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terça-feira, 29 de julho de 2014

BRAZIL:Rimas Primas - José Zokner (Juca)

RUMOREJANDO

 

Pombos, verdades e mitos em torno desses “ratos de asas”

http://rimasprimas.blogspot.com.br/

PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I
Na falta de um telefonema
Ele inferiu o seguinte tema:
“Ela não me liga mais,
Afinal, ela não me ligou jamais”.
Constatação II
Quando o hacker de 19 anos provou que a votação no Brasil pode ser manipulada com as urnas eletrônicas, qual será que foi a medida tomada pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral tomou? Quem souber, por favor, comentários no blog. Obrigado.
Constatação III
Deu na mídia: “Senadores criam sistema para reembolso de gastos de assessores. A menos de quatro meses das eleições, Senado afrouxa regras que limitavam benefícios aos políticos”. Dúvida crucial: Até quando esses caras vão rir da cara da gente?
Constatação IV
Deu na mídia: “Brasileiros descobrem estrelas que tentam se aniquilar”. Até elas?
Constatação V (Ah, esse nosso vernáculo!).
“Você não precisa fazer uma pesquisa precisa. Precisa?”
Constatação VI
Este assim chamado escriba não consegue entender porque se reage tanto contra a corrupção em nosso país. Afinal, desde que o Brasil foi descoberto sempre houve tal, digamos, precedente. Ou será precedente, para muitos, procedente?...
Constatação VII
O Poder é inebriante,
Disse o ditador de plantão.
A gente, a todo instante,
Pode dar vaza a ambição.
Constatação VIII (De uma dúvida crucial).
Se um casal dialoga, para não dizer discute, na base da interrogação do tipo:
Mulher: Você pode dar uma corridinha no supermercado pra mim?
Marido: Pra quê?
Mulher: O que se faz no supermercado?
Marido: Por que não me falou antes quando eu disse que eu ia pra lá?
Mulher: E eu ia saber que ia me faltar o que tá me faltando?
Marido: E o que é que tá te faltando?
Mulher: Você já viu alguém cozinhar sem azeite?
Marido: Bem, e daí?
Mulher: Você já viu alguém assar um bolo sem farinha?
Dúvida crucial de Rumorejando: Será que cada nova interrogação é a interrogação da interrogação? Ou cada nova interrogação é a resposta da interrogação? Quem souber a resposta, por favor, absolutamente sem uma nova interrogação, comentários no blog. Obrigadão! (Obrigadão ou Obrigado?).
Constatação IX (De várias dúvidas cruciais).
Em certos países, nos dias de hoje, ou talvez sempre foi assim, quem tem sede de glória se candidata a um cargo legislativo? Ou é quem tem sede do vil metal? Quem ou o que mesmo que é vil? Quem souber a resposta, por favor, comentários no blog. Obrigado.
Constatação X
Quando, certa vez, nas eleições na Itália, deu na mídia: “Milhares de cédulas das eleições italianas desaparecem na Suíça”. Data vênia, como diriam nossos juristas, mas Rumorejando acha que, tendo em vista o número de bancos que existem naquele país, inclusive muitos servindo também de lavanderia, o pessoal, por uma questão de hábito, já que se atrapalhou e depositou as cédulas eleitorais nos bancos, ao invés de no lugar de direito, após votar na cabine, supostamente indevassável... A mídia não noticiou se houve inspiração de alguma prática, condenável, similar a de algum outro país assaz e muito conhecido...
Constatação XI (Data vênia).
Sugestão aos nossos filólogos: Ao invés de usar a palavra largar, utilizar despegar, que, por sua vez, o Aurelião dá (dá?), dentre outros, como “1. Desunir, separar, despregar (o que estava pregado, unido, colado)”.
