TRUMPISMO?
Marina da Silva
Enfim...O Trumpismo! Uma busca
rápida no tio Google e você achará
como significado:
“trumpismo trum.pis.mo trɐ̃ˈpiʒmu nome
masculino
1. POLÍTICA conjunto
de princípios e práticas políticas associadas a Donald Trump, 45º presidente
dos EUA
2. POLÍTICA período
da governação liderada por Trump
3. POLÍTICA movimento
ou postura política de apoio a Trump e/ou às suas políticas De Trump, antropónimo+-ismo” 1
E claramente estes são
significados de trumpismo bastante simplórios e fakes, pois não abarcam a
complexidade do que é/foi o “momento ultra-neoliberal” Donald J. Trump no
comando da mais poderosa nação capitalista do mundo, os Estados Unidos da
América.
O Trumpismo não surgiu
do meio da nada e de lugar nenhum e menos ainda da cabeçorra de Donald
Trump, um recém-nascido molhando e sujando fraldas descartáveis em 1946. Mas
Donald J. Trump e o “Trumpismo” nasceram no contexto histórico banhado pelas
ideias, ideologias, filosofias e políticas econômicas sob intervencionismo
estatal (nos moldes keynesiano) que dominaram o Ocidente desde início do século
XX e principalmente pós-Segunda Guerra Mundial.
O
Trumpismo, abusando de tal termo, foi a reação perpetrada e balizada
pelo pensamento da escola austríaca de economia nos Estados
Unidos em defesa ferrenha e radical do capitalismo2 sob a égide do liberalismo econômico laissez-faire: mercado livre, propriedade privada, individualismo,
liberdade extrema de fazer o que quiser e der na telha com o próprio dinheiro e
corpo sem nenhuma interferência do Leviatã, ops, Estado, considerado há séculos
como “um mal necessário” na luta capital de todos contra todos.3
Sim, o Estado é uma “criação
humana” assim como a política, a família e a propriedade privada.4 É a administração e domínio do corpo social e
corpo político para/pelos mais fortes,
daqueles que, segundo Maquiavel, querem e fazem qualquer coisa para ter,
controlar, manter, expandir o poder político, econômico, social, o
controle e aplicação da violência, etc, etc e tal sobre os outros, também
conhecidos como a "ralé social" e o povo.5 O indivíduo é mau e pratica o
mal por natureza sempre que quer “poder/riqueza” (leia-se manter, acumular,
expandir riqueza), diz Maquiavel, T. Hobbes e muitos que vieram antes
deles e depois e esta aí a "História das Civilizações" para não/ou
deixá-los mentir.
"(...)é muito mais seguro ser temido do que amado. Porque os
homens em geral são ingratos, volúveis, falsos, covardes, ambiciosos e enquanto
você tiver sucesso, eles são inteiramente seus, oferecem o próprio sangue, os
bens, a vida e os filhos, (...)desde que a necessidade esteja distante;
mas quando ela se aproxima, eles se voltam contra você."idem
O surgimento,
florescimento e cristalização do sistema capitalista de produção e a
transformação de tudo em mercadoria6 comprável e vendável vai apenas potencializar isto, dar contornos
mais nítidos sobre aqueles que querem o poder e a riqueza a qualquer custo para
destruir, subjugar, explorar, expropriar e dominar os demais (indivíduos,
povos, nações, impérios).
***
Com uso dos conhecimentos
científico-tecnológicos aplicados à produçãoidem, principalmente a partir meados do século XIX, A Riqueza das Nações7 dá gigantescos passos, açula a
disputa, concorrência, competição, ganância e descambará no século XX em:
Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918) e ascensão dos nacionalismos (movimento
romântico), totalitarismo8
deixando saldo de cerca de 20 milhões de mortos, além feridos e
sequelados; crises de fome, pobreza, miserabilidade; revolução Russa e a opção/oposição
ao capitalismo selvagem (1917) com formação da federação URSS-
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas; a gripe espanhola (1918), a crise
financeira mundial (quebra da bolsa de Nova York em 1929); Segunda Grande
Guerra Mundial (1938-1945), e, muitos outros males.
