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quarta-feira, 29 de maio de 2019

BRAZIL: EM TEMPOS DE ESCOLA SEM PARTIDO

ESCOLINHA DO PROFESSOR RAIMUNDO

Marina da Silva

Só para constar escola sem partido existe...em Nárnia!
E vamos ao tema. Escolinha do professor Raimundo é a estória de uma escola "sem partido" e eu estudei nela, longos anos. Depois veio a Escolinha do Chaves, Golias, Carlos Alberto, Escolinha do Gugu, etc e tal, e todas no mesmo modus operandis.
Aí você vem me desancando logo de cara para invalidar meu texto: "Você abriu o "mimimi"  afirmando que  não existe escola sem partido e ao mesmo tempo estudou em várias delas." 
Caro leitor(a), a vida imita a arte e vice-versa e para bom entendedor...Não sou de desenhar nada para gente intelectualmente deprimida, desnutrida e/ou preguiçosa. Mate esta charada. No "pai dos burros" você encontrará o significado da palavra PARTIDO.
Voltemos...
Nunca  até então havia existido no Brasil uma escola sem partido! Desde o descobrimento em 1500, século XVI, os que para aqui vieram tinham PARTIDO!
Quem veio nessa empreitada, aventurou-se em nome e PARTIDO da Coroa Portuguesa; ocuparam, colonizaram, exploraram as riquezas, escravizaram e/ou exterminaram indígenas de diversas tribos: "Antes que o homem aqui chegasse às terras brasileiras, eram nossas matas habitadas por mais de 6 milhões de índios, proprietários felizes das terras Brasillis" 1
Portugueses em sua maioria e  católicos apostólicos romanos obrigatoriamente! A verdade é que bastava rezar o Pai nosso e  uma Ave Maria  bem decoradinhos e já se estava apto para as caravelas e...partiu novo mundo!
Empreendedores, aventureiros e conta a História, uma ralé brava veio parar no Brasil que "Por se tratar de uma ilha, deram-lhe o nome de Ilha de Vera-Cruz.2
Essa primeira e leve impressão dos "descobridores" logo foi substituída pela descoberta, a cada incursão, da abundância de terras, bichos, índios e do pau-brasil, uma riqueza imensa da mata atlântica explorada à exaustão. "Depois mudaram-lhe o nome pra terra de Santa-Cruz" e finalmente o nome que colou geral: Brasil. E tudo devido a uma madeira vermelha que abundava nestas terras. Canta o poeta na belíssima ladainha: (...) e como a Terra fosse de árvores vermelhas e se houvesse mostrado assaz gentil, deram-lhe o nome de Brasil." idem
Pau-brasil foi só o começo. A cada Entrada e Bandeira no PARTIDO e empresa própria ou no partido e empresa da Coroa portuguesa, o Brasil se tornou a joia do novo mundo cobiçada por franceses, holandeses, ingleses, enfim, por "amigos do rei", empreendedores, aventureiros, colonizadores, piratas e o diabo-a-quatro!
Ouro, diamante, esmeraldas, rubis, um imenso continente, país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza.3
"Aqui em se plantando tudo dá", são as alvíssaras de Pero Vaz de Caminha à Coroa portuguesa.4 Para dar conta da imensidão de riquezas e dos invasores foi preciso muitas lutas, aliados indígenas e força bruta contra franceses e principalmente holandeses que sentaram praça em Pernambuco e foi abocanhando o Brasil aos pedaços e no engenho da cana-de-açúcar.
"É o olho do dono que engorda o porco". Parece que os portugueses desconheciam tal ditado e foi preciso Napoleão Bonaparte  dar uma ajudinha aos portugueses que só sabiam entesourar riquezas e gastá-la com tudo o que havia de bom e melhor no mundo. Por mundo, neste período, entenda-se Inglaterra. Em 1808, a marinha de sua majestade britânica tomou partido de Portugal, sua fonte inesgotável de riquezas e de novo...partiu Brasil! Vieram para cá Dom João VI, sua esposa Carlota Joaquina, filhos, criados, puxa-sacos, enfim, a Corte portuguesa.
Acelerando a História: Napoleão perdeu a guerra, Dom João voltou para a Europa deixando aqui o príncipe regente, um galã, mulherengo, Dom Pedro I, que ao apelo do povo brasileiro disse: Diga ao povo que FICO e logo depois resolveu criar seu próprio império, com intervenção maçônica, e no grito  Independência ou Morte às margens do rio Ipiranga. "Ó meu Brasil segue avante, olha o futuro que lhe espera"5  O Brasil é o país do futuro! Eternamente deitado, castrado, amarrado pela doutrina Monroe que, antes mesmo de Dom Pedro I, o dom Pedro do Grito  gritar por Independência,  o Brasil já estava aprisionado pelos norte-americanos: À AMÉRICA, OS AMERICANOS!
Mas quem tomou mesmo partido do Brasil e dos brasileiros, não foi o pai, garanhão e sim o filho, Pedro II. Escolas, belas artes, arquitetura, parques, jardins, museus, teatros, escolas técnicas, urbanização, artes e ofícios, etc. Nobre, culto, mecenas, moderno, D. Pedro II cercou-se de mais alta inteligência, ciência, cultura, arte, um PARTIDO ALTO pelo Brasil.
Dom Pedro II foi deposto com um Coup d'État em 15 de novembro de 1889 pelos marechais republicanos que despacharam às pressas o bom velhinho e sua corte para Portugal.
De lá para cá em nome do republicanismo liberal chegamos ao século XX: república Velha,  república Nova (Vargas 1930-1936), Estado Novo - Coup d'État de Vargas (1937-1945), República Estados Unidos do Brasil ou Quarta república do Brasil (1945-1963) contra os anarquistas, socialistas, comunistas,  fascistas, nazistas, stalinistas. Hitler e Stálin merecem um livro à parte e este foi escrito por Hannah Harendt: A origem do Totalitarismo.6


