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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

BRAZIL: Constatação I Rico tem dificuldades específicas; pobre, gerais.

RUMOREJANDO

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 Juca Zokner 

PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I (De diálogos conjugais).
O raposo
Perguntou,
Furioso,
Pra dona raposa:
“Aonde você andou?
E de onde você sacou
Essa flor-de-lis?
E essa mancha no nariz?”
“Foi uma mariposa.
Que ali pousou.
Com as patas com mel
Esse teu ciúme
Me deixa com azedume,
Pois você sabe muito bem
Que eu te sou fiel
E que sou contra harém.
Quanto à flor-de-lis,
Eu vi uma num quiosque
E como você nunca me presenteou
Mesmo sabendo que eu sempre quis
Eu colhi
Ali
Naquele tão formoso
E oloroso
Bosque”.
Constatação II
E como ponderava o cara-de-pau: “Depois de muitos anos de casado a gente passa a ter menos sexo, mas muito mais de quando era...”
Constatação III
Não se pode confundir cantata* com cantada**, muito embora, assim como o cara oferece flores, serenatas, como cantada para conquistar a mina, também, dependendo da sua voz, ou impostação da mesma, pode utilizar uma cantata com os iguais nobres objetivos. A recíproca, para esses maviosos casos é como é e tá acabado. Tenho dito!
*Cantata = Substantivo feminino
1. Rubrica: música.
Gênero de composição vocal-instrumental, predominantemente religiosa, em vários movimentos.
2. Rubrica: literatura.
Composição poética lírico-dramática de origem italiana, com partes recitadas e partes cantadas (árias)
3. Uso: informal.
m.q. cantada ('conversa')
4. Regionalismo: Portugal. Uso: informal.
Capacidade de enganar; astúcia, manha (Houaiss).
**Cantada = substantivo feminino
Regionalismo: Brasil.
1. Ação de cantar; canto, cantoria.
2. Derivação: sentido figurado. Uso: informal.
Conversa sedutora visando a uma conquista (Houaiss).
Constatação IV
A bruxa que só dizia
E só fazia
Bruxaria,
Nunca tinha laivos de civilidade.
Certo dia achou que havia
Cometido uma iniquidade.
Conheceu um bruxo, ora vejam, bondoso,
Calmo, tranquilo, charmoso,
Cujo fascínio lhe deixou enfeitiçada,
Assaz magnetizada.
Encantada.
Mas logo concluiu que não lhe serviria:
“Que barbaridade!
Ver alguém sem um pingo de maldade,
Só vai me trazer infelicidade”.
Constatação V (De uma dúvida crucial).
Se quem está meio gripado se costuma dizer que se encontra em estado gripal, quem está meio resfriado se encontra em estado resfriadal? Quem souber, por favor, comentários no blog. Obrigado.
Constatação VI (De outra dúvida crucial).
Será que um banqueiro quando ele paga menos de 1% ao mês da caderneta de poupança e empresta para um pobre de um tomador necessitado a cerca de 20% ao mês ele não fica vermelho de vergonha? Quem souber a resposta, por favor, comentários etc.
Constatação VII (De mais uma perguntinha inocente).
E já que falamos no assunto, alguém tem acompanhado o lucro pornográfico dos bancos e não tem ficado vermelho de raiva? Inclusive, com o fato dos bancos estarem fazendo economia para lucrarem ainda mais quando eles não colocam caixas em número suficiente, obrigando a gente ficar mais tempo na fila?
Constatação VIII (Sonho ou pesadelo?)
No ano passado,
Um dia sonhei
E fiquei
Todo contente
Que o Paraná
Foi o campeão
Do Brasileirão.
Quando acordei
Constatei
Que havia somente
Um padecimento:
O meu time,
Tão sublime,
Estava lá,
Novamente,
Ameaçado
De rebaixamento.
Coitado!
Constatação IX (De uma dúvida crucial).
Será que em países onde a poligamia é permitida, existem proclamas de casamento? E o problema de ter várias sogras como será que fica? Quem souber as respostas, por favor, comentários no blog. Mais uma vez, obrigado.
Constatação X (De outra dúvida crucial).
País colonizador costuma ter limites de fronteira?
Constatação XI
E como apregoava aquele dentista muito cônscio de faturar mais algum na sua profissão: “Deus dá nozes pra quem não tem quebra-nozes. Quem não tem dentes que venha ao meu consultório”.
Constatação XII (De uma nova versão da velha narração da cigarra e a formiga).
Falou a formiga,
À sua melhor amiga,
Fazendo uma intriga
“Que a cigarra não se liga
E sempre se empertiga
Com a mesma cantiga.
E que, agora, ela que siga
Para dançar em Riga.
Essa cantora de uma figa.
Essa cara de lombriga,
De quem tá com dor de barriga.
E não me desdiga,
Se não viro sua inimiga
E, daí, há o risco, periga
Termos uma boa briga”.
Constatação XIII
Quando ela viu,
No jornal
Local
E nos jornais
Policiais,
O retrato falado,
De frente
E também de perfil,
Do seu amado,
Velho namorado,
Aliás, bem retratado,
Ela intuiu,
Imediatamente,
Que sempre preferiu,
Muito mais,
Ele, no original,
Completamente
Pelado,
Tão-somente.
Constatação XIV (Sem pedir permissão ao meu grande Amigo Sérgio Antunes de Freitas, de Brasilia, para publicar o seu – dele – maravilhoso texto).
(Haikai de bebum)
 Na sala de estar,
 Alguns chamam de barzinho,
 Eu chamo de altar.
Constatação XV [De uma pseudo-fábula* confabulada (Indigna do guru Millôr), contada através de um pseudo-soneto].
*Rumorejando tem a satisfação de apresentar aos seus milhares de leitores (por modéstia, não falsa, não quis escrever milhões de leitores, espalhados por quatro Continentes, faltando atingir a Oceania) a sua última criação, ou seja, a pseudo-fábula, via pseudo-soneto. Rumorejando nesta primeira, digamos, audição a nível municipal, estadual, federal, mundial e intergaláctico, espera que os puristas gramáticos não se aborreçam com o fato, tampouco não fiquem com ciúmes por não terem chegado antes a tal invenção. A inspiração chegou por análise, dedução e com a ajuda imprescindível de algumas cuiadas de chimarrão. Aí vai, pois:
 
Esgotamento com glória.
 
