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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

BRAZIL:"Rico ordena; pobre, convida."

RUMOREJANDO

http://rimasprimas.blogspot.com.br/

PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I
Deu na mídia, mais precisamente no site do Estadão: “Dilma tira poderes
de comandantes militares”. Isso que se chama, numa época que antecedeu 
o desfile militar de 7 de setembro, quando se comemora a Independência 
do Brasil, exemplo de cutucar a onça com vara curta. Vige!
Constatação II
Quando o obcecado convencido leu na mídia, num dia de Natal que:
 “Nem só quem recebe ajuda se beneficia. A solidariedade também 
torna a vida de quem doa melhor e mais saudável”, agregou, de imediato,
 a frase ao seu repertório de eventuais cantadas, ainda que sempre 
apregoasse, a quem quisesse ouvir, que quem recebia as cantadas era 
sempre ele.
Constatação III
Não se pode confundir alusão com alazão, que o Houaiss define
como “que ou o que tem o pêlo cor de canela, com uma tonalidade
 simultaneamente castanha e avermelhada (diz-se de cavalo)”, até
 porque se um jogador de futebol entra no adversário com violência
e a torcida grita que ele é um cavalo, não se trata de uma alusão à 
cor do jogador, do uniforme, mas sim da maneira como o tal jogador
 deu a entrada. No entanto, cavalo, cachorro e outros mamíferos são
 mais gente do que muita gente. O xingamento, portanto, não se 
justifica com tal epíteto. Basta escutar os noticiários...
Constatação IV (Eufemística).
Quando ela se sentiu
Escorçada,
Espoliada,
Despojada
Enxovalhada
Na mesma hora partiu,
Deixando então o companheiro
De tantos anos grande parceiro
Com cara de quem, fatalmente,
Iria ficar
Com vontade de sentar
E totalmente
Atoleimado,
Tão-somente.
Coitado!
Constatação V
Quem nunca escutou a milonga dos nossos hermanos argentinos – 
rivalidades futebolísticas a parte –, chamada Taquito Militar
não sabe o que está perdendo. Tenho mercosulamente dito.
Constatação VI (De uma dúvida crucial).
Língua de trapo fica puída?
Constatação VII (De outra dúvida, mas não necessariamente crucial).
É a fada que, quando se sente enfadada, vai escutar um fado?
Constatação VIII (De uma terceira dúvida crucial).
A acromegalia é, segundo o dicionário Houaiss, “doença crônica
 provocada por uma disfunção da glândula pituitária e que se
 caracteriza pelo crescimento anormal das extremidades do corpo
 (mãos, pés, rosto)”. Será que certos governantes, deputados e 
senadores têm esse problema nos pés e nas mãos, já que costumam
 meter os pés pelas mãos, mormente quando metem as mãos crescidas
 no jarro?
Constatação IX
Beto da Querência (de Querência do Norte, Noroeste do Paraná) cantor 
e compositor. Guardem este nome porque, sem dúvida vai estourar, com 
sucesso, o lançamento do seu primeiro CD. Não esqueçam o nome: 
Beto da Querência.
Constatação X (Patriotismo ufanista utópico).
Naquele mastro acolá
A bandeira
Do meu time,
O Paraná,
Tremula com languidez,
Mostrando sua altivez,
Sempre faceira,
Sempre altaneira,
Numa liderança
Assaz sublime.
Pendão da esperança
Como a brasileira
Constatação XI (De venais, nem falar).
Quem é esquisito acha que outros é que são; quem é imbecil 
acha que os outros é que são; quem é político faz o que faz 
porque sim e tá acabado. O que não impede que sejam esquisitos
 e imbecis.
Constatação XII
Em certos países, o roubo, em função do tipo, quantidade, número
 de eventos e valores, já virou profissão em vários níveis...
Constatação XIII
Quando o ouriço chegou tarde a casa a ouriça ficou toda ouriçada
 e gritou: “Você é um espinho no meu pobre e desvalido coração”.
Constatação XIV (Pimenta no .........dos outros não arde)
 [Rumorejando, como democrata que sempre procurou ser, 
deixou o espaço acima para que o leitor escolha em qual parte
 do corpo a pimenta deva ser colocada].
Deu na mídia: “Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anuncia primeiras
 medidas após rebaixamento do grau de investimento do Brasil. J
oaquim Levy diz que resposta ao rebaixamento deve vir do corte de gastos
 e aumento das receitas. Segundo ele, brasileiros devem ver alta de impostos
 como "investimento" para retomada do crescimento”. Anteriormente, o
 economista Armínio Fraga declarou que “o salário mínimo no Brasil está alto”. 
Com relação ao fato de que também deu na mídia, mais precisamente no Estadão: “Brasil registra uma tentativa de fraude a cada 17,2 segundos no mês de junho”,
 nenhum dos dois economistas se pronunciou. Tampouco com relação ao corte
 dos altos salários de deputados, senadores, vereadores, ministros, juízes, desembargadores, lucros dos bancos que continuam apenas nos 27, 5% de alíquota
 de imposto de renda, como a classe média também paga, nada foi abordado.
Constatação XV
Não se pode confundir draga, que em algumas regiões do Brasil quer dizer
 arma de fogo, revólver com droga, muito embora exista uma relação 
biunívoca entre as duas palavras, tendo em vista o uso, cada vez mais 
arraigado em nosso país, da primeira para obter a segunda... A recíproca
 é como é e tá acabado. Tenho democrática e simpaticamente dito.
Constatação XVI (E como poetava outro obcecado, eternamente
 pendente no Serviço de Proteção ao Crédito – Seproc e que nada
 tem a ver com o obcecado da “Constatação II”):
“Cada vez que eu vejo ou antevejo,
Mulher, indubitavelmente, tremenda,
Pela atenção do marido esquecida,
Fico imaginando dar-lhe um beijo,
Como se fosse uma dívida vencida
E, inclusive, como uma vincenda”.
Constatação XVII
Quando o matemático leu na mídia, mais precisamente no site 
da Gazeta do Povo: “Ruim de voto e sem apelo popular, enigmático 
Michel Temer cresce com crise”, comentou incontinente de
 maneira concisa: “Inversamente proporcional”.
Constatação XVIII (Subsídios para a canção dos componentes
 do Congresso de certos impolutos países).
Nós, os bravos congressistas,
Não pactuamos com fascistas.
Tampouco somos anarquistas.
Só somos excelentes artistas.

