SEXO
ARROZ COM FEIJÃO
Marina
da Silva
Ela
escovava os dentes em frente ao espelho quando ele chegou a casa. Respondeu ao
cumprimento com um sorriso “colgate” todo espumante e enigmático. Foi
então que ele percebeu, coberta pela camisola rosa choque, a calcinha fio
dental oncinha marcando-lhe o bumbum. Estava muito cansado, sentia-se morto
pelo estafante dia no gabinete e no enervante trânsito da metrópole. Deu-lhe um
beijo rotina, aquele em que juntava
sua cabeça ao ombro e depositava leves beijinhos em suas têmporas. Ela terminou
a escovação, passou o fio dental e puxou os cabelos num rabo-de-cavalo bem
alto. Então abriu um tubo e começou a esfregar o rosto esfoliando-o com o
creme.
_
Ainda vou colocar uma máscara, desça para jantar, conversamos depois.
Do
espelho o viu despindo o terno e se encaminhar para o banho. Jantou vendo TV e
descansou a cabeça no seu colo durante a novela. Acordou com ela fazendo-lhe cafunés
nas costas e cabelos e intimando-o a ir para cama.
_ Já
passam das onze da noite!
Dez
minutos, depois de escovar os dentes, aninhara-se no seu corpo fazendo uma
conchinha. Tudo o que queria era uma boa noite de sono após aquela
segunda-feira maluca e estressante dormindo nos braços e manto de Morfheu, o deus do prazer do sono!
Ela
aconchegou-se, passou um braço por baixo do pescoço e o outro através da axila
aprisionando-o num abraço e movimentando-se de forma sensual, provocativa,
passando as pernas por cima das suas, esfregando-se nele com seu órgão,
friccionando-lhe as nádegas, enrodilhando-se como uma gata procurando a melhor
posição para dormir!
Ele
estava com sono, cansado, mas a carne estremeceu! Ficaram quietinhos,
abraçadinhos, até que ela começou a brincar com seus dedos e palma da mão.
Sorriu no escuro sentindo uma fina corrente elétrica correr pela espinha e
eriçar todo o pelo do corpo num leve calafrio.
_
Você não deu o meu beijo de boa noite! Choramingou. E então ele virou de frente
para fazer o pagamento. Ela aninhou-se ainda mais enquanto se beijavam e ao
mesmo tempo presenteava-lhe com coçadas nas costas, ora leves, ora vigorosas
subindo da região coccigiana até ao pescoço.
_
Não para não! Gemeu.
_ O
quê? Perguntou inocente.
_ O
que você está fazendo. Sussurrou completamente rendido.
Ela
o puxou para seus braços e enquanto fazia cafunés na cabeça, coçava-lhe e lhe
arranha as costas e o beijava lânguida, lábios e línguas molhados de excitação.
O beijo ficou quente, as mãos ávidas, exigentes e autoritárias queriam
desaparecer com sua camisola. Subiu bruscamente sobre o seu corpo afastando
suas pernas com um joelho e puxando a camisola pela cabeça.
_
Você fechou a porta. Perguntou baixinho. Ele não entendeu de imediato ou fingiu
não entender.
_ As
crianças... Uma expiração forte e ela sentiu todo o desconforto dele com a
possibilidade de sair de cima dela.
_
Elas estão dormindo garantiu, o pênis deslizando entre os seus lábios molhados
massageando seu clitóris.
_
Não fico segura, não relaxo... Vai que acordam?
_
Maldita porta! Praguejou alto, mas atendendo o seu pedido. Tinha urgência em
lhe possuir, em despejar dentro dela todo o seu gozo. Retornou mais decidido do
que nunca. Só que agora ela era sua dona, a dominatrix!
_
Deite-se de costas. Exigiu vestida só com a tanguinha de oncinha.
Ele
obedeceu. Então ela sentou em sua bunda e começou a se esfregar nela, fingindo que o possuía por trás
indecentemente, arranhando-lhe com força, usando suas unhas como lâminas de
bisturi. Ele gemeu alto:
_
Continua, não para não!
_
Psssssiu! Não faça barulho... As crianças!
Sentiu
a camisola amordaçando sua boca. Queria gritar, jogá-la no colchão, pular para
cima dela, mas não fez nada. Sabia que ela ia retardar o máximo, exigindo-lhe
controle para chegar ao clímax e ele segurou heroicamente o quanto pode.
Quando
ela lhe arranhou as costas e ao mesmo tempo jogou-se sobre ele mordendo e
chupando o seu pescoço, surtou! Virou-se por baixo dela em uma manobra rápida e
a penetrou profundamente. Seus gemidos foram abafados mordendo a própria mão.
Ele agarrou fortemente sua bunda enterrando na carne seus dedos e ordenou:
_
Cavalgue! Ela obedeceu ao comando saindo e entrando suavemente, ora jogando o
corpo para frente arranhando-lhe o peito, apertando e beliscando seus mamilos,
beijando-o e lambendo a boca, a língua, o pescoço, orelhas ora se jogando toda
para trás apoiando-se com as mãos em seus tornozelos.
_ Eu
não estou agüentando mais... Avisou-lhe rouco massageando seu clitóris e vulva
com os polegares e lhe puxando os pelos.
_
Vem comigo. Implorou. E então explodiram em zilhões de partículas, o pênis
hirto expelindo seu mel enquanto era mordiscado por aqueles lábios e canal do
paraíso! O balé erótico era acompanhado por gemidos, sussurros,
estremecimentos, espasmos de êxtase. E quando finalizaram o gozo profundo,
ambos desabaram completamente exaustos, extasiados, num sono profundo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário