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domingo, 1 de março de 2015

BRAZIL:rumorejando com José [Juca] Zokner

http://rimasprimas.blogspot.com.br/

RUMOREJANDO

PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I (De uma dúvida crucial, via pseudo-haicai).
Foi o velho Dom cavalo baio
Que olhou pra sua esposa,
A Da. Égua, de soslaio?

Constatação II
Deu na mídia, mais precisamente no site do MSN Brasil: “Petrobrás revisa manual
 e exige que fornecedoras ou prestadoras de serviços respeitem código de ética”.
 Data vênia, como diria nossos juristas, mas para Rumorejando isso soa como
 “depois que a porta foi arrombada aí querem pôr tranca”. Vige!

Constatação III (Pequenas definições, na falta de melhores).
-“Ah! Aquela pessoa era mau-caráter. E pior: era má e, claro, não tinha caráter”.

Constatação IV
E como elucubrava aquele ancião, a quem o médico havia mandado fazer
alguns tipos de exercícios como caminhadas, natação, ginástica aquática, etc.:
 “Eu estou envolvido num círculo vicioso. O do cansaço. Eu não sei se canso
 porque não faço exercício, ou eu não faço exercício porque canso”.

Constatação V (De um pseudo-haicai).
Nasce a aurora.
Mais um dia de trabalho.
Ora, ora...
Constatação VI (De uma dúvida eufemística não necessariamente crucial).
Se a endoscopia é uma pesquisa pela porta da frente, a colonoscopia é uma pesquisa
 endoscópica pela porta dos fundos?

Constatação VII
O Brasil é considerado o país mundial do desperdício. Segundo os entendidos,
 a comida que se desperdiça diariamente daria para alimentar a fome existente 
no mundo. Deve ser por causa do nosso complexo de pobreza. É aquela velha
 história de que não é preciso fazer economia. E é uma das formas de ostentação.
 Mas há outras formas de desperdício: A corrupção é uma delas. O salário dos 
governantes e políticos é outra. Atualmente, no âmbito dos juristas, surgiu mais 
um componente de aumentar os seus – deles – salários: O auxilio moradia. Sem
 contar o custo pelo tempo que leva para ser dado um parecer, fazendo a solução 
de uma demanda demorar anos e anos. E já que falamos em tempo: Viva “nóis”.

Constatação VIII (Dúvida crucial, via pseudo-haicai, dedicada ao meu grande
 amigo Sergio Gugisch Moreira).
De grão em grão e mais um grão,
A galinha enche o seu papo.
Idem os componentes do Petrolão?

Constatação IX (Um pingo de escatologia. Perdão previamente caros leitores).
Se os gases estomacais e intestinais não fossem invisíveis e fossem de todas as cores,
 o mundo seria mais colorido. Reitero pedido de desculpas.

Constatação X
Deu na mídia: “Kim Kardashian revela sua posição sexual favorita”. Taí mais uma
 notícia de transcendental importância para o futuro da Humanidade. Vige!

Constatação XI (Quadrinha para ser recitada onde os leitores acharem
 melhor e determinarem quem possa responder).
Finalmente outro moto contínuo* foi descoberto
Após o Lava Jato veio My Way, outra operação.
Qual será que virá? A próxima ainda está em aberto.
E assim sucessivamente até o fim desta nossa nação?
*Veja adiante a Fábula Confabulada Indigna do guru Millôr.

Constatação XII (Quadrinha pré-carnavalesca com conselhos
 úteis. De nada!).
A gente não deve se esbaldar,
Neste ou noutro carnaval,
Pois pode te fazer mal
E arrisca até você finar.

Constatação XIII (De um pseudo-soneto).

As aparências, às vezes, enganam.

Ele tinha uma cabeça diferente
O formato era de um cabuchão*.
O cérebro ocupava todo o ente
Mas a cara parecia dum bobalhão.

O sujeito tinha um QI elevado.
A inteligência saía até pelos poros.
O tema Petrobrás o deixava impacientado.
Reagia invariavelmente contra os foros**.

As mulheres o taxavam de tolo
E ele não achava que havia dolo.
Nas atitudes delas. Tão queridas!

Ele esperava com muita paciência
Que elas atinassem a sua proficiência
E o recebessem sempre despidas...

*Cabuchão = Substantivo masculino.
1. Bras. Aquilo que tem forma cônica (Aurélio).
** Foros = Substantivo masculino plural.
1. Imunidades; direitos, privilégios. (Aurélio).

Constatação XIV (De uma dúvida não necessariamente crucial de cunho
 psico-sociológico-esportivo).
O goleiro Jeferson que ficou na reserva nesta última Copa do Mundo quando o Brasil 
perdeu para a Alemanha por 7 X1 deve se considerar um cara feliz por não ter jogado
 e infeliz de ver o nosso time levar tal placar? Quem souber a resposta, sendo botafoguense
 como este locutor que vos fala, digo, digita, ou não, por favor, comentários no blog, não necessitando se ativer para esquemas rígidos didáticos, mas colaborando para se tirar uma
 conclusão – sem dúvida de transcendental importância para o futuro da Humanidade.
 Desde já, obrigadão pela atenção e colaboração!

Constatação XV
Deu na mídia, mais especificamente no site do MSN Brasil: “Mulher Melão vai 
fazer curso para aperfeiçoar sua performance na cama”. Rumorejando pretendia dizer,
como costuma nestes casos, que a notícia é também de transcendental importância para 
o futuro da Humanidade, mas, para não ser repetitivo, pois já existe outro fato
 transcendental, como em Constatação anterior, se limita a dizer que há que se 
ter um ideal na vida. Que sirva – o ideal – como exemplo desde que seja positivo
 como é o presente caso...

Constatação XVI
Também deu na mídia e também no site do MSN Brasil: “Maluf quer ser candidato
 à Prefeitura de São Paulo em 2016”. Vige!!!

Constatação XVII (De uma quadrinha aparentemente dicotômica e meio confusa).
Andava por caminho tortuoso:
Jogava pôquer desbragadamente,
Mas com as gatas era afetuoso
Cumprimentava-as cavalheirescamente.

Constatação XVIII
Quando o obcecado leu na mídia, mais precisamente no site da Globo: 
“Tenista Caroline Wozniacki agradece à revista por fotos em ensaio
 sensual de biquíni”, comentou: “Ela não tem nada que agradecer. Nós* 
é que agradecemos”.
*Não ficou claro se esse “nós” foi majestático ou houve mais pessoas
 que fizeram coro ao obcecado. Tão logo Rumorejando tenha tal informação
 imediatamente passará aos nossos prezados leitores.

RICOS & POBRES
Constatação I
Rico é espargido com água benta; pobre é molambento.
Constatação II
Rico é ingênuo; pobre, é babaca.
Constatação III
Rico tem convicções; pobre, é turrão.
Constatação IV
Rica fica mais assanhada nos dias férteis; pobre, em qualquer dia.
Constatação V
Rico é consultor; pobre é aspone*
*Aspone = Assessor de porra nenhuma.
Constatação VI
Rico embeleza o ambiente; pobre trabalha para embelezar o rico.
Constatação VII
Rico é catedrático em uma infinidade de assuntos; pobre é analfabeto atávico.
Constatação VIII
Rico é conciso; pobre, é prolixo.
Constatação IX
Rico faz concessão; pobre, faz greve.
Constatação X
Rico concretiza suas ideias; pobre não pensa em nada.

FÁBULA CONFABULADA (INDIGNA DO GURU MILLÔR).
Numa província chinesa, não ficou claro se banhada pelo rio Amarelo ou por algum outro rio de outra cor, há muitos anos atrás, nos tempos das dinastias, vivia um déspota, nada esclarecido, como é praxe com os déspotas, que dirigia, como sói acontecer com déspotas, seu império com mão de ferro. Seu nome era Tze Bah Leh. O ditador adotava a política que a maioria dos governantes adota, mesmo sendo eleito pelo voto popular, o tal dito democrático, que, por sua vez, não leva em conta os gastos vultosos dos ricos que gastam os tubos para se elegerem. E/ou sendo auxiliado direta e/ou indiretamente pela administração maior e/ou menor do Estado. Mas isso já é outra história e que nesse momento, não vem para o caso, até porque o povo já está acostumado e impotente para protestar, pois sempre não dá em nada. Voltando ao assunto, estávamos nos referindo à política que adotam que é “Eu faço o que eu quero porque sim e tá acabado”. O ditador Tze Bah Leh tinha como um dos seus muitos auxiliares, um secretário, parente de longe, chamado Kno Bah Leh, a quem ele tratava, como era de sua praxe, com muita rispidez, rudeza e grosseria, apenas para citar alguns poucos adjetivos demeritórios. Se não fosse há tanto tempo atrás, mais recentemente, até poderia ser comparado aos personagens deO Senhor Presidente, de autoria do escritor guatemalteco, Prêmio Nobel de Literatura, Miguel Angel Astúrias. Mas isso é outra história e que não vem, agora, ao caso.
Certa vez, Kno Bah Leh estava se explicando, para sua douta chefia, Tze Bah Leh, atitudes que havia tomado contra grupos que estavam se rebelando, em determinado local, contra o descaso do assim chamado governo com relação a inúmeras reivindicações de cunho social, elevada carga tributária, que até parecia de um certo país do Ocidente, cujo atendimento havia ficado somente na promessa como é de mau alvitre acontecer com governos democráticos ou não. O que convenhamos, isso já é outra história e terrível para quem ingenuamente acredita na devida providencia das autoridades constituídas. Lá pelas tantas, quando lhe faltou algumas palavras para definir determinada situação, referindo-se à maneira como a pseudo-rebelião havia sido sufocada, com mortes, prisões e torturas, Kno Bah Leh disse: “Como é que eu poderia dizer melhor como foi feito, Excelência?” “Não precisa dizer. O único aqui que pode dizer e desdizer sou eu. Chega de inócua explicação”, disse o ditador de plantão Tze Bah Leh. Kno Bah Leh ficou vermelho como um pimentão, depois empalideceu e ficou mais amarelo como outro pimentão e verde de raiva como um terceiro pimentão. Ficou com as cores dos pimentões que se costuma usar numa caponata. Porém, isso já é outra história. Para gáudio de Kno Bah Leh, Tze Bah Leh acabou sendo derrubado por outro ditador que também estava de plantão. É o que se poderia chamar a vingança do pipoqueiro porque outra não era possível Kno Bah Leh realizar. E o novo ditador foi, mais tarde, substituído por outro e, assim se descobriu o moto contínuo que, na maioria dos casos políticos, se transforma em contínuo e não perpétuo, pois, como é sobejamente sabido, eles também morrem algum dia. Felizmente! Mas isso também já é outra história que, nas atuais circunstâncias, não vem para o caso. Pelo menos para todos eles e também àqueles que desfrutaram e se locupletaram com o poder...
Moral I: Para o mau ditador, meia ou nenhuma explicação basta.
Moral II: Em alguns países, atrás de um grande ditador, sempre há um maior ainda, inclusive eleito, ou não.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

BRAZIL IMPOSTÔMETRO: IMPOSTO E RETIDO.

PROBLEMA DE EDUCAÇÃO
Resultado de imagem para IMPOSTO DE RENDA CHARGES
www.google.com.br/images. Novamente o LEÃO IR ME PEGOU NA MALHA FINA. Afff

Marina da Silva

Depois de passar muita raiva, pelo menos três vezes, para tentar descobrir o porquê de não ter recebido a restituição do imposto de renda/2013, que de acordo com meus cálculos, era-me devido, deixei a coisa de lado após a eficiente e arrogante explicação da funcionaria da Receita Fazendária.
Munida com um papelzinho que não dizia nada além de “seu imposto está na base” e depois de passar em três filas em dias consecutivos, pus fé nas entradas de 2013 e lá fui eu buscar o meu IR: imposto retido. Passei pela mesma via crucis – lá no fundão, guichê da direita e guichê da esquerda,
Quando o rapaz ia me atender, uns trinta minutos de chá de fila depois, a mulher que parecia dar-lhe treinamento aproximou-se do guichê.
Educadamente o funcionário perguntou-me qual era o meu problema ao que respondi que era justamente isso o que me interessava saber.
Então do meio de nada, assim, a mulher atabalhoadamente me cortou:
_ O que a senhora deseja da Receita? Falou-me ríspida.
_ Receber minha restituição! Devolvi seca para a proprietária do ministério da fazenda, tamanha arrogância e falta de educação.
Ela pegou meu papelzinho, leu e me avisou:
_ Seu imposto está na base. Você caiu na malha fina.
Quase lhe informei que tinha feito o primário, hoje, ensino fundamental e obviamente sabia ler.
_ Isso eu sei. Respondi mais seca ainda. O que eu não sei é o que eu fiz de errado para cair na malha fina.
_ Isso não quer dizer que a senhora fez algo errado!
_ Desculpe-me! Contei até dez antes de pular no pescoço dela. Eu quero saber qual o problema da declaração...
Ela não me deixou completar e me fez sentir uma empaca-fila.
_ Pode não ter nada de errado!
_ Mas então porque caí na malha do governo?
Ela fez um ar de entojo e não me respondeu.
_ O que eu faço? É só o que quero saber! Minha paciência já tinha ido pro saco! Quando vou ver o meu dinheiro? Insisti.
_ O governo tem até cinco anos para lhe devolver!
_ Cinco anos? Pensei incrédula. Essa aí só pode estar me tirando, fazendo hora comigo! Mas não. Outro número foi chamado e fim de papo.
Então veio 2006 inteirinho e lá ficou retida a minha segunda restituição.
_ Só pode ser o Benedito!
Novembro 2013, primeiro dia de férias, fui novamente dar plantão na Receita e resolver de vez essa pendenga.
Antes de sair, suco de maracujá, meio Lexotan e uma colher de maracujina. Passei longe das facas de cozinha ou qualquer troço inflamável ou explosivo. Sabe-se lá o que espera a gente nessas receitas da vida...
_ Eu quero os recibos das duas declarações.  O garoto além de educado, muito bonito. Pode sentar-se senhorita!
Ganhei o dia! Ele tem uns dezoito?!
_ Suas restituições estão na base!
_ No-vi-da-de! Manda outra! Só em pensamento.
_ Retire uma senha para o guichê deste lado _ o mesmo da dona do mundo _ e a senhorita vai obter os dados que precisa. Decorado, mas educadíssimo!
_ Obrigada. E _ voltei-me para ele_ obrigada pelo senhorita. Ele sorriu. Vai ficar um homem lindo...
Entro na fila, espero meus vinte minutos, recebo uma folha informando-me que meu problema é educação e devo comparecer no PMF – plantão da malha fina, no segundo andar, o fino trato da malha por especialistas.
_ Jesus seja louvado! Adeus térreo e venha o segundo andar!
_ Mas não adianta a senhora ir lá agora não, pois as senhas são distribuídas pela manhã, umas noventa, e acabam rapidinho!
_ Tem que dormir na fila? Perguntei desolada.
A moça sorriu um talvez sim.
_Ah, quer saber _ falei comigo _ em 2014 eu mexo com isso!

Ps: virou rotina cair na malha fina. Também com este nome Marina da Silva. Affff. Só que hoje não me preocupo com devolução porque descobri QUE A SUPER RECEITA CORRIGE COM ÍNDICE SUPERIOR AO DA POUPANÇA! Que a malha fina me renda uns bons trocados!




quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

BRAZIL: CINQUENTA TONS DE CINZA!

SR. GREY JÁ ESTÁ NO CINEMA....quem esperou ou espera SEXO EXPLÍCITO ou como a GLOBO QUER AS EREÇÕES DO CHRISTIAN GREY...VÁ LER O LIVRO!
OU ENTÃO...QUE TAL MAIS UM CONTO CINQUENTA TONS DE CINZA?



 SEXO RADIATIVO 
Marina da Silva

Ele veio da metrópole; um jovem médico recém formado. Seu primeiro plantão causou alvoroço, um frisson feminino que despertou inveja  e ciúmes de veteranos, homens mais velhos, calibrados  na profissão, lapidados pelos muitos anos de exercício da medicina.
Não era nem alto nem baixo, mediano, simples e bonito. Sua inexperiência exacerbava sua timidez toda vez que se via alvo de olhares e comentários femininos. Tudo lhe era entregue nas mãos, a tempo, mesmo antes de formular qualquer pedido, embalado em gracejos e elogios calientes.
_Solteiro? Sim. Tem namorada? Não. Veio para ficar?
Em menos de um mês teve a vida inventariada num dossiê que rodava todas as clínicas: do CTI à pediatria, do pré-parto à Oncologia. Todo o plantel feminino tomava conta de sua vida. Em pouco tempo acostumou-se com o assédio e burburinho - que embora lhe massageasse o ego - apenas reforçava sua intenção de se manter íntegro, ético e profissional para evitar constrangimentos no serviço. Era quase uma pedra de gelo ao relacionar-se com as funcionárias.
 O tititi inicial foi se arrefecendo, os olhares tornaram-se discretos, os comentários mais comedidos. Essa postura lhe angariou o respeito, admiração e amizade dos demais médicos e médicas, a maioria casados e pais de família. Três anos se passaram; os suspiros sumiram e ele se transformou apenas no Dr. Lindo para colegas e pacientes!
Os comentários picantes, ao contrário do que ele imaginava, continuaram discretos e  sussurrados ao pé do ouvido. E foi um destes, muito atrevido, que a secretária sussurrou para a amiga, técnica de raio-X quando ele assomou no corredor em direção à radiologia.
_ Advinha quem vem vindo direto para cá? A moça perguntou à outra num ventriloquismo safado, abaixando a cabeça e soltando um risinho.
_ Ah se eu o pego sozinha aqui na radiologia...vai voar faíscas radioativas para todos os lados! (risos contidos)
_ Pois não doutor? Lindo, completou em pensamento a secretária. Posso ajudá-lo?
Ele queria saber se os laudos do radiologista estavam concluídos. A moça avisou que ia  verificar  e se dirigiu a outra sala onde ficavam os pareceres das radiografias.
_ Se o senhor quiser entrar e aguardar aqui dentro da secretaria...investiu a outra, rosto enfiado  dentro do armário de arquivo.
Ele entrou, sentou tamborilando os dedos pelo teclado do computador.
_ Não precisa me chamar de senhor...Esbanjou simpatia.
_ É respeito doutor, hierarquia...
Ele se virou e a olhou atentamente, parando os olhos na blusa de onde  mamilos pontiagudos e eretos perfuravam o fino tecido como se estivem prontos para fuga. Seu corpo respondeu de imediato, seu membro enrijeceu de súbito e as faces ficaram rubras. Sua virilha começou a formigar a pelve contrair. Fechou as pernas desconfortável e surpreso.
A mulher ficou calada percebendo o intumescimento do pênis pelo jaleco aberto e a vermelhidão no rosto do médico e comemorou a rapidez com que descartou fora o sutiã tomara-que-caia e o jogou atrás do arquivo ao saber quem se dirigia para o setor.
Ele girou a cadeira para a posição inicial, fechou o jaleco, sentindo o ar impregnado de lascívia, ambos transpirando essências primitivas, erotizantes, altamente sensuais. Não conseguiu pensar em mais nada além da intensa vontade de juntar seu corpo ao dela, amassando-lhe os peitos com seu tórax naquele cubículo! Nervoso com aquele silêncio afrodisíaco e pensamentos angustiantes voltou a tamborilar os dedos no teclado.
_ É a primeira vez que entro na radiologia...Que frase estúpida meu Deus! Criticou-se arrependido.
_ Então vou apresentá-la ao senhor...me acompanha num city-tour?
Colidiram os corpos no início do passeio. Ofegantes, olharam-se nos olhos e estranho, não estavam constrangidos. Apenas febris, a pele exalando odores de sexo e perfume, os pelos eriçados, uma eletricidade cortando-lhes a carne. Roçou o braço de forma brusca e intencional para sentir a rigidez dos mamilos. Uma onda apertou mais sua virilha, nádegas, coxas, reverberando pernas abaixo num espasmo que quase o fez cambalear.
Entraram no corredor: À direita o posto para lanches, seguindo reto a imensa sala de exames com bancada, mochos para análise de exames; na parede negatoscópios e um varal. À esquerda uma porta lateral para acesso de cadeiras de rodas e macas. Na janela à direita o biombo protetor de radiações e atrás dele o banheiro. No meio da sala o moderníssimo aparelho de raios-X.
Ele acompanhava desatento - colado à sua nuca, inundando seu pescoço e orelhas, exalando um odor sensual, quente, vulcânico, sem emitir nenhum som, o olhar colabado nos cabelos presos com uma gominha. Soltou-lhe atrevidamente os cabelos que desmoronaram sobre os ombros. A moça balançou-os ajeitando o penteado com as mãos.
Na outra ponta do corredor, a secretária estacou ao assistir a cena e pé-ante- pé voltou ao seu posto e fechou a porta sem um clique sequer. _ Loucos! Sorriu se colocando a postos para o caso de…
No fundo do cérebro transtornado de tesão e luxúria, sentiram que a secretária se pusera de guarda.
_ E aqui revelamos as chapas...ela informou num gemido quase inaudível _ é a nossa câmara escura. Entraram. Era uma sala padronizada, de bom tamanho, bancadas com armários de estoque e os tanques contendo revelador, água, fixador e água corrente. Logo ao lado varais de secagem. Ela se dirigiu lânguida para a saída altamente estonteante naquele salto alto, dando por encerrada a visita e desligando o interruptor. Súbito uma mão se colocou sobre a sua acendendo as luzes e a puxando de volta para o interior da câmara escura.
Duas mãos lhe esmagaram os seios sobre a blusa de seda. Ofegavam uma urgência impossível de ser contida, incontrolável. Ela fechou a porta, passou o trinco. Ele se desfez do jaleco, agarrando-a forte, assanhando-lhe num frenesi louco os cabelos, beijando sofregamente sua boca, rosto, orelhas, chupando e mordendo seu pescoço. Num só golpe  lhe arrancou a blusa pela cabeça e parou espremendo seus mamilos hirtos entre os dedos, sugando-os, massageando-os com a palma da mão aberta, uma carícia em círculos.
Ela gemia e sussurrava seu prazer no ouvido dele enquanto lhe desabotoava a camisa, o cinto, o zíper do jeans.  Ele se desfez rapidamente das roupas e do tênis All-Star branco e  ajoelhou aos pés dela, deslizando as mãos pelas pernas, joelhos, coxas, sacando fora sua calcinha,  cheirou e sorveu seu odor. Ela fez menção em tirar a saia e o  scarpin; ele a refreou:
_ Fique assim e com os sapatos. Tocou-os admirando a beleza. Ela assentiu enterrando os dedos em sua cabeça e  puxando fortes seus cabelos cheirosos e macios. Ele abocanhou seu sexo por sobre o tecido afundando o rosto naquele estreito de geografia triangular. Ela sentiu a vagina inundada, contraindo loucamente. Segurou-lhe a cabeça naquela posição enquanto uma mão entranhava com força as carnes de suas nádegas e a outra espalhava seus líquidos pelos grandes lábios, clitóris, monte de Vênus, pelos pubianos. Os gemidos eram impossíveis de ser contidos. Urravam de prazer. Sentindo-a pronta ele parou aquela agonia e a comprimiu contra a parede enfiando o pênis granítico entre suas coxas  e grandes lábios muito molhados, um vai e vem  enlouquecedor! Ela era o Nilo e transbordava sua rica fertilidade e fluidos em abundante generosidade. Ele se sentiu pronto, o pênis extremamente duro chegava a doer pedindo a penetração.
Cambaleando e se esfregando avidamente pela parede, o casal chegou à bancada. Antes de sentá-la suspendeu sua saia branca arranhando as laterais de suas coxas  expondo nádegas e seu sexo. Com gestos rápidos sentou a moça; uma perna apoiada no chão, a outra flexionada permitindo que ele a penetrasse profundamente. A cada estocada um gemido, um urro, acompanhado de abraços apertados, cabelos puxados. Entrar e sair pela vagina quente e úmida que se contraía loucamente comendo seu membro viril. Beijos, chupadas e mordiscadas nos mamilos, mãos que se apertavam, apertavam nádegas, pescoço, cabelos. Era uma dança tribal, um combate sexual intenso antecipando e reprimindo o gozo. Ela não resistiu, gozou uma, duas, n. vezes enquanto ele exigia:
_ Goza pra mim! Goza pra mim! Gostosa, goza pra mim!
Por fim ele não mais se conteve e explodiu encharcando-a com seu sêmen espesso, banhando-a de suores e saliva. Corpos trêmulos, músculos espasmódicos, extenuados, tombaram um sobre o outro enquanto respiração e batimentos cardíacos se normalizavam  aos poucos assim como os membros inferiores. Ficou dentro dela extasiado, grudado no seu corpo, muito suado, sorvendo-lhe o delicado e afrodisíaco perfume.
Quando as luzes da câmara escura se apagaram ele já havia partido. No espelho do banheiro, trêmula, trôpega, ela arrumava as roupas, penteava os cabelos, retocava a maquiagem totalmente zonza, inebriada, ainda muito úmida, com toda a musculatura do canal vaginal e pelve numa permanente contratura só ao imaginar quando aconteceria novamente, o sexo mais caliente e perfeito que tiveram na câmara escura!