidentemente sem a menor intenção. E viva o selvagem sistema capitalista!
 E viva “nóis”! E viva os donos dos bancos! De banqueiros, nem falar...
Constatação IX (De um pseudo-soneto).

Uma história de carnaval com final...adivinhe

Saí com uma fantasia bem espampanante,
No entanto, esqueci, em casa, a camisinha.
Não deu para o bem-bom nem um instante.
Só fiquei no papo, discorrendo abobrinha.

A gata me mirava com olhos esbugalhados
Provavelmente pensando: “Qual é deste cara?
No carnaval dá de tudo inclusive tarados.
Ele já está merecendo uma surra com vara”.

Eu não sabia como ia sair daquela situação.
Resolvi contar, do meu comportamento, a razão.
Ela me olhou atônita e deu uma baita gargalhada.

“ Que não seja só por isso ou por outro motivo”,
Ela contestou já com um olhar assaz convidativo.
“Taí a camisinha que sempre trago comigo guardada”.

Constatação X (De outro pseudo-soneto).

Atrás de um grande homem sempre há...

Era um sujeito sobejamente conhecido
Na vizinhança do bairro e da polícia
Pra algum era medroso; por outro, temido.
Mas diziam que da mulher sofria sevícia.

Na realidade, o que ele era muito pacato,
Mesmo que tivesse o alto cargo de delegado
Não se pode dar moleza pra não sofrer desacato
Ainda se sabendo que ele andava armado...

Bulling ele havia sofrido quando ainda criança
Quando se tem na Humanidade fé e esperança
O que ao longo da vida o deixara taciturno.

A mulher embora se falasse, era um doce de pessoa.
Daquelas risonhas, que levava toda a vida numa boa.
E fez com que ele mudasse e deixasse de ser soturno.

Constatação XI (Via pseudo-haicai).
Nada constrangido
O banqueiro é um agiota
Devidamente consentido.
Constatação XII
Não se pode confundir emborcou com embarcou, muito embora,
 em alguns casos, há uma relação biunivocamente perfeita entre as duas
 palavras, como no exemplo a seguir: O cachaceiro emborcou, segundo ele, 
a saideira, embora já tivesse, nas oito vezes anterior, manifestado que àquelas
 seriam a saideira e, coitado, embarcou.
Constatação XIII
Data vênia, como diria nossos juristas, mas Rumorejando acha que piolhento e pentelho possuem uma similitude e são quase sinônimos
 e explica a razão: Na antologia do professor Rosário Farani Mansur Guérios,
cá da terra, há um texto que é mais ou menos o seguinte: “Havia um casal que,
 depois de alguns anos de casado, começou a ter desavenças e nas mais
 contundentes e azedas ela chamava o marido de piolhento. Quanto mais ele
 retrucava, mais ela repetia piolhento, piolhento. Certa vez, ele perdeu a
 paciência e atirou ela no poço que não era profundo e manteve a cabeça dela submersa. Quando ele soltava para ela respirar, ela gritava piolhento, piolhento, piolhento. Uma hora, ele manteve a cabeça dela mais tempo afundada,
 aí ela botou o braço para fora da água e fazia com as unhas do polegar e
 do indicador como se estivesse esmagando um piolho”.
A primeira vez que este assim chamado escriba ouviu a expressão pentelho
 foi no Teatro Guaíra em Curitiba, numa apresentação do Ballet Guaíra, 
do Paraná,na década de 80. Explica-se, reproduzindo a Wikipédia:
 “O álbum surgiu de uma encomenda do Ballet Guaíra, do Paraná, 
em 1982.
 Sua inspiração veio do poema surrealista de Jorge de Lima,
 “O Grande Circo Místico”, escrito em 1938, e publicado no livro
 “A Túnica Inconsútil”. Jorge de Lima, poeta do parnasianismo e
 do modernismo, criou o poema inspirado em um fato real acontecido
 na Áustria, no século XIX. A partir do tema, Chico Buarque e Edu Lobo criaram
 a trilha sonora para a apresentação do balé, contando musicalmente, 
a saga da família austríaca proprietária do Grande Circo Knieps e do
 amor entre um aristocrata e uma acrobata, que vagavam de cidade
 em cidade, apresentando os seus números circenses”. 
O termo pentelho já estava incorporado ao vernáculo e o dicionário Aurélio
 apresenta como “Substantivo masculino 3.Bras. Indivíduo maçante,
 aborrecido, chato. [Fem., nesta acepç.: pentelha.]. Inicialmente a
 palavra pentelho havia sido censurada, mas depois do término
 da ditadura militar as censuras ficaram menos rígidas.
Rumorejando dá por encerrada a informação e aproveita o ensejo
 para agradecer a atenção dos seus prezados leitores, achando que
 correu o risco da retro mencionada informação possa ser considerada
 por alguém de transcendental importância para o futuro da Humanidade.
 Vige!
Constatação XIV (De um baita de um pseudo-haicai).
Procurei refúgio nos braços da minha querida amante
Para me esconder da legítima, dos meus credores e fantasmas.
E ela que estava numa pior: “Olhe lá! É só por um instante”.
Constatação XV (Coitado!).
Ele ficava a invejar
O vizinho do 4º. Andar
Que sempre trazia para ficar
Gatas. Àquelas que não são de miar.
E ele, com elas, só levava azar...
Constatação XVI
Quando no verão nos meses dezembro e janeiro
A praia se enche de gata com seu biquininho
Será que ela são se dá conta assim, assinzinho,
Que está provocando e mexendo num vespeiro?
Constatação XVII
Reparem só o meu contratempo.
Que pena eu estar em declínio.
Logo agora, depois de tanto tempo,
Ela achar que eu exerço um fascínio.
Constatação XVIII (Situações apocalípticas, trágicas e catastróficas
 de dores calamitosas e perturbadoras, difíceis de serem purgadas e
 assaz desconcertantes).
Cada derrota do Atlético
Deixa o pobre torcedor
Cada vez mais frenético,
Mais sofredor;
Cada derrota do Coritiba
Deixa o pobre torcedor
Cada vez menos arriba
Na sua imensa dor;
Cada derrota do meu Paraná
Deixa, nem mais nem menos,
Minha emoção, não de somenos,
Numa situação ruim, muito má.
Constatação XIX
Não se pode confundir missão cumprida com missão comprida,
 muito embora determinada missão cumprida não deixasse de ser
 missão comprida, mormente a do tipo do trabalho que se leva para
 fazer em casa, porque, segundo a douta chefia,
 “ele precisa ficar pronto pra ontem”. A recíproca pra esses casos de
 ordem e dever não é necessariamente verdadeira. Basta ver o que os
 senhores deputados, senadores e membros do Executivo e do Judiciário
 realizam, ou melhor, não realizam...
Constatação XX
Deu, certa vez, na mídia: “Materazzi continua esperando pedido de
 desculpas de Zidane”. Ele se referia à cabeçada que levou na final
 daquela Copa do Mundo. Data vênia, como diriam nossos juristas, mas Rumorejando acha que o jogador italiano vai ter que esperar sentado
 porque, como dizem por aí, em pé cansa. Afinal, por um acaso, em algo bem
 mais grave, como o que os deputados e senadores, que deveriam dar
 exemplos de conduta andam fazendo aqui, na Itália ou na França, eles pedem desculpas, ou pretendem mudar? E não é no fragor da, digamos, batalha...
Constatação XXI (Pequenas definições, na falta de melhores).
Era um cara tão grosso, tão grosso, mas tão grosso que não cabia em 
si de tanta grossura.
Constatação XXII
Era um cara tão fino, tão fino, mas tão fino que até conseguia se desviar
 dos pingos do chuvisco.
Constatação XXIII
Retrato falado, às vezes tartamudeia?

