Sacanagem
O olhar Marina da Silva sobre o Brasil e pelo mundo! AQUI É TOLERÂNCIA ZERO COM A INTOLERÂNCIA, AFINAL SOMOS TODOS HUMANOS!
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quarta-feira, 31 de janeiro de 2024
BRASIL. CHINA LIFESTYLE 1,99 publicado 2008 e 2015
domingo, 28 de janeiro de 2024
BRASIL. PRIVILÉGIO BRANCO Parte 1
PRIVILÉGIO BRANCO
“(...)quem
quiser saber por que
e não quiser se arrepender
não pode acreditar em tudo
tem que acreditar em algo
se não tiver instinto
se não estiver atento
se ficar com medo no exato momento
alguém muito à toa soa o alarme
veste o uniforme e transforma tudo em exceção
tem que pagar pra ver
tem que ver pra crer
quem viver verá
a cara desses caras num museu de cera”.
Engenheiros*
Bem amigos...
Esta não é uma História de ficção,
qualquer semelhança não é mera coincidência - guardadas as devidas proporções -
e para conhecê-la, apreendê-la, entendê-la e mudar a postura frente ao mundo e
promover uma outra construção da sociabilidade mais humana e menos
exterminadora aonde quer que isto aconteça é condição necessária abrir
a mente e proporcionar mais de cinquenta tons de preto às
ideias e ideologias entronizadas, enraizadas, cristalizadas pela dominação de
sociedades e estudar, ouvir, conversar, debater, querelar, rumorejar sobre
“como o racismo construiu” tal sociedade onde as “ideias foram colocadas de
cabeça para baixo”1.
Isto posto vamos ao PRIVILÉGIO BRANCO2!
* Museu de cera.
https://www.vagalume.com.br/engenheiros-do-hawaii/museu-de-cera.html
HELLO PRIVILEGE, IT’S ME, CHELSEA3
www.google.com.br/images. The best seller NYTimes
Marina da Silva
Chelsea Handler é uma atriz, escritora,
comediante Stand Up branca, judia e linda como ela mesmo se
define no documentário produzido por ela para Netflix buscando entender o que é
esta tal branquitude e o privilégio branco que a coloca de imediato
nesta jornada como a classe “lixo branco” ou quando a pessoa entra no processo de
autoconhecimento de si, do outro e do lugar que ela está e atua no mundo. Branca,
judia e linda. Judeus tem dinheiro, muito dinheiro e estes são mitos que ela
diz ter sempre ouvido, mas não foi sua realidade, conta em shows Stand Up com
humor ácido. Ela faz parte dos primos pobres dos judeus ricos
dos Estados Unidos, uma família de classe média que trabalhou e lutou muito
para sustentar os filhos:
“(...) um trabalho na Starbucks e, por
sorte havia um caça-talentos do Jamba Juice e do Noah’s Bagels (...) Ninguém me dá
nada. É constrangedor chegar na escola de hebraico numa lata velha. Eu vim do
nada. Meu pai vendia carros usados.”
Atualmente Chelsea é sucesso como
atriz, apresentadora de TV, comediante e escritora Best-seller New York Times.
Não li seu livro The Best-Seller, mas fiquei curiosa.
“Branca, linda, tagarela e isto é
recompensado em Hollywood.”
Por tagarela leia-se: ela com seu humor
tem na ponta da língua o “discurso politicamente incorreto” ou a retórica
“daquilo que jamais deveria ser explicitado” para ganhar almas e mentes: os
vícios, ódio, raiva, rancor, ressentimento que no século XXI, ficando só nestas
duas décadas, será a arma política propagandística que reavivará, fortalecerá e
está sendo usada pela extrema-direita nazifascista mundial para garantir a
super, hiper, mega, plus, blaster concentração de riquezas nos 1% bilionários
do planeta que se auto intitulam liberais-libertarianos-conservadores e
lutam selvagemente pelo “livre mercado, propriedade privada, ganância,
individualismo egoísta, enfim, neoconservadores dos 99% no máximo com o mínimo
e que levam o neoliberalismo ao extremo4 para criar e manter uma casta de
plutocratas (clássicos como os Rockefeller’s ou os bilionários do Silicone Valey como Bill Gates, Mark Zuckerberg Bezzos, Elon Musk, Peter Thiel e outros sem classe alguma, mas trilhardários) num Estado
Mínimo; o mesmo “Estado Anárquico contínuo” aonde, prega o líder atual
deste Movimento, Steve Bannon, é necessário destruir tudo para construir o caos
perfeito para a exploração e expropriação absolutista mais selvagem
do capitalismo. E o uso da internet e redes sociais são as armas e ferramentas
perfeitas para infiltrar o vírus da destruição através de dissonância
cognitiva, manipulação psicológica, divisão de nações em bolhas de ódio
e manipular e alterar e destruir as ditas democracias e ideias socialistas, coletivistas, comunistas
por dentro.
