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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

BRAZIL: RESISTIR. LAMENTOS E SOFRÊNCIAS

ASFIXIA
Marina da Silva


Não conseguir respirar
Por muito tempo
Um zumbi comendo o próprio cérebro
Querendo razões, porquês
Questionando continuamente: onde foi que errei? É minha a culpa?
Do lado de lá
Desprezo e silêncio.
Martelar a cabeça em busca de respostas
E se descobrir em relações tóxicas, abusivas.
Uma relação de escravidão
Corpo e principalmente o espírito.
Faz-se um nada, uma péssima escolha 
E  se erra anos a fio.
Abismo, escuro, frio, sombrio, aterrador...
novamente  se escolhe o abuso a ficar só
Construindo castelo sobre nada
Sobre mentiras.
E  nada mais no mundo importa.
O vasto mundo contido inteiro no outro, para outro.
De repente tudo desmorona, tudo cai.
Aí viver dói,  lamentos e sofrências em ruínas atado à mendacidade do amor.
Um amor imerecido para quem lhe trata como nada, coisa alguma.
A vida segue e o inesperado acontece...
Bate-lhe nas faces a verdade "Machadiana": 
Nua e crua... "fui agulha para linha vagabunda".
Amar o amor no outro
Loucura se entregar assim, despojado de tudo, sem escudo
Elmo, lança, sem capa e espada.
E morre-se milhões de vezes em espaços
Buscando respostas, a sua resposta até no ciberespaço.
Respirar?
Para-se de respirar, perde-se o senso crítico, o senso de ridículo
A clareza, a dignidade.
Por não respirar caminha-se morto, passos trôpegos
Bêbados, frágeis.
A cabeça baixa, olhos sempre em lágrimas
E aquele vazio imenso e o frio na boca do estômago.
Uma dor dilacerante e insistente no coração que insiste em bater
Mesmo quando a escolha é morrer.
E um dia a gente morre ao "atravessar a Rebouças sem olhar para lado algum".
É neste momento crucial que se lembra de pulmões, respiração
Diante da decisão final  volta-se a respirar pela primeira vez.
E se descobrir alguém que parou de respirar.
Respirar, respirar, respirar profundamente.
Respira-se uma, duas, n-vezes
E respirando a gente se descobre  em ruínas, destroços, merdas, sem amor.
Respirar é descobrir que não se precisa morrer de amor
E sim, matar todos os sentimentos ruins para viver.
Matar sonhos, ilusões, amor não correspondido, abusivo, asfixiador.
Aceitar o fim da relação e sofrer, chorar, sentir dor, viver o luto.
Respirar para descobrir que o nó górdio na garganta precisa ser cortado
Para não morrer, não sofrer além da conta
Além da capacidade humana para o sofrer de amor.
E respirar, respirar, aspirar o dia, a noite, o vento, a vida.
Respirando, os pulmões recebem oxigênio e se limpam a cada expansão e  contração.
Inspirar, inalar o ar desentrevando músculos, pulmões colabados.
O coração volta a bater, o sangue corre solto e limpo
Drenando do corpo coisas, pessoas tóxicas e o veneno
Daquilo que se pensa ser mais importante que a própria vida.
A cada respiração, a cada batida do coração
Sangue novo, limpo, renovado vai expulsando a toxidade
Para longe...
E de repente viver é  mais importante, a cada exalada
A cada inspirada fortalecendo e empoderando o eu.
Demora. Mas passa.
E do meio do nada levanta-se a cabeça para o céu azul respirando profundamente.
O sol atinge em cheio as faces, pele e a cura apolínea começa.
Os olhos voltam a enxergar coisas, pessoas, a cidade, os amigos.
Uma canção abre os ouvidos que estavam surdos 
Uma prece pede paciência,
É preciso um pouco de paciência e resistir.
E sem se perceber vem o senso de ridículo de toda a situação
Da não-vida que se viveu até então.
E cabeça erguida, corpo ereto, os braços se abrem para a benção de viver
Permitindo a cura adentrar até a alma,
Novas energias  entrarem a cada respiração.
Respirar profundamente, permitir a mente trabalhar tranquila
E sair para trabalhar, ganhar o dia
Nos lábios a prece vai rompendo a asfixia
Vai passar. Paciência, respirar, tudo vai passar.
Só é preciso voltar a respirar e um pouco de paciência.

