Postagens populares

Pesquisar este blog

domingo, 13 de fevereiro de 2011

COM A PALAVRA...UM PROFESSOR!

 

Professor de Educação Física Kassio Vinícius Castro Gomes, de 39 anos,  assassinado com uma facada, no corredor do campus do Instituto Metodista Izabela Hendrix -- um dos centros universitários mais tradicionais de Belo Horizonte. O estudante Amilton Loyola Caires, de 23 anos o assassinou a facadas por ter tirado uma nota baixa.www.gogle.com.br/images

 

AO MESTRE... SEM CARINHO!

Zé Pi*


É praxe...Aquela musiquinha do filme “Ao mestre com carinho...” cartões sinceros e outros nem tanto...mensagens no quadro...cafezinho especial...e até almoços.

Pois é...

A sociedade não diz o que quer da escola pública, ou melhor, do ensino público e nós, mansamente, oferecemos o que as resoluções palacianas determinam a cada eleição... E se experimenta... E os filhos dessa sociedade se tornam cobaias de: Escolas Cidadãs, Escola Sagaranas, Acerte o Passo, Caminho da Cidadania, Escola Inclusiva, Escola Plural...Escola Referência... Escolas Tipo Assim, Escolas Tipo Assado...Amigos da Escola...

Apuradas as urnas, do município à presidência da república, o destino da educação é dividido em cargos e entregues a apoiadores políticos, técnicos e empresários: Os políticos sem vontade política, os técnicos de competência duvidosa e os empresários manipulam a educação como produto de mercado. Copiam modelos educacionais mal sucedidos e repetidores de velhos paradigmas.
 O professor, sub remunerado e desmotivado, é o executor de tais projetos, absorve os processos e “vira mesmice”, Aprendizagem Pacotinhos, da pré-escola à universidade, cuspe e giz, trabalhinhos de isopor, cartolina, Feiras de Ciências, Feira de Culturas, dependendo dos limites de prédios velhos, ultrapassados e recursos materiais deficitários, dos tempos de Anchieta e, na Secretaria de Estado da Educação, um cheiro forte de coisas velhas; você esperneia e grita como a 30 anos, em 1979 cuja greve sensibilizou Drumond e, daí em diante as paralisações passaram a ser parte constante do calendário escolar e de acordo com as conveniências sindicais. Professores e outros servidores de MG e outros estados elegeram vereadores, prefeitos, deputados das duas casas e hoje muitos são até ministros, mas todos, com raríssimas exceções esqueceram sua gênese.
A escola, desvinculada do interesse social, recebe o castigo da depredação, pichações, tiroteios, facadas, roubos e assassinato de professores e tudo mostrado na internet. Algumas escolas estaduais recolheram armas e drogas de “alunos” na entrada da escola e devolveram ao final dos turnos. Foram soluções e instruções encontradas pelo governo e sua Secretaria da Educação de Minas, via SRE(s) (jornal EM e R. Itatiaia).          Às vezes, autoridades educacionais aplicam curativos pseudopedagógicos, contendo ações do tipo cortinas de fumaça, como a informatização das escolas e ignoram as necessidades dos mercados e a obsolescência dos currículos, feitos em gabinetes por pessoas que muitas das vezes nunca exercitaram a docência real nos morros e favelas onde um traficante tem muito mais autonomia na deseducação do que um diretor . Você acaba professor taxímetro e, de escola em escola, para sobreviver, se esquece que pode mudar.. 

Aos vinte e cinco anos ingressei no magistério cheio de sonhos e era bem remunerado como iniciante na carreira; eram 5 salários mínimos e CLT e uma Licenciatura Curta. Hoje seriam mais ou menos 2800,00 reais por 40 horas/aula. Se motivado financeiramente você faz mestrado e doutorado, viaja pelo mundo, debate educação, adquire mais conhecimento, novas praticas pedagógicas no dito mundo desenvolvido, como nos EUA e Europa. Hoje, trinta anos depois, com licenciatura plena e pós-graduação percebo menos de dois salários-base de acordo com PEBmg. Os restos são penduricalhos, como qüinqüênios, biênios, estabilidade anestésica, vantagens das quais abro mão por um salário justo equivalente, por exemplo, aos vencimentos de juízes e Parlamentares estaduais, legisladores dos próprios salários sem a falácia da responsabilidade fiscal. 

