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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

BRAZIL: ETERNA...política.

ROMA ETERNA

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Sérgio Antunes de Freitas

Na taverna, conversavam alguns patrícios, ou seja, homens das mais altas castas da Roma Antiga.
- Caio Marcus, ainda bem que reduziram o número de senadores! Afora os milhares de aureus que eles recebem do Império, ainda cobram de seus apoiadores para a aprovação das leis. Com trezentos senadores, a coisa fugia do controle de qualquer um!
- Cneu Augustus, esses sessenta senadores vão se mancomunar e dominar os cofres públicos. Se quiserem, arrancam o Imperador do trono e o enviam para a Mesopotâmia.
- Tinham mais é que arrancar esse traste do trono e colocá-lo para lutar com os leões. Que ódio eu tenho desse déspota!
- Boa lembrança, Domício Frates! No domingo vai ter UFC no coliseu. O africano disse que vai arrancar a cabeça do Gigante Germânico. Eu não perco por nada, Já comprei minha entrada por setenta sestércios. Primeira fila!
- Não, Cneu Augustus! Para mim, essas coisas de bárbaros não interessam. Vou à corrida de bigas. Faço parte da torcida organizada do Messalla! No domingo de manhã, ele vai sair na “pole position” e vai faturar mais uma coroa de louros. E se não faturar, nós vamos matar pelo menos um da torcida adversária.
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- Por falar nisso, Cneu Augustus, você viu a biga para oito cavalos que lançaram no templo de Diana? Air bag, freios ABS, câmbio semi-automático. Bancos de couro, imagina?
- E o que adianta os oito cavalos, se o Imperador quer reduzir a velocidade na Via Ápia? Vai colocar uma espécie de quebra-molas. Diz que morre muita gente atropelada pelas carruagens ligeiras.
- Pura mentira! Só morrem escravos!
- É, mas faz uma sujeira danada! Aí, vem outros escravos para limpar o chão e também são atropelados. Mais sujeira no chão!
- Pior, Caio Marcus, o Imperador quer fazer uma faixa só para pedestres e liteiras!
- Oras, eu sou favorável! Afinal, tenho uma liteira com quatro escravos importados!
- Caio Marcus, deixa de ser franciscano e compra logo uma biga dois ponto zero. Você vai ver o tanto de plebeias querendo dar uma voltinha.
- Que isso, Domício Frates! Meu negócio são as lobas das termas de Pompéia. E, agora, chegaram umas gregas novinhas. Só filé! Pago oito taças de vinho por programa, mas fico feliz!
- Vinho falerniano?
- Claro que não! Dou posca com mel. Vinho do rio Rhône, elas jamais colocarão na língua. Não com meus denários!
- Olhem só! Nosso amigo, Alecto Megencius, tomou muito vinho ou dormiu de cansado. Acorda, centurião!
- Eu não estou dormindo, Cneu Augustus, estava apenas pensando como será Roma no futuro, lá pelo terceiro milênio da era cristã!
- Dizem os oráculos que haverá bigas voadoras? Acho que só se descobrirem cavalos com asas lá pelo oriente.
- Acho que existirão estradas com pedras até a Gália!
- Que isso? Quem é que vai querer ir pra lá?
- Talvez não existam senadores, pelo menos, com as grandes vantagens áureas dos atuais!
www.google.com.br/images. Parlamento italiano.

- Eu acredito que os circus sempre existirão. Afinal, a arte não pode morrer!
- E todos poderão ter escravos importados.
- Lá vem o Lúcio Lúcidus com sua mania de igualdade entre as castas superiores! Parece até um arruaceiro que foi crucificado em Jerusalém. Vamos, diga lá, como você pensa que será.
- Não sei, mas acho que o comportamento humano poderá ser muito mais evoluído.
- Claro que será, Lúcio Lúcidus! Nunca ouvi algo tão óbvio!
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Sérgio Antunes de Freitas
17 de setembro de 2015