Mas para todos os males capitalistas há cura: intervenção do
Estado. Pensou na mão invisível smithiana regulando um
mecanismo altamente irracional, volátil, explosivo? Esta é uma das
"ideias" e o principal “mito” e mentira aplicada pelos capitalistas e
pares à sociedade civil. O Estado também é cura para regimes socialistas,
comunistas e tal também, inclusive para anarquismo, esclarecem anarquistas a
Brian Dorhet no livro aqui citado. Não confunda sistema de produção com
formas de governo. Um estado pode ser comunista-capitalista ou
capitalista-social-democrático ou socialista-capitalista como o dragão chinês.
"Os princípios
básicos do liberalismo não contêm nenhum elemento que o faça um credo
estacionário, nenhuma regra fixa e imutável. O principio o qual devemos
utilizar ao máximo as forças espontâneas da sociedade e recorrer o menos
possível à coerção pode ter uma infinita variedades de aplicações".
www.google.com.br/images. ATENÇÃO! Crise
de 1929? NÃO. Muitos como eu, usam esta foto relacionando-a com O CRASH DE
1929, isto porque uma busca Google dá esta imagem como do período do Crash. Na
verdade está foto ao lado do outdoor "sonho americano de
prosperidade" foi tirada em 1937 durante uma inundação do Great Ohio river
e as pessoas desabrigadas na foto estão numa fila por alimentos e roupas, etc,
na cidade de Louisville, Kentucky. Margareth Bourke-White. Time & life Pictures.
[Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=94MY_fA7lI0&list=PLL9nZoHHkbKDBgno7rKIDwl9IFonjkOeD&index=6&t=54s&ab_channel=Hist%C3%B3riaOnline]
"Ocorrida entre a Primeira e a Segunda Guerra mundiais,
a Crise de 1929 foi um dos acontecimentos mais impactantes da
História Contemporânea. Essa crise ocorreu nos meses de setembro e outubro de
1929, nos Estados Unidos, quando o valor das ações da Bolsa de Valores de
Nova York (à qual a economia mundial estava integrada à época) despencou
bruscamente, provocando a sua “quebra” (crash).
A quebra da Bolsa de Nova York desencadeou, por sua vez, a Grande
Depressão Americana, que durou até meados dos anos
1930."https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-foi-a-crise-1929.htm
Como é bom louvar a “paz
mundial”, democracia, ser liberal pacifista ferrenho, defender soberania
das nações, mitos do mercado livre como opção e melhor condutor de uma
sociedade livre10, indivíduos
livres, todos ricos, saudáveis e felizes fazendo suas escolhas livres, um
"Admirável mundo novo”11, administrado
por capitalistas amigos, colegas fraternos, dividindo o mercado com alegria,
claro, numa microrregião, numa ilha, em Marte, no mundo das ideias.
Na vida real os
capitalistas se comportam como bárbaros, selvagens, cada um por sim e com um só
lema: I’M THE BEST FUCK THE REST atualmente conhecida como
filosofia do "fodismo" (apertando o botão do foda-se), pouco
importando se o capitalismo é comunista, socialista, democrático,
anarquista ou graças a Deus Acima de Tudo pátria armada Brasil Deus é D+!
www.google.com.br/images
Parafraseando Nietzsche: O
liberalismo econômico radical está morto ou o deus Capital está morto no século
XX? Bem, para quem nasceu ali nos anos finais do século XIX era a
possibilidade. A visão clara era de inevitabilidade e cristalização do
"laissez-faire -dada pelo surto tecnológico-científico conhecido como
“segunda revolução industrial", meados do século XIX- mas o que se seguiu
não foi bem a consolidação do capitalismo selvagem e sim, corridas e disputas
por "espaços vitais" ao seu desenvolvimento: a guerra
franco-prussiana, neocolonialismo, a formação dos estados-nações da Alemanha, Itália; o
fortalecimento de sentimentos nacionalistas, patrióticos, imperialistas,
totalitários, o forte crescimento do extremismo à direita e à esquerda
e o aumento exponencial do papel do Estado como o regulador e salvador da
pátria, literalmente contra o liberalismo, socialismo e a democracia. O
que deu errado? O credo nas soluções mágicas e controle de um sistema altamente
imprevisível, irracional por uma "mão-invisível" na cabeça dos
"players" (usando um termo da moda) sem o síndico, ops,
"gerente" (estado) foi para o beleléu? O Estado venceu?