Em números do MEC, faltam 700.000 profissionais da docência no país (deve ser muito mais) e o governo federal até premia com 300 reais a quem se matricular em licenciatura, mas não consegue motivar os jovens para a docência com esses 950 reais do FUNDEB; salário de subemprego ou logo vão acrescentar a cesta básica, vale gás, cartão fome zero e outros apanágios. Em entrevista (dada à Rádio Itatiaia) um parlamentar (PTmg) e ex-professor universitário, eleito por professores, disse: Se quiserem ganhar bem, os professores públicos, deveriam procurar trabalho na escola privada. Mais uma punhalada petista. Pagar o salário miserável em dia e décimo terceiro salário no final do ano é peça de propaganda oficial, como se não fosse obrigação constitucional.

        Aqui nas Gerais, executivo, legislativo e sindicato, alardeiam um plano de carreira do magistério que promove o professor sem lhes acrescentar um centavo no contracheque; o que poderá ser copiado por outros estados administrados por mágicos que isentam de impostos as grandes empresas e depois condicionam a remuneração do professor aos limites da arrecadação.

        Hoje somos professores nômades e, de escola em escola, para complementar os baixos salários, não temos tempo para reeducação e nos tornamos meros repetidores de experiências alheias. Psicologicamente abalados com a violência nas escolas, trabalhamos deprimidos, hipertensos e diabéticos. É como se eleitores e eleitos cuspissem na face de educadores como Anísio Teixeira, Paulo Freire, Emilia Ferreiro, Darcy Ribeiro. Resultados mirabolantes são obtidos à base de manipulação de dados estatísticos (Simave-mg), quando consultorias externas mostram que educação nas Gerais vai muito mal. “O último ano do ensino básico em MG equivale hoje a uma oitava série fraca dos anos 70”. Foram cobaias da Escola Plural, Acerte o Passo, Escola Sagarana, Caminho da cidadania,  Escola Cíclica e Escola Referência. A prova cabal de que o ensino mineiro é muito ruim é que somente num gesto de desespero o diretor ou professor matricula seus filhos na escola em que trabalham. Lotado a pouco mais de 500 metros da minha residência, tive que matricular meus três filhos no Colégio Magno de onde, foram para a UFMG e graduados em Ciência da computação, Medicina e Biologia.

Tentando aprovação em massa o governo Aécio/Vanessa, transferiram a responsabilidade do fracasso e chantageiam professores e diretores com a avaliação do desempenho e Abono do final de ano, (exceto para quem adoece e se licencia para tratamento).

Quero afirmar convicto que não podemos ser apenas professores sacerdotes e contribuintes na fonte, pois temos de comer, tomar banho, usar roupas decentes, estudar e pesquisar mais, cuidar dos filhos, deslocar até o local de trabalho e tudo isso tem um custo elevado para todos os brasileiros, professores ou não.

Como trabalhador, não desisto da minha vocação-profissão, mas não posso abrir mão de um salário digno; nós somos referência na sociedade como motivadores de crianças e adolescentes e, estou certo de que os dentes, estômagos, cabelos, sapatos, roupas, carro, moradia própria e equilíbrio emocional, são observados por pais e alunos como fatores de sucesso, convencimento e promoção do ser humano pelo caminho da educação.

Então, não sou “sacerdote da educação” como os hipócritas, governos e sociedade comodamente pensam.

