Postagens populares

Pesquisar este blog

sábado, 8 de maio de 2021

BRAZIL: DONALD TRUMP E O TRUMPISMO? Parte 5

 

TRUMPISMO?

Marina da Silva

Enfim...O Trumpismo! Uma busca rápida no tio Google e você achará como significado:

“trumpismo trum.pis.mo trɐ̃ˈpiʒmu nome masculino

1. POLÍTICA conjunto de princípios e práticas políticas associadas a Donald Trump, 45º presidente dos EUA

2. POLÍTICA período da governação liderada por Trump

3. POLÍTICA movimento ou postura política de apoio a Trump e/ou às suas políticas De Trump, antropónimo+-ismo” 1

E claramente estes são significados de trumpismo bastante simplórios e fakes, pois não abarcam a complexidade do que é/foi o “momento ultra-neoliberal” Donald J. Trump no comando da mais poderosa nação capitalista do mundo, os Estados Unidos da América.

O Trumpismo não surgiu do meio da nada e de lugar nenhum e menos ainda da cabeçorra de Donald Trump, um recém-nascido molhando e sujando fraldas descartáveis em 1946. Mas Donald J. Trump e o “Trumpismo” nasceram no contexto histórico banhado pelas ideias, ideologias, filosofias e políticas econômicas sob intervencionismo estatal (nos moldes keynesiano) que dominaram o Ocidente desde início do século XX e principalmente  pós-Segunda Guerra Mundial.

O Trumpismo, abusando de tal termo, foi a reação perpetrada e balizada pelo pensamento da escola austríaca de economia nos Estados Unidos  em defesa ferrenha e radical do capitalismo2 sob a égide do liberalismo econômico laissez-faire: mercado livre, propriedade privada, individualismo, liberdade extrema de fazer o que quiser e der na telha com o próprio dinheiro e corpo sem nenhuma interferência do Leviatã, ops, Estado, considerado há séculos como “um mal necessário” na luta capital de todos contra todos.3

Sim, o Estado é uma “criação humana” assim como a política,  a família e a propriedade privada.4 É a administração e domínio do corpo social e corpo político para/pelos mais fortes, daqueles que, segundo Maquiavel, querem e fazem qualquer coisa para ter, controlar, manter, expandir o poder político, econômico,  social,  o controle e aplicação da violência, etc, etc e tal sobre os outros, também conhecidos como a "ralé social" e o povo.5 O indivíduo é mau e pratica o mal por natureza sempre que quer “poder/riqueza” (leia-se manter, acumular, expandir riqueza), diz Maquiavel,  T. Hobbes e muitos que vieram antes deles e depois e esta aí a "História das Civilizações" para não/ou deixá-los mentir.

"(...)é muito mais seguro ser temido do que amado. Porque os homens em geral são ingratos, volúveis, falsos, covardes, ambiciosos e enquanto você tiver sucesso, eles são inteiramente seus, oferecem o próprio sangue, os bens,  a vida e os filhos, (...)desde que a necessidade esteja distante; mas quando ela se aproxima, eles se voltam contra você."idem

O surgimento, florescimento e cristalização do sistema capitalista de produção e a transformação de tudo em mercadoria6 comprável e vendável vai apenas potencializar isto, dar contornos mais nítidos sobre aqueles que querem o poder e a riqueza a qualquer custo para destruir, subjugar, explorar, expropriar e dominar  os demais (indivíduos, povos, nações, impérios).

***

Com uso dos conhecimentos científico-tecnológicos aplicados à produçãoidem, principalmente a partir meados do século XIX, A Riqueza das Nações7 dá gigantescos passos, açula a disputa, concorrência, competição, ganância e descambará no século XX em: Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918) e ascensão dos nacionalismos (movimento romântico), totalitarismo8 deixando saldo de cerca de 20 milhões de mortos, além feridos e sequelados; crises de fome, pobreza, miserabilidade; revolução Russa e a opção/oposição ao capitalismo selvagem (1917) com formação da federação URSS- União das Repúblicas Socialistas Soviéticas; a gripe espanhola (1918), a crise financeira mundial (quebra da bolsa de Nova York em 1929); Segunda Grande Guerra Mundial (1938-1945), e, muitos outros males.

Mas para todos os males  capitalistas há cura: intervenção do Estado. Pensou na mão invisível smithiana regulando um mecanismo altamente irracional, volátil, explosivo? Esta é uma das "ideias" e o principal “mito” e mentira aplicada pelos capitalistas e pares à sociedade civil. O Estado também é cura para regimes socialistas, comunistas e tal também, inclusive para anarquismo, esclarecem anarquistas a Brian Dorhet no livro aqui citado.  Não confunda sistema de produção com formas de governo. Um estado pode ser comunista-capitalista ou capitalista-social-democrático ou socialista-capitalista como o dragão chinês.

"Os princípios básicos do liberalismo não contêm nenhum elemento que o faça um credo estacionário, nenhuma regra fixa e imutável. O principio o qual devemos utilizar ao máximo as forças espontâneas da sociedade e recorrer o menos possível à coerção pode ter uma infinita  variedades de aplicações".

www.google.com.br/images. ATENÇÃO!  Crise de 1929? NÃO. Muitos como eu, usam esta foto relacionando-a com O CRASH DE 1929, isto porque uma busca Google dá esta imagem como do período do Crash. Na verdade está foto ao lado do outdoor "sonho americano de prosperidade" foi tirada em 1937 durante uma inundação do Great Ohio river e as pessoas desabrigadas na foto estão numa fila por alimentos e roupas, etc, na cidade de Louisville, Kentucky. Margareth Bourke-White. Time & life Pictures. [Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=94MY_fA7lI0&list=PLL9nZoHHkbKDBgno7rKIDwl9IFonjkOeD&index=6&t=54s&ab_channel=Hist%C3%B3riaOnline]


"Ocorrida entre a Primeira e a Segunda Guerra mundiais, a Crise de 1929 foi um dos acontecimentos mais impactantes da História Contemporânea. Essa crise ocorreu nos meses de setembro e outubro de 1929, nos Estados Unidos, quando o valor das ações da Bolsa de Valores de Nova York (à qual a economia mundial estava integrada à época) despencou bruscamente, provocando a sua “quebra” (crash). A quebra da Bolsa de Nova York desencadeou, por sua vez, a Grande Depressão Americana, que durou até meados dos anos 1930."https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-foi-a-crise-1929.htm

Como é bom louvar a “paz mundial”,  democracia, ser liberal pacifista ferrenho, defender soberania das nações, mitos do mercado livre como opção e melhor condutor de uma sociedade livre10, indivíduos livres, todos ricos, saudáveis e felizes fazendo suas escolhas livres, um "Admirável mundo novo”11, administrado por capitalistas amigos, colegas fraternos, dividindo o mercado com alegria, claro, numa microrregião, numa ilha, em Marte, no mundo das ideias.

Na vida real os capitalistas se comportam como bárbaros, selvagens, cada um por sim e com um só lema: I’M THE BEST FUCK THE REST atualmente  conhecida  como filosofia do "fodismo" (apertando o botão do foda-se), pouco importando se o capitalismo é comunista, socialista,  democrático, anarquista ou graças a Deus Acima de Tudo pátria armada Brasil Deus é D+!

www.google.com.br/images

Parafraseando Nietzsche: O liberalismo econômico radical está morto ou o deus Capital está morto no século XX? Bem, para quem nasceu ali nos anos finais do século XIX era a possibilidade. A visão clara era de inevitabilidade e cristalização do "laissez-faire -dada pelo surto tecnológico-científico conhecido como “segunda revolução industrial", meados do século XIX- mas o que se seguiu não foi bem a consolidação do capitalismo selvagem e sim, corridas e disputas por "espaços vitais" ao seu desenvolvimento:  a guerra franco-prussiana, neocolonialismo,  a formação dos estados-nações da Alemanha, Itália; o fortalecimento de sentimentos nacionalistas, patrióticos, imperialistas, totalitários,  o forte crescimento do extremismo à direita e à esquerda e  o aumento exponencial do papel do Estado como o regulador e salvador da pátria, literalmente contra o liberalismo, socialismo  e a democracia. O que deu errado? O credo nas soluções mágicas e controle de um sistema altamente imprevisível, irracional por uma "mão-invisível" na cabeça dos "players" (usando um termo da moda) sem o síndico, ops, "gerente" (estado) foi para o beleléu? O Estado venceu?

***

Os defensores do livre mercado, propriedade privada, individualismo, anti-socilalistas/comunistas, anti-planificação econômica, anti-dirigismo, anti-intervenção e regulação estatal dos assuntos econômicos  abominam o Estado. Abominam? Claro...que não. Abominam o estado do Bem-estar social, o Estado Providência, o Estado proprietário e investidor [na saúde, educação, habitação, infra-estruturas; regulador do mundo do trabalho, salários, interferindo nas negociações capitalistas, principalmente nas especulações financeiras na Bolsa, bancos, mercado de trabalho, direitos sociais,etc], dirigindo a economia.  Hayek defende a presença do Estado e  a justifica e traça a  existência permitida juridicamente: o Estado Liberal de Direito, mais conhecido atualmente como estado-empresa, aquele que: ou ajuda os  empresários capitalistas ou sai fora do seu caminho12. Hayek sabe que o Estado é o mal necessário, isto é, um mecanismo utilitário para os liberais. 

"Há enorme diferença entre criar deliberadamente um sistema no qual a concorrência produza os maiores benefícios possíveis, e aceitar passivamente as instituições tais como elas são". (HAYEK: cap. 1. p.37-46)

E quem vai discordar de Hayek, prêmio Nobel de economia, quando sabemos que a era de ouro do liberalismo século XIX ocorreu sob os auspícios do Estado? Paradoxo? Claro que não. É fato histórico e Brian Dorhet não me deixa mentir, embora maximize o "empreendedorismo" dos liberais neste século e desde a "fundação dos Estados Unidos" pelos pais fundadores.

intelligentsia austríaca vinda para a América, mãe da chamada "Escola de Chicago" e que prescreve o estado neoliberal no século XX como reação ao intervencionismo estatal pós Segunda Guerra Mundial é adepta do "estado mínimo":

"A distinção que estabelecemos entre a criação de uma estrutura permanente de leis - no âmbito da qual a atividade produtiva é orientada por decisões individuais - e a gestão das atividades econômicas por uma autoridade central caracteriza-se assim, claramente, como um caso particular da distinção mais geral entre o estado de direito e o governo arbitrário." (HAYEK: cap.6; p.89-100)

Fica a "dúvida crucial e pequenas constatações na falta de maiores", diria o escritor José Zokner13: o que deu errado com o sistema perfeito de conduzir a sociedade, o liberalismo radical, que passou a ser execrado e banido para os infernos no século XX? Chamo Hayek para responder apropriadamente com este comovente lamento de moedeiro com a mais falsa das moedas:

"Quando o curso da civilização toma um rumo inesperado, quando, ao invés do progresso contínuo que nos habituamos a esperar vemonos ameaçados por males que associamos à barbárie do passado- atribuímos a culpa a tudo, exceto a nós mesmos.(...)Não estiveram nossos esforços e esperanças voltados para maior liberdade, justiça e prosperidade?(...) as ideias que ao longo da geração passada foram seguidas pela maioria dos homens de boa vontade e determinaram grandes mudanças em nossa vida social não podiam estar erradas". (HAYECK, cap. 1, p.37-46)

É preciso começar tudo de novo, ressuscitar a “ideia” que nunca morre, dirá Ludwig Mises e F. Hayek e num lugar longe da contaminação, Hayek chama de “infecção”14 das ideias socialistas, comunistas, da social-democracia, do dirigismo, planejamento e intervencionismo do Estado, longe das ideias coletivistas caras ao século dos iluministas e humanistas e das ideias cristianas (Jesus Cristo); de ideias de Égalité, Fraternité, Liberté para todos, de comunidades de irmãos vivendo em comum e dividindo o pão e bens com alegria - coisa dos europeus!

O lugar escolhido: Estados Unidos, um dos três países da América do Norte, situado entre o México ao Sul e o Canadá ao norte. Mises e Hayek estão enganados, não redondamente, mas as ideias socialistas, comunistas e anarquistas estão presentes nos Estados Unidos e pior ainda, depois do “crash da Bolsa de Nova York" em 1929, o apelo à intervenção estatal se tornou a ordem do dia para os conservadores dos partidos Republicano e Democrata com as políticas  do New Deal de F. D. Roosevelt.

A missão de ressuscitar o liberalismo econômico  sem qualquer regulação além da “mão invisível” smithiana será um trabalho hercúleo onde nem os próprios liberais se entendem sequer quanto ao nome do “movimento”: Liberal? Neoliberal? Anarco-capitalismo (de esquerda e/ou direita)? Niilismo-esquerdista? Conservadorismo? Neoconservadorismo? Liberalismo de raiz? Direitismo conservador? Anarco-sindicalismo? Esquerdismo progressista? Direita&Esquerda?

Só os “escolhidos” (lei da predestinação calvinista e teologia da prosperidade dos neoevangelistas) ajustam-se a irracionalidade do capitalismo, suas verdades eternas e entendem o mistério da “mão invisível”, uma herança das virtudes liberais do “refinado” povo britânico que sucumbiu ao coletivismo no século XX e eles, os radicais pelo capitalismo, tem a missão histórica de passar tal conhecimento adiante, mas,  todavia em pleno momento conhecido como “Golden Age”  ou Welfare State, nos Estados Unidos: prosperidade, bem-estar social, empregos, aumento da renda da classe média, fortalecimento dos  sindicatos, seguridade social, seguro-saúde, seguro-desemprego, aposentadoria, políticas públicas sociais para Educação...etc. É o mesmo que pregar no deserto:

“Difícil explicar para seu vizinho ou alguém sentado perto de você num jantar porque legalizar narcotráfico ou prostituição ou acabar com os fundos públicos da Educação era vital para o futuro da liberdade da América.” (Radicals to capitalismo, p.3000-3002) 14.Tradução livre

***

Enquanto issso... Donald Trump crescia em graça e beleza, banhado e embebido no que há de pior nos Estados Unidos: ideário da supremacia branca anglo-saxônica, inferiorização de negros, imigrantes asiáticos (chineses em destaque), latinos (mexicanos especialmente), misoginia, homofobia,  lutando contra os direitos civis defendendo a Lei Jimmy Crown e Ku-Klus-Klan -segregação e extermínio de negros.15 os radicais pelo capitalismo elaboravam planos e guias práticos de tomada LITERAL do poder e instauração do Estado neoliberal:

1. Formação de teorias científico-filosóficas a cargo de Mises, Hayek e Milton Friedman (fundadores da Sociedade de Mont Pélerin - braço e cabeça liberal internacional e do clube Bastiat);

2. Conseguir fundos para a FEE: educar, formar tarefeiros e obreiros para espalhar a "economia do livre mercado" em jornais, literatura, escolas, igrejas e afins e domesticar a população no ideário da sociedade neoliberal a cargo de Leonard Read e sua "gangue";

3. Aditivar a catequese do culto neoliberal ( fundamentos de Mises/Hayek) e ideias anarco-libertarianas e objetivismo (Ayn Rand) cujo objetivo é destruir totalmente "estado" de welfarismo usando os inimigos e suas armas totalitárias (Hitler/Stalin), em proveito do livre mercado, propriedade privada, individualismo, egoísmo. O que fica a cargo de  Murray Rothbard. Claro que a aristocracia intelectual da "escola de economia austríaca" precisa de servos para não sujar as mãos:

"O economista, filósofo e jornalista nascido em Nova York Murray Rothbard é amado e rejeitado pela grande paixão de vários companheiros libertarianos. Ele estava igualmente em casa na construção de instituições e movimentos políticos e em reinos rarefeitos de economia e filosofia política e igualmente capaz de fazer inimigos em qualquer área (...) Rothbard cruzou a órbita de Rand e se deixou convencer pela tradição dos direitos naturais após sua formação inicial na economia utilitarista de Mises. Ele é (...) aquele cuja influência explica mais sobre o que torna únicas as idéias, o comportamento e o sabor geral do libertarianismo americano; (...) Ele carece do respeito quase universal de Milton Friedman como economista e comentarista. Ele não tem o grande culto de seguidores de Rand. Ele não tem a influência acadêmica de Hayek."16 Tradução livre

Rothbard é a radicalização necessária para a implantação do estado neoliberal que a "intelligentzia" sangue azul não se permite professar abertamente: militarização do Estado, destruição do Estado do Bem-estar Social (política do New Deal 1933), apropriação do estado para fins únicos (ideias libertarianas radicais inclusas) com as "armas" dos regimes totalitaristas nazista e stalinista. Rothbard as considera excelentes armas para qualquer sistema, uma grande novidade encontrada explicitamente no pensamento de Maquiavel, século XVI e reduzida ao slogan: "os fins justificam os meios" e vice-versa.

O que existirá após a supressão/diminuição do estado? Um grupo privado seleto de bilionários garantindo e regulando privilégios para "os escolhidos" em várias partes do mundo: banqueiros, industriais,  financistas investidores e/ou especuladores, reis do petróleo, gás natural, minérios, gado, monoculturas, armamentos de guerra, construção civil, citando alguns. Em 1973 e na grave crise do petróleo é dada a partida ou OPERAÇÃO: implantação do estado neoliberal no Chile e em plena ditadura militar de Augusto Pinochet; e seu sucesso demonstra na prática que o plano da “Escola de Chicago” cria o consenso de que o Estado neoliberal é aplicável e administrável  tanto em regimes autoritários como nas democracias. Em 1979 é a vez do Reino Unido com M. Tatcher; R. Reagan em 1980 nos Estados Unidos; em 1990 no Brasil. O neoliberalismo venceu!

E o Trump?

Nos anos Setenta é um playboy curtindo a vida adoidado.

 Trump já tinha na bagagem o conservadorismo republicano liberal tradição-família-propriedade, temperado pelo racismo, homofobia, latino-fobia, (principalmente contra mexicanos), misoginia, machismo e outros vícios explícitos e tratados com extremado zelo e um fascínio pelo culto narcisista e parasita do brilho e holofotes da mídia, fazendo qualquer coisa para aparecer e lançar suas mentiras e colher ótimos frutos e fãs”17

Começa a trabalhar com o Trump-pai na construção civil, casa-se em 1977 com Ivana e é amigo de Roy Cohn, um advogado do diabo, oops, máfias da construção. Nos anos 1980,  bilionário e super empreendedor de sucesso Trump vai às compras e com ajuda de escritor-fantasma (ghost-whriter Tony Schwartz) publica seu primeiro livro: A arte da negociação, um tremendo sucesso!

Nos anos 1990, falido e endividado Donald é o garoto propaganda fake do “American Dream” para  uma geração desesperançada, com baixíssima auto-estima, desempregada ou trabalhando para sobreviver em empregos precários, disputando vagas com imigrantes legais e ilegais, desconfiando da política e políticos “tradicionais” sem entender que são vítimas tanto da reestruturação produtiva e desindustrialização do país, das inovações tecnológicas que permitem a dispersão territorial de parte ou mesma de toda produção para outros países provocando um enorme desemprego estrutural, da robotização e mecanização com base na microeletrônica,  enfraquecimento do sindicalismo, redução da renda, aumento da jornada de trabalho; vítimas das crises financeiras arquitetadas em Wall Street e principalmente pelo desmantelamento do Estado de Bem-estar social rooseveltiano e implantação do estado neoliberal a partir de Reagan, Clinton, Bushes. Em Donald Trump a/há verdade... Ele quer ser o próximo presidente, mas só se tiver uma chance clara de ganhar, isto é, com uma mega crise nos Estados Unidos. Só que o século XX terminou...

