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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

BRAZIL: SEXO ARROZ COM FEIJÃO



SEXO ARROZ COM FEIJÃO


Marina da Silva

Ela escovava os dentes em frente ao espelho quando ele chegou a casa. Respondeu ao cumprimento com um sorriso “colgate” todo espumante e enigmático. Foi então que ele percebeu, coberta pela camisola rosa choque, a calcinha fio dental oncinha marcando-lhe o bumbum. Estava muito cansado, sentia-se morto pelo estafante dia no gabinete e no enervante trânsito da metrópole. Deu-lhe um beijo rotina, aquele em que juntava sua cabeça ao ombro e depositava leves beijinhos em suas têmporas. Ela terminou a escovação, passou o fio dental e puxou os cabelos num rabo-de-cavalo bem alto. Então abriu um tubo e começou a esfregar o rosto esfoliando-o com o creme.
_ Ainda vou colocar uma máscara, desça para jantar, conversamos depois.
Do espelho o viu despindo o terno e se encaminhar para o banho. Jantou vendo TV e descansou a cabeça no seu colo durante a novela. Acordou com ela fazendo-lhe cafunés nas costas e cabelos e intimando-o a ir para cama.
_ Já passam das onze da noite!
Dez minutos, depois de escovar os dentes, aninhara-se no seu corpo fazendo uma conchinha. Tudo o que queria era uma boa noite de sono após aquela segunda-feira maluca e estressante dormindo nos braços e manto de Morfheu, o deus do prazer do sono!
Ela aconchegou-se, passou um braço por baixo do pescoço e o outro através da axila aprisionando-o num abraço e movimentando-se de forma sensual, provocativa, passando as pernas por cima das suas, esfregando-se nele com seu órgão, friccionando-lhe as nádegas, enrodilhando-se como uma gata procurando a melhor posição para dormir!
Ele estava com sono, cansado, mas a carne estremeceu! Ficaram quietinhos, abraçadinhos, até que ela começou a brincar com seus dedos e palma da mão. Sorriu no escuro sentindo uma fina corrente elétrica correr pela espinha e eriçar todo o pelo do corpo num leve calafrio.
_ Você não deu o meu beijo de boa noite! Choramingou. E então ele virou de frente para fazer o pagamento. Ela aninhou-se ainda mais enquanto se beijavam e ao mesmo tempo presenteava-lhe com coçadas nas costas, ora leves, ora vigorosas subindo da região coccigiana até ao pescoço.
_ Não para não! Gemeu.
_ O quê? Perguntou inocente.
_ O que você está fazendo. Sussurrou completamente rendido.
Ela o puxou para seus braços e enquanto fazia cafunés na cabeça, coçava-lhe e lhe arranha as costas e o beijava lânguida, lábios e línguas molhados de excitação. O beijo ficou quente, as mãos ávidas, exigentes e autoritárias queriam desaparecer com sua camisola. Subiu bruscamente sobre o seu corpo afastando suas pernas com um joelho e puxando a camisola pela cabeça.
_ Você fechou a porta. Perguntou baixinho. Ele não entendeu de imediato ou fingiu não entender.
_ As crianças... Uma expiração forte e ela sentiu todo o desconforto dele com a possibilidade de sair de cima dela.
_ Elas estão dormindo garantiu, o pênis deslizando entre os seus lábios molhados massageando seu clitóris.
_ Não fico segura, não relaxo... Vai que acordam?
_ Maldita porta! Praguejou alto, mas atendendo o seu pedido. Tinha urgência em lhe possuir, em despejar dentro dela todo o seu gozo. Retornou mais decidido do que nunca. Só que agora ela era sua dona, a dominatrix!
_ Deite-se de costas. Exigiu vestida só com a tanguinha de oncinha.
Ele obedeceu. Então ela sentou em sua bunda e começou a se esfregar nela,  fingindo que o possuía por trás indecentemente, arranhando-lhe com força, usando suas unhas como lâminas de bisturi. Ele gemeu alto:
_ Continua, não para não!
_ Psssssiu! Não faça barulho... As crianças!
Sentiu a camisola amordaçando sua boca. Queria gritar, jogá-la no colchão, pular para cima dela, mas não fez nada. Sabia que ela ia retardar o máximo, exigindo-lhe controle para chegar ao clímax e ele segurou heroicamente o quanto pode.
Quando ela lhe arranhou as costas e ao mesmo tempo jogou-se sobre ele mordendo e chupando o seu pescoço, surtou! Virou-se por baixo dela em uma manobra rápida e a penetrou profundamente. Seus gemidos foram abafados mordendo a própria mão. Ele agarrou fortemente sua bunda enterrando na carne seus dedos e ordenou:
_ Cavalgue! Ela obedeceu ao comando saindo e entrando suavemente, ora jogando o corpo para frente arranhando-lhe o peito, apertando e beliscando seus mamilos, beijando-o e lambendo a boca, a língua, o pescoço, orelhas ora se jogando toda para trás apoiando-se com as mãos em seus tornozelos.
_ Eu não estou agüentando mais... Avisou-lhe rouco massageando seu clitóris e vulva com os polegares e lhe puxando os pelos.
_ Vem comigo. Implorou. E então explodiram em zilhões de partículas, o pênis hirto expelindo seu mel enquanto era mordiscado por aqueles lábios e canal do paraíso! O balé erótico era acompanhado por gemidos, sussurros, estremecimentos, espasmos de êxtase. E quando finalizaram o gozo profundo, ambos desabaram completamente exaustos, extasiados, num sono profundo!

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