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quinta-feira, 15 de julho de 2021

BRAZIL: QUE SE PUBLIQUE... EM MUROS, PORTÕES E BLOG

 SUMIU!!!

Por Denise Paiva

Boa tarde pessoal.

Sei que muitas pessoas torcem por mim , então resolvi compartilhar com vocês o resultado da primeira tomografia pós a primeira etapa da quimioterapia.
É muito cansativo, toda semana e quando estou melhorando, já vêm outra.
Mas valeu a pena.🙏
Ontem peguei resultado e a médica disse que foi maravilhoso o resultado da primeira etapa da quimioterapia 🙏
Onde tinha o tumor,que era metástase da mama,no pescoço,(coloquei as fotos a seguir) sumiuuuuu,ficou só no osso esterno AINDA porque tenho fé que vai sumir.
Vocês não imaginam a felicidade e gratidão que estou.
Vontade de aglomerar para comemorar,mas não podemos ainda rsrs
Seguimos a quimioterapia,com previsão de acabar em outubro,mas fazendo exames e torcendo para sumir tudo.
Obrigada pelo carinho e orações de vocês, não sabem a diferença que faz ler os recados, é como se recebesse um abraço.
Como sempre digo.
Deus é bom o tempo todo
O tempo todo Deus é bom 🙏
Observação: se eu pudesse ia publicar isso até no meu portão de tão lindas a palavra DESAPARECIMENTO,❤️❤️❤️❤️👇🎉😍🎊
Cristina Paiva, Ana Carolina Calabró Queiroga e outras 27 pessoas
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BRAZIL: BRAZUCAS E BRAJECAS

 BRAJECA

Sérgio Antunes de Freitas

 

Brazuca é um nome usado no exterior, para designar coisa ou pessoa oriunda do Brasil.

Em alguns casos, é depreciativo ou zombeteiro! Em outros, é dito pelos próprios brasileiros no exterior com algum orgulho.

Muitos vão viver em países estrangeiros e, por desconhecimento dos costumes locais, acabam cometendo gafes, significando falta de educação, mesmo sendo engraçadas às vezes. Coisas de brazucas!

Com o tempo, principalmente se estiverem em países desenvolvidos, vão se aculturando e se mimetizam como se fossem gentílicos. Perdem o sotaque, passam a gostar da culinária típica e a torcer pelas equipes esportivas do país.

Quando se adaptam em definitivo nesses países, tarefa fácil em bons locais, não voltam mais para a terra natal, mesmo com o incômodo das saudades.

Já aqui, no solo pátrio, temos uma outra categoria de brasileiros, os brajecas.

Esses protótipos de personagens do cineasta Amácio Mazzaropi vivem, geralmente, em cidade provincianas, consideradas o centro do mundo por eles.

E, mesmo vivendo em metrópoles, continuam sendo caipiras, não no sentido romântico dessa palavra, refletidora da simplicidade, do bucolismo, do sorriso fácil, da simpatia, da gentileza, da humildade, do acolhimento, da hospitalidade, mas na acepção da ignorância política e social.

Os brajecas, por exemplo, admiram os militares, dizem. É medo, mas eles não confessam ou nem sabem disso, por ser um sentimento inconsciente. Então, sonham em ver os brajequinhas seguindo a carreira de Caxias ou semelhantes.

Modernizados, assistem ao jornal de TV, leem algum pasquim local e recebem as mensagens de “zap-zap” do tiozão. Nelas, acreditam sem questionamentos. Amam quem concorda e odeiam quem discorda de seus conteúdos.

Com toda essa instrução de altíssimo nível, entendem absolutamente tudo do universo.

Pela ecologia, cuidam de passarinho em gaiola e levam o cachorro para passear.

Discursam sobre Dinamarca, Venezuela, Cuba, China, como se tivessem morado nesses países por mais de 10 anos em cada um e conhecessem profundamente as suas histórias. Quando alguém cita a Constituição Federal, nunca lida por eles, no artigo relativo ao respeito à autodeterminação dos povos, encerram o assunto, dizendo: - Besteira! Essa Constituição foi feita por comunistas.

