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sexta-feira, 4 de abril de 2014

BRAZIL: HOMENS & MULHERES.

 Parasitismo doméstico
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                                                                                                                                                                   Zé Pí

Era uma vez, numa linda manhã, depois de uma noite de amor, lá na caverna dos primeiros parágrafos da história humana...
             - Beinzão! Fica aí lindinha que eu volto logo trazendo o jantar; dá aqui um beijão no seu fortão!
 A moça nem notou que faltava uma mecha no cabelão agarrado. Obedeceu imaginando coxa de avestruz, pernil de javali, lombo de anta.
Foi bater aquela fominha e ela, para agradar, mostrar eficiência foi ao sacolão mais próximo: frutas, mel, raízes, ovos, ervas de temperos e flores para mesa; as amigas chamam isso de carinho para com o macho dominante, recém-fisgado. Não percebeu que assumia as tarefas que hoje ainda achamos que é serviço obrigatório e exclusivo das mulheres; assim filhos, irmãos, maridos e patrões vêm escravizando as fêmeas desde a infância:
                           


- Homem não chora, quando casar sara.
- O carrinho é do seu irmão, bonequinha é sua, filhinha.
- Isso não é brinquedo de homem, põe aqui meu batom.
- Mãe cadê minha camiseta?
- Vá passar a calça do seu irmão, depois pode ir à pracinha!
- Mulher gasta pra caramba, parece centopeia, pra que tanto sapato?
 Inconscientes e inconsequentes, as mães perpetuaram conceitos e preconceitos que só as prejudicaram. A lista do kit de tarefas da caverna foi pouco a pouco enriquecida e hoje, mesmo com toda tecnologia oferecida, quem liga e desliga a casa das máquinas...
                                                 
                                                           www.google.com.br/images

A Lindinha ficou Feinha e logo os olhos dele partiram para a próxima vítima ou concorrente. Dizem que para a filial sobra grana para mordomias do motel cinco estrelas. Na matriz o papo muda; os elogios mútuos aparecem logo:
- Vai vê novela na hora do jogo?
- Safado, são duas da manhã.
- Chupa cabra, bota o lixo lá fora.
- Barbeirona, riscou o carro.
- Sai da reta pançudo, que “Eu” hoje tô com a macaca (*).
- Olha onde você deixa essa toalha molhada, narigudo.
- Ela parece pinga ruim.
- Ô Baú Vazio, pagou o condomínio?

www.google.com.br/images. "80% do trabalho doméstico recai sobre as mulheres. Coragem senhores." Tradução livre. Marina da silva


Filho na entrevista de emprego:
- Meu pai é motorista e minha mãe... O que é que eu escrevo aqui? Já sei, é dona de casa, não trabalha!
Fique meio dia ou menos no lugar dela, sabichão!
Sempre deixei claro nas aulas sobre parasitismo que dividir com as mães e irmãs as tarefas domésticas não diminuem e nem aumentam o tamanho do nosso querido pênis. Aplausos das meninas e os marmanjos, sorrindo:
- Tá tirando a gente, fessô!
mosaico a partir de www.google.com.br/images.


Estamos para visitar Marte! Homens e mulheres na tripulação, mas ainda existem como exceções, mulheres orgulhosas da eficiência que as escraviza até hoje!
Vá entendê-las.

www.google.com.br/images. Profissão: DO LAR! A perfeita ficção num filme de 1975-the Stepford Wives ( com versão em 2001) e o seriado americano Desesperate housewives. Vale a pena conferir.






(*) TPM

     

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