*Prof. José da Piedade e Silva - BHte. /MG 


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

EDUCAÇÃO E MISÉRIA

SAPATO DE PROFESSOR
www.google.com.br/images/sapato vulcabrás 752
Marina da Silva
Estava na loja de calçados procurando uma rasteirinha baratinha para aliviar dores nos pés causados por um sapato desgraçado que me comia os calcanhares, um dedão do pé e os dedinhos quando ele entrou procurando sapatos. Era um homem mediano, aparentando no máximo trinta e portando uma calvície de preocupação ou tique nervoso, aquela onde ocorre uma devastação capilar nas laterais da cabeça de tanto se passar nervosamente as mãos. A vendedora quando o viu frente à vitrine de calçados masculinos me abandonou sem qualquer hesitação de olho na gorda comissão. Entre uma rasteirinha vagabunda de dez reais que provavelmente se esfacelaria no trajeto deixando-me na mão antes da porta de casa e um sapato masculino... Nem eu pensaria duas vezes, aliás, nem uma! Fiquei onde estava um olho na rasteira o outro na transação.  O homem passava os olhos pelos sapatos enamorado, conferindo os preços, ouvindo educadamente a moça que desfiava fervorosamente um rosário sobre as qualidades, beleza, design e origem do couro das melhores marcas em exposição: Democrata, San Marino, Ferracini. O acabamento é de primeiríssima, este imita os modelos italianos, aquele detalhe dava um tcham, este outro tem a cor da moda, um era o mais vendido e combina com tudo! Por um instante parei nos olhos de ambos: uns ardiam por um novo par de bons sapatos os outros por uma boa venda para encerrar o dia. Eu, rasteirinha apoiando o queixo, sem perceber, acompanhava excitada o desenlace aguardando minha hora de ser atendida. Nenhum dos dois dava mais por minha presença e desfilavam ora para frente ora para trás na passarela dos calçados e eu ia com eles estacada na vitrine oposta postada na banca de oferta dos chinelos e sandálias ouvindo as propostas sedutoras da moça: três vezes no cheque e entrada para só daqui a 30 dias, cinco vezes sem juros no cartão Mastercard ou Visa!
_ Eu tenho um Ferracini! Ouvi o moço confessar a vendedora e completar - por hora eu quero mesmo é um sapato baratinho sabe, para o dia a dia, um sapato de professor! A garota fez um ah decepcionado e eu ergui curiosa as sobrancelhas. Sapato de professor? Sem perceber comecei olhar mais detidamente o rapaz. Trajava um jeans surrado, um tênis esgarçado e uma camisa pólo de um azul indefinido. Trabalha para o estado ou prefeitura conclui em pensamento e completei: já fui como ele, um cabo de vassoura... Mas entre o feijão e o sonho o estômago roncou mais alto e fundo! Quando pensei estar realizando o sonho de lecionar, meados dos anos oitenta, a Educação no país entrava num pesadelo e desgaste profundos. Em franca decadência, ao rebaixamento salarial impensável juntou-se a precarização das condições materiais e estruturais de trabalho dos professores e uma perversa desqualificação moral dos mesmos! Virou rotina nas escolas públicas, principalmente no ensino básico e médio, longas greves por melhores salários e condições de trabalho e vida, o assédio moral, as violências físicas e psicológicas nas relações deterioradas entre professores/alunos/pais/colegas de serviço. O sistema educacional brasileiro está há muitos anos falido e é impossível esconder este tenebroso quadro acelerando o conhecimento sem acertar o passo, compasso, métrica, etc fechando os olhos e tapando os ouvidos a este fenômeno na educação formal do brasileiro. A quantas anda o ensino no Brasil neste século de Brasil BBB das potências econômicas emergentes Bric’s?
* “Elevados índices de repetência e de abandono da escola no Brasil foram apontados em relatório da Unesco. Com índices de repetência e abandono da escola entre os mais elevados da América Latina, a educação no Brasil ainda corre para alcançar patamares adequados para um País que demonstra tanto vigor em outras áreas, como a economia.” Estadão 19-06-10.
* “61% dos alunos do 5º ano não conseguem interpretar textos simples. 60% dos alunos do 9º ano não interpretam textos dissertativos.” www.educador.brasilescola.com/ jun/10
* “A difícil nota 6 da educação brasileira. Com uma nota atual de 4.6 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) o Brasil tem como meta alcançar nota 6 em 2021.” O Globo 27-06-10
* Relatório da ONU mostra que o Brasil tem uma das maiores desigualdades sociais do mundo”. Jornal Nacional 23-07-10
“Dilma Rousseff defendeu a educação como principal fator para promover maior inclusão social no Brasil. Ela disse que o fortalecimento da educação precisa significar valorização financeira e social do professor.” Correio Brasiliense 22-07-10
 “José Serra, disse que educação tem de ser uma obsessão de governo porque o desenvolvimento e a qualidade de vida dependem no nível de ensino. (...) seu avô e seu pai eram analfabetos, mas no Brasil não há mais espaço para isso.” Correio Brasiliense 22-07-10. Grifos meus.
 A educação no Brasil é fundamental e professor é a profissão mais importante, digna, honrada, sagrada e celestial do mundo... E é lógico estavamos em ano de eleição e as campanhas em pleno vapor e como sempre defendendo saúde, educação, segurança, arroz, feijão! Até quando os professores seguirão adiante mal pagos, em péssimas condições e relações de trabalho, desqualificados, sofrendo assédios vários (físicos e/ou psicológicos), entre uma licença e outra dando suas aulas, contribuindo socialmente para a ordem, progresso e grandeza da nação, usando, com inexplicável(?) orgulho seus sapatos de professor? Aos mestres, com amor!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ENTREI PARA A ACADEMIA