Fábula Confabulada (Indigna do guru Millôr).
Havia uma vez nas cercanias de Shaoshan, não longe de Changsha e 
de Chonqing, entre Guiyang e Chengdu por um caminho que vai em
 direção ao rio Yang-Tsé, contornando Leshan um chinês de nome 
Shway Neh Ray. O sonho dele era visitar um país, do outro lado do 
mundo, chamado Brasil. A passagem custava muito caro o que fazia
 com que ele protelasse a cada novo ano a realização do seu sonho.
 Quando começou a abertura da economia chinesa, Shway Neh Ray
 iniciou uma criação de porcos, usando métodos desenvolvidos por
 técnicos chineses, inclusive com tratamentos dos ditos com acupuntura 
e ervas. A mulher de Shway, Shte Keh Wen, colaborava no orçamento
 familiar, dedicando-se a costuras, principalmente na reforma, ampliação
 e redução de vestidos em função de necessidade e/ou do grau das 
vaidades de cada freguesa. O negócio começou a prosperar e a realização
 do sonho começou a se aproximar da factibilidade, como Shte Keh Wen
 gostava de se expressar, usando palavras mais ou menos sofisticadas.
 Aí, ela, que passara todo o tempo economizando tostão por tostão, quer
 dizer li por li sugeriu que ambos passassem por Paris, a fim de ela
 também realizar o seu – dela – sonho. A criação de porcos ficaria a
 cargo do filho do casal, Peh Tcha Tek, que já tinha idade pra dar conta
 de tais tipos de tarefas. E assim foi. Em Paris, visitaram o que os turistas
 costumam visitar: Museus, Monumentos, Jardins, como o de Luxemburgo,
 Torre Eifel, Notre Dame, Palais Royal, Sacre Coeur e passearam de barco
 pelo rio Sena; comeram queijos e tomaram vinhos. Enfim, procuraram 
ver o máximo e o que o dinheiro permitia. Finalmente embarcaram para o
 Brasil. Outro grande sonho. Shway Neh Ray havia comprado, ainda na 
China, entrada para assistirem o desfile de carnaval no Rio de Janeiro e 
chegaram bem no dia do desfile das escolas de samba. E, claro, outras 
visitas turísticas. A companhia de turismo, lançando mão de seguranças, 
cuidava deles e de outros turistas de outros países. O casal não entendia
 exatamente por quais razões, o que ninguém se preocupou em explicar
 a presença dos tais seguranças, por achar arriscado criar medo e atrapalhar 
a vinda de outros turistas, estragando o seu negócio. Mas isto já é outra história 
que, nesse momento absolutamente não vem ao caso. Quando retornaram 
para sua casa ameaçaram amigos, parentes e vizinhos para verem as fotos
 que haviam tirado nos dois países que, coitados, educadamente, acederam 
ao convite. Cada um do casal anfitrião dissertou suas impressões com relação
 aos países visitados. Ele alegou, entre outras considerações, que não havia 
gostado de Paris porque havia muito cachorro e gato, fazendo o que faziam
 nas calçadas e que aquilo não era exatamente o que ele gostaria de ver;
 Por outro lado (qual lado?), ela não havia gostado do Brasil porque parecia
 que todas as mulheres só se preocupavam em chamar a atenção para seus
 respectivos peitos e bundas. E que não era aquilo que ela queria ver. 
As opiniões dos convivas se dividiram o que redundou numa polêmica 
que se arrastou pela madrugada adentro, mas isso também já é outra história, 
o que, analogamente à anterior, obviamente, não vem para o caso no presente
 momento. Quem ficou interessadíssimo no Brasil foi Peh Tcha Tek, o filho 
adolescente do casal.
Moral I: O pior cego é aquele que não vê o que não quer e só quer ver o que quer.
Moral II: Quando se discorre sobre um assunto há que se despertar o interesse nas pessoas, seja ele qual for.
Moral III: Peito e bunda feminina não são somente de interesse de determinado país, chamado Brasil. São de interesse geral.

