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sábado, 8 de maio de 2021

BRAZIL: DONALD TRUMP E O TRUMPISMO? Parte 5

 

TRUMPISMO?

Marina da Silva

Enfim...O Trumpismo! Uma busca rápida no tio Google e você achará como significado:

“trumpismo trum.pis.mo trɐ̃ˈpiʒmu nome masculino

1. POLÍTICA conjunto de princípios e práticas políticas associadas a Donald Trump, 45º presidente dos EUA

2. POLÍTICA período da governação liderada por Trump

3. POLÍTICA movimento ou postura política de apoio a Trump e/ou às suas políticas De Trump, antropónimo+-ismo” 1

E claramente estes são significados de trumpismo bastante simplórios e fakes, pois não abarcam a complexidade do que é/foi o “momento ultra-neoliberal” Donald J. Trump no comando da mais poderosa nação capitalista do mundo, os Estados Unidos da América.

O Trumpismo não surgiu do meio da nada e de lugar nenhum e menos ainda da cabeçorra de Donald Trump, um recém-nascido molhando e sujando fraldas descartáveis em 1946. Mas Donald J. Trump e o “Trumpismo” nasceram no contexto histórico banhado pelas ideias, ideologias, filosofias e políticas econômicas sob intervencionismo estatal (nos moldes keynesiano) que dominaram o Ocidente desde início do século XX e principalmente  pós-Segunda Guerra Mundial.

O Trumpismo, abusando de tal termo, foi a reação perpetrada e balizada pelo pensamento da escola austríaca de economia nos Estados Unidos  em defesa ferrenha e radical do capitalismo2 sob a égide do liberalismo econômico laissez-faire: mercado livre, propriedade privada, individualismo, liberdade extrema de fazer o que quiser e der na telha com o próprio dinheiro e corpo sem nenhuma interferência do Leviatã, ops, Estado, considerado há séculos como “um mal necessário” na luta capital de todos contra todos.3

Sim, o Estado é uma “criação humana” assim como a política,  a família e a propriedade privada.4 É a administração e domínio do corpo social e corpo político para/pelos mais fortes, daqueles que, segundo Maquiavel, querem e fazem qualquer coisa para ter, controlar, manter, expandir o poder político, econômico,  social,  o controle e aplicação da violência, etc, etc e tal sobre os outros, também conhecidos como a "ralé social" e o povo.5 O indivíduo é mau e pratica o mal por natureza sempre que quer “poder/riqueza” (leia-se manter, acumular, expandir riqueza), diz Maquiavel,  T. Hobbes e muitos que vieram antes deles e depois e esta aí a "História das Civilizações" para não/ou deixá-los mentir.

"(...)é muito mais seguro ser temido do que amado. Porque os homens em geral são ingratos, volúveis, falsos, covardes, ambiciosos e enquanto você tiver sucesso, eles são inteiramente seus, oferecem o próprio sangue, os bens,  a vida e os filhos, (...)desde que a necessidade esteja distante; mas quando ela se aproxima, eles se voltam contra você."idem

O surgimento, florescimento e cristalização do sistema capitalista de produção e a transformação de tudo em mercadoria6 comprável e vendável vai apenas potencializar isto, dar contornos mais nítidos sobre aqueles que querem o poder e a riqueza a qualquer custo para destruir, subjugar, explorar, expropriar e dominar  os demais (indivíduos, povos, nações, impérios).

***

Com uso dos conhecimentos científico-tecnológicos aplicados à produçãoidem, principalmente a partir meados do século XIX, A Riqueza das Nações7 dá gigantescos passos, açula a disputa, concorrência, competição, ganância e descambará no século XX em: Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918) e ascensão dos nacionalismos (movimento romântico), totalitarismo8 deixando saldo de cerca de 20 milhões de mortos, além feridos e sequelados; crises de fome, pobreza, miserabilidade; revolução Russa e a opção/oposição ao capitalismo selvagem (1917) com formação da federação URSS- União das Repúblicas Socialistas Soviéticas; a gripe espanhola (1918), a crise financeira mundial (quebra da bolsa de Nova York em 1929); Segunda Grande Guerra Mundial (1938-1945), e, muitos outros males.

Mas para todos os males  capitalistas há cura: intervenção do Estado. Pensou na mão invisível smithiana regulando um mecanismo altamente irracional, volátil, explosivo? Esta é uma das "ideias" e o principal “mito” e mentira aplicada pelos capitalistas e pares à sociedade civil. O Estado também é cura para regimes socialistas, comunistas e tal também, inclusive para anarquismo, esclarecem anarquistas a Brian Dorhet no livro aqui citado.  Não confunda sistema de produção com formas de governo. Um estado pode ser comunista-capitalista ou capitalista-social-democrático ou socialista-capitalista como o dragão chinês.