ENTREI PARA A ACADEMIA


Sérgio Antunes de Freitas


Certamente, vocês estão pensando que eu entrei para a Academia Brejeiropolense de Letras, orgulho de Brejeirópolis.
Não, não foi. Perdi a eleição para o açougueiro. Sabe como é política, né? Ademais, ele lê jornais o dia inteiro.
Eu entrei para uma academia de ginástica, sim!
Estou achando ótimo, afora uns percalços, pois existem umas diferenças, entre os jovens e os velhos, que se refletem no desempenho físico.
Por exemplo, um jovem, quando entra na academia, inicia seus exercícios, entre outros aparelhos, no chamado “remo” (eu chamo de vem-cá-meu-bem), com 15 quilos nos pesos.
Uma semana depois, ele passa para 25 quilos.
Um mês depois, ele passa para 75 quilos.
O velho também inicia com 15 quilos.
Uma semana depois, ele contrai uma bursite.
Um mês depois, ele reduz para dez quilos.
Mas o velho se diverte muito mais, vendo os tipos que aparecem.
O padrão é o “malhado”, sempre vestido a caráter, com calção, camiseta, tênis de marcas famosas, e aquela original tatuagem de arame farpado no antebraço. Por falar nisso, eu procuro tenazmente uma tatuagem que não seja de, no mínimo, gosto estético duvidoso. Se alguém encontrar, tira uma foto e me manda, por favor. Mas não percam tempo, enviando imagens de dragões, borboletas, letras orientais, fadinhas, flores, desenhos místicos, frases religiosas, nomes de mamães ou filhinhos, pois, nesses casos, nada vejo que substitui a beleza da pele humana.
E, voltando aos tipos, há o “malhado narciso”, que faz uma série de exercícios e corre para o espelho, para ver se aumentou o muque. Se encontra um amigo, grita: - Vamos malhar pra valer, garoto. Isso aqui não é fisioterapia, não!
E o “predador”? Ele mira, de longe, o aparelho que pretende usar; depois, segue com passos vagarosos e olhos de lince. Quando se aproxima, dá uma volta em torno de sua presa e pára, com as mãos na cintura. Aí, afere os pesos, o banco e o encosto, voltando a olhar para a vítima, com as mãos na cintura. Enfim, faz o esperado exercício hercúleo e se levanta vitorioso, esperando que todos tenham olhado sua performance. Mas só quem olhou foi o babaca aqui!
Nessa linhagem, há também o machão, que carrega o aparelho com o máximo de pesos e, ao final, solta-os, para que caiam com força, fazendo um barulho insuportável.
Não se sabe se ele não agüentou mesmo, ou apenas quer chamar a atenção dos outros machos.
Detestável é o “troglodita”, com camiseta de time de futebol, barba por fazer e olhos vermelhos. Ele chega à área onde as pessoas deitam em colchonetes, para fazer a ginástica de solo, e cospe no chão mesmo. Deve ser segurança do Poder Legislativo. Ganha muito, mas não tem verniz, como se dizia antigamente.
Eu gosto mesmo é da “bonitinha”. Na verdade, ela não é tão bonitinha assim. Se fosse, não estaria lá, mas nas telas da TV ou nas páginas das revistas masculinas e teria uma academia particular em sua mansão, com um treinador pessoal. Porém, é sonhadora e tem certeza que todos estão olhando para ela. Então, sai de um aparelho ouvindo o som de seu “walk-man”, dançando e dando pulinhos. Vai para frente do espelho, toma um gole de água, arrebita a bundinha e a olha de lado.
Eu já ia me esquecendo da “gordinha”. Ela tem, sim, esperanças de emagrecer! Faz todos os exercícios disciplinadamente. No final, sobe no aparelho que eu chamo de “o mais cruel de todos”, a balança. Aí, desce, como se estivesse subindo... para o patíbulo. Mas é tão simpática que a gente nem nota que está levemente acima do peso máximo.
Os resultados de exercícios constantes e bem feitos é sentido no bem-estar do dia-a-dia e visto nos resultados dos exames de sangue, por exemplo.
Eu recomendo a todos, mas sugiro que tomem cuidado com os instrutores, que sempre querem transformar qualquer um em atleta olímpico.
Um deles me falou: - Pode se esforçar ao máximo, pois, em caso de desmaio, tem o Carlitão, da turma da limpeza, que sabe fazer respiração boca-a-boca como ninguém.
É ruim, heim?

Sérgio Antunes de Freitas
5 de Fevereiro de 2011

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

DEIXANDO BARATO

DEIXANDO BARATO...
Marina da Silva
Até meados dos anos 90 do século XX “andar” de avião dava status, era um meio de transporte elitizado, aristocrático, enfim, “chique nus úrtimos”! As pessoas se trajavam com elegância, desfilavam malas e fraqueiras de grife, levavam platéia para um tchauzinho, tiravam foto dentro e fora do avião e na primeira classe comportavam-se como estrelas... de primeira grandeza, gente do Primeiro Mundo com direito a atendimento VIP até na cabine de controle do avião. Comandantes, aeromoças usavam uniformes de gala, 1º escalão e com sorrisos de canto a canto da orelha encenavam o que fazer nas emergências, serviam refeições apetitosas, sucos, cervejas e até uísque e champanha! Mas ai veio a globalização o neoliberalismo, a flexibilidade e o governo brasileiro numa virada 360º abriu o país aos “povos amigos” privatizando o que era excelente para tornar o país eficiente, mais competitivo enxuto, baixando custos através da falácia da concorrência como fator de excelência, salutar no capitalismo! Apertem o cinto...a qualidade sumiu! A competição – propalavam - seria regulada pela mão invisível do mercado deixando tudo mais barato! Bem, não foi exatamente isto que ocorreu ao transporte aéreo. Viajar de avião a cada ano foi deixando ser  “um barato” e tornando um meio de transporte comum, simplório, sem brilho ou classe tanto nas viagens nacionais como nos vôos internacionais. Viagens 1.99 a preço de R$99.90 podem até ser gol...de bico, mas não é uma Brastemp e muito menos  um show de bola!
Algumas empresas aboliram as refeições, transformaram os trabalhadores em colaboradores flex, isto é, um time que além da faxina nas aeronaves, são vendedores de sanduba, garrafinha d’água e se vacilar produtos Avon, Jequiti, Racco, Natura. Se  a viagem for longa o passageiro tem H2O, refrigereco, barrinha de cereal, salgadinho torcida.. de terceira divisão e bala chita!  Atrasos, over book, gente esparramada pelos saguão, raiva, ira, agressões aos funcionários das empresas, B.O...é caso de polícia!  “Em dezembro, segundo balanço da Anac, os aeroportos brasileiros registraram 13,2 milhões de embarques e desembarques de voos domésticos, valor 2 milhões acima do registrado no mesmo período de 2009. Mesmo com o crescimento, o índice de atrasos acima de 30 minutos permaneceu próximo ao dos últimos anos --por volta de 20%. Os cancelamentos também ficaram no mesmo patamar, cerca de 5% do total de voos programados.” Voar virou um “andar” de avião besta, a aeronave digitransformou-se num aerobusão e em alguns casos um aerobus-leiteiro, transporte de gado! Recentemente fui à Argentina e qual foi minha surpresa quando a mocinha sem aviso prévio e do meio do nada sacou um frasco e jogou sobre os passageiros um spray... de dedetização!? Jesus me abana! Se isso mata de mosquito da dengue, H1N1 e até super bactéria, o que não fará com a cabocla aqui? Senti-me menor que um piolho, menor que uma lêndea! Voltando ao Brasil, paradinha básica em Guarulhos, um espetáculo grotesco: os passageiros adentravam o avião trazendo nas mãos um sanduiche de “mortadela, lanche entregue na entrada da nave com o tradicional “Obrigada” por pegar este busão, ops, aerobusão! Na ida para Buenos Aires o lanche: um mini-pão integral com uma lâmina (tamanho e espessura de gilete) de presunto, queijo, um pedaço de rúcula e um naco de tomate seco regado a água, suco, ou refrigereco foi entregue a cada um em sua poltrona. Pode ser um trem desse? Do jeito que a decadência e precarização geral vem assolando o transporte aéreo, na próxima viagem é bom  ir prevenido: água filtrada, garrafa térmica para um chá ou cafezinho, farofa de galinha,  um bom tropeiro, pastel, enrolado de salsicha, coxinha e um rolo de papel higiênico caso usar o banheiro seja irremediavelmente necessário! Eta nóis e quem anac poderá nos defender! Do jeito que a coisa está nós cidadãos (e consumidores) é que estamos deixando barato, muiiiito barato, de graça mesmo para as empresas!
“Companhias aéreas recebem R$ 2,3 milhões em multas no fim de ano. Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) divulgou nesta sexta-feira um balanço da operação fim de ano, realizada em 11 aeroportos do país na virada do ano para evitar os problemas mais recorrentes entre passageiros e companhias aéreas. Ao todo, foram aplicados R$ 2,3 milhões em multas entre 17 de dezembro e 7 de janeiro. As multas foram aplicadas em 329 autos de infração abertos pelas equipes de fiscalização da agência. Destes, 244 autos foram para as empresas TAM, Webjet e Gol. As companhias Azul, Avianca e Trip não tiveram nenhuma irregularidade comprovada até o momento. O restante das infrações foram cometidas por companhias estrangeiras.” 21/01/2011