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

BRAZIL: A CORRUPÇÃO DO LEITE

O BATISMO DO LEITE*
Marina da Silva


Não se assuste! Não é assunto de religião e batismo aqui não é o rito religioso de aceitação da fé cristã. O batismo do qual falo é o mesmo que falsificação, adulteração de mercadorias.
O leite sempre foi batizado e muitos acreditavam religiosamente, que somente com água. Batizar um produto é, além de abusar da fé do consumidor, uma fraude para conseguir lucros cada vez maiores.
Assim como o batismo cristão é um ritual histórico instituído por João Batista, o profeta que batizou Jesus nas águas do rio Jordão, o batismo como falsificação, adulteração de produtos pode ser rastreado em tempos remotos, especialmente ligados ao surgimento, ascensão e estabelecimento definitivo do modo de produção capitalista.
O batismo não ocorre somente em tempo de vacas magras, mas principalmente com o aumento da competição e não se prende somente ao leite, mas ao “pão, vinho e a hóstia sagrada”.
Chevalier, químico francês, citado por Marx em O Capital (1998:289), relata processos de adulteração de mercadorias: “Para o açúcar, há l6 métodos de falsificação; para o azeite de oliva, 9; para a manteiga, 10; para o sal, 12; para o leite, 19; para o pão, 20; para aguardente, 23; para a farinha, 24; para o chocolate, 28; para o vinho, 30; para o café, 32 etc. Nem mesmo o bom Deus escapa dos falsificadores”.
O recente batismo do leite descoberto pela polícia federal na Operação Ouro Branco (outubro/2007), em cooperativas do estado de Minas Gerais, maior produtor de leite do Brasil; e que deixou graves suspeitas sobre toda a linha de produção láctea no país, é apenas mais um processo de falsificação entre milhares de outros que sofrem os laticínios. Soda cáustica, água oxigenada são apenas substâncias da fórmula de fazer dinheiro fácil ainda no balde batismal, desrespeitando e abusando da boa fé e principalmente da impotência do consumidor.
Tudo o que é verdadeiro pode e é falsificado: alimentos, bebidas, produtos de limpeza, de beleza, remédios, drogas, roupas, calçados, jóias, CD’s, DVD’s, livros, brinquedos, os selos de inspeção e fiscalização dos órgãos do governo, carteira de motorista, diplomas do prezinho ao doutorado, informação.
Adulteração, falsificação, contrabando, pirataria, saem das fábricas e povoam os lares e as relações humanas numa prostituição inimaginável no século XXI. Pode-se resistir a uma ou outra falseta, mas não a avalanche que tomou conta do mundo atual, onde a produção de mercadorias cada vez mais se vale de ações ilegais, corruptas, fraudulentas, formas precárias e desumanas de trabalho e muito do trabalho escravo de adultos, jovens, crianças de ambos os sexos.
Rascunho este texto com caneta e caderno made in China, uso roupas suspeitas de trabalho escravo em confecções de São Paulo e enquanto digito o computador me alerta que meu software pode ser pirata. Mais grave, no entanto, foi ver na TV o deputado federal mais votado na última eleição, Paulo Maluf, do alto plenário, defender com extremo fervor e santidade o contrabando e a pirataria, visando tornar constitucional a ilegalidade, a imoralidade.
A ênfase dada ao vale tudo na contemporaneidade, a fúria na busca das melhores vantagens comparativas (matérias-primas, mão-de-obra barata, isenção fiscal e outras benesses), a destruição impiedosa da concorrência na luta pelos mercados, mudam não somente o significado e a forma de produção de mercadorias como afetam as relações sociais de trabalho, a vida do trabalhador (caráter, personalidade) e da sociedade em geral invertendo os valores éticos, morais, humanos, etc e tal.

*Publicado no Jornal Estado de Minas. 2007. Caderno Opinião.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

BRAZIL:"Rico ordena; pobre, convida."