"Os princípios básicos do liberalismo não contêm nenhum elemento que o faça um credo estacionário, nenhuma regra fixa e imutável. O principio o qual devemos utilizar ao máximo as forças espontâneas da sociedade e recorrer o menos possível à coerção pode ter uma infinita  variedades de aplicações".

www.google.com.br/images. ATENÇÃO!  Crise de 1929? NÃO. Muitos como eu, usam esta foto relacionando-a com O CRASH DE 1929, isto porque uma busca Google dá esta imagem como do período do Crash. Na verdade está foto ao lado do outdoor "sonho americano de prosperidade" foi tirada em 1937 durante uma inundação do Great Ohio river e as pessoas desabrigadas na foto estão numa fila por alimentos e roupas, etc, na cidade de Louisville, Kentucky. Margareth Bourke-White. Time & life Pictures. [Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=94MY_fA7lI0&list=PLL9nZoHHkbKDBgno7rKIDwl9IFonjkOeD&index=6&t=54s&ab_channel=Hist%C3%B3riaOnline]


"Ocorrida entre a Primeira e a Segunda Guerra mundiais, a Crise de 1929 foi um dos acontecimentos mais impactantes da História Contemporânea. Essa crise ocorreu nos meses de setembro e outubro de 1929, nos Estados Unidos, quando o valor das ações da Bolsa de Valores de Nova York (à qual a economia mundial estava integrada à época) despencou bruscamente, provocando a sua “quebra” (crash). A quebra da Bolsa de Nova York desencadeou, por sua vez, a Grande Depressão Americana, que durou até meados dos anos 1930."https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-foi-a-crise-1929.htm

Como é bom louvar a “paz mundial”,  democracia, ser liberal pacifista ferrenho, defender soberania das nações, mitos do mercado livre como opção e melhor condutor de uma sociedade livre10, indivíduos livres, todos ricos, saudáveis e felizes fazendo suas escolhas livres, um "Admirável mundo novo”11, administrado por capitalistas amigos, colegas fraternos, dividindo o mercado com alegria, claro, numa microrregião, numa ilha, em Marte, no mundo das ideias.

Na vida real os capitalistas se comportam como bárbaros, selvagens, cada um por sim e com um só lema: I’M THE BEST FUCK THE REST atualmente  conhecida  como filosofia do "fodismo" (apertando o botão do foda-se), pouco importando se o capitalismo é comunista, socialista,  democrático, anarquista ou graças a Deus Acima de Tudo pátria armada Brasil Deus é D+!

www.google.com.br/images

Parafraseando Nietzsche: O liberalismo econômico radical está morto ou o deus Capital está morto no século XX? Bem, para quem nasceu ali nos anos finais do século XIX era a possibilidade. A visão clara era de inevitabilidade e cristalização do "laissez-faire -dada pelo surto tecnológico-científico conhecido como “segunda revolução industrial", meados do século XIX- mas o que se seguiu não foi bem a consolidação do capitalismo selvagem e sim, corridas e disputas por "espaços vitais" ao seu desenvolvimento:  a guerra franco-prussiana, neocolonialismo,  a formação dos estados-nações da Alemanha, Itália; o fortalecimento de sentimentos nacionalistas, patrióticos, imperialistas, totalitários,  o forte crescimento do extremismo à direita e à esquerda e  o aumento exponencial do papel do Estado como o regulador e salvador da pátria, literalmente contra o liberalismo, socialismo  e a democracia. O que deu errado? O credo nas soluções mágicas e controle de um sistema altamente imprevisível, irracional por uma "mão-invisível" na cabeça dos "players" (usando um termo da moda) sem o síndico, ops, "gerente" (estado) foi para o beleléu? O Estado venceu?

***

Os defensores do livre mercado, propriedade privada, individualismo, anti-socilalistas/comunistas, anti-planificação econômica, anti-dirigismo, anti-intervenção e regulação estatal dos assuntos econômicos  abominam o Estado. Abominam? Claro...que não. Abominam o estado do Bem-estar social, o Estado Providência, o Estado proprietário e investidor [na saúde, educação, habitação, infra-estruturas; regulador do mundo do trabalho, salários, interferindo nas negociações capitalistas, principalmente nas especulações financeiras na Bolsa, bancos, mercado de trabalho, direitos sociais,etc], dirigindo a economia.  Hayek defende a presença do Estado e  a justifica e traça a  existência permitida juridicamente: o Estado Liberal de Direito, mais conhecido atualmente como estado-empresa, aquele que: ou ajuda os  empresários capitalistas ou sai fora do seu caminho12. Hayek sabe que o Estado é o mal necessário, isto é, um mecanismo utilitário para os liberais. 

"Há enorme diferença entre criar deliberadamente um sistema no qual a concorrência produza os maiores benefícios possíveis, e aceitar passivamente as instituições tais como elas são". (HAYEK: cap. 1. p.37-46)

E quem vai discordar de Hayek, prêmio Nobel de economia, quando sabemos que a era de ouro do liberalismo século XIX ocorreu sob os auspícios do Estado? Paradoxo? Claro que não. É fato histórico e Brian Dorhet não me deixa mentir, embora maximize o "empreendedorismo" dos liberais neste século e desde a "fundação dos Estados Unidos" pelos pais fundadores.

intelligentsia austríaca vinda para a América, mãe da chamada "Escola de Chicago" e que prescreve o estado neoliberal no século XX como reação ao intervencionismo estatal pós Segunda Guerra Mundial é adepta do "estado mínimo":

"A distinção que estabelecemos entre a criação de uma estrutura permanente de leis - no âmbito da qual a atividade produtiva é orientada por decisões individuais - e a gestão das atividades econômicas por uma autoridade central caracteriza-se assim, claramente, como um caso particular da distinção mais geral entre o estado de direito e o governo arbitrário." (HAYEK: cap.6; p.89-100)

Fica a "dúvida crucial e pequenas constatações na falta de maiores", diria o escritor José Zokner13: o que deu errado com o sistema perfeito de conduzir a sociedade, o liberalismo radical, que passou a ser execrado e banido para os infernos no século XX? Chamo Hayek para responder apropriadamente com este comovente lamento de moedeiro com a mais falsa das moedas:

"Quando o curso da civilização toma um rumo inesperado, quando, ao invés do progresso contínuo que nos habituamos a esperar vemonos ameaçados por males que associamos à barbárie do passado- atribuímos a culpa a tudo, exceto a nós mesmos.(...)Não estiveram nossos esforços e esperanças voltados para maior liberdade, justiça e prosperidade?(...) as ideias que ao longo da geração passada foram seguidas pela maioria dos homens de boa vontade e determinaram grandes mudanças em nossa vida social não podiam estar erradas". (HAYECK, cap. 1, p.37-46)

É preciso começar tudo de novo, ressuscitar a “ideia” que nunca morre, dirá Ludwig Mises e F. Hayek e num lugar longe da contaminação, Hayek chama de “infecção”14 das ideias socialistas, comunistas, da social-democracia, do dirigismo, planejamento e intervencionismo do Estado, longe das ideias coletivistas caras ao século dos iluministas e humanistas e das ideias cristianas (Jesus Cristo); de ideias de Égalité, Fraternité, Liberté para todos, de comunidades de irmãos vivendo em comum e dividindo o pão e bens com alegria - coisa dos europeus!

O lugar escolhido: Estados Unidos, um dos três países da América do Norte, situado entre o México ao Sul e o Canadá ao norte. Mises e Hayek estão enganados, não redondamente, mas as ideias socialistas, comunistas e anarquistas estão presentes nos Estados Unidos e pior ainda, depois do “crash da Bolsa de Nova York" em 1929, o apelo à intervenção estatal se tornou a ordem do dia para os conservadores dos partidos Republicano e Democrata com as políticas  do New Deal de F. D. Roosevelt.

A missão de ressuscitar o liberalismo econômico  sem qualquer regulação além da “mão invisível” smithiana será um trabalho hercúleo onde nem os próprios liberais se entendem sequer quanto ao nome do “movimento”: Liberal? Neoliberal? Anarco-capitalismo (de esquerda e/ou direita)? Niilismo-esquerdista? Conservadorismo? Neoconservadorismo? Liberalismo de raiz? Direitismo conservador? Anarco-sindicalismo? Esquerdismo progressista? Direita&Esquerda?

Só os “escolhidos” (lei da predestinação calvinista e teologia da prosperidade dos neoevangelistas) ajustam-se a irracionalidade do capitalismo, suas verdades eternas e entendem o mistério da “mão invisível”, uma herança das virtudes liberais do “refinado” povo britânico que sucumbiu ao coletivismo no século XX e eles, os radicais pelo capitalismo, tem a missão histórica de passar tal conhecimento adiante, mas,  todavia em pleno momento conhecido como “Golden Age”  ou Welfare State, nos Estados Unidos: prosperidade, bem-estar social, empregos, aumento da renda da classe média, fortalecimento dos  sindicatos, seguridade social, seguro-saúde, seguro-desemprego, aposentadoria, políticas públicas sociais para Educação...etc. É o mesmo que pregar no deserto:

“Difícil explicar para seu vizinho ou alguém sentado perto de você num jantar porque legalizar narcotráfico ou prostituição ou acabar com os fundos públicos da Educação era vital para o futuro da liberdade da América.” (Radicals to capitalismo, p.3000-3002) 14.Tradução livre

***

Enquanto issso... Donald Trump crescia em graça e beleza, banhado e embebido no que há de pior nos Estados Unidos: ideário da supremacia branca anglo-saxônica, inferiorização de negros, imigrantes asiáticos (chineses em destaque), latinos (mexicanos especialmente), misoginia, homofobia,  lutando contra os direitos civis defendendo a Lei Jimmy Crown e Ku-Klus-Klan -segregação e extermínio de negros.15 os radicais pelo capitalismo elaboravam planos e guias práticos de tomada LITERAL do poder e instauração do Estado neoliberal:

1. Formação de teorias científico-filosóficas a cargo de Mises, Hayek e Milton Friedman (fundadores da Sociedade de Mont Pélerin - braço e cabeça liberal internacional e do clube Bastiat);

2. Conseguir fundos para a FEE: educar, formar tarefeiros e obreiros para espalhar a "economia do livre mercado" em jornais, literatura, escolas, igrejas e afins e domesticar a população no ideário da sociedade neoliberal a cargo de Leonard Read e sua "gangue";

3. Aditivar a catequese do culto neoliberal ( fundamentos de Mises/Hayek) e ideias anarco-libertarianas e objetivismo (Ayn Rand) cujo objetivo é destruir totalmente "estado" de welfarismo usando os inimigos e suas armas totalitárias (Hitler/Stalin), em proveito do livre mercado, propriedade privada, individualismo, egoísmo. O que fica a cargo de  Murray Rothbard. Claro que a aristocracia intelectual da "escola de economia austríaca" precisa de servos para não sujar as mãos:

"O economista, filósofo e jornalista nascido em Nova York Murray Rothbard é amado e rejeitado pela grande paixão de vários companheiros libertarianos. Ele estava igualmente em casa na construção de instituições e movimentos políticos e em reinos rarefeitos de economia e filosofia política e igualmente capaz de fazer inimigos em qualquer área (...) Rothbard cruzou a órbita de Rand e se deixou convencer pela tradição dos direitos naturais após sua formação inicial na economia utilitarista de Mises. Ele é (...) aquele cuja influência explica mais sobre o que torna únicas as idéias, o comportamento e o sabor geral do libertarianismo americano; (...) Ele carece do respeito quase universal de Milton Friedman como economista e comentarista. Ele não tem o grande culto de seguidores de Rand. Ele não tem a influência acadêmica de Hayek."16 Tradução livre

Rothbard é a radicalização necessária para a implantação do estado neoliberal que a "intelligentzia" sangue azul não se permite professar abertamente: militarização do Estado, destruição do Estado do Bem-estar Social (política do New Deal 1933), apropriação do estado para fins únicos (ideias libertarianas radicais inclusas) com as "armas" dos regimes totalitaristas nazista e stalinista. Rothbard as considera excelentes armas para qualquer sistema, uma grande novidade encontrada explicitamente no pensamento de Maquiavel, século XVI e reduzida ao slogan: "os fins justificam os meios" e vice-versa.

O que existirá após a supressão/diminuição do estado? Um grupo privado seleto de bilionários garantindo e regulando privilégios para "os escolhidos" em várias partes do mundo: banqueiros, industriais,  financistas investidores e/ou especuladores, reis do petróleo, gás natural, minérios, gado, monoculturas, armamentos de guerra, construção civil, citando alguns. Em 1973 e na grave crise do petróleo é dada a partida ou OPERAÇÃO: implantação do estado neoliberal no Chile e em plena ditadura militar de Augusto Pinochet; e seu sucesso demonstra na prática que o plano da “Escola de Chicago” cria o consenso de que o Estado neoliberal é aplicável e administrável  tanto em regimes autoritários como nas democracias. Em 1979 é a vez do Reino Unido com M. Tatcher; R. Reagan em 1980 nos Estados Unidos; em 1990 no Brasil. O neoliberalismo venceu!

E o Trump?

Nos anos Setenta é um playboy curtindo a vida adoidado.

 Trump já tinha na bagagem o conservadorismo republicano liberal tradição-família-propriedade, temperado pelo racismo, homofobia, latino-fobia, (principalmente contra mexicanos), misoginia, machismo e outros vícios explícitos e tratados com extremado zelo e um fascínio pelo culto narcisista e parasita do brilho e holofotes da mídia, fazendo qualquer coisa para aparecer e lançar suas mentiras e colher ótimos frutos e fãs”17

Começa a trabalhar com o Trump-pai na construção civil, casa-se em 1977 com Ivana e é amigo de Roy Cohn, um advogado do diabo, oops, máfias da construção. Nos anos 1980,  bilionário e super empreendedor de sucesso Trump vai às compras e com ajuda de escritor-fantasma (ghost-whriter Tony Schwartz) publica seu primeiro livro: A arte da negociação, um tremendo sucesso!