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

MG: ESTAMOS DE LUTO!

Resposta Mensagem Enviada ao Fale SEGOV
Escrever Adicionar Bate-papoPara:aatrocha@uol.com.br

Escrever Adicionar Bate-papoAssunto:Resposta Mensagem Enviada ao Fale SEGOV Data:01/02/2011 13:08



Caro(a) Sr(a). marina da silva,



Encaminhamos-lhe a resposta a sua mensagem enviada a Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais, através do nosso Sítio Eletrônico.



N° Protocolo: 2011131963 de segunda-feira, 31 de janeiro de 2011


Assunto: MG: luto.



Sua Mensagem:

MG: ESTAMOS DE LUTO! Marina da Silva CULPADOS!

Resposta da SEGOV:

Sra. Marina, Informamos que a sua mensagem será encaminhada ao setor competente para conhecimento. Atenciosamente, Assessoria do Secretário. Secretaria de Governo
Assessoria do Secretário

Secretaria de Estado de Governo


segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

MG:ESTAMOS DE LUTO!

MG: ESTAMOS DE LUTO!

MG: ESTAMOS DE LUTO!

DesanimadoCULPADOS!

HÁ MAIS DE UMA DÉCADA OS MINEIROS E TODOS AQUELES QUE TRAFEGAM PELA BR 381- ATUALMENTE CERCA DE 120 MIL VEÍCULOS POR DIA- ASSISTIMOS IMPOTENTES O DESCASO, A INCOMPETÊNCIA E A OMISSÃO CRIMINOSA DOS ADMINISTRADORES DO ESTADO E CAPITAL COM OS INÚMEROS ACIDENTES E MORTES QUE ACONTECEM NA BANALMENTE BATIZADA "RODOVIA DA MORTE"!
TODOS OS DIAS, NO RÁDIO, NA TV, NOS JORNAIS TEMOS O SANGUE DE CIDADÃOS DANDO COR AO NOTICIÁRIO! DISCURSOS POLITIQUEIROS, MEDIDAS EMERGENCIAIS INÓCUAS E TOSCAS (INSTALAR RADARES, RESTRINGIR TRÁFEGO E OUTRAS BOBAGENS)  DEIXA CLARO QUE EM MINAS GERAIS ADMINISTRAR NÃO É COISA SÉRIA OU TEMOS APENAS ESTÚPIDOS, DILETANTES E INCOMPETENTES NO COMANDO DA SOCIEDADE E DE UM DOS ESTADOS MAIS RICOS DO BRASIL! O TRANSPORTE PÚBLICO É UM LIXO, O METRÔ LIGANDO AS NOVE REGIÕES É UMA HISTÓRIA SEM FIM, QUALQUER OBRÍCULA LEVA SÉCULOS PARA SER (MAL) CONCLUÍDA, ETC,  ETC E TAL TAMBÉM!

"O prefeito Márcio Lacerda decretou calamidade pública no Anel Rodoviário em setembro de 2009, quando cinco pessoas morreram em um acidente na rodovia. O objetivo da iniciativa, que durou ao todo 180 dias, era agilizar obras - mas foi em vão."

