RUMOREJANDO
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PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I
Disse ela: “Me emocionei até as lágrimas com a festa que me fizeram os
Disse ele: “Lágrimas são salgadas. As tuas devem ser doces. Como você!
E como os teus cachorros!”
Constatação II (Homenagem ao mestre Ariano Suassuna que fez
retornar aspectos culturais da Paraíba – seu Estado Natal –
e de Pernambuco onde viveu).
Data vênia, como dizem nossos juristas, mas quem nunca escutou o Quinteto Armorial, tocado por instrumentos típicos da sua época,
não sabe o que está perdendo. Tenho, mais uma vez, dito!
Constatação III (Pequenas definições, na falta de melhores).
O comentarista de futebol é um entendido no assunto, que ele supõe ser e que se torna aprendiz de técnico, incontinente, ao analisar e
comentar um lance passado.
Constatação IV (Dúvida crucial via pseudo-haicai).
NegligenteÉ o político
Com a gente?
Constatação V (De outra dúvida crucial via pseudo-haicai).
De um jogador o maior destaqueÉ marcar um gol lá da defesa
Quando o time está sem ataque?
Constatação VI (De mais uma dúvida crucial, mas sem ser por
via pseudo-haicai).
Cunhado (a) e sogro (a) são parentes da gente por vias tortuosas?
Constatação VII (De nova dúvida crucial. Como o prezado
leitor pode constatar nem toda constatação este assim chamado escriba tem certezas e segurança nas afirmações...)
Se o vicariato é a “residência do vigário”, como afirma o dicionário Aurélio, o ‘pastoriato’ é a residência do pastor?
Constatação VIII (De complementaridade de convergências).
Inequivocamente existia sempre uma relação biunívoca perfeita entre aqueles dois: A filhada p...ce de um complementava a do outro...
Constatação IX
O obcecado
Sem os descontos,
Mais de mil pontos
Erógenos.
Aí vai que a mulher,
A dolorida,
Cansada,
Extenuada,
Toda ardida
Da. Ester
Pediu ao esculápio,
O Dr. Patrápio,
Para dar a ele
Estrógenos
Pra mantê-lo,
Com muito desvelo,
Sossegado,
Tranquilo
Para manter aquilo
Acalmado.
Coitado!
Constatação X
Quem não conheceu a Filarmônica Orquestra Show de Antonina, ramificação da Banda Musical de Antonina, cujo maestro
Denis da Silva e componentes eram e são quase garotos não sabe
o que está perdendo. Tenho modestamente dito!
Constatação XI
Poucos caixas nos bancos. Filas enormes. Lucros pornográficos. Será que os pobres dos banqueiros não ficam com consciência
pesada e consequentemente com insônia, gastrite, úlcera, depressão
e outras doenças psicossomáticas, ou não, por tais corriqueiros fatos?
Quem souber a resposta, por favor, comentários no blog. Obrigado.
Constatação XII
O cara estróina,*Metido a bamba,
Vestiu
Uma bóina**
E saiu
Por aí,
Como no samba
Da camisa amarela,
Gastando aqui e ali
O dinheiro dela.
Quando ela,
Ciente,
Informada,
Por um inimigo
Dele, do maridão,
Que já tinha sido bom,
Caiu,
Ou melhor, tombou
Doente
De tão pu, digo,
Enfezada
Que ficou.
Coitada!
*Estróina = “Extravagante, doidivanas, boêmio”.
**Bóina = “Boina”.
Constatação XIII (Quadrinha para ser recitada por quem quiser e por quem quiser escutar, preferencialmente em festa infantil).
Caminhei o dia inteiroE não cheguei a lugar algum
Era um terreno vagueiro*
Impossível brincar de trinta-e-um.
*Vagueiro = “Terreno escalvado**, em que não houve
plantações”.
**Escalvado = “árido, estéril, calvo”.
Constatação XIV (De uma quadrinha para ser recitada
no Congresso).
Quais serão os novos escândalosQue deverão estourar no país?
O que tem por aqui de vândalos
Não está escrito nem nos gibis.
em quem quer que seja, toma a liberdade de esclarecer que Vara
da Família não tem nada a ver com a vara de marmelo que muita
família adotava para impor ordem e progresso com algum filho
que não se comportasse dentro da vontade onisciente dos pais,
com ou sem razão.
Constatação XVI (E como poetava o obcecado, nada a ver
com o obcecado anterior):
“Sou um poço de sensualidade,Que quer apenas dar vazão
A minha sublime sexualidade
Sem entrar na contramão”...
Constatação XVII Alguns poucos lugares-comuns ditos por
técnicos, jogadores e comentaristas de futebol.
-O juiz nos prejudicou;-Com um carrinho daqueles de quebrar a perna do adversário,
o cara nem cartão amarelo recebeu;
-Minha expulsão foi injusta;
-Fomos vergonhosamente roubados;
-A gente dominou toda a partida, mas não transformou esse
domínio em gols;
-Eu vou dar o melhor de mim.
-O bandeirinha demorou muito para levantar a bandeira e
o juiz para apitar;
-Ele caiu dentro da área para ludibriar a arbitragem;
-O time deles é o favorito.
-Esse juiz tá na gaveta.
-Tivemos muitas chances, mas não transformamos em gols.
-Faltou mais um pouquinho de sorte.
-Aquele goleiro pegou tudo.
-Ele inventou aquele pênalti.