Nos anos 1990, falido e endividado Donald é o garoto propaganda fake do “American Dream” para  uma geração desesperançada, com baixíssima auto-estima, desempregada ou trabalhando para sobreviver em empregos precários, disputando vagas com imigrantes legais e ilegais, desconfiando da política e políticos “tradicionais” sem entender que são vítimas tanto da reestruturação produtiva e desindustrialização do país, das inovações tecnológicas que permitem a dispersão territorial de parte ou mesma de toda produção para outros países provocando um enorme desemprego estrutural, da robotização e mecanização com base na microeletrônica,  enfraquecimento do sindicalismo, redução da renda, aumento da jornada de trabalho; vítimas das crises financeiras arquitetadas em Wall Street e principalmente pelo desmantelamento do Estado de Bem-estar social rooseveltiano e implantação do estado neoliberal a partir de Reagan, Clinton, Bushes. Em Donald Trump a/há verdade... Ele quer ser o próximo presidente, mas só se tiver uma chance clara de ganhar, isto é, com uma mega crise nos Estados Unidos. Só que o século XX terminou...

( Continua...)

 

Fonte

1. Trumpismo in Dicionário infopédia da Língua Portuguesa sem Acordo Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2021. [consult. 2021-04-06 15:09:16]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa-aao/trumpismo

2. Sobre este momento histórico ver:  DORERTH, Brian. Radicals for Captalism: A freewilling History the Modern american Libertarian Movement. e-book.

3. HOBBES, Thomas. Leviathan (1651)

4. HENGELS, F. A ORIGEM DA FAMÍLIA, DA PROPRIEDADE PRIVADA E DO ESTADO. Disponível PDF .https://www.pstu.org.br/FormacaoConteudo/Livros/07_OK_Engels-Origem-da-familia-do-estado.pdf

5. MAQUIAVEL, Nicolau.  O Príncipe. São Paulo/SP: Universo dos Livros Editora Ltda. 2009. E.book ISBN 978-85-99187-94-4

6. MARX, Karl. O CAPITAL. Crítica da Economia Política. Livro I. Rio de Janeiro/RJ: Civilização Brasileira,1998. Vol. 1.Livro Primeiro: O processo de produção do capital. Mercadoria e Dinheiro, p. 51-172.

7. SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. E-book

8. Sobre Totalitarismo ver: ARENDT, H. ORIGENS DO TOTALITARISMO: Antissemitismo, imperialismo, totalitarismo. Editora Companhia de Bolso. e-book; História Online: curso HG. Regimes totalitários https://www.youtube.com/watch?v=1dfvwfL5mnY&ab_channel=Hist%C3%B3riaOnline

9.  HAYEK, F. O CAMINHO DA SERVIDÃO. E-book

10. MISES, Ludwig.  A AÇÃO HUMANA.. Um tratado de economia. 1949. ISBN978-85-62816-39-0. e.book; INTERVENCIONISMO, UMA ANÁLISE ECONÔMICA. e.BOOK

11.  HUSLEY, Aldous. Admirável  mundo novo. E-book

12. ALVES, Ana Carolina Timo. AS REFORMAS EM MINAS GERAIS: choque de gestão, avaliação de desempenho e alterações no trabalho docente. UFMG 2006. Seminário Regulação Educacional e trabalho docente. UERJ.

13. ZOKNER, José.

14.  HAYEK, F. O CAMINHO DA SERVIDÃO. E-book

15.Sobre o assunto ver documentarios Netflix: A DÉCIMA TERCEIRA EMENDA; AMEND (Décima quarta Emenda); TRUMP na american dream.

16. DOHERT, Brian. Radicals for Captalism: A freewilling History the Modern american Libertarian Movement.  P.426-453. "New york-born economist, philosopher, and journalist Murray Rothbard is both loved and rejected cith great passion by vrious fellow libertarians. He was equally at home in the scrum of instititution building and movements politics and in rarified realms of economics and political philosophy and equally capable of making enemies in either area(...) Rothbard intersected Rand's orbit and became sold on the natural rights tradition from her after his initial backgroud in Mises's utilitarian economics. He is(...) the one whose influence explains most about what makes the ideas, behavior, and generl flavor of American libertarianism unique; (...) He lacks Milton friedman's almost universal respect as an economist and commentator. He lacks rand's huge cult following. He lacks Hayek's academic influence."

17. SILVA, M. Trumpismo. Parte 1, 2, 3 https://www.blogger.com/blog/post/edit/3450571318857224147/6109514595587315021; https://www.blogger.com/blog/post/edit/3450571318857224147/2686288460665398201, https://www.blogger.com/blog/post/edit/3450571318857224147/4233619281600763174;

 


quinta-feira, 29 de abril de 2021

BRAZIL: EMPATIA DEMAIS...

 SUPEREMPATIA

 Sérgio Antunes de Freitas


Os estudiosos da mente humana chamam de Síndrome do Excesso de Empatia um transtorno mental, no qual uma pessoa sofre por ter uma dependência emocional negativa de outra.

Muitos exemplos são os de mulheres que criam esses tipos de laços com seus parceiros, a ponto de se submeterem até a castigos cruéis, podendo ser vítimas de feminicídios.

Mas eu penso em um transtorno menos grave. Algo nesse sentido foi consagrado na famosa marchinha de 1946:

 

Lá vem,

O cordão dos puxa-sacos,

Dando vivas, aos seus maiorais,

Quem está na frente, é passado pra traz,

E o cordão dos puxa-saco,

Cada vez aumenta mais.

 

Vossa excelência,

Vossa eminência,

Quanta referência, nos cordões eleitorais,

Mas se o "doutor" cai do galho e vai ao chão,

A turma logo evolui de opinião,

 

E o cordão dos puxa-saco

Cada vez aumenta mais.

 

Esse comportamento também já foi registrado em antiga anedota, na qual o mandachuva perguntou ao sabujo: - O senhor fuma? E a resposta foi: - Não. Mas, se o Senhor quiser, eu fumo!

Aliás, a minha impressão também não é tão prosaica!

Muitas pessoas desenvolvem um sentimento de empatia exagerada por outras muito simpáticas, por parentes mais velhos, jogadores de futebol, celebridades, pastores, políticos, apresentadores de televisão, blogueiros e outros, perdendo suas individualidades e seus sensos críticos. Para eles, sua fonte de informação só jorra verdades absolutas e indiscutíveis.

Esses transtornados chegam a cortar seus cabelos e se vestir como seu ídolo, fazem o que ele manda, compram tudo o que ele propagandeia, repetem seus bordões, adotam seus trejeitos. Talvez seja em razão de uma parte do cérebro que continua infantil; não maturou com o tempo, por falta de educação geral.

Isso ocorre muito, atualmente, nas redes sociais, quando uma mensagem do indivíduo predileto, mesmo sendo claramente falsa, é considerada e replicada por seus seguidores como se fosse um dogma.

Também há casos dessas mensagens serem replicadas não por seguidores, mas por outras pessoas que se sentem satisfeitas com as afirmações, também sem o uso de raciocínio crítico. É outro tipo de transtorno, a ser tratado em outra oportunidade.

Isso, provisoriamente denominado “superempatia”; leva seus portadores a situação ridículas, mas consideradas por eles mesmos como manifestações de afeição.

Na verdade, é uma espécie de doença que fica entre a Síndrome conceituada pelos profissionais e o puxa-saquismo exposto na música e na piada.

Pronto! Achei um bom nome para a mazela: Síndrome do Tiozão.

 

Sérgio Antunes de Freitas

Abril de 2021

segunda-feira, 26 de abril de 2021

BRAZIL: MEIO MILHÃO DE MORTOS... GENOCÍDIO DO POVO BRASILEIRO

  MEIO MILHÃO DE VIDAS PERDIDAS

500 MIL VIDAS PERDIDAS BASTAM?

500 MIL VIDAS PERDIDAS BASTAM?


600 MIL VIDAS PERDIDAS BASTAM?

#FORABOLSONAROGENOCIDA

segunda-feira, 19 de abril de 2021

BRAZIL: O LIXO É A PARTE QUE TE CABE...

 

QUANDO O LIXO É VIDA

Foto Marina da Silva. Brasil, Belo Horizonte, MG.


Marina da Silva

Vinte e duas horas e um pouquinho, quinta-feira de lua cheia, quente, abafada e  de lua  escandalosamente cheia.

Na sala de aula quase vazia ainda há vestígios de discussão sobre relações de poder, dominação, exploração, teocracia, vontade política, representação democrática, vontade divina, vontade de ir embora...

Bocejos incontidos escondidos atrás das mãos ou cadernos. Olhos vermelhos cansados, lacrimejantes. Corpos doídos, entortadas colunas, pernas pesadas mal sustentadas em calçados de chumbo.

A lua cheia num manto escuro, num pedacinho retangular do Conservatório neoclássico da faculdade de Música, salpicado de cacos de vidros na quinta-feira de discussão de poder e política, a lua imponente e superior olha a Terra.

Vinte e duas e vinte a exaustão põe fim à discussão e rostos inchados de sono e cansaço sequer conseguem esboçar sorrisos de despedida. Uma mulher chega à porta de saída desanimada para a interminável espera; no mínimo meia hora em pé frente à rua a carona do marido que só sai, pontualmente, as vinte e duas horas e quarenta minutos da escola de Direito.

Para passar o tempo conversa com os vigias que demonstram prazer nesta atenção. Mas na quinta-feira de lua cheia abafada, sufocante a recepção está vazia. E o motivo logo chamou sua atenção. Um corpo magrelo, quase esquelético, pardacento de um homem estendido no chão.

Ao seu lado uma imensa carga de lixo reciclável, mal se sustenta num carroção improvisado. Ao redor do corpo taxistas, os vigias, alguns transeuntes curiosos dão rápidas olhadelas e se dirigem para o ponto de ônibus na virada da esquina e há também um jovem policial militar.

A mulher se encaminha para lá, olha o rapaz magrelo arfando muito, olhos esfumaçados, distantes, a mão colada à roda do seu carrinho.

“O que ouve?” Pergunta.

“O rapaz catador pediu ajuda, passou mal. Uma dor no coração...”

Ela desvia o olhar para sua carroça gigante e calcula que aquela carga tem muito mais de 100 vezes o seu peso em quilos.

“Deve ser fome - alguém diagnostica - e o peso do carrinho..”

“Carrinho?”

Ela pergunta por que ninguém o leva ao pronto-socorro João XXIII a poucos metros dali.

“O guarda já chamou o SAMU, mas não há ambulância disponível.”

“Mas os taxistas? Ninguém pode levá-lo?”

O magricela solta uns gemidos no chão, a mão soldada no carroção. Quer falar alguma coisa. O guardinha, jovem rapagão, colete à prova de balas, coturnos, cinturão, cassetete, revólver e o rádio na mão lhe pergunta o que é?

Grunhidos saem da boca ressequida, os lábios muito finos tremem uma frase inaudível. Um vigia se abaixa para ouvi-lo e avisa ao policial sobre documentos na mochila.

“Mas por que não o levam de taxi?” Retoma a questão a mulher.

“Ninguém quer se comprometer! Avisam-na. Quem leva fica responsável e é encrenca na certa!”

“Mas o garoto pode morrer se não for socorrido a tempo!” Aflige-se.

“O policial já chamou a “rapa”– sussurra-lhe o vigia- Mas eu escutei os caras da radiopatrulha avisando que vão demorar e até mandaram o “gambé” aí pegar qualquer carro que passar na rua. Só que ele já avisou que vai esperar a RP.

“Jesus! Isto não pode estar acontecendo... tantos carros passando, tantos táxis parados enfileirados aqui.”

“O problema dona é aquilo que te falei...”

“Mas e se fosse você, alguém da sua família?”

O vigia ficou cabisbaixo sem resposta e não arredou pé do moço demonstrando sincera preocupação.

“Jeremias Silva” Leu em voz alta o policial.” A radiopatrulha está chegando.”

Passam-se longos minutos angustiantes de espera.

“Se meu marido sair mais cedo da aula...” Pensou aproximando do rapaz magricela ali estirado no passeio da faculdade, esparramado no chão, pernas abertas, canelas finas, pés enfiados num velho e enorme par de tênis, atarraxado à roda do carrinho e esboçando um sorriso confiante que parecia dizer:

“Agora vão saber que sou gente, que tenho identidade e carteira de trabalho, tenho um nome; sou trabalhador não sou vagabundo não.”

Suas feições mudaram ali no chão. Estava pensando...

” Foi  um negócio estragado que comi  e logo hoje que lotei o carrinho de material bom. Vou ficar quieto, esperar, respirar um pouquinho. Esta subida dos Guajajaras me  derrubou.  Puxei forte pra desviar desses taxistas filhos da puta e do busão. Bando de fédaputa do caralho botando pressão. Taxistas e motô de busão, fedaputas do caralho!” Ficara furioso com a ignorância e impaciência deles.

“Vamos Jereba! Recupera logo senão os “homens” te internam e quem vai cuidar do carrinho?”

O barulho da sirene saindo da Afonso Pena e entrando na Guajajaras era disfarce para mostrar serviço e pôs fim ao desassossego no coração da mulher.

“Ainda bem que chegaram. Confessa o vigia. A senhora tem razão, podia ser qualquer um de nós...”

Com o estardalhaço da freada os dois policiais desceram rápido da RP cumprimentando o colega e sem nem olhar para o catador suspenderam seu corpo do chão com extrema facilidade, como se estivessem suspendendo palha ou um trapo de pano velho no chão.

Jeremias infeliz tentava dizer algo sobre seu carrinho. Mas ação brutal dos policiais é rápida; jogam o corpo do rapaz na RP e imediatamente abandonam o local em direção ao HPS cantando pneus acionando a sirene.

As pessoas se dispersam; trabalhadores e estudantes vão em direção ao ponto de ônibus, mas não antes de expressar preocupação com a valiosa carga de papelão, latinhas de alumínio, vidros e garrafas Pet do catador Jeremias.

“Este material ele não vê mais. Vaticinou um taxista. Malandro leva tudo em dois segundos!”

“Não no meu turno, não enquanto eu estiver aqui. Prontificou-se o vigia. Ninguém toca no carroção.”

“Preocupa não gente, daqui a pouco dão falta dele. Neste serviço eles não estão sozinhos, sempre tem mulher, irmãos, pai, mãe e amigos. Informou um taxista abusado. E completou:

“Esse negócio de catar lixo dá dinheiro, senão porque ia ter tanta gente infestando o centro da cidade, atrapalhando o transito e enchendo nosso saco!”

A mulher fez uma cara de desprezo, suspirou alto e seguiu o vigia até a porta de entrada da faculdade.