RUMOREJANDO

http://rimasprimas.blogspot.com.br/

PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I
Deu na mídia, mais precisamente no site do Estadão: “Dilma tira poderes
de comandantes militares”. Isso que se chama, numa época que antecedeu 
o desfile militar de 7 de setembro, quando se comemora a Independência 
do Brasil, exemplo de cutucar a onça com vara curta. Vige!
Constatação II
Quando o obcecado convencido leu na mídia, num dia de Natal que:
 “Nem só quem recebe ajuda se beneficia. A solidariedade também 
torna a vida de quem doa melhor e mais saudável”, agregou, de imediato,
 a frase ao seu repertório de eventuais cantadas, ainda que sempre 
apregoasse, a quem quisesse ouvir, que quem recebia as cantadas era 
sempre ele.
Constatação III
Não se pode confundir alusão com alazão, que o Houaiss define
como “que ou o que tem o pêlo cor de canela, com uma tonalidade
 simultaneamente castanha e avermelhada (diz-se de cavalo)”, até
 porque se um jogador de futebol entra no adversário com violência
e a torcida grita que ele é um cavalo, não se trata de uma alusão à 
cor do jogador, do uniforme, mas sim da maneira como o tal jogador
 deu a entrada. No entanto, cavalo, cachorro e outros mamíferos são
 mais gente do que muita gente. O xingamento, portanto, não se 
justifica com tal epíteto. Basta escutar os noticiários...
Constatação IV (Eufemística).
Quando ela se sentiu
Escorçada,
Espoliada,
Despojada
Enxovalhada
Na mesma hora partiu,
Deixando então o companheiro
De tantos anos grande parceiro
Com cara de quem, fatalmente,
Iria ficar
Com vontade de sentar
E totalmente
Atoleimado,
Tão-somente.
Coitado!
Constatação V
Quem nunca escutou a milonga dos nossos hermanos argentinos – 
rivalidades futebolísticas a parte –, chamada Taquito Militar
não sabe o que está perdendo. Tenho mercosulamente dito.
Constatação VI (De uma dúvida crucial).
Língua de trapo fica puída?
Constatação VII (De outra dúvida, mas não necessariamente crucial).
É a fada que, quando se sente enfadada, vai escutar um fado?
Constatação VIII (De uma terceira dúvida crucial).
A acromegalia é, segundo o dicionário Houaiss, “doença crônica
 provocada por uma disfunção da glândula pituitária e que se
 caracteriza pelo crescimento anormal das extremidades do corpo
 (mãos, pés, rosto)”. Será que certos governantes, deputados e 
senadores têm esse problema nos pés e nas mãos, já que costumam
 meter os pés pelas mãos, mormente quando metem as mãos crescidas
 no jarro?
Constatação IX
Beto da Querência (de Querência do Norte, Noroeste do Paraná) cantor 
e compositor. Guardem este nome porque, sem dúvida vai estourar, com 
sucesso, o lançamento do seu primeiro CD. Não esqueçam o nome: 
Beto da Querência.
Constatação X (Patriotismo ufanista utópico).
Naquele mastro acolá
A bandeira
Do meu time,
O Paraná,
Tremula com languidez,
Mostrando sua altivez,
Sempre faceira,
Sempre altaneira,
Numa liderança
Assaz sublime.
Pendão da esperança
Como a brasileira
Constatação XI (De venais, nem falar).
Quem é esquisito acha que outros é que são; quem é imbecil 
acha que os outros é que são; quem é político faz o que faz 
porque sim e tá acabado. O que não impede que sejam esquisitos
 e imbecis.
Constatação XII
Em certos países, o roubo, em função do tipo, quantidade, número
 de eventos e valores, já virou profissão em vários níveis...
Constatação XIII
Quando o ouriço chegou tarde a casa a ouriça ficou toda ouriçada
 e gritou: “Você é um espinho no meu pobre e desvalido coração”.
Constatação XIV (Pimenta no .........dos outros não arde)
 [Rumorejando, como democrata que sempre procurou ser, 
deixou o espaço acima para que o leitor escolha em qual parte
 do corpo a pimenta deva ser colocada].
Deu na mídia: “Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anuncia primeiras
 medidas após rebaixamento do grau de investimento do Brasil. J
oaquim Levy diz que resposta ao rebaixamento deve vir do corte de gastos
 e aumento das receitas. Segundo ele, brasileiros devem ver alta de impostos
 como "investimento" para retomada do crescimento”. Anteriormente, o
 economista Armínio Fraga declarou que “o salário mínimo no Brasil está alto”. 
Com relação ao fato de que também deu na mídia, mais precisamente no Estadão: “Brasil registra uma tentativa de fraude a cada 17,2 segundos no mês de junho”,
 nenhum dos dois economistas se pronunciou. Tampouco com relação ao corte
 dos altos salários de deputados, senadores, vereadores, ministros, juízes, desembargadores, lucros dos bancos que continuam apenas nos 27, 5% de alíquota
 de imposto de renda, como a classe média também paga, nada foi abordado.
Constatação XV
Não se pode confundir draga, que em algumas regiões do Brasil quer dizer
 arma de fogo, revólver com droga, muito embora exista uma relação 
biunívoca entre as duas palavras, tendo em vista o uso, cada vez mais 
arraigado em nosso país, da primeira para obter a segunda... A recíproca
 é como é e tá acabado. Tenho democrática e simpaticamente dito.
Constatação XVI (E como poetava outro obcecado, eternamente
 pendente no Serviço de Proteção ao Crédito – Seproc e que nada
 tem a ver com o obcecado da “Constatação II”):
“Cada vez que eu vejo ou antevejo,
Mulher, indubitavelmente, tremenda,
Pela atenção do marido esquecida,
Fico imaginando dar-lhe um beijo,
Como se fosse uma dívida vencida
E, inclusive, como uma vincenda”.
Constatação XVII
Quando o matemático leu na mídia, mais precisamente no site 
da Gazeta do Povo: “Ruim de voto e sem apelo popular, enigmático 
Michel Temer cresce com crise”, comentou incontinente de
 maneira concisa: “Inversamente proporcional”.
Constatação XVIII (Subsídios para a canção dos componentes
 do Congresso de certos impolutos países).
Nós, os bravos congressistas,
Não pactuamos com fascistas.
Tampouco somos anarquistas.
Só somos excelentes artistas.

Fábula Confabulada (Indigna do guru Millôr).
Havia uma vez nas cercanias de Shaoshan, não longe de Changsha e 
de Chonqing, entre Guiyang e Chengdu por um caminho que vai em
 direção ao rio Yang-Tsé, contornando Leshan um chinês de nome 
Shway Neh Ray. O sonho dele era visitar um país, do outro lado do 
mundo, chamado Brasil. A passagem custava muito caro o que fazia
 com que ele protelasse a cada novo ano a realização do seu sonho.
 Quando começou a abertura da economia chinesa, Shway Neh Ray
 iniciou uma criação de porcos, usando métodos desenvolvidos por
 técnicos chineses, inclusive com tratamentos dos ditos com acupuntura 
e ervas. A mulher de Shway, Shte Keh Wen, colaborava no orçamento
 familiar, dedicando-se a costuras, principalmente na reforma, ampliação
 e redução de vestidos em função de necessidade e/ou do grau das 
vaidades de cada freguesa. O negócio começou a prosperar e a realização
 do sonho começou a se aproximar da factibilidade, como Shte Keh Wen
 gostava de se expressar, usando palavras mais ou menos sofisticadas.
 Aí, ela, que passara todo o tempo economizando tostão por tostão, quer
 dizer li por li sugeriu que ambos passassem por Paris, a fim de ela
 também realizar o seu – dela – sonho. A criação de porcos ficaria a
 cargo do filho do casal, Peh Tcha Tek, que já tinha idade pra dar conta
 de tais tipos de tarefas. E assim foi. Em Paris, visitaram o que os turistas
 costumam visitar: Museus, Monumentos, Jardins, como o de Luxemburgo,
 Torre Eifel, Notre Dame, Palais Royal, Sacre Coeur e passearam de barco
 pelo rio Sena; comeram queijos e tomaram vinhos. Enfim, procuraram 
ver o máximo e o que o dinheiro permitia. Finalmente embarcaram para o
 Brasil. Outro grande sonho. Shway Neh Ray havia comprado, ainda na 
China, entrada para assistirem o desfile de carnaval no Rio de Janeiro e 
chegaram bem no dia do desfile das escolas de samba. E, claro, outras 
visitas turísticas. A companhia de turismo, lançando mão de seguranças, 
cuidava deles e de outros turistas de outros países. O casal não entendia
 exatamente por quais razões, o que ninguém se preocupou em explicar
 a presença dos tais seguranças, por achar arriscado criar medo e atrapalhar 
a vinda de outros turistas, estragando o seu negócio. Mas isto já é outra história 
que, nesse momento absolutamente não vem ao caso. Quando retornaram 
para sua casa ameaçaram amigos, parentes e vizinhos para verem as fotos
 que haviam tirado nos dois países que, coitados, educadamente, acederam 
ao convite. Cada um do casal anfitrião dissertou suas impressões com relação
 aos países visitados. Ele alegou, entre outras considerações, que não havia 
gostado de Paris porque havia muito cachorro e gato, fazendo o que faziam
 nas calçadas e que aquilo não era exatamente o que ele gostaria de ver;
 Por outro lado (qual lado?), ela não havia gostado do Brasil porque parecia
 que todas as mulheres só se preocupavam em chamar a atenção para seus
 respectivos peitos e bundas. E que não era aquilo que ela queria ver. 
As opiniões dos convivas se dividiram o que redundou numa polêmica 
que se arrastou pela madrugada adentro, mas isso também já é outra história, 
o que, analogamente à anterior, obviamente, não vem para o caso no presente
 momento. Quem ficou interessadíssimo no Brasil foi Peh Tcha Tek, o filho 
adolescente do casal.
Moral I: O pior cego é aquele que não vê o que não quer e só quer ver o que quer.
Moral II: Quando se discorre sobre um assunto há que se despertar o interesse nas pessoas, seja ele qual for.
Moral III: Peito e bunda feminina não são somente de interesse de determinado país, chamado Brasil. São de interesse geral.

RICOS & POBRES

Constatação I
Rico engole caviar com champanhe veuve cliquot; pobre, sapos.
Constatação II
Rico tem expectativa; pobre, ansiedade.
Constatação III
Rico ordena; pobre, convida.
Constatação IV
Rico é adepto do erotismo; pobre, da pornografia.
Constatação V
Rico é convidado; pobre, coagido.
Constatação VI
Rico borrifa as flores; pobre espirra em cima dos outros.
Constatação VII
Rico, nas suas convicções, é dogmático; pobre tem que ser pragmático.
Constatação VIII
Rico faz ‘selfie’ ao lado da Torre Eiffel; pobre se olha no espelho da sua casa.
Constatação IX
Rico realiza os seus sonhos; pobre se ferra para realizar os sonhos dos ricos.
Constatação X
Rico é rechonchudo; pobre, é inchado.


terça-feira, 15 de setembro de 2015

BRAZIL TERCEIRIZADO: MUNDO DO TRABALHO LIFESTYLE $1,99

TERCEIRIZAÇÃO
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www.google.com.br/images. Coco Chanel (1883-1971)
“A moda não é algo presente apenas nas roupas. A moda está no céu, nas ruas, a moda tem a ver com idéias, a forma como vivemos, o que está acontecendo.” 

Marina da Silva

 Coco Chanel, um ícone da alta costura, famosa pelo estilo, elegância e posturas inovadoras, voltou de sua visita aos Estados Unidos, impressionada com o mundo novo, onde lindas mocinhas davam notícias trágicas sem jamais desmanchar os largos e belos sorrisos. 
E me senti assim em meados dos anos noventa, final do século XX, tal qual Coco Chanel, só que enojada, ao assistir a lavagem cerebral global dando força à terceirização [sinônimo de precarização],numa série de reportagens sobre todas as maravilhas que a terceirização de serviços  viria e estava proporcionando às grandes empresas no Brasil, entre elas, a desoneração dos encargos sociais sobre os trabalhadores, o tal custo Brasil. 