( Continua...)

 

Fonte

1. Trumpismo in Dicionário infopédia da Língua Portuguesa sem Acordo Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2021. [consult. 2021-04-06 15:09:16]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa-aao/trumpismo

2. Sobre este momento histórico ver:  DORERTH, Brian. Radicals for Captalism: A freewilling History the Modern american Libertarian Movement. e-book.

3. HOBBES, Thomas. Leviathan (1651)

4. HENGELS, F. A ORIGEM DA FAMÍLIA, DA PROPRIEDADE PRIVADA E DO ESTADO. Disponível PDF .https://www.pstu.org.br/FormacaoConteudo/Livros/07_OK_Engels-Origem-da-familia-do-estado.pdf

5. MAQUIAVEL, Nicolau.  O Príncipe. São Paulo/SP: Universo dos Livros Editora Ltda. 2009. E.book ISBN 978-85-99187-94-4

6. MARX, Karl. O CAPITAL. Crítica da Economia Política. Livro I. Rio de Janeiro/RJ: Civilização Brasileira,1998. Vol. 1.Livro Primeiro: O processo de produção do capital. Mercadoria e Dinheiro, p. 51-172.

7. SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. E-book

8. Sobre Totalitarismo ver: ARENDT, H. ORIGENS DO TOTALITARISMO: Antissemitismo, imperialismo, totalitarismo. Editora Companhia de Bolso. e-book; História Online: curso HG. Regimes totalitários https://www.youtube.com/watch?v=1dfvwfL5mnY&ab_channel=Hist%C3%B3riaOnline

9.  HAYEK, F. O CAMINHO DA SERVIDÃO. E-book

10. MISES, Ludwig.  A AÇÃO HUMANA.. Um tratado de economia. 1949. ISBN978-85-62816-39-0. e.book; INTERVENCIONISMO, UMA ANÁLISE ECONÔMICA. e.BOOK

11.  HUSLEY, Aldous. Admirável  mundo novo. E-book

12. ALVES, Ana Carolina Timo. AS REFORMAS EM MINAS GERAIS: choque de gestão, avaliação de desempenho e alterações no trabalho docente. UFMG 2006. Seminário Regulação Educacional e trabalho docente. UERJ.

13. ZOKNER, José.

14.  HAYEK, F. O CAMINHO DA SERVIDÃO. E-book

15.Sobre o assunto ver documentarios Netflix: A DÉCIMA TERCEIRA EMENDA; AMEND (Décima quarta Emenda); TRUMP na american dream.

16. DOHERT, Brian. Radicals for Captalism: A freewilling History the Modern american Libertarian Movement.  P.426-453. "New york-born economist, philosopher, and journalist Murray Rothbard is both loved and rejected cith great passion by vrious fellow libertarians. He was equally at home in the scrum of instititution building and movements politics and in rarified realms of economics and political philosophy and equally capable of making enemies in either area(...) Rothbard intersected Rand's orbit and became sold on the natural rights tradition from her after his initial backgroud in Mises's utilitarian economics. He is(...) the one whose influence explains most about what makes the ideas, behavior, and generl flavor of American libertarianism unique; (...) He lacks Milton friedman's almost universal respect as an economist and commentator. He lacks rand's huge cult following. He lacks Hayek's academic influence."

17. SILVA, M. Trumpismo. Parte 1, 2, 3 https://www.blogger.com/blog/post/edit/3450571318857224147/6109514595587315021; https://www.blogger.com/blog/post/edit/3450571318857224147/2686288460665398201, https://www.blogger.com/blog/post/edit/3450571318857224147/4233619281600763174;

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário