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segunda-feira, 29 de junho de 2015

BRAZIL: DE CRISE EM CRISE..."a corrupção é endêmica."

RUMOREJANDO

http://rimasprimas.blogspot.com.br/


PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES
Constatação I (“Quadrinha para se declamar, quando houver
 uma infiltração na sua casa”, de autoria do meu grande
 Amigo Sérgio Antunes de Freitas).
A água é um bichinho danado!
Entra por um buraquinho qualquer
Pode até escolher o lado.
Pois sai por onde quiser!
Constatação II
Marcelinho Carioca, depois de uma breve passagem como comentarista
 esportivo, quando comemorava, como jogador do meu Corinthians,
 a vitória de um campeonato do seu time, colocava uma faixa de
 “Atleta de Cristo” na sua cabeça. Durante as partidas distribuía pontapés, 
chutes nos adversários como se eles fossem os vendilhões do templo...
Constatação III (Dúvida crucial via pseudo-haicai).
Tento desvendar um mistério
Devo me casar
Ou entrar num monastério?
Constatação IV
Quando o obcecado leu na vitrine da livraria a chamada de um livro 
Introdução auspiciosa”, incontinente pensou: “Passível de mal-entendido”.
Constatação V
E como apregoava outro obcecado – nada a ver com o anterior – filosófica
 e didaticamente: “A gente tem que ser favorável à mudança de posição. 
Afinal, não adianta querer repetir as emoções anteriores porque elas 
nunca se repetem”.
Constatação VI (De conselhos úteis).
Data vênia, como diriam nossos juristas, mas Rumorejando achou que,
 na época, S. Excia. a Ministra do Turismo, Marta Suplicy, ao invés de 
recomendar “relaxa e goza” para quem tomou ou ainda toma um chá de 
até 12 ou 24 horas nos aeroportos, poderia objetivamente recomendar
 o seguinte: Que os passageiros antecipem suas viagens em 24 horas
 para, desse modo, chegariam em tempo para seus compromissos. De nada!
Constatação VII
Deu certa vez na mídia: “Mantega nega caos, ‘problema’ é o fluxo de passageiros”.
 O Ministro da Fazenda acha que crise aérea é o "preço do sucesso" da economia.
 Data vênia, como diriam nossos juristas, mas Rumorejando acha que S. Excia., 
na suas assertivas terrivelmente infeliz, quis dizer, em outras palavras, que há
 bens que vêm para o mal. Coitado... de nós todos.
Constatação VIII
A frase do Ministro Mantega, ainda segundo a mídia da época,
 suscitou o seguinte comentário do relator da CPI da crise aérea 
na Câmara, Marco Maia (PT-RS): "É melhor que o ministro fique 
calado. Em vez de ajudar, só atrapalha o processo com essas
 declarações. Foi um comentário desnecessário, descabido e fora 
de propósito", afirmou. Data vênia, como já foi assinalado anteriormente, porém Rumorejando acha que não somente o Ministro foi infeliz como
 também o da Saúde que, ano passado, asseverou que não havia
 problema na sua pasta. Nossos políticos acham, como tantos, que 
pimenta nos olhos dos outros é refresco. Nos olhos, porque
 somos educados...
Constatação IX (Dúvida crucial via pseudo-haicai).
Foi a cartomante
Que não atinou que o marido
Tinha uma amante?
Constatação X (Truco dramático). 
[Para os meus amigos Ernani Buchmann e Gerson Barão.
 Também para Nireu Teixeira e Vitor Marcassa (ambos in memoriam)].
Fui convidado
Pra jogar um truco
Na casa de gente fina:
Plantas ornamentais
E outros que tais
Por todo o jardim.
Jasmim-do-campo e bejuco*
Era o que não faltava.
O baralho era de plástico
O que produziu em mim
Um efeito bombástico.