***
Os defensores do livre mercado,
propriedade privada, individualismo, anti-socilalistas/comunistas,
anti-planificação econômica, anti-dirigismo, anti-intervenção e regulação
estatal dos assuntos econômicos abominam o Estado. Abominam? Claro...que
não. Abominam o estado do Bem-estar
social, o Estado Providência, o Estado proprietário e investidor [na saúde,
educação, habitação, infra-estruturas; regulador do mundo do trabalho,
salários, interferindo nas negociações capitalistas, principalmente nas
especulações financeiras na Bolsa, bancos, mercado de trabalho, direitos
sociais,etc], dirigindo a economia. Hayek defende a presença do
Estado e a justifica e traça a existência permitida juridicamente: o Estado Liberal de
Direito, mais conhecido atualmente como estado-empresa,
aquele que: ou ajuda os empresários capitalistas
ou sai fora do seu caminho12. Hayek sabe que o Estado é o mal necessário, isto é,
um mecanismo utilitário para os liberais.
"Há enorme diferença entre criar deliberadamente um sistema
no qual a concorrência produza os maiores benefícios possíveis, e aceitar
passivamente as instituições tais como elas são". (HAYEK: cap. 1. p.37-46)
E quem vai discordar de
Hayek, prêmio Nobel de economia, quando sabemos que a era de ouro do
liberalismo século XIX ocorreu sob os auspícios do Estado? Paradoxo? Claro que
não. É fato histórico e Brian Dorhet não me deixa mentir, embora maximize o
"empreendedorismo" dos liberais neste século e desde a "fundação
dos Estados Unidos" pelos pais
fundadores.
A intelligentsia austríaca
vinda para a América, mãe da chamada "Escola de Chicago" e que
prescreve o estado neoliberal no século XX como reação ao intervencionismo
estatal pós Segunda Guerra Mundial é adepta do "estado mínimo":
"A distinção que
estabelecemos entre a criação de uma estrutura permanente de leis - no âmbito
da qual a atividade produtiva é orientada por decisões individuais - e a gestão
das atividades econômicas por uma autoridade central caracteriza-se assim,
claramente, como um caso particular da distinção mais geral entre o estado de
direito e o governo arbitrário." (HAYEK: cap.6; p.89-100)
Fica a "dúvida crucial e
pequenas constatações na falta de maiores", diria o escritor José Zokner13: o que deu errado com o sistema perfeito de conduzir a sociedade,
o liberalismo radical, que passou a ser execrado e banido para os infernos no
século XX? Chamo Hayek para responder
apropriadamente com este comovente lamento de moedeiro com a mais falsa das
moedas:
"Quando o curso da
civilização toma um rumo inesperado, quando, ao invés do progresso contínuo que
nos habituamos a esperar vemonos ameaçados por males que associamos à
barbárie do passado- atribuímos a culpa a tudo, exceto a nós
mesmos.(...)Não estiveram nossos esforços e esperanças voltados para maior
liberdade, justiça e prosperidade?(...) as ideias que ao longo da geração
passada foram seguidas pela maioria dos homens de boa vontade e determinaram
grandes mudanças em nossa vida social não podiam estar erradas". (HAYECK,
cap. 1, p.37-46)
É preciso começar tudo de
novo, ressuscitar a “ideia” que nunca morre, dirá Ludwig Mises e F. Hayek e num
lugar longe da contaminação, Hayek chama de “infecção”14 das ideias socialistas, comunistas, da
social-democracia, do dirigismo, planejamento e intervencionismo do Estado,
longe das ideias coletivistas caras ao século dos iluministas e humanistas e
das ideias cristianas (Jesus Cristo); de ideias de Égalité, Fraternité,
Liberté para todos, de comunidades de irmãos vivendo em comum e
dividindo o pão e bens com alegria - coisa dos europeus!
