PILOTO DE FOGÃO
Todo mundo conhece, e muitos condenam, a tradicional frase usada pelos
homens para criticarem as mulheres no trânsito de veículos: - Vai
pilotar fogão, Dona Maria!
Se usada com bom humor, até as mulheres acham graça. Se usada como
ofensa, é condenável por duas razões: pelo dever do respeito e do
cavalheirismo e, em segundo, pelo fato de as mulheres serem melhores
motoristas. Prova disso é o fato de os seguros dos veículos de suas
propriedades serem mais baratos.
Por outro lado, se a frase for recebida com bom humor, a mulher
demonstra sua segurança e sua feminilidade. Se recebida com ódio, a
brincadeira perde a graça.
Essa tal política de gênero é uma via de duas mãos, sabe, Dona Maria?
E eu já estava preparando uma piada machista de minha própria lavra,
quando assistia a uma reportagem histórica sobre a primeira mulher
promovida a contra-almirante, o terceiro maior posto da Marinha e, por
similaridade, das Forças Armadas.
A oficial agraciada com o título, Dalva Maria Carvalho Mendes, é
médica anestesista e diretora de uma Clínica Naval.
É pouco, seus machistas rebeldes?
Na cerimônia em que recebeu as platinas, aquelas divisas colocadas nos
ombros dos militares para identificar seus postos, fez declarações
extremamente elegantes, sóbrias, inteligentes, mesmo sob a forte
emoção que qualquer um teria sentido. Disse, entre outras, que
renovava seus votos de casamento com a Marinha do Brasil.
Lealdade é para poucos!
Todos a cumprimentaram com sorrisos de admiração. Até mesmo sua filha,
no posto de primeiro-tenente da Marinha, demonstrou carinho e
admiração, embora tenha mantido a formalidade dos cumprimentos
oficiais, distantes, respeitosos, como ressaltou a reportagem.
Já seu filho não respeitou. Como não é militar, quebrou o protocolo e
abraçou a mãe com todo o amor do mundo.
Certamente, até mesmo os senhores da guerra mais experimentados se
comoveram com a sequência dos fatos.
www.google.com.br /images
Uma mulher que dedicou trinta e um anos de estudo e trabalho para
chegar a esse ponto mereceria ter seu feito divulgado de forma
espetacular, para que as crianças e jovens do Brasil, recebendo a
informação, nela se espelhem e busquem caminhos parecidos, certos e
produtivos para suas vidas, se isso não for delírio.
Lamentavelmente, não foi o que se viu e o que se vê na grande imprensa
brasileira.
Deveriam ter estampado seu rosto nas primeiras páginas dos maiores
jornais, com manchetes chamativas e reportagens detalhadas, para
orgulho de todo o povo brasileiro. Mas o fato só foi divulgado de modo
discreto por alguns desses veículos.
E, nas tristes e repetitivas primeiras páginas, só foi possível
encontrar assuntos de jogadores de futebol, marias-chuteira,
marias-gasolina, as mesmas estrelinhas de programas de auditório,
apologia do corpo, crimes, violências, futilidades de consumo,
sensacionalismo gratuito, políticos gatunos.
Se é necessário levar trinta e um anos para chegar aonde a
Contra-almirante chegou, quanto tempo levará nossa cultura para dar o
devido valor ao seu exemplo?
www.google.com.br/images .À estrela Estrela Dalva, faço do povo brasileiro, a HOMENAGEM DE Sérgio Antunes de Freitas!
Como os marinheiros se orientam pelas estrelas, nossas crianças e
jovens poderiam também se orientar pela Estrela Dalva.
E nós, machistas, devemos ficar com os bicos calados, pois a mulher
não pilota fusquinha, não.
Ela pilota contratorpedeiro, gente!
Sérgio Antunes de Freitas
www.google.com.br. É nóis na fita! rsrsrs
Sérgio Antunes de FreitasTodo mundo conhece, e muitos condenam, a tradicional frase usada pelos
homens para criticarem as mulheres no trânsito de veículos: - Vai
pilotar fogão, Dona Maria!
Se usada com bom humor, até as mulheres acham graça. Se usada como
ofensa, é condenável por duas razões: pelo dever do respeito e do
cavalheirismo e, em segundo, pelo fato de as mulheres serem melhores
motoristas. Prova disso é o fato de os seguros dos veículos de suas
propriedades serem mais baratos.
Por outro lado, se a frase for recebida com bom humor, a mulher
demonstra sua segurança e sua feminilidade. Se recebida com ódio, a
brincadeira perde a graça.
Essa tal política de gênero é uma via de duas mãos, sabe, Dona Maria?
E eu já estava preparando uma piada machista de minha própria lavra,
quando assistia a uma reportagem histórica sobre a primeira mulher
promovida a contra-almirante, o terceiro maior posto da Marinha e, por
similaridade, das Forças Armadas.
A oficial agraciada com o título, Dalva Maria Carvalho Mendes, é
médica anestesista e diretora de uma Clínica Naval.
É pouco, seus machistas rebeldes?
Na cerimônia em que recebeu as platinas, aquelas divisas colocadas nos
ombros dos militares para identificar seus postos, fez declarações
extremamente elegantes, sóbrias, inteligentes, mesmo sob a forte
emoção que qualquer um teria sentido. Disse, entre outras, que
renovava seus votos de casamento com a Marinha do Brasil.
Lealdade é para poucos!
Todos a cumprimentaram com sorrisos de admiração. Até mesmo sua filha,
no posto de primeiro-tenente da Marinha, demonstrou carinho e
admiração, embora tenha mantido a formalidade dos cumprimentos
oficiais, distantes, respeitosos, como ressaltou a reportagem.
Já seu filho não respeitou. Como não é militar, quebrou o protocolo e
abraçou a mãe com todo o amor do mundo.
Certamente, até mesmo os senhores da guerra mais experimentados se
comoveram com a sequência dos fatos.
www.google.com.br /images
Uma mulher que dedicou trinta e um anos de estudo e trabalho para
chegar a esse ponto mereceria ter seu feito divulgado de forma
espetacular, para que as crianças e jovens do Brasil, recebendo a
informação, nela se espelhem e busquem caminhos parecidos, certos e
produtivos para suas vidas, se isso não for delírio.
Lamentavelmente, não foi o que se viu e o que se vê na grande imprensa
brasileira.
Deveriam ter estampado seu rosto nas primeiras páginas dos maiores
jornais, com manchetes chamativas e reportagens detalhadas, para
orgulho de todo o povo brasileiro. Mas o fato só foi divulgado de modo
discreto por alguns desses veículos.
E, nas tristes e repetitivas primeiras páginas, só foi possível
encontrar assuntos de jogadores de futebol, marias-chuteira,
marias-gasolina, as mesmas estrelinhas de programas de auditório,
apologia do corpo, crimes, violências, futilidades de consumo,
sensacionalismo gratuito, políticos gatunos.
Se é necessário levar trinta e um anos para chegar aonde a
Contra-almirante chegou, quanto tempo levará nossa cultura para dar o
devido valor ao seu exemplo?
www.google.com.br/images .À estrela Estrela Dalva, faço do povo brasileiro, a HOMENAGEM DE Sérgio Antunes de Freitas!
Como os marinheiros se orientam pelas estrelas, nossas crianças e
jovens poderiam também se orientar pela Estrela Dalva.
E nós, machistas, devemos ficar com os bicos calados, pois a mulher
não pilota fusquinha, não.
Ela pilota contratorpedeiro, gente!
Sérgio Antunes de Freitas