Meu parceiro
Sempre foi bem-educado
E meu grande companheiro
Pediu, quando solicitado,
A se pronunciar o que queria.
“Uma simples cerveja
Não muito gelada, mas fria”.
Eles alegaram
Que não havia
E se serviria um vinho.
Por educação,
O sócio aceitou
Mesmo achando que não combina
Com tal tipo de carteado.
O vinho era francês
De boa cepa
E ele ficou numa embriaguez
Que ao invés de piscar para mim
Passou a fazê-lo pra ricaça
Que felizmente, como o maridão,
Levou como pirraça.
Os adversários
Era o casal de anfitriões
Que sempre jogaram juntos
E que tinham como assuntos,
O comentário de cada jogada.
Às vezes discutiam
E até bramiam
Na discussão
Até que ela se enganou
Numa mão
E ele não perdoou.
Depois daquela jogada
Ficaram de mal
E nunca mais se falaram
Então se divorciaram.
Coitado!
Coitada!
Quanto à moradia
Acabou vendida
Para um casal que nem sabia
Que truco se joga com baralho
O que culturalmente
Era no seu currículo algo falho,
Um atraso de vida
E assemelhados
Tão-somente.
Coitados!
*Bejuco = Substantivo masculino. Botânica.
1. Bras. Amazonas. Rio de Janeiro. Mato Grosso. Arbusto ou trepadeira 
da família das bignoniáceas (Callichlamys latifolia), de flores amarelas e 
frutos capsulares.
2. Bras. Amazonas a Santa Catarina. Trepadeira da família das 
bignoniáceas (Paragonia pyramidata), de flores amarelo-enxofre,
 róseas ou violáceas, e frutos capsulares.
Constatação XI
Quando o obcecado leu na mídia que “nos primórdios da vida, havia muito
 sexo e nada de predadores” comentou: “Hoje em dia é completamente o 
revés. Ainda bem que pessoas como eu, que não são predadores, se ocupam
 da manutenção de que a outra parte continue em diligente vigência”.
Constatação XII
Deu certa vez na mídia: “Yahoo! diz que oferta da Microsoft de US$ 44,6 bilhões 
subestima a empresa”. Data vênia, como diriam nossos juristas, mas Rumorejando 
acha que os valores em discussão subestimam a América Latina, o Caribe, a Asia
 e a África pelo número de pobres que os povos desses países possuem. 
É muito dinheiro na mão de poucos...Como sempre...
Constatação XIII (Teoria da Relatividade para principiantes),
É muito melhor tomar uma cerveja gelada, oferecida por uma senhora gata, 
do que, na Inglaterra, uma quente, ofertada por rainhas, princesas, 
príncipes ou alguém de sangue vermelho mesmo.
Constatação XIV
É um pesadelo escutar, todos os dias, em muitos decibéis o carro 
apregoando seus sonhos...
Constatação XV
Em certos setores de certos países, a corrupção é endêmica.
Constatação XVI
Deu na mídia: “Políticos japoneses fazem dieta para conscientizar população”. 
Será que os políticos brasileiros não poderiam, pelo menos, deixar de dar 
maus exemplos? Quem souber a resposta, por favor, comentários no blog.
 Obrigado.
Constatação XVII
Cachorro. Além de se comunicar latindo, também o faz através
 do idioma rabês.
Constatação XVIII
Quando o convencido leu na revista Isto É as declarações da 
atriz Thaila Ayalla: “Eu sou viciada em sexo, e se fico uma semana sem, 
viro mulher-aranha. Seria bom se eu tivesse sete namorados à minha disposição”, 
estufou o peito, cuspiu para o lado e, do alto da sua empáfia, proferiu grandiloquente:
 “Se ela me tivesse como seu namorado, ela dispensaria os outros seis almejados. 
Não é à-toa que eu sou como certas hipotecas: única – no caso, único –,
 intransferível e especial”.
Constatação XIX
Quem vai pagar os prejuízos da Petrobrás?
Constatação XX

Poeminha massageador

Ganhei uma medalha de ouro
Quando a gatona me disse:
“Você é meu maior tesouro”.
Eu, modesto: “Não diga asnice”.

“Não é tolice o que eu falei
Tampouco é sandice
Eu sempre te amei
Mesmo com a tua estultice”.

Diante de tanta convicção
Mesmo sem saber o significado
Daquela nova expressão
Eu fiquei lisonjeado.

Quando olhei no dicionário
Que pode ser estupidez
Não achei nada extraordinário
E não foi a primeira vez...

Constatação XXI
E como poetava o obcecado, nada a ver com o outro da 
outra constatação acima:
Resisto a um assédio
Quando ela não me interessa
Mas aceito quando é remédio
Na base do ‘que vá’, ‘vamos nessa’
Pra melhorar o meu já alto promédio
Mesmo que a gata não seja uma peça.
Constatação XXII
Acho muita graça
Quando, ela, toda rebolativa,
Toda cheia de empáfia
Por mim passa
Com um ar de altiva,
Recitando Cora Coralina
A poetisa goiana tão viva,
Tão doce e tão prendada
E tão ferina,
Querendo a atenção chamar
Talvez, quem sabe, me impressionar,
Sem conta se dar,
Que a simplicidade
Da grande autora
Estava distante da vaidade
E sem dúvida em versejar
Uma senhora doutora.
Cara menina
Não esqueça
Que a arrogância,
O pedantismo,
A jactância,
O pernosticismo
Não levam a nada.
E para que ninguém te abomine
Não faça que este, digamos, assim
Escriba termine,
Como costuma sempre no fim,
Empregando a palavra “Coitada!”
Constatação XXIII (Passível de mal-entendido).
-“Vizinho eu preparei isso pra misturar com a sua mandioca”.
Constatação XXIV (De uma dúvida crucial). 
Se Robin Hood poderia ser considerado uma espécie pessoa da 
Esquerda ao roubar dos ricos para dar aos pobres, numa aparente 
distribuição da renda, os da assim se considerando de Esquerda que 
estão no Poder e assaltam, como no caso da Petrobrás, podem ser 
considerados que passaram para o Centro ou à Direita? Quem souber
 a resposta, por favor, comentários no blog. Obrigado.
Constatação XXV
Não se pode confundir prometo com brometo, muito embora ambos 
ou ambas sejam prejudiciais à saúde de um vivente, senão vejamos: 
Brometo, segundo o dicionário Aurélio quer dizer: Substantivo Química.
2. Restrição. Qualquer de certos brometos, como os de sódio, potássio 
e amônio que, adicionados à alimentação em prisões, navios de guerra, 
etc., eram usados como sedativos, e de uso, hoje em dia, condenado.
Prometo = Do verbo prometer. Comumente utilizado por políticos, em
 época de campanha política, inserido na frase “se eu for eleito, eu prometo”
 e segue-se uma mentirada sem tamanho e claro que não pode ser levado 
a sério, embora seja por incautos. Tampouco a cantada que diz; Eu prometo 
que depois a gente casa. As demais diferenças, Rumorejando deixa de
 enumerar por falta de espaço no blog. Obrigado pela compreensão.
RICOS & POBRES
Constatação I
Rico vive absorto; pobre, displicente.
Constatação II 
Rico vence a inércia; pobre é preguiçoso.
Constatação III
Filho de rico é superativo; de pobre, é malcriado.
Constatação IV
Rico compila; pobre, copia.
Constatação V
Jurista rico usa a expressão “Data vênia”; jurista pobre,
 “Salvo melhor juízo”. (Dúvida crucial: Jurista pobre?)
Constatação VI
Rico toma champanhe; pobre, escuta da polícia: “Me acompanhe”.
Constatação VII
Rico ultrapassa. Apenas, ultrapassa; pobre ultrapassa dos limites.
Constatação VIII (Colaboração do Amigo Alcy Xavier
 “que ouviu de um cliente de um bar na Chinatown curitibana”).
Rico é deficiente químico, pobre é pinguço”.
Constatação IX
Rico correndo é atleta; pobre correndo é que a polícia vem atrás.
Constatação X
Rico subtrai; pobre, surrupia.

E-mail: josezokner@rimasprimas.com.br
Site: www.rimasprimas.com.br 

sexta-feira, 26 de junho de 2015

BRAZIL: Pelé, faz um gol para mim?

O PAI DO PELÉ

www.google.com.br/images. O filho do Sô Dondinho começando a brilhar no time Noroeste da cidade paulista de Bauru.

Sérgio Antunes de Freitas

Fui provocado pela notícia de que um jornalista famoso procura por histórias do pai do Pelé.
De histórias, o filho é recordista, mas o pai também merece muitos encômios, na forma de lembranças.
Resolvi, então, contar um episódio que se passou há mais de meio século e, acredito, sou o único vivo que presenciou.
Foi em agosto de 1961, quando eu tinha sete anos.
Seu Dondinho trabalhava no Centro de Saúde de Bauru, juntamente com meu pai, dentista. Se não me engano, ele era motorista da entidade pública. Por isso, nos conhecíamos e eu encontrava-o às vezes.
Eu morava na Rua Alfredo Ruiz, n.º 3-47, e ele morava próximo, na Rua 7 de Setembro, em uma casa que hoje está praticamente em ruínas, mas deveria ter sido transformada em museu do Rei do Futebol, trazendo vantagens turísticas para a cidade. Lamentavelmente, não houve dirigente público com essa visão.
Seu Dondinho costumava passar em frente a minha casa, para ir ao Bar do Seu Justino, que ficava na esquina, no lado oposto e no quarteirão de baixo. Sempre elegante, preferia camisas azuis claros, se minha memória não falha. Ou terno branco, com chapéu também branco.
www.google.com.br/images. O rei Pelé.