sábado, 14 de dezembro de 2019

BRAZIL: BOM HUMOR


ENTÃO...Dona Irene
Zé Pi


“Entra Irene, Você não precisa pedir licença” (Manuel Bandeira – Irene) Sempre bem humorada e já emplacando 96 anos, a todo tempo, ela, Dona Irene, foi o retrato da serenidade de vizinha... Foi nossa parenta mais próxima! Um dia ela toca a campainha e me aparece sorridente demais com um papel nas mãos. - Baixou a conta de luz? - “Quem dera” é que a moça do telemarket de funerária me enviou isso apesar de ter falado prá ela que minha família já havia adquirido um plano desses em Teófilo Othoni, minha terra natal! - Uai, uai, e qual a graça nisso, Dona Irene? - É que a moça insistiu e me aconselhou comprar em Belo Horizonte porque Teófilo Othoni é muito quente e eu “poderei não estar gostando”! Até hoje ao me lembrar de Dona Irene rachamos de rir, eu e ela lá no céu, tenho certeza!

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

BRAZIL: Sexo baunilha lamentos e sofrências

UM CIGARRO
Marina da Silva

Um cigarro
Sempre
No primeiro gozo
Peço: fume um cigarro
Preciso de ar...
Corpo quente de prazer
E da onda vulcânica da menopausa.
E ele estira o braço para fora da cama
Pega o maço e subtrai um cigarro de palha.
Gosto de ver o ritual.
O corpo entortado buscando o maço 
A chama amarela do isqueiro
No espelho, nos espelhos, nos seus olhos.
Ele fica deitado
Cabeça no travesseiro
Uma perna sobre a outra flexionada.
E o desejo volta aos poucos
De tocá-lo, de esmagar meu corpo e lábios
Contra seu corpo e boca
Seu sexo dentro de mim.
Um desejo inflamado, nublado, 
Que sobe às alturas como a fumaça azul do cigarro.
Ali, somente com a parte de cima da lingerie,
Você nu em muitos pelos me puxa ao mesmo tempo 
Que a cortina de fumaça me excita. 
Adoro vê-lo fumar, tragar, soltar a fumaça pelas narinas.
Um sentimento incomensurável de liberdade me possui.
Toco seu corpo exigente de carícias
Que se interrompem o prazer do cigarro
Pelo prazer explícito e premente do seu sexo.
Uma última baforada rápida como sua respiração.
Apague o cigarro agora
O fogo que quero é o seu.
E a mesma mão  apaga a bituca no cinzeiro.
Daqui a pouco tem mais cigarros...


P.s.: O Ministério da Saúde adverte: Fumar faz mal à saúde.
Enquanto crianças, jovens, adultos morrem de sarampo, meningite, tuberculose, dengue, FOME...
Um véu de chumbo encobrindo corrupção, locupletação, hipocrisia.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

BRAZIL: "e me lembrarei do ensinamento do Menino: cair, subir aos céus e retornar à terra, para promover a eclosão intermitente das boas sementes da vida.

Chuvas de Natal

www.google.com.br/images. Que Jesus invada os corações com Seu amor e bondade!

Sérgio Antunes de Freitas
As chuvas da época do Natal têm sons de sinos. De dia, parecem cantigas. De noite, serenatas!
O céu se fecha como as cortinas de um teatro e a atenção é focada nos movimentos, nas danças, nos brilhos dos pingos d’água.
Ficamos sozinhos na ribalta, assistindo a uma plateia de lembranças e de sonhos.
As chuvas de Natal são inteligentes. Cada gota nos traz uma recordação de festas antigas, de pessoas queridas, de tempos iluminados.
Voltamos a ver as árvores decorativas, cujos enfeites se quebraram e não mais existem. Eles nos fazem entender o papel de tudo na vida, pois, a qualquer hora, a arte do personagem termina.
Sempre existe a última fala na peça! Sempre existe o último acorde no concerto.
Também nos recordamos dos presépios. Alguns, sofisticados; outros, maravilhosamente simples. Mas todos com o mesmo sentido, com a mesma mensagem de esperança, de renovação da vida.
O Menino sempre emociona, pela sua inocência, no futuro transformada em amor ao próximo.
A Mãe, velando o Filho, apresenta o mesmo olhar da Pietá, como se já sentisse a premonição de uma tragédia, igual a tantas outras no mundo, as quais somente o amor de mãe pode suportar, mesmo a duras penas.
O Pai, simples como seu nome, já cumpre o papel de guardião e assim será, até onde suas forças permitirem.
Os animais lembram muitos séculos depois, quando Francisco de Assis deixou um legado essencial: na natureza, todos os viventes são irmãos.
Tudo nos leva à certeza de que essa música da chuva tem uma letra, na qual as águas cadentes nos dizem e induzem ao comportamento mais importante:
- Se não quiser se molhar, fique em casa, junto dos seus, pois estamos em tempo de congraçamento familiar e de conciliação!
- Se não deseja o frio, fique em casa, pois o calor emanará dos que você ama, com a retribuição dessa emoção em abraços, apertos e beijos!
- Se não deseja a escuridão, fique em casa, pois a luz é certa!
E a chuva também nos informa:
- Eu continuarei feliz, passando pelas janelas e assistindo à alegria dos amigos, dos parentes, das crianças em festa.
- Nessa passagem, verei uma pequenina peça do presépio e me lembrarei do ensinamento do Menino: cair, subir aos céus e retornar à terra, para promover a eclosão intermitente das boas sementes da vida.
Sérgio Antunes de Freitas
1.º de dezembro de 2019

domingo, 24 de novembro de 2019

BRAZIL: F*uck ESTADO PARA POUCOS COLÔNIA PARA OS ESTADOS UNIDOS

TRUMP BOLSONARO: FUCK YOU  VERY MUCH!
www.gogle.com.br/images"Extrema pobreza sobe e Brasil já soma 13,5 milhões de miseráveis.Grupo, que sobrevive com 145 reais mensais, vem crescendo desde 2015. Número de miseráveis no país é maior que a população da Bolívia, mostra IBGE"1


Marina da Silva

Pego de empréstimo o desprezo e o basta universal e grito: Fuck you donald trump! Fuck you bolsoasno! Fuck todos vocês conservadores neoliberais libertarianos!
Tantos mundos, nosso mundo, o mundo dos outros, todos os mundos e uma só humanidade dentro de cada um e cada qual.
Cidades, idades, diversidades. Somos um em mais de sete bilhões de nós. O mesmo e diverso, o único e todos, sou eu dentro de mim: seres sociais construindo a sociabilidade humana, a civilização humana material-espiritualmente.
Somos iguais e totalmente diferentes e viva a diferença!
Eu, Tu, Eles, Nós! Vocês? Fuck very much!

www.google.com.br/images. Fuck you trump!


Gente mesquinha, falsificadora, do mal, conservadora da expropriação e exploração de seres humanos em formas cada vez mais imundas e desumanas e espiritualmente pobres, miseráveis! Religiosos/políticos/especuladores liderando ovelhas, desvirtuando a fé, moral, ética aqui, aí, ali, em todo o planeta.
Gente maldita, hipócrita aplaudindo genocídios, assassinatos, feminicídio, racismo, machismo, homofobia, xenofobia, a inferiorização e expropriação de seres humanos travestindo verdades em mitos, vícios em virtudes, falsificando o ser, o pensar, o agir em nome do status quo do capitalismo cada vez mais feroz, atroz, competitivo.

www.google.com.br/images. Jamais esquecer, jamais perdoar #elesnão
Fuck you bozo e frotinha fake!


Basta! A vida humana importa! Nenhum direito social, político, trabalhista, sexual, nenhum direito humanos a menos! Fuck fascistas, ditadores, racistas cruéis e assassinos e suas perversidades camufladas em palavras de "ordem, moral, bons costumes!"  Bandeiras imorais erguidas por seres depravados, desprovidos de caráter, animais sem inteligência, corruptos e corrosivos ao desenvolvimento humano das sociedades, à estabilidade do corpo político-social das nações, da liberdade, democracia, igualdade, solidariedade, fraternidade.

www.google.com.br/images. "Só Jesus na causa!"

Seres abjetos que se colocam como empregadinhos de especuladores financeiros que destroem economias inteiras em Wall street e jogam na mais humilhante, indigna e abjeta miséria milhões de seres humanos.
Mas...
Resistiremos! Jamais prostrados, mãos ao alto, rendidos! Fuck you! Resistiremos!

Resultado de imagem para mbl e cunha

MBL= Movimento Livre Burrismo e a lógica livrar o país da corrupção com corruptos destituindo uma presidenta honesta e reeleita constitucionalmente. Cúmulo da burrice, mas mitou, viralizou e derrubou Dilma Rousseff.
www.google.com.br/images. Salve presidente Dilma Honesta Rousseff!

Fuck você que escolheu o ódio, o burrismo MBL, olavo de carvalho! Fuck você que escolheu a ignorância, a violência, a pastora damaris e todos os idiotas bolsonaristas! Fuck bolsonaro e família bolsonaro! Fuck classe média coxinha burra, egoísta, que escolheu o anti-lulismo por mero racismo contra nordestinos, pobres e pelo ódio abominável de negros comprando em shoppings chiques e mitando em viagens áreas de chinelo havaianas! Fuck you very much!


Resultado de imagem para coxinhas burros
www.google.com.br/images. Classe média coxinha também atende pelo codinome bolsomínius. Inteligência? Rara.




Fonte
1. https://brasil.elpais.com/brasil/2019/11/06/politica/1573049315_913111.html

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

BRAZIL: SOU EU... LAMENTOS E SOFRÊNCIAS

NÃO É VOCÊ
Marina da Silva

Não é você, sou eu...
Não é culpa sua, não há culpa.
Você é inteligente e me faz rir
É a pessoa mais simples do mundo
Sempre disposta a ajudar, sempre, agradar
Aos outros, a todos, ao mundo.
Juro, eu juro
Não, não há ninguém, não há outra pessoa....
Somente eu e eu preciso de mim,
Ser eu comigo.
Eu em primeiro lugar.
Ser a pessoa mais importante para mim.
Não quero seu mundo e não abro mão do meu,
Não mais, nunca mais, não mesmo.
Queria que a gente desse certo sem cobranças
Sem que nenhum de nós fosse obrigado a ceder sempre
Tentando encaixar no mundo, na vida e sonhos  um do outro.
Não posso abrir mão de mim, meus sonhos, conquistas
Meu jeito de viver livre sem garras nem amarras
Sejam elas culturais, folclóricas, ideológicas, filosóficas, políticas, místicas.
Liberdade é minha religião e leve levo a vida assim.
Mesmo lhe querendo loucamente, apaixonadamente...
Eu preciso demais de mim, de minhas bagunças, erros, tombos
E claro, das minhas grandes quedas vivendo a vida.
Você merece alguém legal, mas este alguém não sou eu.
Obrigada por sugerir que melhor que eu é impossível.
Você vai ficar bem
Eu também vou ficar bem.
Eu sei que sim.
Como sei?
Não sei, nunca soube, apenas sigo em frente 
Vivendo a vida, ganhando o dia todos os dias
Livre leve sem jamais desgrudar de mim,
Respirando e aspirando a minha pessoa.
Não me peça para voltar, para ficar, para dar outra chance.
Seria o mesmo que me render, desistir de mim
E destruindo o que é e foi legal em nós, para nós.
Eu preciso de mim neste momento de forma egoísta, individualista
Sem promessas, sem cobranças, sem planos de longo prazo.
Sinto, mas não tenho o tempo que você demanda de mim só para você.
Está certo você, sempre esteve em todas as vezes em que perguntou:
Onde você está? Com quem você está? O que você fez hoje?
Por que não me liga?
Puro egoísmo, mas sou uma pessoa que agora gasta, desperdiça o tempo
consigo mesma...
Eu sempre estou aqui comigo. Sem asfixia, aflição, preocupação.
Preciso de ar, respirar, preciso de espaço.
Sou uma pessoa espaçosa e me esparramo no mundo, no dia
Braços, pernas, cabeça, agitando o corpo o tempo inteiro.
Sou a pessoa que não quer dormir muito para não perder meu tempo comigo.
Quero seu corpo, seus beijos, quero dançar, corpos amalgamados
Quero seu sexo, quero seu gozo
E quero partir.
Quero voar livre por aí
Livre de desculpas, mentiras, sem me desculpar nem mentir.
Somente por mim resolvi deixar você
Partir.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

BRAZIL: NÃO VOLTO LAMENTOS E SOFRÊNCIAS


RECAÍDA

Marina da Silva
Eu lhe avisei
Só dou conta das minhas merdas!
Você me pede para esquecer o passado...
Como assim? Deletar?
Já me pediram isso: esquece, eu não amo mais você e bláh.
A fila anda...Cada um segue a sua vida.
Segui. Sofrimento. Muita dor. Venci.
Não foi fácil destruir, apagando da cabeça e principalmente do corpo amor, desejo, paixão, sentimentos.
Consegui.
Aí chega você no primeiro encontro dizendo “eu te amo”
Esqueça o passado, quem vive de passado é museu!
Fui devagar com você, pé atrás, muita desconfiança
Coração preso às mãos.
Quem é você que me traz arrepios pelo corpo
Que me deixa zonza e tonta com palavras indecentes ao pé do ouvido?
Alerta geral!
Quem é este estranho que me deixa de pernas bambas e tolinhas?
Para dizer a verdade tive medo de você.
E você folgado foi tomando posse do meu meu corpo.
Do meu corpo.
Código vermelho! Perigo!
Instintivamente recuei. Nada sério, melhor terminar.
Terminei.
E na segunda-feira lá estava você na saída do trabalho
As pontas dos dedos tocando os meus dedos
Reascendeu a vontade louca de me entregar a você,
Ali, na rua mesmo. Primeira recaída.
Fácil terminar  blá blá blá blá no celular.
E aí você me aparece assim
Com seu cheiro avassalador...
O jeans rasgado, camiseta Lacoste e o tênis Nike de brechó.
Toca de leve meus dedos e cedi.
Encontros loucos, motel vagabundo
Mas é lá que quero você.
Melhor terminar...Terminei.
Você não aceitou. Uma, duas, três recaídas.
Como resistir a você?
O medo da dor me aconselha fugir.
Invento barreiras, bloqueio você no meu celular
Puxo brigas para terminar. Terminamos.
Como foi duro não atender o celular.
Bloqueio total: incluindo chamadas anônimas vindas de outros celulares.
Você que desdenhou o término e apostou:
Na segunda-feira você  estará com a lingerie branquinha.
Deus como foi difícil a segunda-feira
Como foi terrível a terça-feira
Você me chamando
E eu quero você como nunca...
Não posso. Endureço.
Quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira...
Se você aparecer estou perdida:
Recaída.
Você não apareceu...
Estou salva! De que?
Daquela dor terrível que me amedronta
A dor de perder você.
Então sento num barzinho, escrevo:
Salva, estou salva do amor.