www.google.com.br/images. Steve Bannon vice
presidente da empresa Cambridge Analytica foi/é o homem por trás da máquina de
ódio para destruir democracias em eleições democráticas até nos EUA, país
democrático par excellence. Só que não.
“Eu nunca questionei nada porque achei que merecia tudo. Sou claramente beneficiada pelo privilégio branco”, diz Chelsea na sua mansão às câmeras enquanto uma mulher mestiça vai espanando o pó invisível em móveis limpíssimos para a captura dos melhores ângulos da ostentação de riqueza dos vencedores do “American dream”: vim, vi e venci, ops, nesta terra tudo que se planta, dá, oops, América, o paraíso onde todos os seus sonhos se tornam realidade (com muito trabalho, esforço, criatividade, luta e dispêndio de vida!) Só me faltou citar a obra de Max Webber5: Os sonhos se realizam só para os brancos predestinados na lógica, moral e ética do protestantismo. Salve Calvino!
Chelsea Handler está no grupo daqueles
que estão numa jornada de conhecimento, reconhecendo sua ignorância do por quê
o mundo é assim? Por que tem isto na América, a potência Number One [em
decadência]? Não será uma empreitada fácil para ela, eu você e todo o mundo; não
será uma aventura Jornada nas estrelas, mas sim, uma
jornada espaço-temporal-social-econômica-política-histórica, etc., dolorosa,
com veias e feridas abertas, muita injustiça, abusos, dor, sofrimentos físicos
e psicológicos, crimes de todas as espécies, assassinatos e eliminação de
pessoas com "Um defeito de cor",6 pessoas de pele preta [mas não
somente estas] e uma reação brutal contínua que começa com o fim da escravidão
estadunidense, várias lutas e reações, contrarreações para voltar e/ou
manter a escravidão e exploração dos pretos alienados, assimilados ou não e
seus Movimentos pelos Direitos Civis e direitos de viver nos Estados
Unidos.7
“Quero saber como ser uma pessoa branca
melhor com pessoas não brancas”. Chelsea ainda não sabe que sua jornada
nas estrelas, na verdade será uma “Via Crucis” dolorosíssima de
aprendizagem e autoconhecimento. Vamos às estações de dor e agonia para
qualquer um que se atreva a encarar verdades históricas dos afro-americanos
oficialmente E DELIBERADAMENTE tornadas invisíveis e/ou hediondas, grotescas, e
claro, com toda a devoção ao cristianismo.8
PRIMEIRA ESTAÇÃO. Comédia versus comédia: QUAL É O PROBLEMA
DOS PRETOS?
Chelsea não faz esta pergunta de cara na
cara de dois trabalhadores, um casal que como ela atuam na comédia Stand Up e o
encontro se dá no Comedy Union. Esta questão está no documentário “Stamped from
the begging” e é feita às personalidades intelectuais ativistas: “Você pode me
dizer qual é o problema dos pretos?”
Estupor e pasmo perpassam as faces atônitas das
pessoas entrevistadas: Qual é o problema dos pretos? Oi, pensei: Are you
kidding me?
"O problema dos pretos? O que quer
dizer com isto? Qual é o problema dos pretos?"
O mesmo pasmo recebe Chelsea dos comediantes, beges, passados e ocos, sentados à sua frente. Ela insiste: "Quero falar dos brancos... Chelsea se perde, tenta fazer piada; uma gafe terrível e abominável sobre “um homem ter morrido dentro da moça preta num show” e recebe generosidade, sim, e elegância. Eu teria partido para uma voadora e B.O - boletim de ocorrência. What hell is this?