-Vamos levantar a cabeça;
-E, claro, a clássica: Futebol é uma caixinha de surpresas.
-Vamos trabalhar durante toda esta semana para melhorar
ainda mais o time;
-Não ganhamos nada ainda porque temos o segundo jogo na
casa do adversário;
-Com este placar elástico, os ataques sobrepujaram as defesas;
-Só o juiz não viu que o zagueiro cortou a trajetória da bola
com a mão;
-Com este placar em branco, as defesas sobrepujaram os ataques;
-O mérito não foi meu. Foi de toda a equipe;
-Com a nossa torcida nos apoiando, em nosso campo, a
história vai ser diferente;
-Eu e meus companheiros faremos tudo para proporcionar a
nossa torcida um belo espetáculo;
-Ainda que perdendo quatro jogos seguidos, o time
vem em ascensão;
-No meu entender, não foi pênalti;
-No meu entender, foi pênalti;
-Ele ainda não mostrou porque pagaram tanto pelo seu passe
e pelo seu salário.
Constatação XVIII (Nova dúvida crucial. Vige)
E já que falamos no assunto o agarramento na área, quando vai
ser batido um escanteio ou uma falta é uma questão de marcação
ou Freud explica?
investe no bumbum: 'Quero ser reconhecida indo e vindo'. Musa
do fio-dental tem se dedicado exclusivamente a malhar os glúteos
e quer ser valorizada tanto de frente quanto de costas”. Data vênia
como diriam nossos juristas, mas Rumorejando acha que eis aí mais
uma notícia de transcendental importância para o futuro da Humanidade.
Vige!
e pobre tem bunda mesmo.
Constatação XXI (Quadrinha para ser recitada no dia das eleições).
A gente fica quebrando a cabeçaPara votar em quem for o melhor
E por mais incrível que pareça
Entre todos não há algum no ror.
Demorou pacas para chegar a minha vez
Se eu me envolvesse uma tabua trigonométrica
Eu não me ficaria com tamanha desfaçatez.
Constatação XXIII (Homenagem póstuma + um pingo de biografia).
No dia 3 de abril de 1964, em pleno início de o movimento militar queredundou na ditadura, comecei a trabalhar na Companhia de Desenvolvimento do Paraná – Codepar que, mais tarde, passaria a se chamar Banco de Desenvolvimento do Paraná S.A. – Badep.
Era meu segundo emprego profissional e o ambiente era
quase que sagrado, pois a Codepar havia sido criada para
granjear recursos para a infraestrutura do Estado que estava
por fazer e também para destinar recursos à sua industrialização.
O seu corpo técnico abrigava, dentre outros, engenheiros
e economistas. No ambiente se respirava idealismo e, efetivamente, era o que mais persistia. A insegurança de minha parte, com
relação ao novo emprego, era notória e não deve ter escapado
ao engenheiro Renato Emilio Coimbra que iria para Porto Alegre
para seguir o curso da Cepal – Comissão Econômica para a
América Latina e o Caribe que “foi criada em 1948 pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas com o objetivo de incentivar
a cooperação econômica entre os seus membros. Ela é uma das cinco comissões econômicas da Organização das Nações Unidas (ONU) e possui 44 estados e oito territórios não independentes
como membros. Além dos países da América Latina e Caribe,
fazem parte da CEPAL o Canadá, França, Japão, Países Baixos, Portugal, Espanha, Reino Unido, Itália e Estados Unidos da América (transcrito da Wikipédia)”.
O então novo colega Coimbra me passou, com relativa paciência,
as tarefas com as respectivas dicas da função que eu estava herdando. Eu fiquei muito agradecido pelo tratamento recebido do Coimbra e passei a admirá-lo pela sua constante iniciativa no trabalho e fora dele. Acrescente-se a tudo isso os empréstimos de curto prazo que ele sempre atendeu a uma minha eventual solicitação...
Ao prestar, mais uma vez, minha homenagem ao Coimbra, que
lamentavelmente já faleceu, transcrevo um texto escrito por ele que
vale pela proximidade das eleições e que vale a pena ressaltar o seu
aspecto social que também era uma suas características.
ORAÇÃO DE UM MENINO POBRE.
Renato Emilio Coimbra
e as bênçãos que recebemos neste Natal. Agradecemos a todas as pessoa
s bondosas que nos mandaram comida, e brinquedos para as nossas
crianças. Nunca duvidamos da bondade que existe nos corações
dessas pessoas. Amanhã já vamos começar a rezar para que o próximo
Natal chegue logo, para podermos comer novamente, para ver novamente
o sorriso nos rostos de nossas crianças sem fome. Este ano vai ser
maravilhoso para nós, pois vamos ter eleições, que é quando os homens
olham mais para a nossa pobreza, nos dão cestas básicas, promessas de
melhora em nossas vidas, empregos, saúde. Esperamos que o Senhor
permita que aguentemos esse período até lá, que a fome e o frio não
nos vença e possamos no próximo ano estar aqui rezando mais uma
vez em agradecimento. Como é lindo o Natal, como as pessoas ficam
mais caridosas. O Natal deveria ser comemorado todos os dias e as
eleições todos os meses. Assim teríamos comida, alegria, agasalho e
saúde o ano inteiro. Obrigado Meu Deus. Abençoe todos os homens e mulheres
caridosos deste meu Brasil”. (Natal de 2003).
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