Quando o via, atravessava a rua correndo e pedia: - Seu Dondinho, quando é que eu vou conhecer o Pelé?
Ele sempre se dirigia a mim e a outras crianças com um sorriso carinhoso e palavras de esperança, prometendo que atenderia, quando fosse possível. Como se dizia na época, era um “gentleman”!
Muitas vezes, quando estava no bar com seus amigos, eu levava uma folha de papel, para fazer o famoso bolão, no valor de um cruzeiro, do próximo jogo do Noroeste, o time da cidade no Campeonato Paulista.
Todos eles davam palpites absurdos, com resultados de 8X7, 9X9, 11x4, para se divertirem comigo. Na inocência de criança, quando ninguém acertava, eu devolvia o dinheiro para cada um, em vez de fazer o papel de banca de jogo e ficar com o dinheiro. Eles riam e me mandavam entregar o dinheiro para o Seu Justino, que sempre me retribuía com um refrigerante de guaraná.
Naquele mês, quando soube que o time do Santos iria jogar no domingo contra o Noroeste, fiquei ansioso por apresentar o bolão ao seu Dondinho. E ele cravou 7X1 para o time do seu filho, justificando: - Desta vez, eu aposto contra o Noroeste, claro!
Eu assisti ao jogo e o placar foi exatamente esse, com quatro gols do Atleta do Século.
Na segunda-feira, após uma vigília no portão de casa, corri para entregar o dinheiro a ele, que não aceitou, dizendo que havia jogado para mim.
E os seus amigos adoraram zoar: - Que isso, Dondinho? Mandar o filho fazer quatro gols, só para ganhar o bolão do Serginho? Vamos denunciar na Federação!!!
Mas isso aconteceu um ano depois de ele ter cumprido sua promessa.
Em abril do ano anterior, ele havia dito para meu pai me levar à sua casa, pois o Pelé havia tido uma permissão para resolver problemas pessoais em Bauru e, no dia seguinte, jogaria contra o Botafogo do Rio, no Maracanã.
No encontro, ele disse que faria um gol para mim.
No dia seguinte, eu e meu pai grudamos no aparelho mais importante da casa, para ouvir o jogo pela Rádio Nacional. Em entrevista antes do jogo, o Pelé confirmou que havia prometido fazer um gol para um garotinho de Bauru.
Meu pai vibrava mais do que eu!
Eu adormeci logo depois, mas, na manhã seguinte, corri para perguntar ao velho sobre o resultado do jogo e sobre meu prometido gol.
Meu pai me informou que o jogo havia sido 3X0 para o Botafogo!
Resultado de imagem para santos x botafogo 1962
www.google.com.br/images. O seca-pimenteira que impediu o gol do garotinho de Bauru. O cara é tão chato que "Chato" sobe nele e desce vazado! rsrsrs

E concluiu, bem-humorado: - Tu seca até o Pelé, heim?
Foi quando eu aprendi que há coisas que só acontecem para o Botafogo do Rio. Ou para quem joga ou torce contra ele!

Sérgio Antunes de Freitas

21 de junho de 2015

terça-feira, 23 de junho de 2015

BRAZIL. DEMOCRATIZAÇÃO LIFE STYLE $1.99: A FADIGA E O LUXO!


FADIGA DE LUXO E FADIGA DO LUXO
Resultado de imagem para luis xiv rey de francia
www.google.com.br/imagem. Luis XIV, o Grande, o Rei sol.
Marina da Silva

Para quem acredita que uma coisa e outra são a mesma coisa saiba que o risco de estar redonda e globalmente enganado é altíssimo! Buscar compreender  o complexo fenômeno Fadiga de luxo e Fadiga do luxo não é preciso uma gramática sobre preposição, artigo, contração e ambiguidade dos conectivos de ligação “de” e “do”, mas é condição essencial entender o contexto histórico, econômico-social-político, cultural, etc, onde tais expressões ganham “corpo e alma” e fazem algum sentido no processo de construção da sociabilidade humana sob a égide do capitalismo, ou seja, do modo de produção de mercadorias de valor de troca sendo o dinheiro a mercadoria que compra qualquer mercadoria e o trabalho humano a mercadoria que produz valor acima do seu valor, gerando o lucro dos capitalistas. É nesse sistema que, principalmente nos séculos XVII e XVIII, que luxo é esplendor, raridade, nobreza, preciosidade, elegância, único, exclusivo, inédito, histórico! Fadiga de luxo é viver por viver o melhor, o super, hiper, mega, plus que o dinheiro e o poder podem reservar a poucos! É ser mais que um rei, é brilhar como o sol rodeado e desfrutando tudo do bom, melhor, excelente como Luis XIV, o Rei Sol, rei da França e Navarra de 1643 até sua morte em 1715!


www.google.com.br/images. Palácio de Versalhes, dormitório da rainha.


Majestosa, exclusiva, preciosa, limitada, personalizada, original, pura, requintada, exótica é a Fadiga de luxo deste período banhada em muito ouro, prata, incrustada de rubis, diamantes, esmeraldas, especiarias de toda parte do mundo conhecido, cultura, filosofia, refinamento de culinária, bebidas, vestuário, jóias, calçados, educação, transporte e brinquedos de luxo, culto as belas artes, arquitetura, classe! Quanto mais caro, suntuoso, luxuoso e ricamente único, mais esplendor, glória, poder! A Fadiga de luxo é para pouquíssimos e curada em viagens ao estrangeiro, estadias nos Alpes, caçadas nas vastíssimas propriedades rurais, jogos e passeios nos belíssimos bosques, campos e jardins, verdadeiras obras de arte, filosofia, ciência! Veludo de Utrecht, cristais da Bhoemia, especiarias das Índias, enxovais de Limoges, sedas e porcelanas da China, vinhos de Champagne (Krug, Don Perignon, Veuve Clicquot), cervejas belgas, relógios suíços, Whisky escocês, tecidos ingleses, sapatos italianos...


www.google.com.br/images. Vista parcial dos Jardins do palácio de Versailles.