A rodovia BR-381 registrou o maior número de mortes em acidentes de trânsito em 2010 no Estado de Minas Gerais.  Em 2009, aconteceram 9.614 acidentes e 280 mortes nesta rodovia. Ao todo, a Polícia Rodoviária Federal contabilizou 27.366 acidentes e 1.344 mortes nas estradas mineiras em 2010. Os números indicam o crescimento deste tipo de ocorrências que, em 2009, ficaram em 2.507 acidentes e 1.214 óbitos.”
"a equipe de auditoria do TCU detectou indícios de irregularidades graves como pagamento de serviços não realizados que justificaram a recomendação de bloqueio. “A BR-381 teve sua inclusão no quadro de bloqueio recomendada em 2006 em razão de inúmeros indícios de irregularidades, como superfaturamento. "
“Em mais um acidente no local”,... “outro grave acidente” “ Na quarta-feira, mais sete pessoas morreram e quatro ficaram feridas em dois acidentes na Rodovia da Morte.”
 
“Rodovia da Morte matou 17 pessoas nos últimos três dias .Somente nas últimas 72 horas, 17 pessoas perderam a vida no trecho da BR-381 conhecido como "Rodovia da Morte", entre Belo Horizonte e Governador Valadares, Vale do Rio Doce. A via tem pista simples, é cheia de curvas, topografia acidentada, e que está para ser duplicada há mais de dez anos. No ano passado (2009), 138 pessoas morreram e 2.159 ficaram feridas em 2.975 acidentes nesse percurso. Estado de Minas.25/06/2010

“o corpo da menina Ana Flávia Giboski, de 2 anos, uma das vítimas do acidente, foi enterrado no Cemitério Parque da Colina, Região Oeste de BH. A prima dela, Laura Giboski, de 4, permanecia internada em estado grave no UTI do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), para onde foram levados todos os feridos. O adolescente Marcelo Ferreira dos Santos, de 12, e a avó Maria da Conceição dos Santos, de 60, foram enterrados em Entre Rios, na Região Central. A empresária Márcia Iasmine de Azeredo Villas Boas Sales, de 44, foi sepultada em Sete Lagoas, a 70 quilômetros da capital, e a quinta vítima, Eduardo de Souza Oliveira, de 40, em São Bernardo do Campo (SP). Além de Laura, mais dois feridos permanecem internados.” 29-01-11

A sensação é de impotência porque as pessoas morrem num trecho que já é conhecido por acidentes graves. Impotência diante de um governo que não faz nada, de um Estado que não faz nada e de uma Justiça que não aplica a lei de forma adequada. A pessoa mata cinco, mas os motoristas não ficam presos por crime de trânsito neste país”.Rafael Gibosky"

NervosoSIM, EM NOME DE TODOS OS CIDADÃOS MINEIROS DECLARO QUE ESTAMOS DE LUTO E FARTOS DESTA POLITICA CHULÉ, DESTA DESADMINISTRAÇÃO, DOS JOGUETES E ESCARAMURÇAS ENTRE ADMINISTRADORES E EMPRESÁRIOS QUE SÓ PENSAM NOS MILHÕES E NÃO ENTRAM EM ACORDO PARA A DUPLICAÇÃO!
ESTAMOS DE LUTO! E SE VOCÊ NUNCA ENTENDEU PORQUE OS POLÍTICOS MINEIROS "TRABALHAM EM SILÊNCIO" SAIBA QUE UM DOS MOTIVOS É QUE NÃO TRABALHAM OU SÃO TÃO INCOMPETENTES QUE O MELHOR É NÃO FAZER ALARDE!


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

BRAZIL. ENCHENTES: QUEM É QUE VAI PAGAR POR ISTO?????