Mesma resposta para a Declaração Universal dos Direitos Humanos, também

nunca lida.

Mas são viajados, sim! Vão para praias e, chegando lá, primeira medida, postar uma selfie com o oceano ao fundo. Fazem isso para ver sua imagem e pensar como são felizes e bem sucedidos. E para mostrar aos amigos! Seus espaços nas redes sociais são uma espécie de coluna social personalizada.

No exterior, também vão em grupos ou excursões. Há uma certa preferência por Miami, para aquisição de eletrônicos e enxovais. Aproveitam para admirar as exuberantes tecnologias e as pistas de asfalto “que parecem um tapete”. Carros modernos e combustíveis baratíssimos. Eles veneram carros e motos!

Na Europa, cansam de tirar fotos iguais às da Internet e das comidas nos restaurantes. Nos castelos, boquiabertos, sentem-se como se estivessem em bailes das cortes no século XIX.

Brajecas sonham em ser nobres, não cidadãos.

Quando voltam, dizem maravilhas da educação do povo, dos transportes públicos de boa qualidade, da segurança pública de alto nível, naqueles países visitados. Mas são incapazes de lutar pelas mesmas coisas aqui no Brasil, onde são conservadores. Retornam às suas bolhas, como se tivessem apenas visto um filme em três dimensões.

Contudo, na atualidade, eles são muito parecidos com outros brasileiros de mesmas condições financeiras e de vida semelhante.

Como diferença, não têm o mínimo discernimento do que seja país desenvolvido e subdesenvolvido nem compreensão do que seja política pública ou justiça social.

Nem têm autonomia intelectual.

 

Sérgio Antunes de Freitas

Julho de 2021

terça-feira, 13 de julho de 2021

BRAZIL: NÃO, NÃO PODE E NEM DEVE!

 

 "É só uma gripezinha! Diz #bolsonarogenocida

O QUE NÃO PODE NEM DEVE

https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/04/21/apos-boom-em-enterros-manaus-abre-covas-coletivas-para-vitimas-de-covid-19.htm


Marina da Silva

 

O que não deve e não pode vir à luz ou suspeitado nas trevas

Está em todas as bocas

O que se fala em quatro paredes, o que se trama no escuro e no fundo de uma sala, numa caverna, numa troca de olhares no parlamento, na alcova de um monarca, em conciliábulos

O que se faz escondido no banheiro, o que não deve e nem pode sair dos gabinetes,  da caserna, QUARTÉIS

Está  escancarado nos sorrisos e nos olhos refletidos em mensagens do What’sApp, Facebook, MSN, Google, Youtube, Instagran

Tuitado de lá pra cá de galáxia em galáxia

Aquilo que deve ser engolido pelo buraco negro

Está no ciberespaço em redes interconectadas em todas as línguas, dialetos e linguagens

O que não deve está nas ruas, está nos outdoors e cartazes espalhados pelas cidades, escrito no cimento e asfalto

Violência, racismo, homofobia, misoginia, GLBTQIA+fobia, xenofobia

Morte... cortem as cabeças, ateiem fogo nos corpos, reduza à cinzas vagabundos, sem-teto, sem-terra, mendigos, favelados, indígenas e quilombolas

Explodam o Supremo Tribunal Federal

Intervenção militar, fim da democracia

Culto ao machismo, meninas vestem rosa, meninos usam azul

Estupro e assassinatos de mulheres, meninas e meninos

Bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos

De todo credo e crença, cor de pele

Sem distinção de sexo e sexualidade

Usando cores de bandeira nacional pintada na cara e na pele

Cantando hino do país e fazendo dancinhas, aplaudindo descaradamente

Esganaduras, facadas, corpos incendiados junto com suas casas, desfiguração com ácidos, bombas incendiárias, surras, voadoras, tapas na cara

Murros no rosto da vendedora

E de qualquer um que cobre o uso obrigatório de máscaras na mortal pandemia

***

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2018/07/20/interna_politica,696300/em-goiania-bolsonaro-faz-crianca-simular-uso-de-arma-de-fogo.shtml. NOSSAS CRIANÇAS, NÃO! JAMAIS PERDOAR, JAMAIS ESQUECER!