Reis, imperadores, clero, nobreza,  e a alta burguesia dotada de títulos nobremente comprados se esfalfam na ostentação, bom gosto, dia e noite em todas as estações do ano numa tarefa fatigante e extenuante e realizada com refinado prazer em festas, jantares, saraus, jogos, viagens...Um luxo! 
Foto Marina da Silva. Belo Horizonte. Minas Gerais. Brazil. É o Estado mineiro um dos melhores campos de observação científica do país para o fenômeno Life Style $1.99.

Já a Fadiga do luxo é uma expressão contemporânea, século XXI, intimamente ligada ao Life style $1,99* criado a partir do boom tecnológico/científico que permitiu a fragmentação de todas as fases produtivas e mesmo da produção inteira e sua transferência e dispersão geográfica para áreas fartas em matéria-prima, mão-de-obra barata e/ou escrava, ausência de sindicatos e legislação trabalhista e muitas benesses e isenções fiscais dos Estados hospedeiros. A nova fase de globalização (produção, mercado, pessoas) e das intervenções e ingerências neoliberais comandadas pelo Fundo Monetário Internacional-FMI nas economias soberanas, na administração e orientação de concentração de riquezas e na pressão e insistência nas privatizações e  cortes nos gastos sociais dos governos estrangulou a classe abastada e a classe média clássica e promoveu o desemprego em escala global, a pobreza e miséria de milhões de seres humanos! 
Gerenciar e dominar países subdesenvolvidos era e é muito comum no cotidiano dos povos terceiro-mundistas, Brazil incluso, mas inacreditavelmente  foram expandidos e impostos [com anuência dos Estados da União Européia] aos países de Primeiro Mundo, economias enfraquecidas principalmente após a super crise financeira mundial de 2008 com epicentro nos Estados Unidos e que atingiu sem dó nem piedade os países da União Européia [Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda, Itália] a partir de 2011 tornando genérico o receituário do Consenso de Washington da América Latina para todo  Primeiro Mundo Desenvolvido!
Foto Marina da Silva. Paris, outubro 2007. Turistas do mundo "subdenvolvido" comprando bolsas Louis Vuitton falseta vendida por ambulantes asiáticos e africanos no largo de Sacre Coeur. Detalhe: mercadoria com qualidade para primeiro-mundistas!

Com o fim da "Era de ouro" do capitalismo (pós Segunda Grande Guerra à meados dos anos 1960) e a super explosão tecnológica (robótica, transporte, informática, bioengenharia, mecanização com base na microeletrônica, etc) a taxa global de lucros despenca vertiginosamente! Aumenta a competição pelos mercados e o capital produtivo é suplantado pela especulação financeira. A produção de massa fordista/taylorista entra em colapso e novas formas de produção compõem a reestruturação produtiva, a gerência, o trabalho levando a um aumento exponencial do desemprego, das relações precárias de trabalho, rebaixamento salarial, "terceirização do modo de vida" em países que serviam de modelo de desenvolvimento econômico e social para o resto do mundo!
www.google.com.br/images. Massificação de produtos de baixa qualidade [matérias-prima suspeitas de contaminação, por exemplo, uso indiscriminado do plástico e fibras sintéticas].

"A China virou a fábrica mundial, a Índia o escritório mundial e o Brazil o celeiro do mundo" (commodities agrícolas, recursos minerais) um imenso continente fornecedor de produtos primários"! O Primeiro Mundo foi produzir na China e o que era luxo transformou-se em lixo genérico, falseta, pirata! A consequência  desta reorientação da produção? Tudo o que é original, exclusivo, único, personalizado, puro, precioso, requintado, histórico pode ser copiado, falsificado!

Foto Marina da Silva. Comprado por mim no Shopping Oiapoque, Belo Horizonte, Minas Gerais. Brazil. O shopping ilegal mais legal de Belo Horizonte. Nike, Vitoria Secret, Louis Vuitton, D&C, Chanel, Christian Dior, Hugo Boss, Lacoste, Christian Lobotin:  tudo se compra em ambulantes, camelôs, feiras shopping e shopping de importados!


A "corrupção e corrosão" do caráter da produção de mercadorias engolfou as relações de trabalho e as relações humanas. A corrupção se espalhou da "fábrica invadindo as casas", a administração, os políticos, os capitalistas( alto grau de corrupção e roubo dos cofres públicos), os pobres brasileiros pobres, miseráveis e até a antiga classe média clássica! A pobreza e miséria material e espiritual tomou o mundo de assalto! Fenômeno conhecido e classificado como "democratização" genérica da vida" na mídia brasileira é na verdade a imposição socialista do capitalismo comunista e seu Life Style $1.99: chulo, pirata, falseta, genérico made in condições desumanas,  degradantes e corrompidas!
Democratização do luxo, fadiga do luxo é na verdade um subterfúgio, uma imensa cortina de fumaça para velar e justificar uma fase de concentração de riqueza no Brazil e no mundo nunca dantes vista. Duzentos milhões de habitantes, 54 bilionários na revista Forbes, entre eles, Jorge  Paulo Lemann [US$25 bilhões], o mega capitalista que transformou a cerveja num líquido redondo e que só Deus sabe o que fará com o sanduba após garfar empresas no ramo  junk food!
Foto Marina da Silva. Paris vista parcial da Torre Eiffel; Bel Horizonte, paisagem (vista) comum nas cidades brasileiras, principalmente nas capitais. Mega mansões rodeadas por imensas favelas.

