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sábado, 17 de janeiro de 2015

BRAZIL: CPMF ROUBO INSTITUCIONALIZADO!

CPMF

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Marina da Silva

Nascida IPMF- Imposto Provisório sobre Movimentações Financeiras através de uma emenda constitucional em julho de 1993- governo FHC- e com prazo de extinção para o mesmo ano em que entrou em vigor, 1994, subtraía 0,25% em todas movimentações financeiras e ficou nacionalmente conhecida como o “imposto do cheque”.
Em 1996, ressurgiu travestida de “Contribuição” provisória – lei 9311/96 cheia de boas intenções e tinha belos objetivos: sacar 0,2% de todas as movimentações financeiras e aplicá-los totalmente na saúde. Até doutor Jatene, um dos idealizadores do imposto, acreditou!

www.google.com.br/imagess

Em junho de 1999, atendendo pelo nome CPMF, uma contribuição teoricamente provisória, além de não diminuir ou expirar, ganhou fôlego e passou a garfar 0,38% sendo prorrogada até 2002. 
Além da farsa da destinação para a saúde, a contribuição prolongava-se permanentemente para combater a pobreza no país, que não é pouca e de quebra salvar a Previdência Social, que, diga-se de passagem, tem sobras, isto mesmo, de muitos bilhões de reais anuais, dados de Denise Gentil, economista e professora do Instituto de Economia-UERJ. Em março de 2007, a economista demonstrou que a Previdência é um sistema superavitário desde 1990 e que discurso de déficit da Previdência Social não cola como antes. Não cola, mas calou a economista com a simples regra de três também conhecida como Lei de Rubens Ricupero: se os números são bons vai para os cofres se forem ruins a gente esconde, troca, inventa, cria-se novos fatores, divisores, subtraendos...
mosaico a partir de www.google.com.br/images. Déficit de ilusão de ótica.


“A Economista (PhD) Denise Gentil destroça os mitos oficiais que encobrem a realidade da Previdência Social no Brasil. Em primeiro lugar, uma gigantesca farsa contábil transforma em déficit o superávit do sistema previdenciário, que atingiu a cifra de R$ 1,2 bilhões em 2006, segundo a economista.
O superávit da Seguridade Social – que abrange a Saúde, a Assistência Social e a Previdência – foi significativamente maior: R$ 72,2 bilhões. No entanto, boa parte desse excedente vem sendo desviada para cobrir outras despesas, especialmente de ordem financeira – condena a professora e pesquisadora do Instituto de Economia da UFRJ, pelo qual concluiu sua tese de doutorado “A falsa crise da Seguridade Social no Brasil: uma análise financeira do período 1990 – 2005”.”

Em 2001 a CPMF teve uma queda de 0,8% na alíquota que não durou nem três meses, isto porque a queda, na verdade, foi um erro matemático de arredondamento: 0,38% está mais próximo de 0,4%. É uma benção, um pote de ouro no final do arco-íris!
Destinada a não passar totalmente, nem perto do Fundo Nacional de Saúde, não encher a bolsa do pobre nem da família, a danada fortificada com os bilhões residuais da Previdência serviu principalmente como moeda para jogos, negociatas e disputas político-partidárias e tudo ao vivo e a cores em TV’s, jornais, revistas.
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 Extinção em dezembro de 2007 ou prorrogação até 2011? Virou uma novela... Os municípios queriam 10%, os estados 20% e a União penava para não abrir mão de cerca de R$40 bilhões anuais nos próximos quatro anos, sonhando em gastá-los livremente na manutenção do gado e curral eleitoral de quem ganhasse as próximas eleições.
 O faturamento estava tão alto que se a saúde recebesse sua injeção de 52,6% a qual faz jus (pelo menos no papel), o SUS não mais se chamaria Sistema Único de Sofrimento nem SUSto; a Previdência sem déficit teria seus bilhões de sobras acrescidos de mais 26,3% e os pobres poderiam abrir mão da vergonhosa “bolsa-esmola”, ops, bolsa-família se até eles chegassem os 21,1% em forma de emprego, saúde, previdência social, educação, segurança, alimentação, moradia, saneamento  básico e outras bagatelas. E finalmente, todos os brasileiros sobretaxados e surrupiados num 0.38%  que cai ininterruptamente sobre qualquer realzinho todos os  dias ficariam imensamente felizes por ajudar a  construir um país para todos...ou quase! 
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Numa jogada para estender a roubalheira sobre os brasileiros, a CPMF agora atendendo pelo nome de CSS veio tentando desde   o naufrágio das negociatas 2007 voltar com duas importantes missões: a primeira foi atingida com sucesso, ou seja, dar uma cala-boca na CPI do dossiê FHC.
A segunda função, talvez a mais funesta, perpetuar a estatização da pobreza, com migalhas para a saúde, bolsa-esmola para trabalhadores pobres obrigados à violências várias, entre elas, a humilhação de não obter nem metade do salário mínimo que é uma desgraça(788 reais/2015) e rebolar literalmente entre a pobreza e a linha da miséria (70 reais)!


Mosaico a partir de www.google.com.br/images


 Apesar dos imensos esforços e apelos, inclusive do governo Lula, a CPMF foi extinta em 2007 num joguete político visto por muitos como a vitória dos cidadãos contra o Estado: “A prorrogação da CPMF foi descartada na madrugada de 13/12/2007 pelos Senadores de República – fruto da pressão da sociedade contra os males que os governos federais têm trazido à Nação. Dentre os males, o maior é o aumento contínuo da tributação. Todos nós sabemos que mais dinheiro na mão do governo federal implica em maiores corrupções, desperdícios, apadrinhamentos e outros conchavos, que não interessam à população brasileira, somente aos quadrilheiros que se assenhorearam da máquina governamental.”

Então o prazo expirou, a CPMF acabou e todos viveram felizes para sempre! O problema é que em se tratando de grana fácil e políticos corruptos o para sempre dura muitas vezes um quase nada!
www.google.com.br/images. "Lula e Dilma vão atuar por CPMF em 2011"

Novembro de 2010: nem Todos os Santos e muitos menos o dia de Finados conseguiram embotar a eleição da primeira mulher presidenta do Brasil, Dilma Rousseff quanto a provável ressurreição da CPMF! Todos os olhos, garras, bolsas, cuecas e meias da “politicalha ladrona” estavam voltados  para a recriação do “imposto do cheque” e  com a maior alíquota possível, afinal se a arrecadação com 0.38% em tempos de vacas magras era estratosférica imagina agora que o Brasil está dando certo! A maioria dos governadores eleitos, boa parte PT/PMDB/aliados quer a volta do imposto para extorquir cada vez mais os brasileiros. “Apenas seis governadores de oposição - dois do DEM e quatro do PSDB - disseram ser contra a medida. Mesmo assim, um tucano, o mineiro Antonio Anastasia, está entre os 14 que se manifestaram a favor da volta do imposto do cheque.” 

Super Lula e Dilma já estão com desculpa (abjeta) pronta: afirmam não querer o imposto, mas se os governadores querem...Poupem-nos!
Se o Brasil bate recordes de arrecadação em tudo, inclusive petrodólares dos mega campos petrolíferos e de gás natural do Pré-sal sob monopólio da Petrobras fica uma “dúvida crucial”: por que os cidadãos terão que amargar com mais um imposto que nunca chegará a Saúde (lembre-se que o SUS não faz parte da Família S: SENAI, SESC, SENAC e congêneres) se está jorrando bilhões no Brasil e saindo literalmente pelo ladrão?
OPERAÇÃO LAVA JATO E MAIS UM "MAIOR ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO DE TODOS OS TEMPOS" até vir a tona o próximo!


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De onde podem vir os recursos para a saúde num país que é a sétima potência econômica capitalista do planeta, que possui polpudo fundo soberano- bilhões em dólares, tem PIB de trilhões de doláres (mais de 2 trilhões), que cresce  mesmo nas crises (7.5% / 2010 dois anos após a Marolinha Lula na crise financeira dos Estados Unidos em 2008 e Europa 2011)), que arrecadou só com impostos mais de 1 trilhão em 2014  E TEM PETROdólares JORRANDO POR TODOS OS LADOS, MENOS PARA O POVO? O PETRÓLEO É NOSSO? 


"Paraíba deve abrir debate para retorno do CPMF em 2015

Três governadores petistas do Nordeste receberam a autorização da presidente Dilma Rousseff para articular a volta do imposto"http://portalcorreio.uol.com.br/politica/politica/governo/2014/12/01/NWS,250514,7,390,POLITICA,2193-PARAIBA-ABRIR-DEBATE-RETORNO-CPMF-2015.aspx
www.google.com.br/images. Encontro de governadores eleitos para exigir a volta da CPMF


CHEGA DE FALÁCIA QUE NINGUÉM, NA ERA DAS REDES SOCIAIS, ACREDITA MAIS! FACEBOOK NELES!COMPARTILHE!

"Osbrasileiros vêm assistindo nos últimos tempos o grave problema do mau gerenciamento de recursos públicos. Como se isso não bastasse, o Governo agora pensa em colocar na agenda de discussões no Congresso o retorno da famosa CPMF, que ninguém quer ver por aqui"http://noticias.cancaonova.com/especialista-analisa-possivel-retorno-da-cpmf/

"Dilma critica CPMF, mas defende recursos para a saúde"
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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

BRAZIL: RUMOREJANDO OS "ORÉIA SECA".

AURÍCULAS PROTRUSAS
 
www.google.com.br/images. Mestre Yoda, Guerra nas estrelas.

Sérgio Antunes de Freitas

Duílio nasceu com as orelhas apresentando protrusão maior do que o normal. Não chegava a ser orelhas de abano nem motivo forte para apelidos. Apenas um tio costumava dizer que o garoto dispunha de duas orelhas com uma cabeça entre elas. Mas a brincadeira ficava limitada aos risos da família e até do próprio alvo da chacota.
Era de bom comportamento, contudo vivia se metendo nas reinações, como se dizia antigamente, ou nas “aprontações”, como se diz hoje, dos amigos, primos e irmãos.
Assim, não chegava a levar surras de cinta de sua mãe. Apenas uns puxões de orelha poucas vezes ao mês.
Também na escola, mantinha o padrão. Não fazia coisas graves, a ponto de levar admoestações escritas ou suspensões. Mas, como na época não havia restrições aos leves castigos físicos escolares, sempre levava uns puxões de orelha das professoras e, certa vez, da diretora. Ele sempre disse que não conseguia esquecer a sensação das unhas grandes e vermelhas da mulher, cravando as cartilagens posteriores de seu orelhame, sem piedade.
 
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O bedel também usava do mesmo expediente, só com mais virilidade, suspendendo o menino até que ele ficasse nas pontas dos pés.
Uma aurícula se posicionava na esquerda superior e os olhos caiam para a direita inferior, olhando para baixo, com um ar de vesguice. E os braços balançando ao léu.
Na verdade, o Duílio não era muito estimado pela sorte!
Perto de sua casa, havia outra, com farto quintal, onde morava um homem bom. Todo ano, o homem permitia que o garoto pulasse o muro, para colher e se lambuzar com algumas mangas, daquelas perfeitas, carnudas, doces, sonhos de moleques e pássaros livres.
Mesmo que o dono não estivesse por lá no momento do banquete, usando da confiança, o Duílio se fartava e, depois, passava por lá, para agradecer o velho amigo.
Entretanto, o homem vendeu sua casa e poucos ficaram sabendo. Assim, na época das mangas de um ano, Duílio, já quase um homem feito, foi surpreendido pela polícia, chamada pelo novo proprietário do imóvel, por estar comendo suas manguinhas, encostado no tronco da frutífera.
Todos para a delegacia de polícia!
O dono da casa, indignado, repetia: - Pede que eu dou, mas não rouba, não!
Esclarecido o caso, o delegado perguntou ao proprietário se queria que lavrasse uma ocorrência.
O homem, buscando mostrar seu espírito bom, mas justo, respondeu: - Não! Dá só um puxão na orelha dele e vamos embora.
Esse fascínio que suas orelhas exerciam sobre os dedos alheios era incompreensível, mas real, principalmente quando cometia seus pequenos erros.
Já adulto, em uma cidade diferente da sua, pediu informações para um desconhecido, a fim de saber se estava na direção certa de seu destino. Quando a pessoa disse que ele estava errado, palavra forte, levou as mãos em conchas à cabeça, para proteger as orelhas.
Em outra oportunidade, mais uma vez, voltou à delegacia de polícia, por conta de um mal entendido. Foi acusado de agressão a animal, por ter pisado no rabo de um gato do açougueiro. Quase foi cortado pela peixeira ensanguentada do carniceiro.
E uma terceira, por ter derrubado a bicicleta mal estacionada pela freira do internato das moças.
 
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Nessa última ocasião, o delegado já foi acusando: - Você aqui de novo, Duílio, me dando trabalho? Mas não se emenda mesmo, né?
Algumas horas depois, o Duílio contou que, após esses comentários, o Delegado juntou suas orelhas com as mãos e torceu, como se fossem laranjas maduras.
E complementou: - Ele torceu tanto, que não deve ter sobrado nem uma gota de caldo ou sumo! Eu sentia dois bagaços pendurados na mandíbula.
Por isso, assim como os auxiliares de pedreiro, que carregam sacos de cimento na cabeça, com todas as conseqüências do produto ressecante derramado pelo corpo, foi batizado com o apelido de “Duílio oreia seca”.

Sérgio Antunes de Freitas
11 de janeiro de 2015

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

BRAZIL: RUMOREJANDO COM JOSÉ [JUCA] ZOKNER!

RUMOREJANDO

Minha foto

PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I (Ah, esse nosso vernáculo).
-“Fulano não tem vindo trabalhar. Temos que dar um chega
 pra lá nele”.-“Um chega pra lá pra que ocorra um chega pra cá?”
Constatação II
Não se pode confundir modos com modas, muito embora os jovens,
 hoje em dia, acham que dentre as muitas modas existentes não 
cumprimentar, ou dizer “com licença”, “obrigado”, “desculpe” faz 
parte dos bons modos. A recíproca não é verdadeira. Podem-se ter
 modos que não façam parte das modas vigentes, como por exemplo,
 os trabalhos em artesanato, não xingar o juiz em jogo de futebol, dar 
o passo, no transito, para o carro que quer sair da garagem ou estacionamento,
 respeitar o pedestre e assim por diante.
Constatação III
Esta estória dramatizada e rimada, que se segue, foi utilizada
 pelo professor e compositor Henrique Morozowicz, também 
chamado Henrique de Curitiba, que a transformou em uma 
ópera bufa. Quando da sua apresentação em primeira audição, 
na Capela do Santa Maria, em Curitiba, por iniciativa dos
 irmãos de Henrique,  Milena e Norton Morozowicz, com
 a intenção de homenageá-lo já que – logo em seguida a sua
 criação Henrique veio a falecer – este assim chamado escriba
 esteve presente. Chamado a dirigir algumas palavras foi possível
 externar o quanto era importante ser parceiro de Henrique, fato
 que jamais havia imaginado. Recebi dos presentes uma 
manifestação apoteótica e foram meus dois minutos de glória
 em toda a minha vida. Vamos ao texto, pois:
Destemido,
Como Don Quixote,
Ele chegou
Na assim chamada
Mansão plebeia,
De madrugada
E incontinente
Falou
Pra mulher,
Com a língua embrulhada
Tão somente:
“Minha Dulcinéia,
Minha eterna amada,
Minha dileta amiga
Torna-se mister
Que te diga
Que já está decidido
Que não quero discussão.
Tive que fazer serão.
Ponto final.
Ela não hesitou
Nem por um momento.
Assim, tal e qual,
Como um estalante chicote,
Brandiu,
No seu – dele – congote,
O rolo de macarrão
Que estava à mão
E, enquanto batia,
Com muita tecnologia
Que até parecia
Elevado conhecimento,
Contínuo treinamento,
Gritou,
Bramiu:
“Não sou moinhos de vento,
Nem sirvo pra plateia
Pra assistir
Pra engolir
Esse batom
Na camisa.
Sinto por você ojeriza,
Seu depravado,
Seu tarado”.
Coitado!
Coitada!
Coitado?
Constatação IV
Quando no dia 09 de janeiro de 2007 o obcecado leu na mídia
 que o jogador Schweinsteiger, que foi eleito no ano passado
 o homem mais bonito da Alemanha, disse “que prefere marcar
 gols a fazer sexo” cuspiu para o lado, estufou o peito e proferiu
 a seguinte frase: “Não vejo porque uma coisa tem que ser 
excludente em relação à outra. A minha maneira de fazer gol
 é assaz diferente”.
Constatação V (Colaboração do Amigo maringaense 
Edson Ferreira dos Santos).
-Rico se hospeda no hotel Deville; pobre dorme na pensão Devila*
 -Rico tem carteira da O.A.B.(Ordem dos Advogados do Brasil); 
pobre também tem carteira da O.A.B.(Organização dos
 Ambulantes do Brasil).
*Pensão em Maringá.
Constatação VI
Não se pode confundir entrar em reforma com entrar em forma,
 muito embora uma ou outra mulher quando faz uma recauchutagem
 geral, após entrar em reforma, o faz com a intenção de entrar em
 forma, no que concerne a beleza física, esquecendo-se de,
 concomitantemente, entrar em uma reforma geral.
Constatação VII
Quando se lê, na mídia, que “cozinhas de 3.200 anos foram 
encontradas no Egito”, logo vem à memória se não teria a mesma
 idade aquele inesquecível bife, do restaurante metido à besta 
– pelo preço que cobrava e pela pouca comida que servia – que,
 num esforço baldado, a gente tentou, sem conseguir, cortar com
 faca tipo serrinha.
Constatação VIII (De diálogos meio sofismáveis entre 
amigas piedosas).
-“Gertrudes, você não sabe da maior. O meu genro, que sempre 
disse ser ateu, está frequentando cultos de uma porção de 
casas de orações”.
-“E qual é a religião que ele adotou Emengardina?”
-“Ele afirma ser a dele, baseada em seguir, apenas, 
os 10 Mandamentos”.
-“Mas logo ele que, segundo você, é um mentiroso contumaz”.
-“Mas mentir não faz, especificamente, parte dos Mandamentos”.
-“Claro que faz. Faz parte daquele que diz: Não Roubarás”.
-“Como assim. O que é que tem uma coisa a ver com a outra?”
-“Mentir é roubar a verdade da palavra”.
-“Ah bom! Quer dizer, ah ruim, quer dizer...”
Constatação IX
Não se pode confundir excita com exercita, muito embora tenha 
gente que se excita enquanto se exercita. Não ficou claro que 
espécie de exercício é utilizado para atingir tal desiderato. Tão 
logo Rumorejando tenha tal imprescindível informação, dará a 
conhecer aos nossos prezados leitores, inclusive abordando o
 assunto quanto à veracidade ou não da recíproca. Obrigado
 pela compreensão.
Constatação X
Coisas que são dadas a ver no trânsito: O cidadão, normalmente 
que está com pressa em não fazer nada, pára, inclusive se atravessando
 na faixa de pedestres, um pouco mais pra frente dos outros carros
 parados e emparelhados normalmente que estão esperando abrir o
 sinal. Daí o apressadinho fica sem ângulo de visão do semáforo e
 quando acende o sinal verde só se dá conta e arranca em função do
 fluxo do tráfego, passando a costurar todo o mundo para recuperar
 o suposto atraso e, depois, repetir a mesma coisa na esquina seguinte.
Constatação XI
O septuagenário, ex-sexagenário, ex-quinquagenário, etc. elucubra:
 “como as minhas pernas não obedecem ao que o cérebro determina
 ou insta, vou, ao invés de falar mal delas, passar apenas a sugerir e
 recomendar que o façam. Talvez dê resultado”...
Constatação XII (E como, pretensiosamente, poetava o obcecado).
Quando tirei a sua calcinha,
Deu para vislumbrar
Aquela magnificência
Que mostrava no andar
Aquela malemolência.
Corada era a sua bunda,
Ou melhor, sua bundinha.
Parecia uma face
Rubicunda
Como se, volta e meia,
Apanhasse
Com uma peia.
Puxa como me senti feliz
Ao realizar um sonho
Tão acalentado,
Tão esperado,
Nada bisonho,
Como eu sempre quis.
E não me envergonho
Em confessar
Que de tanta felicidade
Diante daquela honorável,
Respeitável
Majestade
Eu me emocionei.
E, aí, eu chorei...
Constatação XIII
O ministro do Planejamento Nelson Barbosa deve ir para 
o Livro Guinness dos Recordes. Mal assumiu o seu – dele – ministério
 já começou a ser fritado. Vige!
Constatação XIV
Deu na mídia, mais precisamente no Estadão: “Guerra por 
cargos do 2º. Escalão”. Vige!
RICOS & POBRES
Constatação I
Rico é colaborador; pobre, é cúmplice.
Constatação II
Rico é refinado; pobre, é desleixado.
Constatação III
Rico é de refutar, contestar; pobre, é maria-vai-com-as-outras.
Constatação IV
Rico é convidado para um banquete; pobre vai de peru a
 um rega-bofe.
Constatação V
Rico é um paradigma; pobre, é um imoderado.
Constatação VI
Rico segue o regulamento, a lei, a ordem; pobre é um baderneiro, 
um desordeiro.
Constatação VII
Rico dança uma valsa como se estivesse levitando com seu par; 
pobre arrasta o pé num arrasta-pé.
Constatação VIII
Rico fuma cachimbo com fumo irlandês; pobre, fuma guimba.
Constatação IX
Rico vive em harmonia, em paz; pobre, em tumulto.
FÁBULA CONFABULADA (INDIGNA DO GURU MILLÔR).
Numa cidade chinesa, mais especificamente em Lhasa vivia uma 
família, cujo titular era o cidadão chamado Kal Tah Zuh Dek. 
Com a abertura chinesa ele, de um trabalho numa lavoura que era
 cultivada somente para a subsistência da família, passou a se 
dedicar a um pequeno comércio. Como ele não morava longe da
 fronteira de Burma, passou a importar e exportar, principalmente
 exportar alguns produtos que, como se sabe em todos os países do 
mundo, os produtos chineses são vendidos a um preço relativamente barato. 
Segundo os entendidos, a política chinesa é àquela de ir comendo a sopa
 pelas beiras para depois ficar com a parte principal. Isso traduzido
 pelos nominados entendidos a malévola intenção dos chineses é ir 
fazendo com que as fábricas dos países fechem por não aguentar a
 concorrência da China que paga muito mal seus operários num esquema
 que tangencia estreitamente a escravidão. Desse modo chegará o dia que
 somente a China terá produtos para fornecer aos países e, então, o preço
 será imposto por um único produtor. Mas tudo isso já é outra história e
 que agora não vem para o caso. O fato é que da proximidade da fronteira 
de Burma, Kalt Tah estendeu o seu negócio para outros países próximos 
como Nepal, Índia, a eterna disputada Bangladesh e outros pouco mais
 distantes. Já tão próspero, montou apartamento em Hong Kong e tornou-se
 um cidadão, digamos, urbano. Escusado se torna dizer que nesse crescimento
 fez parte uma variável chamada contrabando, o que é inerente a quaisquer
 fronteiras ao redor do mundo. Como a inveja também é inerente às pessoas
 ricas ou não, não faltou vizinhos que denunciaram ou se preferirem o 
delataram para as autoridades chinesas a atividade ilegal do contrabando. 
Kal Tah foi preso e passou vários dias na prisão. Em curto espaço de tempo 
foi solto e não se sabe se foi com pagamento de fiança, ou seja, lá o que for,
 como acontece em certos países, sendo que estes, deixamos de citar
 porquanto também não vem, não veio e nunca virá ao caso.
Para os amigos muito chegados Kal Tah contou que o meteram numa
 cela gelada, felizmente não na companhia de algum mau-caráter, porém
 sem uma cama. Apenas com um banco de pedra para sentar. “Vejam”, 
contou ele, “eu já estive na Oceania, lá na Groelândia; atravessei o
 Circulo Polar Ártico para ver o sol da meia-noite, na Finlândia; 
estive na cidade do Papai Noel, a Lapônia, assim que o frio nunca
 me assustou. No entanto, aquele banco de pedra vai me deixar
 in saecula saeculorum com frio na bunda”.
Os amigos acharam muita graça no relato, fingiram que entenderam
 a citação em latim e daquela data em diante apelidaram Kal Tah de 
“bunda fria”, o que se constituiu  em um fato inédito já que em 
condições normais de pressão e temperatura costuma-se chamar 
as pessoas de bunda-mole.
Moral: Não só focinho de cachorro e/ou bunda de mulher é fria. Dependendo do caso, de alguns homens também.