RICOS & POBRES

Constatação I
Rico engole caviar com champanhe veuve cliquot; pobre, sapos.
Constatação II
Rico tem expectativa; pobre, ansiedade.
Constatação III
Rico ordena; pobre, convida.
Constatação IV
Rico é adepto do erotismo; pobre, da pornografia.
Constatação V
Rico é convidado; pobre, coagido.
Constatação VI
Rico borrifa as flores; pobre espirra em cima dos outros.
Constatação VII
Rico, nas suas convicções, é dogmático; pobre tem que ser pragmático.
Constatação VIII
Rico faz ‘selfie’ ao lado da Torre Eiffel; pobre se olha no espelho da sua casa.
Constatação IX
Rico realiza os seus sonhos; pobre se ferra para realizar os sonhos dos ricos.
Constatação X
Rico é rechonchudo; pobre, é inchado.


terça-feira, 15 de setembro de 2015

BRAZIL TERCEIRIZADO: MUNDO DO TRABALHO LIFESTYLE $1,99

TERCEIRIZAÇÃO
Resultado de imagem para Coco Chanel
www.google.com.br/images. Coco Chanel (1883-1971)
“A moda não é algo presente apenas nas roupas. A moda está no céu, nas ruas, a moda tem a ver com idéias, a forma como vivemos, o que está acontecendo.” 