 "Primeiro mundo virou piada no exterior..." o sonho brasileiro de país primeiro-mundista para todos nunca passou de sonho, mas a "terceirização" do Primeiro Mundo para o Life Style 1.99 é o pesadelo atual e ninguém consegue acordar!


"Ao longo dos últimos anos tem-se observado duas correntes divergentes quando o assunto é discutir a melhor definição para luxo. Existe a corrente dos que afirmam que luxo é acessível e que estaria ao alcance de todos os consumidores e aqueles que são enfáticos em afirmar que o luxo é para poucos, seguindo a corrente francesa de pensamento, com os autores Lipovetsky (2002), Castarède (2005), Allérès (2000), Ferreux (2008) e Roux (2005). A corrente contrária geralmente empírica e composta pelo meio empresarial que se apresentam como estudiosos do luxo, trazendo dúbia interpretação do que realmente é o luxo. Alguns chegam a apresentar sensata dificuldade no modo que o caracterizam, dando-se a entender que o luxo, na pluralidade das vezes tornou-se caracterizado como algo acessível às classes emergentes, e consequentemente algo a ser em breve popularizado."http://catolicaonline.com.br/revistadacatolica2/artigosv3n5/artigo06.pdf Luxo: is not for all.Tarcisio Campanholo, Solon Bevilacqua

Mosaico a partir de www.google.com.br/images. DEMOCRATIZAÇÃO? LUXO ACESSÍVEL? POPULARIZAÇÃO DAS MARCAS DE LUXO OU CRIME?


O esmagamento das classes médias tornou produtos luxuosos, de alta qualidade em um sonho quase possível parcelado no cartão de crédito ou carnezinho. Fadiga do luxo é uma expressão "chique" inventada para dar conta da miséria espiritual e material que se abateu pelo mundo a partir dos anos setenta, século XX. A fadiga do luxo envolve um processo gravíssimo de despersonalização, indiferenciação, massificação, miserabilidade espiritual e material sufocando os desejos e extinguindo e/ou limitando o "querer, o desejo" pelo rico, exclusivo, requintado, especial, original, luxuoso! Envolve um encarceramento, controle e domínio da liberdade em todas as suas facetas e possibilidades.







quinta-feira, 18 de junho de 2015

BRAZIL: rumorejando as coisas da vida com Juca José Zokner.

RUMOREJANDO

PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
http://rimasprimas.blogspot.com.br/