“Quanta ignorância meu Deus.” Disse desolada. Quem em seu juízo perfeito diria que aquela vida dava lucro? ”Claro que  tem gente lucrando alto com o lixo, mas não são os catadores. Ela podia apontar quem estava se dando bem com o serviço dos catadores começando pela empresa terceirizada que faz o serviço de limpeza da cidade e a prefeitura.

“Liga não dona, numa coisa esta besta tem razão, ele deve ter família, na descida vão dar com a falta dele e passarão neste pedaço, aí entrego o carrinho e dou informação pra eles.”

A carona chegou e a mulher despediu-se dos vigias, mas antes de entrar no carro deu uma última olhada na descomunal carga no carrinho que na lateral, além da bandeira do Brasil, trazia uma frase desabafo:

“A vida me fez um papelão e de papelão eu faço a minha vida!”

 

Foto Marina da Silva. Brasil. BH


 

 

 

 

segunda-feira, 12 de abril de 2021

BRAZIL: neste governo covarde...LEVANTEM-SE POETAS!

LUAR SEM PAIXÃO

 

Ah, quem me dera

Que eu morresse lá na serra

Abraçado à minha terra

E dormindo de uma vez 

 

Ser enterrado

Numa grota pequenina

Onde à tarde a sururina

Chora a sua viuvez 

 

Catulo da Paixão Cearense

 

 

Se Catulo fosse vivo,

cantaria diferente,

chamaria toda a gente

pra falar de sua vida

Sua terra em carne-viva,

Sua mata destruída.

 

Já está tudo tão triste,

E não só o canto do galo.

Esperança não existe

Até o canto da água,

Cansada, suja, sem trégua,

Desafina em leito ralo.

 

Ninguém chora viuvez,

Não há mais poesia ou Paixão,

Ceará, Piauí, Maranhão,

Sul e Norte infecundos,

Arrasados de uma vez,

Como o resto de outros mundos.

 

A viola tagarela

Perdeu a vivacidade.

Já não há mais quem discorde,

Não se sonha junto dela,

“No wonderfull world”,

No campo ou na cidade.

 

Não se tem mais sol de prata,

Folha seca não branqueja.

Na luz da poluição,

Tudo que vive se mata,

Talvez nosso neto nem veja

O luar do meu sertão!

 

Sérgio Antunes de Freitas

 

quarta-feira, 7 de abril de 2021

BRAZIL: LUTO PELO BRASIL

 TESTAMENTO

Sérgio Antunes de Freitas

Quando eu desistir - e a vida homologar o ato, desejo o cumprimento destes meus demais desejos.
Minha fortuna, eu deixo para minha mulher, filha e filho.
Ela é composta por um imóvel de três quartos, nele contido um lar, administrado pela alegria, com mobiliário simples, mas suficiente para se descansar do trabalho e estudar com conforto.
Como acessórios a esse principal, algumas obras de arte de valor financeiro desprezível, mas de incalculável valor sentimental.
Meus poucos livros, mesmo os de consultas e apoio a atividades laborais do cotidiano, destinem a uma biblioteca pública, pois reputo ser o conhecimento muito importante para ser privativo.
Meus aplausos vão para aqueles que, no poder, trabalham pela igualdade entre todos os cidadãos, com atenção especial aos diferentes, aos pobres, aos explorados.
Minhas vísceras, mandem para os poderosos preocupados em locupletar suas vaidades, seu hedonismo, sua ganância, sua soberba, seus interesses mesquinhos.
Meu desprezo, destinem aos perseguidores do poder, aqueles mentirosos, acusadores sem provas, caluniadores, conspiradores da escuridão, traidores covardes.
Minha misericórdia fica para os crentes nesses demagogos, hipócritas, oportunistas, e neles acreditam por ignorância, por inveja dos que se encontram em posições de destaque, por saber que, nesses postos, não teriam coragem para agir com humanismo.
Minha esperança e minha ânsia pela vida deverão tocar aos defensores da natureza, cientes de sermos apenas turistas deste planeta e, por isso, contrários à sua destruição, muito menos por ambição material.
Meu coração, todo ele, deve torna-se um condomínio para meus amigos, aqueles a quem amo e me amam incondicionalmente, tenham laços de sangue ou não. Mesmo ele não sendo tão grande como eu desejo, quero outros partícipes, quais sejam, as pessoas de bem, mesmo as equivocadas temporariamente, em assuntos de importância para o país e para a humanidade.
Meus erros, queimem, por favor, para não serem repetidos.
Deixo muitos beijos e abraços aos artistas, palhaços, loucos, sonhadores, poetas, sempre adornando nossa existência, com simplicidade e talento, deixando-a carinhosamente mais bela.
Meus sorrisos e minhas lágrimas, seguem para os sofredores, pelas mais distintas causas que houver.
Minhas reverências, deixo apenas aos que, desinteressadamente, voluntariamente, dedicam suas vidas aos sofredores, pois são muito superiores a mim.