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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

BRAZIL: RUMOREJANDO COM JUCA ZOKNER



RUMOREJANDO


PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I
Não se pode confundir rugido com mugido, até porque, em condições normais de pressão e temperatura, quem solta rugido é o leão e quem solta mugido é a vaca. Isso absolutamente não impede que os humanos soltem rugido e mugidoTudo depende do grau de importância que cada um se dá, do grau de delicadeza; da intensidade do pisão no seu calo e assim por diante. A recíproca, honestamente, eu confesso que não sei se é verdadeira ou não. Quem souber, por favor, comentários no blog. Obrigado.
Constatação II
Graças ao meu estro*
Que eu me tornei
Ambidestro
Quando
Te amei,
Te amassei,
Com carinho,
Não só na hora
Do bem-bom,
Mas também agora
Que toco sestro,**
Acompanhando
Um cavaquinho
E um violão.
*Estro ="2 entusiasmo artístico, riqueza de criação, gênio criador" (Houaiss)
**Sestro = Substantivo masculino.
1.Antigo instrumento egípcio de percussão, que consistia num pequeno arco metálico atravessado horizontalmente por pequenas hastes também de metal, as quais, agitadas por meio de um cabo, produziam som agudo e prolongado:
“Crótalos, búzios, tímpanos, badalos, / Sistros ressoam!” (Martins Fontes, Verão, p. 21.)
2.Espécie de marimba com lâminas metálicas.
3.Etnografia. Instrumento musical, usado na América do Sul, entre os índios cadiueus, constituído por uma forquilha entre cujas extremidades é esticada uma corda em que são enfiados discos que se entrechocam quando o instrumento é sacudido. (Aurélio).
Constatação III
Deu na mídia: "Diretoria do FMI sabe pouco de América Latina, não possui diplomacia para lidar com países latinos-americanos, nem sequer experiência para enfrentar as crises financeiras, diz o seu ex-diretor Claudio Loser". Nós, simples pobre mortais de Rumorejando, também sempre achamos, mas nunca ninguém nos prestou a mínima atenção. Talvez, agora. Talvez...
Constatação IV
Foi cavalheiresco,
O beijo ardente,
Romanesco,
Mas arrancou
Um dente
Que provocou
Na amante
Um ar dantesco,
Um mau semblante,
Grotesco,
Agoniado
Que a deixou
Desconsolada
Tão somente.
Coitado!
Coitada !
Constatação V
Deu na mídia: “Mesmo com o elevado superávit primário registrado nos últimos anos, a dívida líquida do setor público vem crescendo correspondente a mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB). Data vênia, como diriam nossos juristas, este assim chamado escriba acha que a dívida, baixando ou não, é impagável. Tenho dito!
Constatação VI
O dólar vem caindo
E eu não sei
E também
A ninguém
Perguntei,
fazendo bulha,
Ou quieto,
Se existe alguma relação
Com inflação
Ou exportação,
Mas o correto
É que o meu dinheiro
Está sumindo
Que nem agulha
No palheiro.
Constatação VII
Tive que fazer estágio
No seu empedrado coração,
Pagando um alto pedágio,
Pois não houve outra opção.
Constatação VIII
Não se pode confundir (de novo, pô ?) jacta com jaca, muito embora quem se jacta de comer uma jaca, daquelas de 10 quilos, sozinho, numa vez só, está correndo o risco de
não poder se jactar nunca mais na sua vida. Idem, idem se a dita cuja cair na sua cabeça. Quanto à recíproca, deixa pra lá.
Constatação IX
Quem deixou de assistir o projeto "O samba e sua nobreza", em que se apresentaram em Curitiba e Florianópolis, os grandes nomes de Velha Guarda da Portela, da Mangueira e de outros tantos nomes lembrados e cantados como Noel Rosa, Carlos Cachaça, Nelson Sargento, Ataulfo Alves, apenas para citar alguns poucos, não sabe nada de nada. Tenho dito!
Constatação X
Deu na Folha de São Paulo: “O PT e o PMDB fizeram um acordo para encerrar a CPI do Cachoeira sem levar à frente investigações que poderiam elucidar o envolvimento de políticos no esquema do empresário Carlinhos Cachoeira”. Comentário de Rumorejando: VIGE!
Constatação XI
Assim como está na hora de eliminar a reversão à esquerda, também está na hora de dar um jeito na irregularidade das calçadas, em Curitiba. Novamente, tenho, agora com tropeções, dito!
Constatação XII
Deu na mídia, mais precisamente no site do Estadão: “Banco Central reduz a 1,6% crescimento do PIB em 2012. Estimativa se aproxima do patamar de 1,5%, que já foi considerado ‘uma piada’ pelo ministro da Fazenda; BC também aumentou projeção de inflação de 4,7% para 5,2%”. Data vênia, como diriam nossos juristas, mas Rumorejando tem receio que até o fim de ano o PIB poderá passar a um número negativo e a inflação atinja um patamar de dois dígitos. Vige!
Constatação XIII
Deu na mídia, mais precisamente no Estadão um vídeo com Leandro Modé: “Governo acerta ao pedir mais clareza dos bancos na cobrança de tarifas. Mas é preciso cuidado com a saúde das instituições”. Data vênia, como diriam nossos juristas, mas Rumorejando acha que as taxas, juros que os bancos cobram já são mais que suficientes para cuidar da saúde das instituições. Quanto à saúde dos correntistas com relação ao que pagam às referidas instituições o senhor Leandro Modé ainda não se pronunciou. Cáspite!
Constatação XIV (De um pseudo-soneto).

     Tragédia pessoal e financeira

Ela deixou meu coração em frangalho
Dos demais pobres órgãos eu nem falo,
Eu não reclamo, eu silencio, eu me calo.
No entanto, eles me deram muito trabalho.

Isso sem comentar, relatar da dívida imensa
Feitas com cartão na nossa conta conjunta
E não recebi resposta a minha pergunta
Por que gastar tanto e não era uma prensa.

O questionamento foi feito em tom natural
Não revelando raiva, angústia ou decepção
Entretanto me causou um distúrbio duodenal.

No fim, tive que recorrer a médicos especialistas
Cujo preço da consulta também era uma aberração
Chegando aos montantes que cobram os analistas...

Constatação XV
Não se pode confundir insolvente com insolente, muito embora, depois do emprestador tentar cobrar uma já antiga dívida, o insolvente reagiu acusando o credor de insolente. A recíproca não é verdadeira, pois há insolente que paga em dia seus débitos, mas poderá vir a ser no caso que o cobrador seja insolente por natureza.
Constatação XVI
E não se pode confundir pústula com postula, muito embora o que se tem visto de candidatopústula que postula um cargo nas eleições, não está escrito em lugar algum. E pior, mormente, quando se vê que assim chamada justiça eleitoral e outras jogando para o eleitor a decisão de votar em “ficha limpa”, que – normalmente sem condições de saber quem o é – não toma providências, mesmo para os casos flagrantes, em impedir que o pústula possa se candidatar. E isso com a propaganda, na televisão, instando que não se deixe de votar e que não se vote em quem tem ‘ficha suja’. Conclusão: Em certos países sempre quando se aprova uma lei se deixa brecha, ou brechas, para que ela possa ser contestada, refutada, malversada e outras ‘ada’ aéticas e imorais. Vige!
Constatação XVII
E, ainda, não se pode confundir sanha* com senha, muito embora quem, em determinadas ocasiões, esquece a sua senha fica com sanha de si mesmo.  
Sanha = substantivo feminino
1 rancor, fúria, ira, desejo de vingança
2 vontade incontrolável (Houaiss).
Constatação XVIII
Rico tem, às vezes, um lapso; pobre, sempre esquece.
Constatação XIX
De repente, não mais que de repente a gente se dá conta a existência de juízes e desembargadores que sua – deles – conduta ilibada é que nem o socialismo: pura utopia...
Constatação XX
Em certos países e, particularmente, no nosso há certo tipo de eleitores: aqueles que votam no menos pior; aqueles outros que votam pensando no quanto pior melhor; aqueles que ainda acreditam em promessas; aqueles que simplesmente anulam o voto; aqueles que anulam o voto,  votando em animais como foi o caso, no passado, do rinoceronte Cacareco e aqueles que votam por votar, mormente para não ter problemas com o Tribunal Eleitoral. Porém a um detalhe comum a todos. Quaisquer que sejam os resultados estarão todos fod, digo, ferrados, salvo àqueles que conseguirão um cargo, carguinho ou cargão. Vige!
Constatação XXI
E como filosofava o obcecado: “Cada sessenta segundos que você passa mal-humorado, angustiado ou mal, é um minuto de alegria que não voltará. A mesma coisa acontece com um evento do bem-bom: Cada um que for adiado estará perdido para sempre”.
Constatação XXII
Depois que houve empate entre candidatos a prefeito da minha Balsa Nova e o cargo é dado para o candidato mais velho, este assim chamado escriba acha que, além do atendimento prioritário nos bancos para, dentre outros, os de idade provecta encontraram mais uma ínfima, escassa e irrisória vantagem...
Constatação XXIII (Quadrinha para ser recitada por quem assim o desejar um tanto quanto confusa).
Resolver uma equação do segundo grau de cabeça
Não é para qualquer cidadão e simples mortal
Mas se você conseguir que isso ocorra, aconteça
Terá que saber bem a tabua de logaritmo decimal.
DÚVIDAS CRUCIAIS VIA PSEUDO HAICAIS
  
Dúvida I
O bemol e o sustenido
Daquele músico
Parecia mais um balido ?
Dúvida II
De tão esquálido
Não deu para ver
Como ele estava pálido ?
Dúvida III
É muita sisudez
Não responder a uma
Pergunta em Javanês ?
Dúvida IV
É muita insinuação
Ficar enaltecendo,
Todo tempo, o bem-bom ?
Dúvida V
Só o comprimido
Pra pressão alta e sogra
É que baixa a libido ?
Dúvida VI
Você também acha
Que, agora, o Brasil
Não vai e não racha ?
Dúvida VII
É uma decisão política
Ela me lançar: “Afinal,
Você vai ou fica” ?
Dúvida VIII
Quem colhe uma rosa
No jardim do seu coração
Fica todo prosa “?
Dúvida IX
É um grande pleito
Querer levá-la
Para o leito ?
Dúvida X
Fizeram um carnaval
Quando a 9ª de Beethoven
Virou Patrimônio Mundial ?
Dúvida XI
É muita leviandade
Surrar o meu Paraná
Sem dó nem piedade ?
Dúvida XIIDiante de tantas pagas
Restaram no inferno,
Pouquíssimas vagas ?
Dúvida XIII
Da invicta, foi o atrevido
Que arrancou um beijo
Com um baita estalido ?
Dúvida XIV
Foi o fandango
Que disse para a milonga
Vamos dançar um tango ?
Dúvida XV
Aí, disse a milonga:
Tango eu não sei dançar
Mas você não dança conga ?
Dúvida XVI
Não seja tongo
Você não acha conga
É só para mocorongo ?
Dúvida XVII
Se não houvesse o indefectível segundo turno
Você ficaria mais jubiloso, exultante, alegre
E, consequentemente, não ficaria tão soturno ?

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

BRAZIL: POR QUE UMA POTÊNCIA VIRA-LATA SE PODEMOS SER HUMANOS DE PRIMEIRO MUNDO?



Brasil quiere ser como nosotros ya fuimos Por: | 18 de octubre de 2012


Lo que a los españoles y europeos en general nos hizo un día prósperos y avanzados en civilización, es lo que los brasileños, y en buena parte muchos otros latinoamericanos, están queriendo ser. Y lo hacen justo en el momento en que nosotros parece que estamos dejando de serlo.
Me explico. Como me ha hecho ver  el economista Andrés Cardó, a Europa y a Estados Unidos les llevó a la modernidad y a la democracia la idea de progreso. El deseo de superación.
Así, los padres que no habían podido alcanzar un cierto grado de conocimiento y de riqueza comenzaron a sacrificarse para que sus hijos un día “pudieran vivir mejor que ellos”, es decir, con más estudios, con una vida con menos penuria, con mayor calidad de vida.
Y lo hicieron. Así, los que les siguieron pudieron salir del túnel de la pobreza y del atraso, para ingresar en el mundo de la prosperidad individual y colectiva.
Y llegó la novedad de la Unión Europea, que hizo imposibles las guerras en una Europa cuya historia ha estado cruzada de sangre. Y nos sentimos más fuertes y nos hizo más ricos a todos.
Recuerdo aún a mi Andalucía pobre, de alpargatas, sin futuro, en la que los hijos seguían las hormas de pobreza y de falta de conocimientos de sus padres. No había superación posible. Los hijos eran siameses de la misma fatalidad.Y las carreteras polvorientas y peligrosas. Y los coches parecían tartanas de otro siglo.Y yo viajaba en tercera clase de los trenes que eran también de mercancías.
Un día, el progreso llegó a nuestras puertas y todo cambió. Los hijos de padres analfabetos fueron a la Universidad y empezaron a viajar y conocer el mundo, y humedecieron de felicidad los ojos cansados de sus padres trabajadores de la tierra.
Recuerdo ver a uno de esos labradores temblarle en sus manos arrugadas como raíces de vid, el diploma de su hijo abogado.
Hoy, los nietos de aquellos que empezaron a disfrutar del progreso y la modernidad son los ni,ni. No saben ya que hacer con sus títulos universitarios por los que un día suspiraron y que hoy, paradójicamente, los están devolviendo a la pobreza original de sus abuelos.
España parece en efecto un tren marcha atrás. Un amigo mío me decía ayer: “Me parece haber retrocedido a los tiempos de la transición, como si estuviésemos intentando salir de nuevo de los escombros del franquismo”.
He hecho este largo preámbulo para decir que, al revés, hoy en Brasil, como en buena parte de América Latina se está viviendo un momento parecido al que nos ilusionó un día a nosotros con la llegada del progreso y de la voluntad de superarnos y de triunfar.Y empiezan a soñar con una América Latina unida.
Lula rodeado de gente
También aquí, al otro lado del charco, se vivió durante mucho tiempo aquel desengaño, aquel no tener futuro delante, aquella angustia de que los hijos no conseguían superar a los padres.Se vivieron las heridas dejadas por la esclavitud y el colonialismo bastardo.
Hoy, al revés de lo que nos pasa a nosotros, ellos están cambiando. Han empezado a saborear los primeros frutos del progreso. Están dejando el hambre atrás. Hasta ha crecido el número de negros, en Brasil, que ingresan en la Universidad.Y los blancos son ya minoría. Todos están mezclados. Los DNA han bailado juntos.
Hasta el punto que el carismático Lula que llevó a la clase media a 30 millones de brasileños, hoy puede ser víctima de su propio éxito.
Ello, porque esos millones de expobres, ya no se conforman con comer tres veces al día. Ni con que sus hijos no estudien. Ni con una sanidad en la que morían uno de cada dos niños nacidos. Quieren más. Quieren superarse. Quieren ser como lo éramos los europeos antes de la crisis.
La madre empleada doméstica, quiere que su hija ya no limpie casas como ella y se sacrifica para que haga un curso de contabilidad. Quieren los padres que sus hijos les superen. Han dado un puntapié al fatalismo de una vez.
Y no les bastan ya los valores puramente materiales. Esa nueva clase C, llegada de la miseria, exige también ética a la vida pública, como lo está demostrando el interés de la calle por el proceso del mensalão, el escándalo de corrupción política que ha puesto por primera vez a políticos importantes en el banquillo de los reos. Y los está condenando con penas de cárcel. 
Brsileños felicesEsos brasileños que se estrenan en la clase media exigen al mismo Lula, que fue su Mesías, algo más que el maná del desierto. Quieren participar del proceso democrático y ya no reciben órdenes gratuitamente. Quieren pasar de ser individuos a ser ciudadanos con todos sus derechos. No les basta la limosna. Quieren subirse al tren del progreso global.
Y esa es la diferencia entre el proceso en curso en Brasil y en general en buena parte de este continente, y lo que empieza a pasar en España y en varios países de Europa.
Como decía un comentarista de este blog, “nosotros estamos aterrizando mientras ellos están despegando”. Es posible que comparativamente, los españoles, y la mayoría de los europeos, con crisis y todo, estemos aún mejor que los brasileños: con menos desigualdades sociales, con una democracia más consolidada, con mejor calidad de vida.
Lo que es diferente es la sensación que están viviendo los ciudadanos de ambos países. Mientras los españoles están entrando en una situación de cansancio y de falta de perspectiva, aquí en Brasil se respiran aires de vísperas de viaje, de hallarse en una situación donde todo mejora, donde hay esperanza. Donde el 70% de la gente afirma que el año próximo será aún mejor que este.
Y es esa sensación de estar prosperando, de poder soñar algo mejor para sus hijos, lo que crea ese espíritu de optimismo.
Aquel “Sí, nosotros podemos”, lanzado por Obama, que quizás a él se le quedó en el tintero, aquí se siente aún como algo real y nuevo, ya que por siglos pensaron que ellos "no podían". A veces que "ni debían", porque seguían sintiéndose hijos de esclavos y de los antiguos dueños que los habían "descubierto".
Eso explica el que, aún estando globalmente peor que nosotros, los brasileños se sientan más felices y esperanzosos que nosotros.
?Qué exagero? Vengan aquí y lo verán.
O vayan a Chile o a Colombia o a Perú o a Uruguay. No sé en Argentina. Quizás ellos ya fueron más europeos y más prósperos un día, antes de ser contagiados por el virus del populismo, que sigue siendo, en buena parte aún de este continente, el freno al verdadero despertar a una democracia madura y moderna como lo fue la europea, por lo menos hasta hoy.
Protestas en MadridProtestas en Madrid


 
* Juan Arias.

Sobre el autor

es periodista y escritor traducido en diez idiomas. Fue corresponsal de EL PAIS 18 años en Italia y en el Vaticano, director de BABELIA y Ombudsman del diario. Recibió en Italia el premio a la Cultura del Gobierno. En España fue condecorado con la Cruz al Mérito Civil por el rey Juan Carlos por el conjunto de su obra. Desde hace 12 años informa desde Brasil para este diario donde colabora tambien en la sección de Opinión.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012



REDES ANTISSOCIAIS
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Sérgio Antunes de Freitas

A primeira charge que me fez rir foi uma do Ziraldo, na revista A Cigarra, lá pelos anos 60.
Como se tratava de uma publicação voltada ao público feminino, o cartunista mostrou coerência, desmontando a tradicional figura do homem como ser superior.
A imagem era a de um indivíduo deitado em uma rede de dormir, que acabava de se arrebentar logo abaixo do acordoamento. Com uma das mãos, ele se segurava no que restou das cordas ainda enganchadas.
Com o resto do corpo, se abraçava á maior parte da rede, para não cair.
Jogados no chão, estavam os óculos, copo de refresco com canudinho, livro aberto etc.
Da enorme boca do infeliz, saí uma única palavra em negrito e caixa alta: “MARIAAAAAAAAAA...”
Acho que a rede, cujo nome original é hamaka, acompanha todos os brasileiros desde que os índígenas a inventaram.
Comigo foi assim,
Hoje, posso até dizer que, pela forma como se sai do belo descansadeiro, descobre-se a idade do descansado.
Quando moleque, na hora de sair, eu balançava o corpo ao máximo possível e, quando o bólido atingia sua maior altura, eu me arremessava e caía de pé. Uma aventura! Menos para o gato que costumava dormir ao lado do ponto de pouso. Ele sempre esturrava!
Depois, na adolescência, balançava menos vigorosamente e sonhava com o sucesso na vida, com as paixões inocentes, com um futuro glorioso, quando era interrompido pela obrigação da tarefa escolar.
Mais adiante ainda... Nossa, como é bom um namoro na rede, daqueles em que o casal fica agarradinho, sem saber pra que lado se virar! Os braços chegam a ficar dormentes, só para não sair de perto um do outro.
Nesse ponto, temos que falar da resistência das redes às altas temperaturas, que chegam a 42º entre os corpos.
Mas não existe nada mais sublime do que embalar o filho em uma rede, cantando a música que o faz dormir. É certo que alguns dormem rapidamente, desconfio, para o pai parar de cantar de tão desafinado.
Até que se chega à idade adulta, também chamada de “obesa-idade”.

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Com o peso, sair da rede (a depender de sua altura, largura, profundidade e distância do solo) torna-se uma odisséia dantesca, ou seja, a gente conhece o inferno.
Caí numa armadilha dessas no último fim de semana, quando me afundei em uma dessas que fica na varanda. Ela era muito profunda mesmo e eu estava mais pesado que de costume.
Quando tentei sair, no modo normal, não consegui.
Tentei em diagonal e nada.
Botei as pernas para fora e fiquei de cavalinho, puxando o corpo com os braços. Nem mexi!
A coisa começou a complicar e eu tentei o cavalo invertido: pernas dentro, mas como um jóquei, e os braços fazendo força.
De tanto esforço, acabei em uma posição indefinida. Não chegava a ser uma daquelas do kama-sutra, mas era esquisita. Por sorte, ninguém viu.
Eu não queria me jogar no chão, pelo risco de uma fratura, então, deitei de novo.
-Pôxa – pensei, será que vou ter que ficar de castigo até alguém aparecer aqui na varanda?
A idéia de pintar uma vontade de ir ao banheiro me aterrorizou. Bexiga cheia em uma situação daquelas seria fatal!
Fiz mais algumas tentativas infrutíferas, até que veio a lembrança dos tempos de infância e acabei resolvendo meu problema assim:
 - CLEIDE MARIAAAAAAAAAA...

Sérgio Antunes de Freitas
7 de outubro de 2012


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

BRAZIL: "QUEM ROUBOU NOSSA CORAGEM"?

¿Por qué en Brasil no existe la oposición?

Por:
Dilma y cardosoDilma y Cardoso, adversarios políticos
Juan Arias
Es un fenómeno que choca a los europeos. En Brasil, prácticamente, no existe una oposición al gobierno de la Presidenta Dilma Rousseff. Hasta el punto que el líder del que debería ser el mayor partido de la oposición, Fernando Henrique Cardoso, expresidente de la República y fundador del PSDB (Partido Socialista Democrático de Brasil) pidió a sus correligionarios que “dejaran trabajar en paz” a Dilma.
Es verdad que una cierta condescendencia de la oposición con la actual Presidenta, supone indirectamente una crítica a su antecesor, Lula da Silva, ya que consideran que ella se desvía de su tutor en la lucha contra la corrupción.
La mayoría de los grandes partidos ha preferido desde siempre en Brasil vivir cobijada bajo las alas del gobierno del que reciben ayuda y cargos que les permiten ayudar a sus respectivos colegios electorales. Nadie quiere estar en la oposición y menos contra un gobierno como el de Rousseff con casi un 80% de consenso.
Lo mismo había ocurrido con su antecesor el carismático y popular Lula da Silva, de quien escribí en este mismo diario un artículo que fue traducido también aquí en Brasil titulado “Y Lula se comió a la oposición”.
Se la había comido de verdad, ya que nadie se atrevía a criticar un gobierno que gozaba de la máxima popularidad, apoyado por la gran masa de pobres que veían en Lula a su Mesías y Redentor.
Esa dificultad de enfrentarse con un gobierno popular con, además, gran apoyo internacional, hizo que incluso en 2005, cuando estalló el escándalo de corrupción política de mensalão, que hubiese podido costarle el cargo a Lula, la oposición no se atrevió a enfrentarse a él, ante el temor de la amenaza que había lanzado de sacar en su apoyo a la calle a los movimientos sociales controlados por el partido del gobierno, el PT, fundado por Lula.
Ello ha llevado a una situación paradojal. Ante la ausencia de una oposición política seria y eficiente, algo fundamental e indispensable en las mejores democracias y en los gobiernos mejor valorizados, dos estamentos de la sociedad han tomado el relevo de la oposición: los medios de comunicación y la justicia.

Los medios son los que en los últimos años han funcionado como oposición colocando sobre el tapete todos los escándalos de corrupción incluso los que llevaron a Dilma a retirar de su gobierno a ocho ministros.
Y no se ha tratado de algunos medios más o menos críticos con el poder.
Todos los diarios, semanales y televisiones más importantes, han sacado a luz escándalos políticos de corrupción de políticos tanto del gobierno como de la oposición. Lo han hecho los diarios Folha de Sâo Paulo, Estado de São Paulo, O Globo, Veja, Istoé, Panorama y las televisiones Globo y Banderantes entre otras.
Y junto con la prensa, el otro eje de la oposición lo está ejerciendo la justicia, tanto los fiscales del Estado como los jueces del Supremo que están condenando estos días a los políticos acusados de haberse dejado sobornar para apoyar en 2003 al gobierno Lula así como a los acusados de haber sido los corruptores de dichos políticos sirviéndose de dinero público usado ilegalmente.
Hay quién se pregunta si es normal en una democracia que sean instituciones como los órganos de información y los tribunales de justicia, los que hayan tomado el relevo de la ausencia de oposición política.
La pregunta no es de fácil respuesta. Sin duda que en una democracia normal, la oposición la deben hacer los políticos, que es lo que asegura la alternancia en el poder ¿Y cuando éstos se ausentan? ¿Es justo que tome esa misión otras instituciones, desde la prensa a la justicia o a las redes sociales?
Lo que habría quizás que entender es que el caso de Brasil es una anomalía, porque de repente el gigante americano se ha despertado y ha empezado a crecer no sólo económicamente sino también cultural y socialmente.
La opinión pública que por un lado rechaza la corrupción política, por otro se siente tranquila con unos gobiernos que la hacen soñar con mejoras año tras año.
Cuando el clima general de la sociedad es de esperanza en un futuro inmediato que se les presenta mejor que el pasado, no es fácil a los políticos desempeñar su papel indispensable de oposición.
No es una justificación, ya que estoy convencido de que sin oposición la mejor democracia acaba corrompiéndose inexorablemente. Es tan solo una constatación de una coyuntura histórica, que es real.
Lula y cardoso
Lula y Cardoso, adversarios políticos de una vida
Juan Arias. Periodista do jornal El Pais.

domingo, 7 de outubro de 2012

BRAZIL 1.99/EUROPA: RECEITA BRAZIL ANTI-CRISE!

BRASIL: CRISE... DE OPORTUNISMO!
Marina da Silva

Desde setembro/08{crise financeira mundial[com eclosão nos EUA] até os dias de hoje, o Brasil vem passando por um TOC - Transtorno Obsessivo por Crise na mídia e vive como sua, a profunda e grave crise financeira que abalou drasticamente os Estados Unidos e alguns países da União Européia, especialmente  Inglaterra, Espanha, Irlanda, primeiro momento, Portugal, Grécia, Espanha, Itália [2011-2012].
Entre a marolinha de Lula e o tsunami global, preparei meu cofrinho, transferi o fundo para poupança, economizei presente de natal cortando 99,99% da lista. A maioria da família levou um "sinto": Sinto muito, mas seu nome foi retirado do sorteio de natal! O trelelê da mídia conseguiu apagar as luzes e quase esvaziar o saco do Noel.
Análises econômicas toscas manipularam a nação criando deliberadamente um cenário técnico para os “reflexos iminentes” de uma crise movida a boatos.
 Na realidade fundamentam uma onda de expropriação da população, um repasse descarado de riquezas para alguns setores econômicos e uma nova etapa de precarização do mercado de trabalho através de demissões, acordos coletivos nocivos e covardes com redução de jornada, salários e tudo sob os auspícios das centrais sindicais, com destaque para a Força (o Dart Vader do sindicalismo).
A verdade é que por detrás do terrorismo da desaceleração técnica, recessão técnica da economia e blá o que se viu e vê é que a crise financeira mundial vem servindo de pano de fundo para acirrar a concentração de riquezas e de empresas. O sobe e desce das bolsas, as altas taxas de juros, a baixa e alta do dólar levaram a bancarrota empresas que valiam ouro e foram abocanhadas num mega-feirão por preço de banana.
Numa fúria de concentração, o Santander catou o Real ABN-Amro; o BB-Banco do Brasil encaçapou o BEP-banco do estado do Piauí,o BESC-banco do estado de Santa Catarina, a Nossa Caixa-São Paulo e o banco Votorantin; o Itaú se fundiu com o Unibanco e se tornou um dos 20 maiores conglomerados do planeta. “Em setembro/08, antes das grandes fusões recentes, os cinco maiores bancos do país detinham 75% dos depósitos do sistema financeiro Nacional _ afirma Aluísio Alves/Reuters _ Agora, apenas os grupos Itaú/Unibanco e o BB detem quase metade do total.” A farra e farsa parece não ter fim e realmente vivemos uma crise...de oportunismo!
As oscilações na bolsa favorecem os monopólios, as altas taxas de juros é lucro dos bancos, os boatos na imprensa elevam os preços ao consumidor, quebram médias, pequenas, micro e nano-empresas e ainda justificam demissões, a queda na renda dos trabalhadores, perda de direitos sociais conquistados às duras penas (inclusive, de morte). Mas se análises terroristas a lá Miriam Leitão vendem o agravamento diário da economia brasileira, reflexo da crise mundial, os dados estatísticos jogam ao chão tais afirmações e ainda apontam reflexos em outra direção. E como os números (jogados no ar displicentemente pela mesma imprensa) não mentem, vamos a eles:
  • A taxa de desemprego de 7.6% em 2008 é menor do que a taxa de 2002 sem crise;
  • O PIB-produto interno bruto do país continua crescente, cerca de 6% em 2008 com séries recordes desde 1996;
  • Recessão em 2009 é pouco provável, pois os fundamentos da nossa economia, acreditem, são mais sólidos na atualidade;
  • A indústria de beleza está em alta. A Natura teve forte crescimento - acima de 22% no quarto trimestre atingindo lucro de R$3.6 bilhões em 2008.  Está entre as 100 maiores empresas do Brasil em vendas, ocupa o 82º lugar, possui 1.650 empregados e mais de 70 mil colaboradores na América Latina (sem contrato, sem carteira assinada, sem jornada, sem salário, sem local de trabalho, sem pagar a Previdência enfim...um bando de empreendedores sociais); a empresa investirá “400 milhões de reais em marketing e programas de estreitamento de relações com as revendedoras” até 2010, afirma A. Carlucci, seu presidente;
  • Cresce a venda de tratores juntamente com o índice de satisfação dos latifundiários; os preços das comodities agrícolas vão bem;
  • Usiminas, Gerdau e Vale vendem minério de ferro e lucram em ouro.
  • Cresce a venda de carros desde dez/08. Fabricantes querem o sumiço do IPI-imposto sobre produto industrializado, chantagiam o governo: dinheiro ou demissões e fazem um enxugamento com corte nos postos de trabalho;
  • A indústria paulista cresce 5.7% em fev/09 e a mineira também, mas ainda afirmam que isso não sinal de recuperação;
  • A dívida dos paulistanos caiu 7 pontos e é a menor em 5 anos;
  • Ibope-data-census dá 84% de aprovação a Lula que apadrinha Dilma presidenta em 2010;
  • Dilma Roussef, presidenciável em campanha desde o primeiro mandato Lula emplaca...cirurgia plástica e coloca faixa presidencial "Dez anos mais jovem";
  • Bancos racharam de ganhar dinheiro em 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 também! Só o BBB- Big Banco Brasil faturou  R$ 8.8 bilhões (2008), crescimento de 74%;
  • Petróleo a 35 dólares o barril é dinheiro com borra, afirma experts;
  • Com cerca de 39 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o déficit da Previdência (falácia difícil de engolir depois da pesquisa da economista Denise Gentil) tende a cair;
  • Empresários querem carteira com mais dólares, pobres recebem bolsa-esmola com leve aumento ( é cabresto eleitoral);
  • Etc está em alta, e tal, também cresce.

Em meio a grave crise, o mercado de luxo descobre o Brazil _ a peruagem agora é off-road, 4x4_ e o Brasil politicamente correto, honesto, trabalhador, verde e famélico sustenta e enriquece uma canalha catando lixo, tirando sobrevivência e cidadania de papelão, latinha e garrafa pet.
Chega de balela! Se a imprensa brasileira persistir nesta sacanagem pode não levar atestado de burrice, mas com certeza vai escancarar para a nação o seu diploma...de GADO!












quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Brazil: com amor para Cidinha

A visita

Zé Pi


Ao decolar pela primeira vez, aquela maquininha de voar, delicada, de fuselagem arredondada e bico fino, teve problemas de ganho de altitude e acabou fazendo um pouso forçado na área privativa do imóvel mais próximo, especificamente sobre o vaso de Scullenta que a Margot ganhou do cunhadão alemão.
Depois do susto, a lindinha deu umas voltas de reconhecimento da região e subiu no pé de azaléia, depois no galho de gerânio e pressentindo a presença do dono do pedaço, ou melhor, de alguém que se acha o dono, ela fugiu e se escondeu debaixo do pé de Maria-sem-vergonha. Sem nenhuma maldade, aquele focinho gelado queria apenas cheirá-la.
 Ela voltou para a segurança da Scullenta até que, antes de cair um toró, alguém do tipo gente a descobrisse e oferecesse um hangar descente, com água e canjiquinha. Todos os moradores do imóvel quiseram conhecer e batizar a recém chegada; muitas sugestões de nomes, mas, o nome que pegou mesmo foi Cidinha.
Sentindo que era bem vinda, a moça passou a freqüentar o “quartin”, a área de serviço, a cozinha e até debaixo das camas.
Um dia, sem nenhuma despedida, sem deixar bilhete de partida, sumiu, talvez, já fortinha e desejada por machos de sua espécie, alçou o segundo vôo, agora muito bem sucedido.
Todos entendemos o instinto natural da visitante e sempre olhávamos se no meio de algum bando a Cidinha estivesse feliz. Uns seis dias depois, olha a surpresa! Cidinha, toda faceira, pousou no pé de Ora pro nobis e eu juro que ela sorria; não se assustou diante da minha mãozona carinhosa e todos comemoramos seu regresso.
É...Ela veio agradecer a primeira acolhida, seguindo a boa educação recebida da mamãe e no dia seguinte, depois do almoço de canjiquinha, partiu.
 Sei que esses bichinhos vivem pouco e na cidade grande e poluída, bebem água podre, comem lixo e são parasitadas por piolhos, carrapatos e vermes ou viram almoço de gavião pinhém.
Cidinha se foi há meses, mas permanece nas nossas lembranças; pelo menos na minha lembrança de padrinho zeloso.