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segunda-feira, 20 de setembro de 2021

BRAZIL: MALAMBRO É MALANDRO, CORRUPTO...

 O CORRUPTO É ...

Sérgio Antunes de Freitas

A Teoria de Lombroso, aquela que buscava relacionar as características físicas dos criminosos com seus comportamentos anti-sociais, não obteve o menor amparo científico, muitos sabem! Tivesse o indivíduo mandíbula saliente, testa pequena, nariz disforme, era um bandido em potencial. Nada mais absurdo, claro!
Porém, todos já nos deparamos com determinados estereótipos que a experiência de vida nos impregna, mediante as coincidências de imagens e fatos.
Eu, por exemplo, tenho um estereótipo particular. Acho que toda “socialite” tem cheiro de queijo (uma ilação de criança que imaginava ser uma “socialite” uma mulher cheia de jóias). Dos mais variados aromas, alguns suaves, outros doces e outros, ainda, um pouco mais acres. Para reforçar esse meu preconceito, dias atrás, escutei um “colunável” clamando por sua companheira – “Ah! Meu queijinho!”.
Há também os estereótipos de toda uma sociedade, como, atualmente, dizer que toda loira é burra. Claro que não é verdade, nem de longe. Exceto no caso das morenas que oxigenam as madeixas; aí a burrice é visível, não deixa dúvidas.
Mas, de todos os meus “preconceitos” individuais, nego-me a aceitar que um deles não seja a mais pura das verdades. Com minha experiência de vida, que não é pouca, meu razoável senso de observação do comportamento social e outras informações ainda não catalogadas de forma acadêmica, posso afirmar categoricamente o seguinte postulado: “Todo corrupto é corno”.
Por favor, o inverso não é verdadeiro! O corno tradicional, geralmente, é vítima da fatalidade dos amores ou das paixões que, muitas vezes, vêm temperados com as mais requintadas crueldades que o romantismo oferece. Mesmo traído, o vitimado mantém sua dignidade, quando não apela para a violência nem toma uma atitude... vamos dizer... mais mansa.
Já o corrupto é rasteiro! Furta covardemente os recursos que se destinariam a salvar vidas de crianças, para satisfazer seus mais mesquinhos sonhos de consumo. Alega que rouba dinheiro, mas o de um governo ladrão. Sabe muito bem o dissimulado que o dinheiro é do povo, quem rouba é o corrupto. O governo é abstrato, não tem dinheiro, nem rouba. Aliás, nunca foi tão abstrato!
Minha afirmação tem procedência. Moro em Brasília e estou acostumado a ver corruptos de todos os rincões do país acompanhados de suas fiéis escudeiras. Com meia hora de conversa, percebe-se que ela pode até ser uma excelente escudeira, mas...
Gostaria que um antropólogo se debruçasse sobre a matéria para tentar explicar essa minha tese. Talvez concluísse que, ao se dedicar mais às conversas com os seus pares, passivos e ativos, o objeto de estudo termine por esquecer da mulher, que acaba caindo inocentemente nos braços de um cavalheiro mais honesto.
Ou, pensando de forma filosófica, talvez as mulheres, movidas pelos seus mais profundos instintos maternos, ou de perpetuação da espécie, ao perceber que seus machos colocam em risco a vida de filhotes de suas semelhantes, impõem-lhes o castigo que têm à mão. Rapazes! Não menosprezem as meninas!
Confirmada a tese, nenhuma vantagem seria trazida à sociedade, mas ficaria o prazer: quando ouvíssemos confirmar, em rede de televisão, que determinado político é corrupto, poderíamos, em coro, nacionalmente, complementar.... “e cooooooooorno”.
Sérgio Antunes de Freitas
18 de outubro de 2002

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