"A METEREOLOGIA EM NOSSAS VIDAS"
Mosaico a partir de www.google.com.br/images


Marina da Silva
Este é o título de um artigo de H. Schwartsman comentando as tragédias que destruíram e ceifaram cerca de oito centenas de vidas na região serrana do RJ. O título evoca Maquiavel e a importância da história, da repetição dos eventos no tempo, da circularidade dos fenômenos naturais ou não e da interação homem/meio no processo de construção da sociabilidade humana. Eu acuso as autoridades públicas e as culpo e ainda defendo mudanças na Constituição para penalizá-las criminalmente! Culpar o clima não é burrice, é também esperteza e jogada política! A “monotonia” do clima brasileiro além de não “afetar” políticos incompetentes e salafrários (salvo raríssimas exceções) serve para criar uma cultura politiqueira que faz das tragédias de verão um filão para angariar votos nas eleições, oportunidade de desvios de verbas públicas, enriquecimento ilícito no superfaturamento de obras meia-boca (que não duram até as chuvas seguintes) fazendo pouco caso e zombando das desgraças dos cidadãos! Anastasia alicerça trânsito. A pedido do tucano, Dilma se reúne com ele, no primeiro encontro da presidente com um governador, recheado de promessas para o metrô e de ajuda às vítimas das chuvas. O mineiro avaliou como positivo o começo do governo Dilma e disse que pediu R$ 250 milhões ao Ministério da Integração Nacional para reforçar o caixa do estado e dos municípios a fim de recuperar as cidades atingidas pelas chuvas. Em Minas, 94 prefeituras decretaram situação de emergência.”  A principal lição de Maquiavel (autor muito citado e pouco conhecido) é que a monotonia dos eventos, sua repetição no tempo deve levar à prudência e aguçar a atenção dos administradores, orientando suas ações para proteção da sociedade em catástrofes futuras. Culpar o clima ou a ocupação humana (de pobres) em áreas inseguras, de alto risco, ou pior, jogar para cima de deus e o diabo a responsabilidade pela “pior chuva dos últimos tempos” é estultice, incompetência e cretinice de administradores bananas que não se pode mais tolerar nesta potência que é o Brasil! “Tanto a presidenta Dilma quanto o governador Cabral centram críticas à forma de ocupação nos municípios da região Serrana, especialmente Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, os mais prejudicados pelas enchentes dos últimos dias.” Onde vamos chorar nossos mortos amanhã? Um mapinha básico, recolhido até no JN, poderá nos informar, mas queremos e devemos chorar cada vez menos cidadãos mortos! “A região serrana do Rio já contabiliza 791 mortos, segundo dados mais recentes divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde e da Defesa Civil. O número de mortos por região se divide em: 366 em Nova Friburgo, 317 em Teresópolis, 66 em Petrópolis e mais 22 em Sumidouro.“ O Brasil mudou drasticamente, é uma das principais potências capitalistas do planeta e temos tecnologia suficiente para “entender” o tempo até em anagliptografia (braile)! A ação humana nunca foi instintiva e/ou condicionada pelo meio como a dos símios e BBB’s globais! Temos capacidade para vencer científica e tecnologicamente os reveses “naturais”, o destino e a predestinação aprendendo com os erros e acertos do passado (na última década cerca de 37 tragédias assolaram o país) nos precavendo, fazendo previsão, criando, importando, pirateando e instalando sistemas de abrigos e alarme de desastres para proteger a população das catástrofes futuras! O mínimo que se espera dos administradores que mereceram os votos dos cidadãos eleitores é segurança e bem-estar e nem precisa de Constituição ou mãos 100% limpas; apenas pede-se que as potencialidades brasileiras para lidar com situações emergenciais como as das próximas chuvas sejam colocadas em ação! O que choca a mídia na tragédia do Rio de Janeiro é a democracia das desgraças, isto é, não foram apenas os pobres e miseráveis atingidos em cheio e os únicos culpados pela própria sorte por ocupar, com anuência e/ou conivência das autoridades as áreas de risco, aquilo que o governador Sérgio Cabral vem denominando de “romantismo social”. E por falar em Cabral, o pacificador de favelas, e seus seguidores: a sociedade brasileira, principalmente os cariocas, deve ficar alerta para o grande plano de limpeza legal das áreas de risco que não apenas reluziu no seu olhar como ficou gravado para quem assistiu seu pronunciamento sobre a tragédia ao lado da dama de ferro, a super Dilma!
“(...) agora é o apelo geral que eu faço, portanto, é que o  eu fiz antes do processo eleitoral, porque não faria agora. E fui muito criticado. É um apelo que eu faço efetivamente que todos tenhamos coragem...“É muito difícil dizer não, mas muitas vezes educar é dizer não. Não, não pode, aqui não pode, aqui não pode construir, aqui tem que ser removido. É muito duro a gente dizer isto, mas tem que dizer e o nosso programa “morar seguro” tem este objetivo né, de efetivamente, como disse a nossa presidente, casar isso com áreas seguras, com minha casa minha vida, como nós fizemos com o PAC, no PAC nós desapropriamos mais de 8 mil famílias com compra assistida, com desapropriação sabe, e muitas vezes com movimentos de resistência, com demagogia de A, B ou C, este é um movimento que tem que ser feito no Brasil cada vez com maior consciência. Não é uma visão porque isso tá muito ligado com um passado antigo a tal de lei da ordem e dos direitos humanos como se fossem dicotômicos e não há dicotomia...quanto menos área de risco ocupada menor o dano”. Cabral/13-01-11