Constatação XII (De uma grandíssima filha da pu...ce).
Ele se aboletou
Na casa dos pais
Da mulher
E tanto se refestelou
De salgado e doce
Que engordou,
Adoidado,
Ao acrescentar
Ao seu peso
Cerca de vinte e dois
Quilos a mais.
Depois,
“Mister” obeso
Se pôs a reclamar
Do casal
Ao falar
Que o tratou
Muito mal,
Como se fosse
Um qualquer.
O ingrato
Pelo jeito
Cuspiu no prato
E ainda achou
Que foi bem feito.
Constatação XIII
Deu na mídia: “Brasil não enfrentará turbulência como em 2002, disse, na época, quando ministro, Meirelles”.
Não ficou esclarecido se a turbulência é terrestre, aérea ou na economia. Quem souber, por favor, comentários no blog, aos cuidados de pitonisa.
Constatação XIV (De uma dúvida crucial).
Governante que se considera – e somente ele, ninguém mais – a reserva moral da nação é o que se pode denominar de auto-reserva-moral-modesta? Quem souber, por favor, comentários no blog. Obrigado
Constatação XV (Conselhos úteis via pseudo-haicai).
Cafuné
A gente deve fazer
Na cabeça e não no pé.
Constatação XVI
Nem por um instante
O caradura
Achou
Que sua situação
Era periclitante
Quando olhou
Pela fechadura
E notou
Que na ducha
Tava
Aquele mulherão:
A cunhada se ensaboava,
Se banhava,
Se esfregava.
E a mulher
Em cima da bucha
Flagrou o maridão.
O que aconteceu,
O que sucedeu
O que ocorreu
Com o desastrado,
Antes tão excitado,
Ele nunca mais quer
Se recordar,
Se lembrar.
Tão perplexo*
Ele ficou
Que falou
Palavras sem nexo.
Coitado!
*Não ficou claro se ele ficou perplexo com o que lhe sucedeu, ocorreu, aconteceu com a mulher ou com o que lhe foi dado a ver pelo buraco da fechadura. Se alguém souber, por favor, comentários no blog para que possamos informar nossos caros leitores. Obrigado.
Constatação XVII
Não se pode confundir gestor com questor que o Aurelião dá como “1. Antigo magistrado romano encarregado das finanças”, muito embora, hoje em dia exista, entre outros, gestor de finanças, ainda que tenha profissões paralelas como firma de publicidade, dutos, gestão de investimentos e outras. A recíproca, para esses casos não é verdadeira porque a figura do questor já não há, como existiu, na época, antes e depois de Cristo, quando Roma guerreava com países para dominá-los, saqueá-los e assim por diante. Quanto aos saques, estes continuam. Apenas mudaram os métodos...
Constatação XVIII
Deu, certa vez, na mídia: “Após uma briga familiar, o filho do ex-prefeito Celso Pitta, Victor, entregou à Polícia Federal uma valise com documentos e dinheiro, que pegara no escritório do pai”. Pelo jeito, é um bom filho. Afinal, nesses últimos tempos, tem filho matando os pais, pra ficar com a herança... Mas, dúvida, não necessariamente crucial, pois Rumorejando não se mete a opinar em briga de família: será que ele entregou todo o dinheiro à Polícia Federal? Quem souber não precisa comentar no blog. Obrigado.
Constatação XIX
E não se pode confundir sacrário, que é o lugar onde se guardam coisas sagradas com salafrário, até porque este não tem absolutamente nada de sagrado. Salvo naqueles casos, como, por exemplo, o marido que abandona a mulher, depois de tirar todo o dinheiro dela e a coitada continua tendo por ele um amor sagrado.
Constatação XX (Das mentiras pra concorrerem com as de pescador).