Para responder Chelsea vou apropriar a
fala do professor José Geraldo de Souza Jr., emérito e honorável professor
da UNB na CPI sobre MST à deputada federal extrema-direita nazifascista
caroline de toni, um ser desprovido de inteligência. O professor José Geraldo do
alto de sua imensa elegância e bondade respondeu à deputada bolsonazifascista assim:
"(...) os indígenas, quando
Colombo chegou não viram as caravelas, não viriam. Elas estavam lá fundeadas,
mas não havia cognição para poder representar cerebralmente uma imagem que era
absolutamente incompatível com o quadro mental de uma cultura que, é, não tinha
elementos para visualizar. (...) a gente só vê o que tem cognição para ver. Eu
não tenho como discutir com a deputada [Chelsea] porque sua visão de mundo, a
sua percepção ou cosmovisão só lhe permite ver o que a senhora tem na sua cognição.
Então a senhora vai ver não é o que existe, mas o que a senhora recorta da
realidade. A realidade é recortada por um processo cognitivo de
historialização.”9
Dear Chelsea, esta é a resposta que lhe cabe, pois você se propôs a
entender, descobrir qual o problema dos pretos e chegou chegando no maior salto
alto, chutando a porta, montada no seu processo cognitivo atrofiado pelo privilégio
branco, mas quer ajudar os brancos a compreender o desprivilégio preto:
“Quero falar dos brancos. Digam o que acham dos brancos neste ramo.
Acham que é uma vantagem ser branco?”
É constrangedor, mas o casal preto explica a “via crucis” que os pretos
fazem para serem comediantes. Preto tem que ter QI: Quem Indica, dá aval, ajuda
para que consigam um teste na indústria do entretenimento.
“Vou falar uma coisa - começa o comediante - Acho que há diferentes “versões
da pessoa branca, alguns brancos” Ele é interrompido por Chelsea a sabe-tudo: “privilégio
branco.” Ele continua a aula: privilégio branco, mas estamos falando dos brancos
em geral...Eu diria que temos alguns brancos no entretenimento que não tem
consciência de certas oportunidades que são mais fáceis para eles...”
“Estas pessoas precisam entender, especialmente pessoas brancas, que
vocês sabem de onde vem, qual a sua História. Sabe para onde vão porque sabem
de onde vieram”.
Senta que lá vem aula, a tragédia das pessoas de pele preta nos Estados
Unidos.
“Nós não sabemos. Temos que fazer teste de DNA para saber de onde viemos
e ainda não saberemos se somos parentes de reis, rainhas ou se fomos camponeses
(...) Vocês sabem, é o privilegio que vocês tem.”
Só por estas falas do casal de comediantes, da moça, todo o resto do
documentário precisa ser assistido.
***
SEGUNDA ESTAÇÃO: HELLO PRIVILEGE, IT’S ME, CHELSEA.
(Continua)
Fonte
1. MARX, Karl; ENGELS, F. A ideologia alemã [I - Feuerbach] .São Paulo:
editora HUCITEC, 1999.
2. Sobre privilégio branco significado vou me apropriar de fala de uma entrevistada do documentário de Chelsea Hander: privilégio branco é o desprivilégio do preto.
3. HELLO PRIVILEGE. It’s me,
Chelsea. https://www.netflix.com/watch/80244973?trackId=14170286&tctx=2%2C5%2Cea81e7d6-29c6-462b-b647-e0ced8381d55-514565274%2CNES_BC624FC9AFEA6A7A36A2F4BF1CC24D-B9F225DDE3A711-304ABC9FC3_p_1706178758041%2CNES_BC624FC9AFEA6A7A36A2F4BF1CC24D_p_1706178758041%2C%2C%2C%2C80244973%2CVideo%3A80244973%2CminiDpPlayButton
4. DORHET, Brian. Radicals for Capitalism. A freeweeling History
of the Modern american Libertarian Moviment. 2007, e-book. Recomendo
leitura.
5. WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.
Recomendo leitura
6. GONÇALVES, Ana Maria. Um defeito de Cor. São Paulo: Editora Record,
2006
7. Sobre essa História dos Estados Unidos da América recomendo
documentários Netflix: AMEND: The Figth for América https://www.netflix.com/watch/; STAMPED FROM THE BEGINNING https://www.netflix.com/watch/
8. SOUZA, Jessé. Como o racismo construiu o Brasil. Rio de Janeiro:
Estação Brasil, 2021. e-book
9. CPI sobre o MST- Comissão parlamentar de inquérito contra o Movimento
dos Trabalhadores Sem Terra.
https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-temporarias/parlamentar-de-inquerito/57a-legislatura/cpi-sobre-o-movimento-dos-trabalhadores-sem-terra-mst
sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
BRASIL. ORDEM MUNDIAL LIFESTYLE R$1,99
ORDEM MUNDIAL $1,99: O PRINCÍPIO BÁSICO DA ECONOMIA CAPITALISTA
Lucro máximo com o mínimo de gastos! Uma aula no mundo real aplicada ao “primeiro mundo ou economias capitalistas do centro” e no “terceiro mundo ou periferia (resto do mundo)”, Brasil incluso, por ninguém menos que a China! Hã?
Resultados da transnacionalização: A transnacionalização da economia e da produção industrial provocou uma dependência maior dos países para com as nações mais ricas. Os espaços econômicos nacionais foram modificados, de acordo com os interesses das empresas multinacionais. Isso causou uma revolução na economia mundial e trouxe certa instabilidade para os sistemas de produção local. De forma resumida, é possível dizer que o processo gerou uma internacionalização da produção capitalista. O surgimento deste espaço econômico mundial resultou na internacionalização do capital. Neste contexto, os Estados Unidos, os países da Europa, o Japão e algumas outras nações foram bastante beneficiados. A transnacionalização também serviu para consolidar o poder norte-americano no mundo. Em suma, a transnacionalização atingiu o capital, a estrutura geográfica, a economia e, consequentemente, a vida das pessoas. O processo de transnacionalização do capital alterou também todo o contexto trabalhista."http://www.grupoescolar.com/pesquisa/transnacionalizacao.html
iniciaram uma guerra armamentista (arsenal atômico) e corrida espacial, ordenando, cada um e cada qual, o seu espaço mundial. É guerra...fria!1
"Quem ocupar um território também imporá sobre sobre ele o seu próprio sistema social. Todos imporão seus sistemas até o ponto que seus exércitos alcançarem. As coisas não podem se dar de outra maneira."2 Stálin impôs o sistema de Moscou por toda a Europa Oriental a partir de 1945. A Alemanha foi dividida em duas por um muro em Berlin.
A entrada de "novos players" na competição pelo mercado mundial jogou por terra as altíssimas taxas de lucro dando um fim a "era de ouro do capitalismo" ainda ali no final dos anos Cinquenta e seguintes! O Século ficou curto, nas palavras de Eric Hobsbawm! Como recuperar os altos lucros novamente? Existe uma “lei” e foi destrinchada por Karl Marx no volume 1 de “O Capital. Crítica da economia política”.3 Traduzida neste texto como simplório recurso didático; o lucro vem da "composição/combinação" de duas variáveis: mais-valia absoluta (exploração da mão-de-obra) e mais valia relativa (maquinário, inovações tecnológicas, uso da ciência na indústria). Alterando uma e outra e/ou fazendo uso simultâneo das duas os empresários conseguem manter uma taxa de lucro razoável entre os competidores que atuam ora como sócios ora como concorrentes. A queda da taxa de lucro é uma tendência e condição permanente do sistema capitalista de produção e tira o sono e enchia a vida dos empresários de pesadelos até meados dos anos Oitenta quando o capital saiu da produção e foi para a especulação financeira, mudando a face das crises "cíclicas" do sistema.
7. RIFIKIN, Jeremy. O fim dos empregos. O declínio inevitável dos níveis dos empregos e a redução da força global de trabalho.São Paulo: Makron Books, 1995.
domingo, 14 de janeiro de 2024
BRASIL. CÂNCER, EU E O ANASTROZOL
EU SOU DE CÂNCER
Marina da Silva
Canceriana
Talvez por isto, estas e outras este signo seja sina
Se eu acreditasse em horóscopo e não na Ciência.
Mas se tem uma coisa que não me cai bem em qualquer frase
Neste momento exato: eu, câncer e o anastrozol
Cuja grafia sempre está errada com S ou Z nas minhas frases e fases.
Não cabem, não caem bem estas três palavras juntas na minha vida.
Lembro do oncologista sentado em minha frente lendo tudo
sobre o medicamento, seu funcionamento no meu corpo, os objetivos e
claro os sintomas indesejáveis ou efeitos colaterais.
Era preciso assinar um protocolo autorizando o tratamento
E ali naquele momento me portei como uma criança
e dentro da cabeça meus ouvidos estavam protegidos com meus indicadores
e minha boca cantava nanãnãnã e punha a língua para fora.
Nem pedi a Deus para me proteger dos efeitos colaterais
Porque em se tratando de câncer...tem uns trem que só acontece comigo.
Fingir de surda deu certo um mês, nenhum sintoma ruim.
Mas Novembro...
O bicho pegou e o Anastrozol me achou naqueles 1% que sofrerá todos os defeitos colaterais e simultaneamente.
Eu sinto só ondas de calor. Glória!
Eu tive cansaço e dores no corpo, passou com um ano. Benção!
Eu não senti absolutamente nada! Abençoada.
Foi terrível, não aguentei e o oncologista mudou o protocolo. Livramento.
E eu: tudo junto e misturado. Muita fraqueza geral, cansaço nas pernas, dores do cara.mba, ondas de calor, péssimo humor, ideias malucas.
Finquei pé. É só no primeiro ano e se eu trocar o medicamento com certeza é lei de Murphy: se algo pode piorá, piorará!
Aí recebi dica de acupuntura e para minha surpresa melhorou tanto que larguei analgésicos, firmei nas caminhadas e aeróbicos e me aprontei para tirar uma hérnia no abdome.
Cirurgia melou, sessentei e em outubro comemorei um ano dos cinco do tratamento com Anastrozol.
Curti Natal, curti ano Novo de 2024 e...
Dia 11 de janeiro dumeidunada comecei a sentir dores abdome acima e muita rigidez ombros e pescoço e maxilares.
Uai? Que dores são estas? De onde saiu este trem?
Quatro dias de dores e voltei aos medicamentos para dor e relaxamento muscular.
É o bicho! Claro que só pode ser o Anastrozol, aposto. E é, aquele trem que só aconteci cumigo.
E agora José? Se correr o bicho pega se ficar o bicho come!
Amanhã lá vou eu para a Oncomed marcar acupuntura que deixei meio de lado desde Novembro naquela crença que depois de um ano de Anastrozol meu corpo daria conta de dores leves e ondas de calor.
Só que voltou o pacote completo de defeitos colaterais...
Força e coragem! Eu para mim mesma.
Um conselho e um aviso: se tiver muitas dores com o Anastrozol inclua sessões de acupuntura antes de largar o medicamento por outro. Se as dores persistirem então fale com seu oncologista.
Aviso: este é o meu caso, minhas reações fisiológicas ao medicamento. Cada um e cada qual tem suas próprias respostas ao medicamento. Vou persistir no medicamento e acupuntura pelo meu plano de saúde. Não sei se pelo SUS é possível fazer acupuntura. Pesquise aí na sua cidade ok?
BRASIL. "FAZ ESCURO, MAS EU CANTO"
ASSINCRONIA
Sérgio Antunes de Freitas
quarta-feira, 10 de janeiro de 2024
BRASIL. "DE NOTÍCIA E NÃO NOTÍCIA SE FAZ A CRÔNICA"
CRÔNICA DO MEIDUNADA
Marina da Silva
Foi assim...
Duas gatas travavam um diálogo de família, mãe e filha, duas
felinas.
“Agora vou sempre te acompanhar mãezinha". A Gatinha miou um miau
sério.
Dona Gata inicialmente gostou da ideia, mas passado algum
tempo, talvez uns dez nano segundos ficou encasquetada com o “sempre” e o “agora”
e como toda felina mãe se fingiu de besta e colocou-se em modo alerta.
“Aí tem coisa.” Mimiou consigo mesma. “Que trem é esse?” Que
novidade é esta?”
Se tivesse sido um daqueles: MÃEEEE! Ela já teria pulado
para cima, pelos eriçados, garras Wolverine afiadas e pronta para pular para cima e lapear o
inimigo. É o MÃE pedido de socorro.
Se o mãe fosse o mãezinha muito meloso, adocicado ela já
miava: “quanto você precisa? Pix de quanto?”
Para o mãeeeeê? Dona Gata respondia da cozinha: “Aquieta o
facho. Está quase pronto, sossega o faro.”
Dona Gata ficou mimiando daqui para ali, de lá para cá, para
cima, para baixo e para os lados, olhos enigmáticos, desconfiada e olhando a Gatinha de esguelha, oblíqua e dissimulada quiném Capitu.
“Será o Gato namorido?” Mandou um zazapis.
“Olá sogrinha, tudo bem aí, sua filha está aqui...”
Foi só para dar uma conferida, desencargo de consciência.
“Vamos mamãe!” Segunda-feira.
“Entra mãezinha!” Terça-feira. Abrindo a porta do carro.
“Mãe tô te esperando aqui embaixo!” Quarta-feira. Um zazapis
recheado de corações.
Quinta-feira. “Hoje
almoçamos juntas. ” Muito alegre.
“Mãezinha, quer um cafuné?” Domingo.
“Esta gatinha está estranhíssima.
É ruim dela me aplicar um “Tomé” e ficar de graça.” A Mama-Gata mimiava consigo
mesma tentando adivinhar o segredo escondido. E dona Gata ficou só de butuca,
pronta para o bote, encarando, disfarçando, fingindo de égua.
Na segunda-feira dona Gata saiu logo com esta:
“Você está esperando gatinhos. Alguma novidade na área? ”
“Não.” Muita segura.
Será que está doente? Dona Gata no modo Dr. Google.
Terça-feira: “Mamãe quer que te leve para fazer compras no
Sacolão?”
Dona Gata esbugalhou os olhos interrogativamente e
imperativa.
“Deixa para sexta-feira então mamãe.”
“Mas sexta? Não é o sextô com a gatarada da sua turma?”
Domingo.
O celular vibra. É o genro gatinho.
“Alô meu genro bom dia...”
“Sou eu mãezinha. Para avisar que meu celular descarregou.”
“Você está bem?”
“Ótema. Estou ligando para avisar que talvez não dê para
almoçarmos juntas. O Gatinho está doente, febre de 37.5°.”
“Beleza! Quero dizer, fica aí e cuide dele” E choveu
conselhos miados. “Fica para o próximo domingo então.” Celular no viva-voz.
O Gatinho deve ter se curado neste minuto e dado belos
saltos de alegria.
“Valeu sogrinha!”
Mais uma semana se passa.
Segunda-feira. Nada.
“Esta semana ela não me escapa!” Entra em cena Mama-gata
CSI, Law & Order, Sherlock Holmes e Agatha Christie. De terça-feira não passa. Mas
houve mudança no horário de trabalho.
"É muito coraçãozinho no zazapis para uma gatinha manhosa e
filha única." Dona Gata mimiando decidida.
Quarta-feira.
"Vamos mamãe, te levo." Um dengo só.
“Não. Quero ir sozinha, caminhando para esticar o esqueleto." Dona Gata Gatosa sex...agenária.
“Uai, vamos passar um tempo juntas?" Miou convidando.
"Um alienígena abduziu minha gatinha. Vamos fazer assim: quando eu precisar e quiser eu lhe aviso está bem?”
“Mas eu posso te levar todos os dias.”
"Vá estudar!"
“Estou estudando.”
“Vá para a academia.”
“Estou indo cedinho.”
“Vá tocar e cantar músicas.”
“OI!!!???? What the #*@FUCK is this?”
Dona Gata arqueou o
corpo como fazem todas as felinas, armou as garras, pelos eriçados e se não
estivem na rua teria se grudado no teto.
“EXEMPLAR? FILHA EXEMPLAR? De onde você tirou isto Gatinha?
Do fiofó?”
Dona Gata ficou deveras preocupada.
“Não mamãe, eu só quero a partir de agora ser uma filha exemplar.”
“Que merda você anda vendo no Tik Tok, Instagram, Telegram, Kwaai?” As nove vidas voltando no corpo dela. Mães tem duas vidas de reserva depois que redes sociais surgiram, especialmente gatas-solo e gatas-divorciadas. As redes sociais estão lotadas de bad influencers de seitas disfarçados de coach. Para dar merda é um piscar de olho.
“Eu não quero nem preciso de filha exemplar. Você é uma
filha excepcional e eu te amoooooooooooooo do jeitinho que você é. Você está na
gaterapia?”
“E a sua gatanálise mamãe?” As duas gargalhando entre
miados.
“Volta nesta sexta-feira.”
Já sei de onde você tirou esta gatolice de filha exemplar.
Lembra da Lillo & Stitch? COMPORTAMENTO EXEMPLAR. kkkkkkkk