O lugar escolhido: Estados
Unidos, um dos três países da América do Norte, situado entre o México ao Sul e
o Canadá ao norte. Mises e Hayek estão enganados, não
redondamente, mas as ideias socialistas, comunistas e anarquistas estão
presentes nos Estados Unidos e pior ainda, depois do “crash da Bolsa de Nova
York" em 1929, o apelo à intervenção estatal se tornou a ordem do
dia para os conservadores dos partidos Republicano e Democrata com as
políticas do New Deal de F. D. Roosevelt.
A missão de ressuscitar o
liberalismo econômico sem qualquer regulação além da “mão invisível”
smithiana será um trabalho hercúleo onde nem os próprios liberais se entendem
sequer quanto ao nome do “movimento”: Liberal? Neoliberal? Anarco-capitalismo
(de esquerda e/ou direita)? Niilismo-esquerdista? Conservadorismo?
Neoconservadorismo? Liberalismo de raiz? Direitismo conservador?
Anarco-sindicalismo? Esquerdismo progressista? Direita&Esquerda?
Só os “escolhidos” (lei da
predestinação calvinista e teologia da prosperidade dos neoevangelistas)
ajustam-se a irracionalidade do capitalismo, suas verdades eternas e entendem o
mistério da “mão invisível”, uma herança das virtudes liberais do “refinado”
povo britânico que sucumbiu ao coletivismo no século XX e eles, os radicais
pelo capitalismo, tem a missão histórica de passar tal conhecimento adiante,
mas, todavia em pleno momento conhecido como “Golden
Age” ou Welfare State, nos Estados Unidos: prosperidade, bem-estar
social, empregos, aumento da renda da classe média, fortalecimento dos sindicatos,
seguridade social, seguro-saúde, seguro-desemprego, aposentadoria, políticas
públicas sociais para Educação...etc. É o mesmo que pregar no deserto:
“Difícil explicar para seu
vizinho ou alguém sentado perto de você num jantar porque legalizar
narcotráfico ou prostituição ou acabar com os fundos públicos da Educação era
vital para o futuro da liberdade da América.” (Radicals to capitalismo,
p.3000-3002) 14.Tradução
livre
***
Enquanto issso... Donald Trump
crescia em graça e beleza, banhado e embebido no que há de pior nos Estados
Unidos: ideário da supremacia branca anglo-saxônica, inferiorização de negros,
imigrantes asiáticos (chineses em destaque), latinos (mexicanos especialmente),
misoginia, homofobia, lutando contra os direitos civis defendendo a Lei
Jimmy Crown e Ku-Klus-Klan -segregação e extermínio de negros.15 os
radicais pelo capitalismo elaboravam planos e guias práticos de tomada LITERAL
do poder e instauração do Estado neoliberal:
1. Formação de teorias
científico-filosóficas a cargo de Mises, Hayek e Milton Friedman (fundadores da
Sociedade de Mont Pélerin - braço e cabeça liberal internacional e do clube
Bastiat);
2. Conseguir fundos para a FEE:
educar, formar tarefeiros e obreiros para espalhar a "economia do livre
mercado" em jornais, literatura, escolas, igrejas e afins e domesticar a
população no ideário da sociedade neoliberal a cargo de Leonard Read e sua
"gangue";
3. Aditivar a catequese do
culto neoliberal ( fundamentos de Mises/Hayek) e ideias anarco-libertarianas e
objetivismo (Ayn Rand) cujo objetivo é destruir totalmente "estado"
de welfarismo usando os inimigos e
suas armas totalitárias (Hitler/Stalin), em proveito do livre mercado,
propriedade privada, individualismo, egoísmo. O que fica a cargo de
Murray Rothbard. Claro que a aristocracia intelectual da "escola de
economia austríaca" precisa de servos para não sujar as mãos:
"O economista,
filósofo e jornalista nascido em Nova York Murray Rothbard é amado e rejeitado
pela grande paixão de vários companheiros libertarianos. Ele estava igualmente
em casa na construção de instituições e movimentos políticos e em reinos
rarefeitos de economia e filosofia política e igualmente capaz de fazer
inimigos em qualquer área (...) Rothbard cruzou a órbita de Rand e se deixou
convencer pela tradição dos direitos naturais após sua formação inicial na
economia utilitarista de Mises. Ele é (...) aquele cuja influência explica mais
sobre o que torna únicas as idéias, o comportamento e o sabor geral do
libertarianismo americano; (...) Ele carece do respeito quase universal de
Milton Friedman como economista e comentarista. Ele não tem o grande culto de
seguidores de Rand. Ele não tem a influência acadêmica de Hayek."16
Tradução livre
Rothbard é a radicalização
necessária para a implantação do estado neoliberal que a "intelligentzia"
sangue azul não se permite professar abertamente: militarização do Estado,
destruição do Estado do Bem-estar Social (política do New Deal 1933),
apropriação do estado para fins únicos (ideias libertarianas radicais inclusas)
com as "armas" dos regimes totalitaristas nazista e stalinista.
Rothbard as considera excelentes armas para qualquer sistema, uma grande novidade
encontrada explicitamente no pensamento de Maquiavel, século XVI e reduzida ao
slogan: "os fins justificam os meios" e vice-versa.
O que existirá após a
supressão/diminuição do estado? Um grupo privado seleto de bilionários
garantindo e regulando privilégios para "os escolhidos" em várias
partes do mundo: banqueiros, industriais, financistas investidores e/ou
especuladores, reis do petróleo, gás natural, minérios, gado,
monoculturas, armamentos de guerra, construção civil, citando alguns. Em
1973 e na grave crise do petróleo é dada a partida ou OPERAÇÃO: implantação do
estado neoliberal no Chile e em plena ditadura militar de Augusto Pinochet; e
seu sucesso demonstra na prática que o plano da “Escola de Chicago” cria o
consenso de que o Estado neoliberal é aplicável e administrável tanto em
regimes autoritários como nas democracias. Em 1979 é a vez do Reino Unido com M.
Tatcher; R. Reagan em 1980 nos Estados Unidos; em 1990 no Brasil. O
neoliberalismo venceu!
E o Trump?
Nos anos Setenta é um
playboy curtindo a vida adoidado.
“Trump já tinha na bagagem o conservadorismo
republicano liberal tradição-família-propriedade, temperado pelo racismo,
homofobia, latino-fobia, (principalmente contra mexicanos), misoginia, machismo
e outros vícios explícitos e tratados com extremado zelo e um fascínio pelo
culto narcisista e parasita do brilho e holofotes da mídia, fazendo qualquer
coisa para aparecer e lançar suas mentiras e colher ótimos frutos e fãs”17
Começa a trabalhar com o
Trump-pai na construção civil, casa-se em 1977 com Ivana e é amigo de Roy Cohn,
um advogado do diabo, oops, máfias da construção. Nos anos 1980, bilionário e super empreendedor de sucesso
Trump vai às compras e com ajuda de escritor-fantasma (ghost-whriter Tony
Schwartz) publica seu primeiro livro: A arte da negociação, um tremendo
sucesso!
Nos anos 1990, falido e
endividado Donald é o garoto propaganda fake do “American Dream” para uma geração desesperançada, com baixíssima
auto-estima, desempregada ou trabalhando para sobreviver em empregos precários,
disputando vagas com imigrantes legais e ilegais, desconfiando da política e
políticos “tradicionais” sem entender que são vítimas tanto da reestruturação
produtiva e desindustrialização do país, das inovações tecnológicas que
permitem a dispersão territorial de parte ou mesma de toda produção para outros
países provocando um enorme desemprego estrutural, da robotização e mecanização
com base na microeletrônica, enfraquecimento do sindicalismo, redução da
renda, aumento da jornada de trabalho; vítimas das crises financeiras
arquitetadas em Wall Street e principalmente pelo desmantelamento do Estado de
Bem-estar social rooseveltiano e implantação do estado neoliberal a partir de
Reagan, Clinton, Bushes. Em Donald Trump a/há verdade... Ele quer ser o próximo
presidente, mas só se tiver uma chance clara de ganhar, isto é, com uma mega
crise nos Estados Unidos. Só que o século XX terminou...
( Continua...)
Fonte
1. Trumpismo in Dicionário infopédia da Língua Portuguesa sem
Acordo Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2021. [consult.
2021-04-06 15:09:16]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa-aao/trumpismo
2. Sobre este momento histórico
ver: DORERTH, Brian. Radicals for Captalism: A
freewilling History the Modern american Libertarian Movement. e-book.
3. HOBBES, Thomas. Leviathan (1651)
4. HENGELS, F. A ORIGEM DA FAMÍLIA, DA
PROPRIEDADE PRIVADA E DO ESTADO. Disponível PDF
.https://www.pstu.org.br/FormacaoConteudo/Livros/07_OK_Engels-Origem-da-familia-do-estado.pdf
5. MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe.
São Paulo/SP: Universo dos Livros Editora Ltda. 2009. E.book ISBN 978-85-99187-94-4
6. MARX, Karl. O CAPITAL. Crítica da
Economia Política. Livro I. Rio de Janeiro/RJ: Civilização Brasileira,1998.
Vol. 1.Livro Primeiro: O processo de produção do capital. Mercadoria e
Dinheiro, p. 51-172.
7. SMITH, Adam. A Riqueza das Nações.
E-book
8. Sobre Totalitarismo ver: ARENDT, H.
ORIGENS DO TOTALITARISMO: Antissemitismo, imperialismo, totalitarismo. Editora
Companhia de Bolso. e-book; História Online: curso HG. Regimes
totalitários https://www.youtube.com/watch?v=1dfvwfL5mnY&ab_channel=Hist%C3%B3riaOnline
9. HAYEK, F. O CAMINHO DA SERVIDÃO. E-book
10. MISES, Ludwig. A AÇÃO HUMANA.. Um
tratado de economia. 1949. ISBN978-85-62816-39-0. e.book; INTERVENCIONISMO, UMA
ANÁLISE ECONÔMICA. e.BOOK
11. HUSLEY, Aldous.
Admirável mundo novo. E-book
12. ALVES, Ana Carolina Timo. AS REFORMAS
EM MINAS GERAIS: choque de
gestão, avaliação de desempenho e alterações no trabalho docente. UFMG 2006. Seminário
Regulação Educacional e trabalho docente. UERJ.
13. ZOKNER,
José.
14. HAYEK, F. O CAMINHO DA SERVIDÃO. E-book
15.Sobre
o assunto ver documentarios Netflix: A DÉCIMA TERCEIRA EMENDA; AMEND (Décima
quarta Emenda); TRUMP na american dream.
16. DOHERT, Brian. Radicals for Captalism: A
freewilling History the Modern american Libertarian Movement. P.426-453. "New york-born
economist, philosopher, and journalist Murray Rothbard is both loved and
rejected cith great passion by vrious fellow libertarians. He was equally at
home in the scrum of instititution building and movements politics and in
rarified realms of economics and political philosophy and equally capable of
making enemies in either area(...) Rothbard intersected Rand's orbit and became
sold on the natural rights tradition from her after his initial backgroud in
Mises's utilitarian economics. He is(...) the one whose influence explains most
about what makes the ideas, behavior, and generl flavor of American
libertarianism unique; (...) He lacks Milton friedman's almost universal
respect as an economist and commentator. He lacks rand's huge cult following.
He lacks Hayek's academic influence."
17.
SILVA, M. Trumpismo. Parte 1, 2, 3 https://www.blogger.com/blog/post/edit/3450571318857224147/6109514595587315021;
https://www.blogger.com/blog/post/edit/3450571318857224147/2686288460665398201,
https://www.blogger.com/blog/post/edit/3450571318857224147/4233619281600763174;