RICOS & POBRES
Constatação I
Rico sofre de transtorno bipolar; classe média é maníaca depressiva;
pobre vive na fossa.
Constatação II (De autoria do meu grande Amigo Sérgio Antunes de Freitas,
 de Brasília).
Rico faz delação premiada; pobre é “cagueta” mesmo!
Constatação III
Rico está em todas; pobre, toma chá de sumiço.
Constatação IV
Ricos se separam com traumas, mormente quando um dos cônjuges é rico;
pobres se separam numa boa.
Constatação V
Rico é dipsomaníaco (aquele que tem dipsomania*); Classe média alta 
é alcoólatra; classe média, média é ébria; classe média baixa é bêbada
 inveterada; pobre é pau-d´água.
*Dipsomania = Substantivo feminino. 1. Psiq. Impulso mórbido periódico e
 irresistível que leva a ingerir grande porção de bebidas alcoólicas (Aurélio).
Constatação VI
Rico é militante; pobre é meliante.
Constatação VII
Rico embeleza o ambiente; pobre contribui para embelezar o rico.
Constatação VIII
Rico tem contentamento; pobre, padecimento.
Constatação IX
Rico é importante; pobre é irrelevante.
Constatação X
Rico é jovem; pobre é envelhecido.

E-mail: josezokner@rimasprimas.com.br 
Site: www.rimasprimas.com.br 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

BRAZIL:" eleições 2014. AO PERDEDOR... as batatas?*

Ora pipas!

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Zé Pi

Se você brincou com Pandorgas(RS), pipas(RJ), papagaios(MG), etc. Aquele brinquedo feito de varetas e papeis coloridos que inocentemente nos dava apenas alegria, entenderá essa metáfora!
               Um certo partido político, grande e importante, não tendo como escolher o seu melhor representante, indicou e enfeitou sua opção com o melhor dos discursos “engana bobo” e ainda se reforçou com detritos de um acidente aéreo somado à insegurança de uma aliada “segura linha” que não soube ser guarda redes e deixou a bola passar, se envolveu na própria teia da insegurança ou esperteza de ambos.