Invasão de hospital e militar cinco estrelas ameaçando enfermeiro que exigiu medidas simples, básicas, USO DE MÁSCARA em uma pandemia que ceifou em poucos meses mais de meio milhão de vidas.

Não use máscaras, não lave mãos, não tome banhos, não tome vacinas

É só mimimi esquerdopata

Porque não existe pandemia, o vírus foi inventado na China, a vacina Coronavac vai implantar chip com o vírus comunista, vai alterar seu DNA

Quem toma vacina vira jacaré, o que cura é cloroquina, gente morre todos os dias, eu não sou coveiro, cada um cuide de seus velhos, sou atleta não pego vírus, é só uma gripezinha

www.google.com.br/images. O mito fake e a cloroquina.

 Mito eleito presidente, um asno espalhando mentiras, engavetando contratos de compra da vacina, cobrando propina, CPI da Covid-19, aberta tão tarde, quando atingiu quatrocentas mil mortes

Oitenta, cento e onze e-mails  não lidos para compra da vacina Pfizer,  foram engavetados por meses, não foram respondidos pelo general, homenzinho pazuello, general dez estrelas que sentou  seu cuzão sobre a liberação de compra das vacinas a mando do ex-capitão genocida

***

www.google.com.br/images. Gentéin! Não é o márcio gárcia da igreja universal Tv Record e hoje rede GLOBO The voice kids? CANALHAS!

#bolsonarogenocida #aculpaédoeleitor cinquenta e sete milhões de votos

Mais de meio milhão de vidas perdidas............; tristeza, luto e dor

Ilícitos na compra de tudo, do hospital de campanha ao oxigênio para respiradores e Manaus, dentro do pulmão do mundo, a Amazônia, chora e sangra de dor.

À violência nossa de cada dia, juntou-se a violência e genocídio dos mais pobres a pandemia Covid-19

***

www.google.com.br/images. eduardo BUNDÃO bolsonaro posando de homem de arma na mão. Mas é um verdadeiro canalha, cuzão como o resto da familícia

Oitenta e oito tiros num cidadão cristão no Rio de Janeiro por um cidadão cristão fardado e armado até os dentes

113 tiros

Cento e treze tiros em Lázaro queimando arquivo onde não existe mais cerrado, só soja, mineração, venda ilegal da madeira

A lei e ordem do ministro do meio ambiente e defesa da Amazônia ricardo salles.

Dois tiros, um nas costas, outro na cabeça e no B.O da polícia mineira “resistência à autoridade”. Direito de matar num país que é contrário  constitucionalmente a pena de morte

Chora pai, chora mãe, cobram filhas, irmãs, as viúvas inconsoláveis

Quem matou Anderson Gomes e a vereadora Marielle Franco? Onde está Amarildo? E os três meninos onde estão? Quem levou Lucas Mateus, Alexandre e Fernando Henrique de Belford Roxo, Baixada Fluminense?

  E a polícia de Minas Gerais ainda recusa o que já é obrigatório: uso de câmeras na lapela da farda.

 Filme, grave, fotografe e jogue nas redes o que eles calam falsificando B.O’s

O tiro atravessou a parede e matou a criança no pátio da escola, banho de sangue numa incursão contra o tráfico, tiros na cabeça e nas costas, cotovelos e tórax para proteger as crianças das drogas na favela Jacarezinho?

Nem todos tinham passagem na polícia o que não faria qualquer diferença para o delegado civil chefe da chacina

Eram bandidos e datena cobra na Tv Bandeirantes anos à fio: bandido bom é bandido morto!

CPF CANCELADO

Canalha, datena, ratinho, sikera jr, witzel, crivella, a familícia #b17, verdadeiros canalhas que querem controle da cocada boa, cocada branca e cocada preta

www.google.com.br/images

***

Anos criando paisagens de medo e horror, incitando a morte de pretos, pobres, periferias, favelados; é o estado do Estado da Elite do atraso nos seus braços armados oficiais e milicianos e na mídia.

A vida é loka mano, por mais RacionaisMc’s  que sejam os humanos, é muita desumanidade e selvageria ininteligível

Um tiro mata o bandido, 113 tiros matam a humanidade, a justiça, a democracia, o devido processo legal, todo o sistema judiciário

Predominam vingança, justiceiros, milícias oficiais nas cinco regiões geográficas em todos os estados, em cada município; é disputa pela mais valiosa mercadoria do mundo: controle do tráfico de drogas e armas. Banho de sangue em presídios.

***

Violência e ódio, mentiras e maledicências, armas em uso na política  elegem cada vez mais cristãos: reverendos, pastores, guardinhas de trânsito, policiais civis e militares, polícia federal, delegados, um exército de rapinagem da mais baixa até alta patente... corrupção e crimes abomináveis

Tudo à vista, tudo às claras, ameaças de supressão do corpo, morta a Constituição Federal, ameaçam golpe de estado, intervenção militar com mais de seis mil militares em todos os cargos e postos-chaves do poder para o assalto à nação 

E os Estados Unidos? Permanecem calados, deixando negligentemente sua super colonia latina aberta para gregos, troianos, ingleses, russos, China e Alemanha.

Ódio, violência, intolerância pulou das ondas dos rádios, das telinhas das tevês para as telas dos computadores e celulares e tablets

A fraqueza e corrupção do caráter humano, a orgia e culto às mentiras e a abomináveis vícios, os racismos de cunho nazifacistas aumentam a sede do sangue e corpos dos pretos, pobres, gays, lésbicas, trans, indígenas e quilombolas, mulheres

Já era ruim quando só a Globo globalizava paisagens de horror, violência contra ppp’s (pretos, pobres, periferia), seu culto de racismo tontinho, piada

A internet e as redes sociais potencializaram o poder de espalhamento em tempo real e em qualquer espaço do planeta a intolerância e ódio para garantir a Casa Grande dominando A Senzala

Justificando e cimentando ou tentando não deixar romper o super concreto incutido na formação social das mentes do Oiapoque ao Chui: aqui o povo é manso, tolo, sub-humanos, povinho vira-lata, burro, malandro, mau-caráter, preguiçoso e feliz. Bando de macacos!

Espalhar ódio e mentiras matou a democracia, tão jovem e tão frágil: Cunha é corrupto, mas está do nosso lado. E qual é mesmo o lado?

Ódio, raiva, rancor, intolerância, não aceitação da diversidade em nome de um patriarcalismo arcaico e moralismo religioso fake ressuscitado por gente como a pastora damaris que toma Todynho em copo no formato de piroca usando sempre a cor rosa

***

O que não devia vir à luz hoje está escancarado

www.google.com.br Não foi por faltar as aulas de História do Brasil. Havia 17 candidatos à presidência. Mais de 57 milhões escolheram o #bolonarogenocida  A culpa é do eleitor!

O que se deve esconder porque nos vilaniza e nos torna humanos rebaixados orientou  o totalitarismo e nazifascismo e ainda no século XX  ganhou fôlego no mundo e aqui a partir da eleição de um torneiro-mecânico, sindicalista, nordestino, pobre vai ganhar a república  e faixa presidencial via ódio nas eleições de 2018, constitucionais e democráticas.

Rebaixamento de nossas potencialidades, criatividade, capacidade de inovar e de construir um país mais humano perdeu espaço

Ganhou a torpeza, a corrupção, a vilania, hipocrisia, maledicência, a canalhice e ganância e a corrupção fardadas ganhou apoio irrestrito 

***

https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/06/18/medicos-defendem-tratamento-precoce-e-cloroquina-na-cpi-da-pandemia MÉDICOS DEFENDEM CLOROQUINA COM MEIO MILHÃO DE VIDAS PERDIDAS NO SENADO E NÃO FOI PRESO? NÃO. CPI É SÓ MENTIRINHA, JOGUETE POLÍTICO QUE TEM MAIS DE 534 MIL MORTOS E ELES COMENDO PIZZA!


E tudo em nome da moral e bons costumes, em nome de Jesus Cristo, da pátria,  Deus acima de tudo

gente simples, gente estudada vestiu uniforme de seleção de futebol e bandeira nacional para combater os corruptos implorou aos militares intervenção já

O pior que existe apregoado é diuturnamente espalhado nas redes sociais como piada e disputa de torcida, só que neste estádio de futebol, do outro lado, a torcida  falava  de tolerância, direitos sociais e trabalhistas, direito à saúde e educação de qualidade, combate a fome, melhoria de renda e oportunidades iguais, proteção às minorias, valores que estabilizam e não desestruturam famílias, cidades, estados, a nação.

O uso do ódio e violência como estratégia política de dominação sobre os 99% da população,  gente humilde, baixa formação educacional, cultural, sobreviventes

Miseráveis, trabalhadores pobres, baixa-renda, uberizados, e até a classe média inclusa - venceu! O diabo venceu e usando Jesus, o Cristo amor, tolerância.

***

www.google.com.br/images. Quando os ESTADOS UNIDOS, EUA, ABRIREM OS OLHOS....PERDERAM SUA COLÔNIA MAIS RICA!

As mesmas táticas nazistas, fascistas usadas no horror da Segunda Grande Guerra Mundial adotadas, defendidas e espalhadas pelos neoliberais satanizando Jesus, agora persona non grata e comunista

O retorno ao Velho Testamento, justifica a teologia da prosperidade e do deus capital, não mais o bezerro de ouro e sim, o touro de bronze de Wall Street.

Como foi possível? Foi.

Resistir a esta sociabilidade abjeta é construir um muro adamantino e encarcerar tudo isto de volta de onde não deveria ter saído

Corte-se a língua e cale-se a voz do ódio e horror nos lares, nos bares, nos becos e nas praças, nas redes sociais

Corte-se os dedos, os braços que espalham maledicências, a não-ciência, as fake news e portam bandeiras de defesa do indefensável

Corte-se o tórax, o fígado, os rins, os pulmões, as pernas, os pés

Para que não se use camisa da seleção futebol e emporcalhe a bandeira da nação, balance flamas de ódio, soltem balões de intolerância e conservadorismo religioso falseta 

Para impedir a corrupção dos humores com ácido no estômago e intestinos, fel no fígado, ódio nos pulmões, rancor e ressentimentos nas veias e tudo de ruim que não se pode filtrar nos rins, interditar no pâncreas, bexiga e sair nos aparelhos excretores.

Jogue-se abaixo o cérebro apodrecido, purifique-se pulmões contaminados por este ar pestilento e infecto que vem boca a fora e  em dedos ágeis no teclado do computador e celular espalham palavras de intolerância,  ódio, racismos contra o outro que sou eu, mas é diferente de mim.

***

www.google.com.br/images 

É preciso resistir ao sistema armado para nos corromper tocado por gente pobre de espírito, desnutrida intelectualmente e de moral e ética desqualificadas que pregam a destruição e incute em nós uma diferença artificial que sustenta o capitalismo

Que nos quer egoístas e gananciosos, individualistas e egocêntricos presos em nossa casca, casco, ostra isolada e desempoderada.

Politicamente incorreto é incorreto politicamente, socialmente, economicamente, humanamente

É contrário a fé cristã, se o Cristo aceito é Jesus de Nazaré.

É incorreto em qualquer crença, e elas são milhares pelo planeta, cuja base é o amor, tolerância, a busca de elevação espiritual.

 

 

 


sábado, 10 de julho de 2021

BRAZIL: UM "CAUSO" DE ROUBO parte 2

  ROUBARAM MEU VIOLÃO

Foto Marina da Silva. O palco https://youtu.be/7SHkKiKpVoM


Por Amanda Aleixo


Sentimento de ser roubado algo de valor sentimental é incrivelmente brutal. Me roubaram meu primeiro e favorito violão. Já estava com o som chiado, algumas partes lascadas, mas era meu melhor som. Aquele que quando estava triste pegava pra tocar uns arranjos melancólicos, também aquele que quando estava feliz sentava por horas e soltava as músicas que enchem meu coração.

Foto Marina da Silva. Amanda Aleixo Cantando nos bares, restaurantes, padarias, pizzarias, mercearias em Beagá. MG.

Era o violão que contava um pouco da minha história, de quando com seis anos quis tocar a música bicho de sete cabeças, e com meu pequeno tamanho carregava um violão maior que eu. Contava um pouco da minha adolescência com todos os adesivos de super-herói que colei nas suas costas. Contava também os inúmeros encontros  com amigos, sítios que fiz com minha galera.

Contava sobre meu aprendizado hoje, era sempre o violão que escolhia para tirar uma música nova, pra levar pra aula de roda de choro. Ter isso roubado de mim é terrível, meu violão é insubstituível.

Foto Marina da Silva. Amanda Aleixo Cantando nos bares, restaurantes, padarias, pizzarias, mercearias em Beagá. MG.

Já me roubaram celulares, carteiras, tudo recuperei destes. As fotos, conversas, aquilo que me é realmente precioso está salvo  em nuvem. Celulares comprei outros, carteiras e cartões arrumei novos, o material é fácil de substituir. Agora meu violão...O som que meu velho e favorito violão faziam nunca mais terei.

Foto Marina da Silva. Amanda Aleixo Cantando nos bares, restaurantes, padarias, pizzarias em Beagá. MG. Neste dia, o fenomenal atacante do Galo (Atlético Mineiro), Dadá Maravilha, Dadá Peito de Aço, Dadá Beija-flor (gols de cabeça show de bola), enfim Dario (na foto à direita) foi cumprimentar Amanda Aleixo. 

https://photos.app.goo.gl/kTHrtiBa13mJQWvG9



segunda-feira, 5 de julho de 2021

BRAZIL: UM "CAUSO" DE ROUBO parte 1

 

O ROUBO DO VIOLÃO

Marina da Silva

“Mãaaae!” Voz de choro ao celular.

 O coração ficou apertado, aflito.

“Oi meu bem!” Fingindo calma.

“Roubaram meu violão.”

“Como? Quando? Como foi isso?” Coração doendo, mas tranquila.

“Sabe mãe, meu primeiro violão?”

Então ela contou como aconteceu o assalto. Ela estava com o violão no carro e foi encontrar o namorado e amigos.

“Eles arrombaram o porta-malas e levaram meu violão.” A voz embargada, chorosa. “Não é pelo violão mãe, é pelo valor sentimental, por toda a minha estória que estava no meu primeiro violão...”

O primeiro violão. E a memória do fato voltou naquele momento. Ela estava na sala, ferro, tábua de passar e uma enorme montanha de roupas jogadas no sofá de couro amarelo-mostarda ouvindo um CD de Zé Ramalho enquanto a menina brincava no quarto criando estórias com seus brinquedos preferidos. Então começou a tocar uma música instrumental de Zé Ramalho: Bicho de sete cabeças.*

A menina de quase sete aninhos veio à sala e declarou:

“Mãe eu toco melhor que ele!”

A mãe sorriu e concordou. A menina vivia com o violão do pai para cima e para baixo desde que aprendeu a fugir do quarto e se enfurnar na cama do casal escalando o gaveteiro do berço.

“Claro que sim! Você é minha menina das artes.”

“É verdade mãe! Eu sei tocar melhor que ele!” E ela voltou para seu quarto, nas mãos um boneco Max SteelPara o aniversário de sete aninhos ela pediu a mãe super animada:

“Mãe me coloca na aula de violão?”

“Sim.”

E no sábado foram a uma loja especializada em instrumentos musicais comprar o violão e como a mãe malhava no Sesc ali pertinho e lá tinha aulas de violão clássico e MPB foram conhecer o professor Aderson; ela carregando um violão maior que ela mesma, olhinhos brilhando. Um pedacinho de gente vestida com sua roupa preferida: camiseta, calça surfista e tênis.

“Mãe, disse o professor sorridente, o violão é muito grande para ela. Vamos esperar que ela cresça mais um pouquinho, talvez daqui a dois anos...”

A mãe insistiu:

“Olha professor, ela me disse que toca melhor que Zé Ramalho e Zé Geraldo, juntos. Você fica com ela, se não der certo e ela desistir ou não tiver nenhum dom ela sai e o violão vai para o pai que toca de ouvido.”

O professor topou ficar com a menina neste mesmo dia; ele tinha um violão menor e ela poderia usar. Ele esperava que ela desistisse na primeira aula ou primeira semana.

“Dói muito Amanda, vai machucar as mãozinhas, vai dar calos nos dedinhos viu...”

Mas a danadinha ficou. Chegava em casa super feliz, dedinhos estropiadinhos e cheio de calos e treinava religiosamente o “para casa” da aula de violão. Não desgrudava mais do violão, da pasta de cifras, e um dia apareceu com o violão todo enfeitado. Fizera uma colagem com quadrinhos, desenhos de violões, guitarras sempre fazendo suas artes.

“Minha menina das artes”- dizia a mãe sempre que ela aparecia com uma arte nova:

“Mãe compra aquarela para mim; mãe compra tintas; mãe compra lápis HD... Mãe me coloca na aula de desenho do Sesc.”

E os anos iam se passando e ela pintando, colorindo, desenhando histórias em quadrinhos, tocando violão e cantando Chico Buarque em um  dos show de apresentação da escola. E assim,  tocando, cantando, desenhando, pintando e  fazendo artes crescia, crescia, crescia sempre agarrada ao violão. Outros violões vieram...

“Mãe vi um cara tocando na rua e comprei um violão igual ao dele. Uma música linda mãe, no meio da praça e parei para ouvir." Ela estava em Toledo numa excursão da escola à Espanha.

“Mãaeeee vem cá me ver tocando piano!”

A mãe ficou abismada, diminuiu o fogo da panela e foi ver o que era, pois não existia piano na casa. Encontrou a menina no computador tocando Beethoven no teclado.

Ela sorriu, olhou para a mãe e:

“Mãe me põe na aula de piano, tem uma professora no SESC...” No final do curso foi apresentada como compositora e pianista.

“Mãe eu sei tocar guitarra.” Aprendeu sozinha e lá foram os três, pai, mãe e menina comprar uma guitarra. E o vendedor da loja permitiu que ela usasse a cabine onde se testava instrumentos e ficou encantado com a menina tocando Engenheiros do Hawaii.

"Mãe entrei para aula de violino."

“Mããããaaeee.” Chorando.

Como doeu vê-la e ouvir sua dor pelo roubo do violão. As lágrimas rolavam dos dois lados remotamente.

“Eu escrevi sobre o roubo mãe. Roubaram minha vida.”

"Você fez bem em escrever filha." 

Era um luto, uma passagem necessária da vida. Escrever sobre ela  aliviaria o coração. Não era mesmo pelo violão, era pela linda estória que ele carregava sobre a menina que adora tocar, batucar, soprar e cantar músicas. Esta vivência nenhum ladrão pode roubar.


* Zé Ramalho. Bicho de Sete cabeças (1978). https://youtu.be/NMPVq5-GIbw