Deu na mídia: “O fóssil de 4,2 milhões de anos, o Australopithecus anamensis, que foi descoberto no nordeste da Etiópia, ajuda os pesquisadores a preencher as lacunas no salto entre espécies que precederam a humanidade. O ser humano atual é parte do gênero Homo, um subgrupo da família dos hominídeos. O que evoluiu no Homo foi provavelmente o gênero Australopithecus. Um candidato ao gênero que deu origem ao Australopithecus é chamado Ardipithecus. A nova descoberta ajuda a preencher a lacuna entre Ardipithecus e Australopithecus”. Elementar, minha gente...
Constatação XXI
Em certos países, para certos senadores, deputados federais, estaduais, vereadores, pelo que tem sido dado a constatar, dinheiro, erva, grana, caraminguá, jabaculê, numerário – ou seja, lá o nome que for que se dê ao vil metal – é moeda de troca específica...
Constatação XXII (De uma dúvida crucial).
Por que será que são distribuídos vários catálogos telefônicos de pessoas jurídicas – todos eles contendo erros crassos – e nenhum, há vários anos, de pessoa física? Será para poder cobrar o preço extorsivo que cobram pela consulta, no 102, como é recomendado? Quem souber a resposta, por favor, comentários no blog. Obrigado.
Constatação XXIII
Ela fez um panegírico,
Não satírico,
Como costumava
E, sim, vampírico,
Quando ele chegou
Tropeçando
Até na própria sombra
E foi se atirando
Na alfombra,
Que ela tanto gostava,
Com o sapato enlameado.
“Saia já daqui”,
Ela gritou
Enquanto
Batia com a vassoura
Pior, com o cabo,
No embriagado.
“Peraí,
Minha loura”,
Ele balbuciou,
A língua enrolando
“Deixe eu explicar.
Nada de badernas
Nem de altercação”,
E meteu o rabo
Entre as pernas
Sangrando,
Mancando.
“Que explicar, que nada”,
Ela bradou.
“Nem se for
Explicação
De amor
Em esperanto
Seu perturbado,
Desmiolado”.
Coitada!
Coitado!
Coitado?
Constatação XXIV
E como lucubrava o septuagenário, quase octogenário, com um suspiro profundo: “Quando a gente fica velho aparecem as coisas ruins e, concomitantemente, desaparecem as boas...”
Constatação XXV (Difícil escolha).
Não se trata de falta de personalidade, de opção ou do que quer seja, mas com esses brasileiros todos, jogando no estrangeiro, a gente acaba torcendo por eles e, daí, concomitantemente, para o sucesso de times rivais tipo Barcelona e Real Madrid, Milan e International e assim por diante.
Constatação XXVI
Deputado brasileiro ganha R$ 100 mil por mês, calcula o jornal espanhol “El País”. Imperdoável que não foi acrescentado ao texto, viva “nóis”, quer dizer “nóisotros”...
Constatação XXVII
Depois de ser eleito,
Pela vez primeira,
Ele deu, nos eleitores,
Como sempre, um calote.
E, como tais vencedores,
Seguem o mesmo pleito
Ele foi com sede ao pote
E só fez bandalheira.
Constatação XXVIII
Quando uma jovem na flor dos seus 18 anos diz para um, digamos, já arcaico, beirando os 80, que sexo e dinheiro, pra ela não é tudo, não tem a mínima importância, ela tá querendo se redimir de algum eventual pecado, é uma pessoa caridosa, quer dar uma de enfermeira, é adepta do auto flagelo ou o quê? Quem souber a resposta, por favor, etc.
Constatação XXIX (De uma “quadrinha” com dez estrofes (dezinha?) para ser recitada para os amigos e conhecidos que vem fazer turismo por plagas de certos países).
Em determinados
Países
Os que usam
E abusam
De andar
Com muitas jóias
Arriscam ficar
Tristes e infelizes
Com caras de lambisgóias.
Coitados!
RICOS & POBRES
Constatação I
Rico é prolixo; pobre, confuso.
Constatação II
Rico é emasculado; pobre é broxa.
Constatação III
Rico só fala a verdade; pobre, difama.
Constatação IV
Rico é animadão; pobre é baderneiro.

E-mail: josezokner@rimasprimas.com.br
Site: www.rimasprimas.com.br

domingo, 27 de julho de 2014

BRAZIL: ressonância... e-xa-ge-ra-da!

COPA E RESSONÂNCIA

www.google.com.br/images
Sérgio Antunes de Freitas

É uma maravilha observar os avanços da medicina nos últimos cinquenta anos, período que pudemos presenciar e usufruir desses benefícios.
Quem imaginaria que, de um tempo em que somente existiam radiografias em branco e preto, para ver o interior do corpo humano, passaríamos a ter cirurgias pouco invasivas, como as feitas com laparoscopia, tratamentos a lazer, tomografias computadorizadas e, ainda, os tratamentos com células-tronco, que enchem de esperança as famílias com pessoas que sofrem com doenças degenerativas, apesar dos obscurantistas contrários a isso.
Sob esse aspecto, estamos no futuro!
Mas, ainda, com algumas restrições ou desconfortos.
No dia do jogo do Brasil na Copa do Mundo, fui submetido a uma ressonância magnética de abdome total. Que nome bonito! Com e sem contraste. Mais bonito ainda!
Começou com a enfermeira, que iria espetar aquela agulha com o adaptador para injetar o contraste, procurando minha veia mais adequada.
Procurou, procurou, procurou e disse: - Ai, ai, ai!
Preocupado, alertei: - Quem deve dizer ai, ai, ai, aqui, sou eu. Essa fala é minha!
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Parece que eu sabia o que iria acontecer. A moça me furou no pulso esquerdo. Empurrou, girou, cavucou com a agulha e eu quase chorei. Ardia, queimava, doía, até que ela resolveu procurar outro ponto.
Mas o orifício do pulso esquerdo continuou doendo. E era grande o buraco!
Recomendei a ela, na segunda tentativa: - Vai com calma, tranquila, com segurança. Não precisa de pressa. Eu estou OK, você está OK!
Fiz uma prece rápida para Santa Quitéria das Agulhas e a enfermeira conseguiu enfincar aquele trem em mim normalmente.
Em seguida, fui levado à sala da ressonância, deitei na maca, me amarraram e colocaram um abafador de ruídos nas minhas orelhas, pois o volume do som emitido pelo equipamento é muito alto.
Fui orientado para obedecer a um comando de voz: “respire fundo”; depois, “segure o ar nos pulmões”. Por fim, depois de uns quinze segundos, “pode relaxar”.
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Meu primeiro medo foi que a moça da agulha fosse também a locutora. Se errasse de buraco para falar e esquecesse de me mandar respirar, já era!
Ou, se fosse uma gravação e tivesse um erro de arquivo, eu poderia ter uma apneia. Aí, caixão e vela preta!
Afora a preocupação, tudo ia bem, até que, de repente, senti que minha bunda estava grudada na maca. Sabem aquele mal estar de sentir a pele grudada e não pode desgrudar, em um sofá de plástico, por exemplo? Eu mexia com a musculatura, mas a pele não desgrudava. Agonia total!
Imaginei: se aquele jogador da seleção, o de glúteos grandes, fizer esse exame, vai precisar do resto do time para desgrudar a bunda dele da bancada.
E o orifício do pulso esquerdo continuava doendo. E eu sentia que o buraco era grande mesmo!
Apesar do abafador de som nos ouvidos, conhecido como “taporeia”, o barulho era alto.
- Segure o ar nos pulmões...e TÁ,´TÁ, TÁ,´TÁ, TÁ,´TÁ, TÁ,´TÁ...
- Segure o ar nos pulmões...e TÓIM, TÓIM, TÓIM, TÓIM, TÓIM, TÓIM, TÓIM, TÓIM, TÓIM, TÓIM...
- Segure o ar nos pulmões...e PÍ, PÍ, PÍ, PÍ, PÍ, PÍ, PÍ, PÍ, PÍ, PÍ, PÍ, PÍ...
E a coisa não terminava.
Demorava! Em um momento, achei que tudo era automático e eles haviam me esquecido e ido assistir ao jogo do Brasil. Nunca mais serei o mesmo – pensei.
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Eis que a moça entra na sala para aplicar o contraste e diz: - Já está terminando. Só mais um pouquinho.
Perguntei: - Pelo menos o baile funk já acabou?
Não. Continuou mais um pouco, quase uma eternidade, até que, barulhos depois, ela voltou e disse: - Pronto, está terminado.
Eu agradeci: - Essa foi a melhor notícia que você me deu nos últimos sessenta anos!
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Na verdade, o exame não causa nenhuma dor ou incômodo insuportável.
E, disso, tirei uma lição. Se um dia eu resolver me suicidar, jamais cortarei o pulso esquerdo.