Marina da Silva

 Coco Chanel, um ícone da alta costura, famosa pelo estilo, elegância e posturas inovadoras, voltou de sua visita aos Estados Unidos, impressionada com o mundo novo, onde lindas mocinhas davam notícias trágicas sem jamais desmanchar os largos e belos sorrisos. 
E me senti assim em meados dos anos noventa, final do século XX, tal qual Coco Chanel, só que enojada, ao assistir a lavagem cerebral global dando força à terceirização [sinônimo de precarização],numa série de reportagens sobre todas as maravilhas que a terceirização de serviços  viria e estava proporcionando às grandes empresas no Brasil, entre elas, a desoneração dos encargos sociais sobre os trabalhadores, o tal custo Brasil. 


"Essa nova modalidade de prestação de serviços é chamada por Pochmann de "superterceirização". De acordo com números divulgados pelo economista, em 1985, apenas 2,9% dos trabalhadores das empresas de terceirização se encaixavam nesse perfil. Em 2005, o número subiu para 41,9%. "O crescimento em larga escala em tão pouco tempo é um fenômeno inédito", considera o economista. A diminuição na média de trabalhadores empregados nas empresas que prestam serviços terceirizados também reflete o fenômeno. Em 1985, essas companhias empregavam, em média, 235 pessoas. Em 1995, o número caiu para 74, e hoje está em 67. Segundo Pochmann, ex-secretário de Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade do Município de São Paulo, isso mostra o crescimento no número de empreendimentos menores, que prestam serviços mais especializados, em geral associados à atividade-fim da empresa para a qual trabalham. As prestadoras de serviços básicos, como segurança e limpeza, costumam empregar mais pessoas.
"http://reporterbrasil.org.br/2007/04/estudo-revela-explosao-da-superterceirizacao/
 
www.google.com.br/images.  No serviço público, geralmente, um(a) trabalhador(a) terceirizado(a) recebe em média 1/5 do salário sem gratificações dos trabalhadores efetivos.

"É um ganho de mão-dupla"- alardeavam, tanto para as grandes como para as sub-contratadas, que não têm lá assim um grande compromisso com os tais encargos sociais, haja vista, o aumento no número de processos e reclamações trabalhistas, que, alguns espertalhões obtusos, tentaram nos impor como a falência do Judiciário trabalhista; quando na verdade, queriam colocar um véu na selvagem exploração do trabalho que vem ocorrendo no capitalismo flexível, globalizado, nome dado à atual fase de acumulação de capitais. 
O  ex-casal vinte do Jornal Nacional (William Bonner e Fátima Bernades) merecia 100, tanto pelo bacharelado em culto e louvor, quanto pelo doutoramento em adoração e missão _ cumpridas com belos e largos sorrisos. Como prêmios, Fátima ganhou um Encontro, programa matinal chulo e o posto de  apresentadora mais mal vestida e baranga da tevê brasileira (dado por mim pelo modelito do dia 14-09-2015)!
www.google.com.br/images. "Helder Santos Amorim e Luís Camargo são, respectivamente, procurador do Trabalho em Minas Gerais e procurador-geral do Trabalho e professor no Centro Universitário Iesb, em Brasília."

 Se jogarmos fora o véu, ou melhor, a burca, termo mais apropriado, o que fica exposto em carne viva, é o alto grau de exploração do trabalho nas relações com empresas terceirizadas, destaque para a exploração da mão-de-obra feminina; sinônimo de baixos salários, condições insalubres, precárias, pouca ou nenhuma proteção social, jornadas longas, aumento do número de acidentes no trabalho, etc. 
Embora o brilhantismo dos atores do "jornalismo nobre" busque repassar à população outra ideia, o que vem ocorrendo no mundo é: empresas de primeira usando empresas de segunda exploram de forma cada vez mais desumana homens, mulheres e até crianças, transformando-os em seres de terceira com uma qualidade de vida de quinta categoria. Se levarmos em conta, dados recentes do IBGE, apresentados com muito charme e elegância pelas mesmas bocas, como: os negros (inclusos pardos e mestiços) recebem menos que os brancos e as mulheres menos que os homens, então a precarização do trabalho é muitíssimo pior do que se possa imaginar ou do que os sorrisos consigam esconder.
Resultado de imagem para encontro com fatima bernardes vestidos
www.google.com.br/images. Moda genérica, Lifestyle 1.99, baranga. Livrai-nos todos nós.Amém!

domingo, 13 de setembro de 2015

BRAZIL: TROCANDO PRESIDENTE...Temer / Dilma É TROCAR SEIS POR MEIA DÚZIA?

RUMOREJANDO

PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
http://rimasprimas.blogspot.com.br/

Constatação I (Reminiscências de maus tempos I...).
Em 1975, em plena ditadura militar, a Fundação Cultural de Curitiba 
expôs mostra de cerâmicas e de fotografias da arquitetura russa. A 
inauguração contou com a presença do Adido Cultural da Embaixada
 da Rússia. Todos os presentes, ao cumprimentá-lo, eram fotografados 
por um cidadão com cara de poucos amigos... Um dos presentes, ao ver
 espocar um flash atrás do outro, comentou: -“Será que não vai dar
 complicação a gente ser fotografado em companhia de um russo, 
de um comunista?” -“Não se preocupe, alguém respondeu, o risco é 
de apenas 50%. A gente não sabe para quem o fotógrafo trabalha”...

Constatação II (Reminiscências de maus tempos II...)
No coquetel que se seguiu à exposição russa, relatada na constatação
 anterior, foi servida aos presentes uma vodca “da legítima”, daquelas
 que davam calor até no dedão do pé. Enquanto aproveitando a rara
 oportunidade, se degustava aquela escassa bebida
 (a globalização ainda não estava em vigência...), passou um garçom
 com uma bandeja de refrigerantes, contendo, inclusive, pasmem: 
a acqua nera del imperialismo ianque, Coca Cola!!!. O fato suscitou 
o comentário do mesmo cidadão que havia dito que a gente não
 sabia para quem o fotógrafo trabalhava e, com ar de condena,
 meneando a cabeça: “Bah! Já não se fazem mais russos como antigamente...” 
Constatação III (Reminiscências de maus tempos III...)
Um radioamador, tão logo obteve autorização do Ministério das
 Comunicações para começar a operar, não saía da frente do seu
 equipamento de transrecepção. Passava todo o tempo, inclusive
 nos intervalos do almoço e a noite em longos papos. A maioria,
 furados. A comida era engolida rapidamente para não perder
 algum eventual contato. Um dia, entusiasmado, mostrou à sua
 mulher uma fotografia  que um colega de um país distante havia
 mandado, onde o sujeito aparecia diante do seu – dele – sofisticado
 equipamento de rádio. A mulher, que andava aborrecida com a 
indiferença do marido, não se conteve: -“Agora, você, em retribuição,
 vai mandar uma tua em que você aparece só de calção?”...

Constatação IV (Reminiscências de não tão maus tempos).

Um professor de Cálculo Integral e Diferencial da Universidade 
Federal do Paraná, já falecido, anteriormente havia lecionado 
matemática no Colégio Estadual do Paraná. Tanto nesta época, 
como posteriormente, foi professor do seu filho. Certa vez, numa
 aula do 2° grau, pai e filho se tramaram numa discussão a respeito
 de uma questão matemática. O professor, face o adiantado da hora
 e alegando um impasse, se propôs a dirimir a dúvida na próxima aula.
 No dia aprazado, a turma do aluno aguarda no corredor a vinda do
 professor. Outras turmas também haviam se aproximado, tendo em 
vista a repercussão, curiosas pelo desfecho. Eis que o professor desponta
 no corredor com o livro de chamada debaixo do braço. À medida que
 se aproxima o rumorejo da turma diminui até o silêncio total. 
O professor acerca-se do filho e, diante de todos, aplica em cada
 bochecha dois sonoros beijos. Os que estavam mais próximos
 juram ter escutado: -“Não é que o filho da mãe tinha razão...”
Constatação V
Senador
Deputado
Governador
Prefeito
Vereador
Não têm mérito
Eles têm pretérito
Imperfeito
E, em princípio,
Particípio
Passado,
Ultrapassado.
Já, o presidente,
De pouca atividade
E pouco ativo,
Tem subjuntividade*
É presente
Do subjuntivo.
Coitado!
*Subjuntividade = “característica do que é subjuntivo; 
dependência, subordinação”. (Houaiss).
Constatação VI

Conversa entabulada entre dois políticos, ouvida em qualquer
 cidade do Brasil: -“Na tua opinião, por que as mulheres se
candidatam menos do que os homens para os diversos cargos,
 já que elas têm, inclusive, cotas garantidas para isso? 
Será por medo de perder?”
 –“Não. Em minha opinião – modesta, aliás – é porque elas
 são mais honestas do que nós homens, ou menos desonestas”.
-“Há bom, quer dizer, ah ruim, quer dizer...”

Constatação VII (Passível de mal-entendido).
A magnitude, dentre outras, numa performance é diretamente
 proporcional a amplitude da abertura das pernas. Me refiro,
 ou melhor, refiro-me a uma bailarina. E, claro, é inversamente
 proporcional à falta de talento.

Constatação VIII (Dúvida crucial).
Será que não existe alguém do staff do governo, familiar ou amigo
 com coragem suficiente para dizer, respeitosamente, é claro, ou
 assoprar no ouvido do presidente da República que esse cartão
 corporativo – respaldado com o tal do sigilo bancário – é uma 
excrescência? Quem souber que existe alguém, além da imprensa
 e da oposição, por favor, comentários no blog. Obrigado.

Constatação IX (O inverso da vice-versa).
[Para a Foquinha, Juju, João Raymundo, Preta Joana 
e Caxixó (In memoriam). Para a Gigi e o Pedro Salomão. 
Todos também com o sobrenome Zokner].

Os cães daquela casa eram tão dóceis, faziam tanta festa para quem
 nela entrasse que os donos é que tinham que fazer o papel de cães 
de guarda.

Constatação X
E como explicava, didaticamente, por carta, para o sobrinho o 
obcecado de origem portuguesa: -“É preciso reflectir para o facto
 de que você tem que, ao estar com uma rapariga, otimizar as
 atividades de contacto, as possíveis e correctas chumbregadas, 
dando-lhe prazeres mil”. Pois, pois?

Constatação XI
Disse, no telefone, a namorada do facínora pra ele. “Venha aqui em casa
 que eu estarei te esperando com o meu novo baby-doll preto que eu
 comprei hoje. Você vai ver o que eu vou fazer com você”.
 Respondeu o facínora pensativo: “Puxa! Foi a ameaça mais doce que
 eu já ouvi. As que eu escuto ou são da polícia ou dos meus comparsas”.

Constatação XII
Não se pode confundir liminar com eliminar, muito embora quando 
o governo – que nem sempre se preocupa com tanto desrespeito à vida, 
em nosso país – pretende, por exemplo, diminuir ou mesmo tentar
 eliminar os acidentes, proibindo a venda de bebidas alcoólicas nas
 estradas aparece uma ou outra liminar, ou projeto de lei na Câmara,
 derrubando a proibição. Pasmem! A pessoa não é obrigada a se submeter
 ao exame do bafômetro. Livre comércio? Democracia? Ou falta de 
respeito pela vida, como sempre? Quem souber as verdadeiras razões,
 por favor, comentários no blog. Obrigado.

Constatação XIII
O genro foi se queixar pra sogra que a filha dela o estava tratando mal.
 “Ela só briga comigo”. E a sogra: “O que você faz pra ela?” 
Sem responder, repetiu a mesma ladainha para o sogro que perguntou:
 “O que você não faz pra ela?”

Constatação XIV (Dúvida crucial via pseudo-haicai).
Todo fedelho
É um inequívoco
Pentelho?

Constatação XV (Teoria da Relatividade para principiantes).
É muito melhor ter aspas, escrito num documento pessoal, do que na testa.

Constatação XVI (Dúvida crucial).
Por que será que, em certos países, não se respeita a Lei do Silêncio
 e por que será que ninguém a controla para que seja respeitada?
 Quem souber a resposta, por favor, explicar as razões para este 
assim chamado escriba, através do bloghttp://rimasprimas.blogspot.com/ .
 Obrigado.

Constatação XVII (2 Poeminhas para ser recitado em certas 
confeitarias, botecos, etc, para os donos dos ditos).
1) Era um sonho
Tão sem recheio
No seu permeio,
Que até deixava
Que provocava
No consumidor
Um ar tristonho.

2) E era um pastel de vento
Tão inflado,
Tão pouco recheado
Que ao ser mordido,
Ao ser deglutido
Provocava no mesmo momento
Um baita resfriado.

Constatação XVIII (Quadrinha para ser recitada por
 um(a) nutricionista para seus pacientes).
A obesa quer emagrecer,
Mas, por dia, teima
Em comer
Porções de guloseima.

Constatação XIX
Na ópera, no texto,
O cara, ao levar
Uma facada,
E se por a cantar
Até uma toada.
Tal está fora do contexto,
Pois quem é agredido
Não canta,
Só se espanta,
E fica assaz desvalido.

Constatação XX
Não se pode confundir faiança (louça de barro esmaltado ou vidrado)
 com fiança, muito embora os dois estejam sujeitos a uma determinada
 quebra. A recíproca pode ser verdadeira desde que se compre uma faiança,
 tão sofisticada, tão rara, tão incrementada, a crédito, que o vendedor exija 
uma fiança.

Constatação XXI
Deu, certa vez, na mídia: “Itaú vê crédito forte apesar de juro”. 
Data vênia, como diriam nossos juristas, mas um dos maiores bancos 
do país, a semelhança dos demais, não fez alguma referência às filas 
em frente aos caixas e o chá de cadeira de quem quer falar com um dos
 gerentes. Pena.

Constatação XXII
Quando, numa viagem aérea, o avião começa a corcovear de maneira 
tal que se o sujeito demorar a atender o aviso luminoso de “apertar os cintos”
 que, fatalmente, se acenderá ele corre o risco de bater com os ‘chifres no teto’.
 Se os tiver, é claro... No caso de ser ateu, se aproximará de modo efêmero da
 entidade que, segundo ele, se chama Deus... Passado o susto, ocorrido durante 
o trecho que originou a turbulência, ele volta a sua – dele – primitiva condição.
 Até a eventual próxima turbulência...

Constatação XXIII (De uma dúvida mais do que crucial).
Quando se constata as frequentes mudanças nos tipos de plugues e tomadas 
que vêm ocorrendo em nosso sofrido país, surge a questão: Quem autoriza tais mudanças? Seria a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas?
 Os fabricantes? A presidência da República? O Congresso? 
Quem souber a resposta, por favor, comunique a este assim chamado escriba,
 a fim de que se possa informar aos nossos prezados leitores. Obrigado.

Constatação XXIV
Tem gente que para ganhar uma discussão faz das tripas o coração,
 recorrendo a artifícios como a enrolação, o embuste*. Vige!
*Embuste = Substantivo masculino.
1. Mentira artificiosa; impostura (Aurélio).

RICOS & POBRES
Constatação I
Rico é fogoso; pobre, é tarado.
Constatação II
Rico que dirige um Volvo do ano jamais é multado;
pobre, num, digamos, Corcel 80, é um infrator contumaz.
Constatação III
Rico é sinérgico*; pobre é individualista.
*Sinergia = Sociologia: “Coesão dos membros de um grupo ou
 coletividade em prol de um objetivo comum (Houaiss).
Constatação IV
Rico não condiz com certas atitudes; pobre, com nenhuma.
Constatação V
Rico tem até duas amantes; pobre é viúvo de mulher viva.