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               Hoje tal qual na brincadeira com papagaios estão dando linha ao brinquedo caído, derrubado com o próprio cerol. Tentando reaprumá-lo ou enforcá-lo de vez. O papel colorido foi substituído por uma barba respeitosa do passado, mas que hoje não esconde o lobo na pele de...Sei lá que bicho.
Resultado de imagem para aecio neves charges
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               Ao ver aquilo tentando voar novamente os verdadeiros pássaros, olham e fazem muxoxo como se dissessem:
- Pode até voar, mas não fica aqui em cima não! 


*  Ao perdedor as batatas é uma paráfrase de "Ao Vencedor as batatas"! Frase de Quincas Borba, personagem de Machado de Assis na fenomenal obra Memórias póstumas de  Brás Cubas.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

BRAZIL: QUEM É ESTE HOMEM JUCA ZOKNER?



Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Marcelo Andrade/Gazeta do Povo / Juca em sua biblioteca: “manter sobrevivendo os neurônios sobreviventes”Juca em sua biblioteca: “manter sobrevivendo os neurônios sobreviventes”
PERFIL

Juca “rumoreja” rimas

Poeta e humorista curitibano escreve poemas divertidos e delicados como seus origamis
Publicado em 22/03/2014 | 
Num banco feito de dormentes de estrada de ferro, José Zokner, o Juca, se senta às tardes para “tomar chimarrão e garatujar sobre coisas que precisam ser inventadas e pequenas constatações na falta de maiores”.
Olhar calmo, barba hirsuta e revoltos cabelos brancos, Juca é uma daquelas
 pessoas que “dá passarinho”, para usar a expressão do cronista Rubem Braga.
 Trata a natureza com a intimidade de velho amigo.

Reprodução
Reprodução / Partitura da ária para barítono e piano “Constatação Fatal”, de Henrique Morozowicz, o Henrique de Curitiba, feita a partir de um texto de José Zokner, o JucaAmpliar imagem
Partitura da ária para barítono e piano “Constatação Fatal”, de Henrique Morozowicz, o Henrique de Curitiba, feita a partir de um texto de José Zokner, o Juca
Na parede da entrada de sua
 residência quase campestre no
 bairro Vista Alegre há uma parede
 que, como num memorial militar,
traz os nomes dos amigos caídos,
 cães e gatos de rua que adotou e
 cuidou ao longo da vida.
Em boa parte de seus 77 anos,
Juca foi engenheiro civil. Em todos
 eles foi poeta e humorista,
 jogando com rimas que zombam
 com a “intrincada condição humana”,
cheias de seu ferino humor judaico
 e verve de jogador campeão
de truco.
“Eu procuro ser um humorista.
A tônica dos meus textos é o
humor. Não sei escrever de
outra maneira. Faço isso
 para manter sobrevivendo
os neurônios sobreviventes”, brinca.
Seu primeiro livro,
 Rimas Primas (AGE),
 lançado em 2004, recolhe boa parte do trabalho que Juca publicou
durante treze anos na coluna “Rumorejando”, no extinto jornal
O Estado do Paraná. Seu poemas são divertidos, mas também
 delicadamente pensados, como os origamis que faz.
No final do ano passado, lançou seu segundo livro,
 150 Sonetos & 1 Sonetão (Pseudos) (Nova Letra).
 A ressalva entre parênteses no título é para “livrar a cara”
do autor, que não obedece ao pé da letra às regras da
 composição poética. O “sonetão” é um soneto multiplicado
 por dois (com 28 versos em lugar dos habituais 14).
A ideia para este livro nasceu depois que Juca submeteu uma
longa narrativa em trova rimada a um concurso, patrocinado
por um banco. O texto não foi selecionado, o que deixou
Juca cabreiro. Para atestar a qualidade que reconhecia no
 próprio trabalho, enviou o texto a Millôr Fernandes, que
deu seu veredito. “Excelente”, escreveu o “guru do Meyer”.
 O elogio do mestre lhe deu a coragem necessária
 para se autopublicar.
Glória bufa
Outro elogio, em forma de homenagem, Juca
recebeu quando o compositor erudito
Henrique Morozowicz (1934-2008),
 seu colega no Colégio Estadual na década de 1950,
o procurou no ano de 2007. “Ele me disse que era
meu leitor
 e que criara uma ária bufa em cima de um texto meu.”
Henrique de Curitiba morreu no ano seguinte.
Mas escreveu a peça “Constatação Fatal”, que
 foi apresentada em um programa em homenagem
 ao compositor em 2010, na Capela Santa Maria.
“Eu tive meus dois minutos de glória na vida. O povo
ouviu a peça e riu. Fui chamado ao palco e tive de fazer
 um discurso. Fui ovacionado. Somando meu discurso com
 os aplausos, temos os dois minutos”, diverte-se.
Os textos de Juca podem ser lidos e seus livros adquiridos
 no blog rimasprimas.blogspot.com.