Sérgio Antunes de Freitas
20 de julho de 2014

segunda-feira, 21 de julho de 2014

BRAZIL: VIENTOS DE CORRUPÇÃO BY JUAN ARIAS

Vientos de Brasil

Este blog pretende compartir con los lectores el Brasil en el que vivo, ese gigante económico americano hoy objeto de deseo en la escena mundial. El Brasil de la gente y no sólo el de la política. El Brasil que prefiere el diálogo a la pelea, la fe en algo a la incredulidad. El Brasil de las mil razas y culturas que conviven sin guerras.

Juan Arias

http://blogs.elpais.com/vientos-de-brasil/

Dinero debajo del colchón de políticos brasileños

Por:  07 de julio de 2014
Dinero en la çpolicia
En Brasil, acabada la gran fiesta del Mundial de Fútbol y con el nudo en la garganta de los aficionados por la ausencia de Neymar, comenzará la otra gran fiesta de las elecciones presidenciales y regionales.
Brasil es un país festivo y todo acontecimiento nacional acaba siendo revestido con tonos de samba. Son dos meses de caravanas de políticos por todo el territorio con tríos eléctricos, fiestas, discursos y promesas sin parar.
Con este motivo, los candidatos a las elecciones, desde los que disputan la Presidencia de la República a los gobernadores, senadores y diputados deben presentar sus declaraciones de renta oficialmente. Y en ellas deben declarar si tienen dinero vivo en sus casas.
Esta vez, según ha informado el diario O Globo, de las dclaraciones que empiezan a ser conocidas, destaca el detalle curioso de que desde la candidata y actual Presidenta, Dilma Rousseff a por lo menos otros dos candidatos a la presidencia y 14 candidatos a senadores de la República han declarado tener dinero bajo el colchón en vez de entregarlo al banco o colocarlo en alguna aplicación.
Van de de cifras desde 651.900 reales declarados por el candidato al gobierno de Acre, diputado Márcio Bittar (PSDB) a los 147.000 reales de Dilma. En ninguno de los casos se trata de calderilla y algunos además de cantidades de reales que llegan a medio millón, afirman tener hasta 30.000 euros.
La pregunta que se hace la gente de a pie es por qué a esos políticos les gusta tanto tener dinero escondido en casa cuando Brasil es uno de los países donde el dinero en bancos y aplicaciones rinda más del mundo.
A ello hay que añadir que un país con el alto nivel de violencia de Brasil donde se entra a mano armada en las casas para robar un ordenador o unos teléfonos móviles, declarar que se tiene todo ese dinero escondido debajo del colchón ¿no debería dar miedo a los políticos?
Sérgio Bessa, profesor de Fianzas de la Fundación Getulio Vargas (FGV) se pregunta como es que esos candidatos a los más altos cargos del Estado “no confían en el sistemo financiero nacional” y prefieren tener sus ahorros en dinero vivo escondido en casa.
¿Misterios de Brasil?

sexta-feira, 18 de julho de 2014

BRAZIL: ADEUS JOÃO UBALDO RIBEIRO!