De imediato ela foi tirando a roupa,
Alegando não ter muito tempo a perder.
“Venha depressa, assim você me poupa,
Já que não posso ficar até o anoitecer”.
 
Claro que obedeci na hora àquele mulherão,
Que nunca me havia dado a mínima pelota.
Afinal, eu sempre me julguei um cara bom.
E isso é a mais pura verdade. Não é lorota.
 
Ela não parou de falar nem por um momento,
Se queixando também da corrupção em nosso país.
O que para mim não deixou de ser um tormento.
 
Depois do enésimo orgasmo, ela resolveu ficar,
Usando desculpas de novela, de famosa atriz.
E eu que não mais me aguentava, achei que ia finar.
 
Moral: Dependendo do caso, sempre há tempo para ficar e para morrer...
 
Constatação XVI
Deu na mídia, mais precisamente no site do Estadão: “A presidente Dilma Rousseff afirmou na manhã desta segunda-feira,14, que seus prováveis adversários nas eleições de 2014 precisam "estudar muito" e "se prepararem". Data vênia, como diriam nossos juristas, mas Rumorejando acha que independente para que e quem for, todos deveriam ter a oportunidade de estudar e também de ter um atendimento médico digno que ela e seu antecessor tiveram no Hospital Sírio-Libanês, quando lá estiveram, por razões de enfermidade. Na verdade, os políticos de modo geral e os brasileiros em particular são todos falastrões, boquirrotos e... deixe pra lá... Vige!
RICOS E POBRES
Constatação I
Rico tem dificuldades específicas; pobre, gerais.
Constatação II
Rico sempre infere; pobre, nunca se dá conta.
Constatação III
Rico se indigna; pobre, fica p. da vida.
Constatação IV
Rico toma uísque escocês, envelhecido, pelo menos, 12 anos; pobre, cachaça recém batizada.
Constatação V
Rico pratica a desobediência civil; pobre é desordeiro.
Constatação VI
Rico tem panturrilha; pobre, batata da perna.
Constatação VII
Rico é categórico; pobre, não conhece o seu lugar.
Constatação VIII
Rico vai a bancarrota; pobre, vive nela.
Constatação IX
Rico enfrenta com seu BMW o aclive; pobre despenca da bicicleta na descida.
Constatação X
Rico tem questão; pobre, incriminação.
FÁBULA CONFABULADA (Indigna do guru Millôr).
Numa província chinesa, banhada pelo rio Amarelo, vivia um chinês, chamado Kah Puh Reh, que, desde a mais tenra idade, mostrou sua vocação para a liderança. Com cinco anos, já tinha junto a ele outras crianças para participarem de jogos que ele sugeria ou que ele inventava; com treze anos, comparecia às reuniões comunitárias, na companhia do seu pai, segredando no seu ouvido algumas sugestões que ele, o pai, Shey Neh Rey Neh, apresentava às pessoas e que, normalmente, eram aceitas praticamente por toda a assistência, dando ao pai certa notoriedade perante os demais presentes. Era o que se poderia chamar de como se costuma dizer no decadente Ocidente: “papagaio come milho, periquito leva a fama”. Mas isso, já é outra história, o que, absolutamente, não vem, nesse momento, para o caso; com vinte anos, quando foi servir o exército, seus superiores o alçaram a tarefas de liderança e Kah Puh Reh se saiu tão bem que foi promovido a anspeçada que é uma graduação de praça entre marinheiro/soldado e cabo; posteriormente, nas reuniões comunitárias, lá estava ele, interferindo com brilhantes sugestões, juntamente com seu pai, Shey Neh Rey Neh, que também fazia suas intervenções, porém, jamais, que conflitassem com as do filho. Um dia, depois de haver exercido vários cargos de mando, vencendo eleições, onde concorriam outros candidatos, dentro da hierarquia permitida pela cúpula, ele se candidatou a um cargo mais elevado dentre aqueles que ele já havia concorrido. A cúpula que, evidentemente, passou a temê-lo, ameaçou os seus prosélitos e simpatizantes a não comparecerem as eleições, sob pena de represálias de toda espécie, inclusive determinando que nada fosse comentado com Kah Puh Reh. Este, um bom tribuno, como todo líder, usou da palavra, apresentando seu plano de metas, que não tinha nada a ver com um determinado plano de um longínquo país, chamado Brasil, que caracterizou um governo de um determinado presidente da república, eleito pseudo-democraticamente, entre várias ditaduras e que, nesse instante, também não vem para o caso. Antes de terminar, já no final apoteótico, ouviram-se pouquíssimas palmas no recinto, muito poucas em relação ao número de assistentes presentes ao evento, ainda que tivesse tido a promessa de incondicional apoio, principalmente dos seus amigos e conhecidos. Kah Puh Reh, sentiu a barra e pensou lá com seus botões: “o mar não está para peixe” e, imediata e estrategicamente, encerrou, retirando a sua candidatura, alegando a necessidade de se formar uma chapa de consenso.
Moral: Para um bom entendedor meio silêncio basta.
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