"Essa nova modalidade de prestação de serviços é chamada por Pochmann de "superterceirização". De acordo com números divulgados pelo economista, em 1985, apenas 2,9% dos trabalhadores das empresas de terceirização se encaixavam nesse perfil. Em 2005, o número subiu para 41,9%. "O crescimento em larga escala em tão pouco tempo é um fenômeno inédito", considera o economista. A diminuição na média de trabalhadores empregados nas empresas que prestam serviços terceirizados também reflete o fenômeno. Em 1985, essas companhias empregavam, em média, 235 pessoas. Em 1995, o número caiu para 74, e hoje está em 67. Segundo Pochmann, ex-secretário de Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade do Município de São Paulo, isso mostra o crescimento no número de empreendimentos menores, que prestam serviços mais especializados, em geral associados à atividade-fim da empresa para a qual trabalham. As prestadoras de serviços básicos, como segurança e limpeza, costumam empregar mais pessoas.
"http://reporterbrasil.org.br/2007/04/estudo-revela-explosao-da-superterceirizacao/
 
www.google.com.br/images.  No serviço público, geralmente, um(a) trabalhador(a) terceirizado(a) recebe em média 1/5 do salário sem gratificações dos trabalhadores efetivos.

"É um ganho de mão-dupla"- alardeavam, tanto para as grandes como para as sub-contratadas, que não têm lá assim um grande compromisso com os tais encargos sociais, haja vista, o aumento no número de processos e reclamações trabalhistas, que, alguns espertalhões obtusos, tentaram nos impor como a falência do Judiciário trabalhista; quando na verdade, queriam colocar um véu na selvagem exploração do trabalho que vem ocorrendo no capitalismo flexível, globalizado, nome dado à atual fase de acumulação de capitais. 
O  ex-casal vinte do Jornal Nacional (William Bonner e Fátima Bernades) merecia 100, tanto pelo bacharelado em culto e louvor, quanto pelo doutoramento em adoração e missão _ cumpridas com belos e largos sorrisos. Como prêmios, Fátima ganhou um Encontro, programa matinal chulo e o posto de  apresentadora mais mal vestida e baranga da tevê brasileira (dado por mim pelo modelito do dia 14-09-2015)!
www.google.com.br/images. "Helder Santos Amorim e Luís Camargo são, respectivamente, procurador do Trabalho em Minas Gerais e procurador-geral do Trabalho e professor no Centro Universitário Iesb, em Brasília."

 Se jogarmos fora o véu, ou melhor, a burca, termo mais apropriado, o que fica exposto em carne viva, é o alto grau de exploração do trabalho nas relações com empresas terceirizadas, destaque para a exploração da mão-de-obra feminina; sinônimo de baixos salários, condições insalubres, precárias, pouca ou nenhuma proteção social, jornadas longas, aumento do número de acidentes no trabalho, etc. 
Embora o brilhantismo dos atores do "jornalismo nobre" busque repassar à população outra ideia, o que vem ocorrendo no mundo é: empresas de primeira usando empresas de segunda exploram de forma cada vez mais desumana homens, mulheres e até crianças, transformando-os em seres de terceira com uma qualidade de vida de quinta categoria. Se levarmos em conta, dados recentes do IBGE, apresentados com muito charme e elegância pelas mesmas bocas, como: os negros (inclusos pardos e mestiços) recebem menos que os brancos e as mulheres menos que os homens, então a precarização do trabalho é muitíssimo pior do que se possa imaginar ou do que os sorrisos consigam esconder.
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www.google.com.br/images. Moda genérica, Lifestyle 1.99, baranga. Livrai-nos todos nós.Amém!