MORREU HOJE NA MADRUGADA JOÃO UBALDO RIBEIRO, UM DOS MAIORES ESCRITORES DA LITERATURA BRASILEIRA E MUNDIAL. OS BLOGS Marina da Silva estão de luto!  E quero homenagear João Ubaldo com uma pequena crônica que escrevi inspirada em sua fase "Depressão política". 
www.google.com.br/images. Que Deus lhe receba em Seus Braços!


DEPRESSÃO POLÍTICA

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Marina da Silva
Foi a justificativa que apropriei de um escritor, o nome me foge a memória neste instante*, e dei ao TRE - Tribunal Regional Eleitoral  para justificar a ausência nas últimas eleições.
_ A senhora tem algum motivo para não ter comparecido à eleição?
Sorri.
_ Ter, até que eu tenho; uma boa desculpa, mas acho que para o TRE não justifica.
A moça ao contrário do esperado pediu para ouvir a explicação que eu tinha.
_ Depressão política! E lhe contei que pegara esse diagnóstico de um famoso autor brasileiro, João Ubaldo.
A menina ficou curiosa para saber que doença era aquela e que sintoma tinha. Então lhe contei que desde 1989 – minha primeira eleição, a primeira democrática para presidente do Brasil desde a ditadura – a empolgação com a possível vitória de Lula e a forma vergonhosa como se portaram os políticos teleguiados pela mídia me deixaram para baixo, muito deprimida. Caí numa descrença e tristeza generalizada com a política e políticos que se mantêm firme desde então.
_ Não acredito em mais nada e em ninguém! Roubei a fala de Cinderela e azar geral, não tenho uma fada madrinha _ Não voto desde então...
A funcionária me ouvia atenta.
_ E a senhora justificou todas as vezes em que não votou?
_ Não. Acho que não. Nunca justificara ou não me lembrava ter justificado alguma.
_ A senhora votou em 199...
_ Ah! É mesmo! Tinha esquecido a pressão feita por uma irmã sindicalista, cobrando-me responsabilidade com o destino do Estado.
_ Incrível! Se lhe contar você não acredita! Lembra da eleição em que a gente teve que escolher entre Hélio bosta ou ébrio Garcia? Espremeram-me contra a parede, mas votei nulo. Não dei conta do absurdo!
Aí lembrei que votara em senador. Fui pressionada pela escola da filha que estava estudando a importância de se viver na democracia e exercer, votando, a cidadania. Dei exemplo, levei a menina de seis aninhos para conhecer a urna eletrônica e apertar os botões da geringonça que até passa por um brinquedinho.
_ Mas o Lula ganhou e se reelegeu?
_ Pois é, mas outros crimes se juntaram ao caso Morel, Coroa Brastel, ao escândalo das jóias_ lembrei uma canção _ Vieram as CPI’s: anões, correio, frango, mensalão, sanguessugas...Ah, até do lixo! Só de ouvir a palavra CPI fico deprê, além de pê da vida! Tenho coceiras pelo corpo, desenvolvi uma alergia.
_ Não apuram nada! A funcionária do lado ouvindo a conversa e palpitando.
Abanei a cabeça concordando e percebi que mais pessoas estavam nos escutando.
_ Eu odeio propaganda política! A mulher do lado me confidenciou.
_ Tome cuidado! Sussurrei cúmplice _ Essa doença minha é contagiosa. Atualmente quase não consigo ver TV; só a cabo, desenho e novela. Jornal me deixa estressada e nem sei o que mais me deprime: saber da corrupção ou saber que CPI é só embromação!
_ É a vida! Ela encerrando o assunto, meu nome limpo na justiça.
_ É, é mesmo, é a vida. Repeti autômato sem estranhar a naturalidade com que me conformava com essa estranha vida. Realmente - conclui - Ando mesmo muiiiiiiiito deprimida!

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