Constatação I (“Poesia”, dedicada aos jovens da atualidade).
Era um sujeito empírico
Metido a satírico.
Livro, nunca havia lido
Sem, da vista, ter sofrido.
O máximo era ler gibi
Que fazia desde guri.
E nisso estacionou.
Um dia se enamorou.
Por uma jovem formosa
Que lembrava um botão de rosa.
Ela era exatamente o inverso:
Tanto em prosa como em verso,
Lia com sofreguidão de tudo
Mesmo aquele livro maçudo
Que no cara daria arrepio.
Afinal, ele era vazio!
E ela se deu conta na hora
E mandou ele embora.
“Vá pastar”, ela exclamou
Ele de dor quase gritou,
Quase soltou um urro.
“Quando fala parece um zurro.
Seu burro!”
Ele ficou casmurro.
“Você só dá na gente enfado!
Seu abobado.”
Coitado!
Coitado?
Constatação II (Quadrinha didática de mau exemplo).
Cada um se serviu regiamente
Três baitas pratos de feijoada.
Aí, foram pro motel ali em frente.
Quase acaba mal a patuscada*.
*Patuscada = 1. reunião festiva para comer e beber
2. folia animada, divertida e barulhenta; pândega, 
farra (Houaiss).
Constatação III
E como explicava um tanto quanto didaticamente o obcecado: 
“Eu gosto muito de tirar a minha roupa. Mormente depois de
 ter tirado a dela, ou concomitante, isto é, nós dois conjuntamente juntos”.
Constatação IV (Reminiscências).
Quando os cursinhos, a fim de preparar candidatos para enfrentar essa
 excrescência que se chama o vestibular, eram específicos para os cursos
 de engenharia e medicina, por exemplo, no do Dom Bosco havia uma turma
 de 70 rapazes e uma única moça para o de engenharia. Evidentemente que 
os tiques e o vocabulário dos rapazes, mesmo que a vestibulanda assim não
 o desejasse, acabaram se incorporando ao seu. O palavreado nos dias de hoje, 
então, nem falar: cheio de gírias, ainda que mais, digamos, espontâneo, 
nem por isso, para a velha geração, muito mais passível de enrubescimento.
 Um dia a moça entra na sala e, já da porta, grita para os mais íntimos: 
“Gente! ‘Sentei’ em física”...
Constatação V (Matemática meio confusa).
O candidato que semeia discórdia na cúpula do seu partido político
 é capaz de colher a simpatia do partido rival e a antipatia no seu 
próprio partido. Portanto, diretamente proporcional num caso e 
inversamente noutro.
Constatação VI (De uma dúvida crucial).
Será que as sogras, quando assistem novelas elas torcem
 em favor dos vilões?
Constatação VII (De outra dúvida crucial).
Foi o jovem padreco
Que no sermão,
Por um momento,
Usou baixo calão
Ao se referir ao paramento
Como aquele treco?
Constatação VIII (De mais uma dúvida crucial).
E foi a macaca
Que fez fuxico
Com a comadre,
Soltando a matraca
Que o compadre,
O seo Mico,
Com cara de panaca,
Andava de banzé
Com uma jovem chipanzé?
Constatação IX
E foi o polvo,
Num baita revolvo
Deu um amasso,
Ao agarrar a polva,
Que transcendia perfume,
Com seus tentáculos,
Que pareciam aço
Dando espetáculos,
À tardinha,
A um cardume
De sardinha
Que por ali passeava,
E alguém gritava:
“Que ninguém se envolva
Nessa coisa indecente.
Com tanto pé e mão
Enroscado,
Embaralhado
Algum beliscão
Pode sobrar pra gente”.
Constatação X (Pseudo-haicai).
Em lugar onde há futrica
Muita gente curiosa
Não arreda o pé. Fica...
Constatação XI
Ficou a má lembrança:
O truco aquela vez:
Foi uma lambança,
Uma sordidez
Na última carteada
Apareceu naquela jogada
O mesmo três,
Um ilustre conhecido,
Que, na primeira, já havia saído.
Constatação XII (De uma quadrinha aparentemente
 matemática).
A resolução
Daquela equação
Das brigas do casal
Acabou no hospital.*
*Foi uma briga administrativa. Eles eram irmãos e os donos 
e gestores do hospital. Também Rumorejando pensou que era 
um casal, constituído por marido e mulher que teriam se desentendido 
onde haveria rolado agressões mutuas. Ainda bem!
Constatação XIII (Quadrinha para ser recitada aonde 
mais convém).
Perdi minha lapiseira,
Mas não me importei.
Eu só escrevia asneira
Como certo decreto-lei.
Constatação XIV
Deu na mídia: “Maradona é comunista da boca para fora, afirma 
Chilavert, o ex-goleiro da seleção paraguaia”. Data vênia, como diriam
 nossos juristas, mas será que alguém poderia ser comunista da boca pra fora,
 pra dentro, pro lado, pra cima ou pra baixo, mormente, no tempo das 
ditaduras da Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Brasil, Nicarágua, 
República Dominicana para citar as mais, digamos, 
recentes na América Latina?
Constatação XV (Passível de mal-entendido).
Ela vivia mergulhada tanto nos seus pensamentos de casar com seu
 namorado, um oficial da marinha, que até passou a sofrer de enjoo.
Constatação XVI (Ah, esse nosso vernáculo).
Eu sabia que eu sabia quem é esse tal de Marcos que escrevi o seu
 telefone nesse papel. Eu só não sabia que não sabia que ia me
 esquecer tão facilmente.
Constatação XVII
Tirou a prova dos nove
Do seu parco salário:
O patrão não demove
De ficar milionário.
Constatação XVIII
E como dizia aquele deputado adepto da Teoria da Relatividade:
 “É muito melhor ter desvio de conduta do que desvio de status”.
Constatação XIX
E como poetava a popozuda:
“Numa casca de banana
Escorreguei
Foi a terceira na semana
E não me machuquei.
A poupança que alguém abana
É de boa madeira-de-lei”.
Constatação XX
Depois de tomar um daiquiri
Andei fabulando por aí
Que o Paraná será o campeão
Voltando pra primeira divisão.
Constatação XXI (Epitáfio).
Aqui jaz um destemido
Que nunca dobrou a coluna
Nem num jogo onde havia perdido
Toda sua imensa fortuna.
Constatação XXII
Surrupiaram o dinheiro da Ong
Com a maior naturalidade
Como numa disputa de pingue-pongue
Como se fosse o jogo da amizade.
Constatação XXIII (Altos e baixos da nobreza).
Por logaritmo,
Tanto decimal,
Como neperiano,
Também por algoritmo
O conde, grande matemático,
Chegou ao resultado
Que nunca mais
Seria amado
Como fora no primeiro ano
Do seu relacionamento matrimonial,
Quando depois de um dia tumultuado,
Estressante e problemático
Ele chegou em casa cansado
Mas ansiado por um antológico,
Nada escatológico,
Evento sexual,
E sem esquecer o dialógico
Cheio de ais
Como jamais.
Ele não havia atinado
Por uma dor de cabeça,
Não necessariamente eventual,
E, sim uma constante opcional
Da senhora condessa.
Coitado!
Constatação XXIV (Meio repetitiva).
E como finalizava suas elucubrações aquele técnico, precisamente
 antes da preleção final, no final do alongamento: 
“Eu preciso dizer para os meus atacantes que é preciso ser preciso 
nas finalizações”.
Constatação XXV
Era um cara comedido. Depois de comer 2 pizzas, das grandes,
 acompanhadas de cervejas, pedia, pra contrabalançar, 
adoçante no cafezinho.
Constatação XXVI
E como apregoava filosófica e didaticamente o obcecado:
 “A gente tem que ser favorável à mudança de posição. 
Afinal, não adianta querer repetir as inesquecíveis emoções 
anteriores porque elas nunca se repetem”.
Constatação XXVII
Preencher uma lacuna é, nas eleições, votar em branco, ou estragar o voto, 
a fim de que fique bem delineado o repúdio aos candidatos, de modo que
 a soma dos votos em branco e nulo ultrapassem os demais?
Constatação XXVIII
E já que falamos no assunto, a vantagem de ser septuagenário é que 
não se é mais obrigado a votar. Claro que o fato se refere às eleições,
 jamais à opinião em casa que, essa, já tem dono, quer dizer dona...
Constatação XXIX
E já que falamos nesse outro assunto, uma das vantagens de ser septuagenário 
é que a gente, igualmente às grávidas, por exemplo, recebe determinadas 
atenções. Isso não quer dizer que elas, as atenções, sejam necessariamente
 àquelas que se almeja...
Constatação XXX
E como vivia se justificando o pinguço, citando a frase de um autor anônimo,
 querendo, inclusive, mostrar erudição: “A abstinência é uma boa coisa,
 desde que praticada com moderação”.
Constatação XXXI
O STJ vetou a aposentadoria
Dos deputados no Paraná
Era o que o povo queria
Salário? Ora, um caraminguá.
Constatação XXXII
Defenestrado
Das suas relações,
O renitente obcecado,
Um poço de bravata
E convencimento,
Sentiu-se totalmente
Desiludido
Um falido
Aristocrata
Ao ficar sem as suas funções
E se sentiu completamente
Fu, digo, perdido,
Tão-somente.
Coitado!
Constatação XXXIII
Depois de assistir afinal de Barcelona X Juventus, assistir 
os jogos dos times do Brasil, inclusive a nossa seleção,
 é ser extremamente patriótico. Exceto quando joga o meu Paraná...
Constatação XXXIV
E como dizia o obcecado, já na idade provecta:
 “Eu não me meto com mulher casada por uma questão de ética; 
com mulher jovem por uma questão caquética; 
com mulher solteira por uma questão cinética;
 com viúva por uma questão patética; 
com divorciada por uma questão peripatética*
*Peripatética = Exagerada na expressão, nos gestos (Aurélio).
Constatação XXXV
Quem ainda não leu o livro Causos, Acontecidos e Outros Quejandos
do escritor gaúcho Afif Simões Neto não sabe o que está perdendo. 
Tampouco não pode saber o que está lá dito. Tenho dito!
Constatação XXXVI
Quando se constata que certos países usam a pesquisa para poder aplicá-la
 em benefício de algo produtivo, terapêutico ou tecnológico, ao contrário 
dos que se dedicam à pesquisa pela pesquisa, àquela eminentemente teórica 
que não leva a lugar algum vem a memória algumas teses acadêmicas que 
efetivamente não levam a nada e a lembrança da referência de esnobismo
 do guru Millôr Fernandes: 
“Nada que é compreensível me interessa”. Grande Millôr!
Constatação XXXVII
Não se pode confundir erétil com projétil, até porque quem sofre 
de disfunção erétil não tem condição de usar certa parte do corpo
 como um projétil. Projétil?

RICOS & POBRES.
Constatação I
Rico sempre é bem-vindo; pobre, é malvisto.
Constatação II
Rico é sempre imune a coisas ruins; 
pobre é sempre suscetível a essas mesmas coisas.
Constatação III
Rico faz charminho; pobre c. doce
Constatação IV
Rico faz sacrifício; pobre, esforço.
Constatação V
Rico apara a barba e o bigode; pobre, junta apara de papel.
Constatação VI
Rico é perseverante; pobre, hesitante.
Constatação VII
Rico faz cruzeiros pelo mundo; pobre, tá perdido no mundo.
Constatação VIII
Rico emigra para investir numa filial no exterior;
 pobre, em busca de oportunidade de trabalho.
Constatação IX
Rico come finas iguarias; pobre, gororoba.
Constatação X
Rico vai tendo lapsos de memória: pobre vai ficando gagá.