***
Em 1963 eu nascia; em 31 de março de 1964 um novo golpe: ditadura militar cruel e sanguinária com suporte norte-americano. Mais de duas décadas no poder se contarmos com o "período de transição" conduzido por José Sarney [1985-1989], um dos políticos mais corruptos da História do país e que saiu às pressas da política após meio século de locupletação a partir da eclosão em 2014 da Operação Lava jato.
Quando eu nasci o mundo já estava dividido entre os Estados Unidos e a União Soviética (partilha pós-Segunda Guerra Mundial) e acabara de se instalar a chamada "Guerra fria", isto porque à estas alturas ambas as potências aterrorizam o mundo com a destruição final por bombas atômicas. Só havia dois lados: Estados Unidos e capitalismo e URSS (liderada pelos russos) e o socialismo/comunismo; enquanto nação ou o país se alinhava a um ou a outro, mesmo que jurasse não estar alinhado a nenhum.
Em nome do capitalismo e socialismo/comunismo atrocidades mil foram cometidas pelos norte-americanos, russos, chineses, etc. O demônio era um só, mas dependia de que lado você estava: como eu estava na propriedade dos Estados Unidos,  morria de medo de comunistas porque eles comiam crianças, padres, eram vermelhos, tinham foice e martelo e chifres, e tomavam as terras dos ricos para dar aos pobres (o que me parecia correto), mas e o medão dos chifres, rabo?
Viva os Estados Unidos! Os filmes, comédias, músicas, musicais,  Mickey mouse, pica-pau e tudo que jogavam nas telas do Brasil. Os comunistas também louvavam o comunismo deles.E assim fui crescendo entre duas potências imperialistas e bipolares prontas para incendiar o mundo inteiro. 
Anos Sessenta, ali no finalzinho da década eu fui para a escola com PARTIDO: pátria amada Brasil! Cantava o hino nacional de cor e salteado ou lendo na capa dos cadernos que os militares mandavam para as escolas, junto com a merenda, livros e tecidos para os uniformes. Não mandavam sapatos e meias, mas não podia reclamar.  No primeiro e segundo grau: aulas de religião, educação para o lar e Moral e cívica. O professor sem moral seduziu a menina e casaram dentro da religião na maior moral. Aula de cinismo, ops, civismo.
Conheci a televisão nos anos Setenta, assisti a copa de 1974 nos vizinhos e em 1976 mamãe ganhou uma televisão preto e branco e eu me colei na telinha da "nossa Globo": plim plim! 
A TV Globo foi minha outra escola e eu encantada com tudo aquilo não percebia que estava também matriculada na "escola sem partido" que se iniciara no Brasil nos anos Sessenta, disfarçada de comédia, em anos de muitas fardas, forças e chumbo grosso! Culpa do comunismo e comunistas e eu lá sabia o que era isto? Desconfiava que era alguma coisa ligada ao comportamento porque eu tinha um irmão muito atentado e que ganhou o apelido de "comunista".
Entre as maravilhas disto, daquilo e daquiloutro o "mestre dos mestres" comandava uma escola que ensinava e ainda ensina a auto-depreciação do povo brasileiro e do Brasil fortalecendo, nas piadas, o complexo de viralatismo, herança do passado colonial, escravagista, coronelista da nação.
Francisco Anysio de Oliveira Paula [1931-2012] é o  professor Raimundo  e eu aluna da escola e do mundo  sem partido Estados Anysios de Chico City, Chico Total, Escolinha do professor Raimundo, uma Zorra Total com o povo e com a "mãe gentil, pátria amada Brasil".
Quase cinquenta anos de "Humor fino e inteligente" para sacanear, desfazer, zombar da brava gente brasileira. Todo o povo brasileiro foi estereotipado, diminuído, vilipendiado em umas duas centenas de personagens caricatos criados pelo Chico Anysio.
Professor Raimundo é um velho lascivo, preconceituoso, libidinoso, preguiçoso. Vive sentado, de costas para a lousa,  nada ensinando para brasileiros,  à priori, burros (exceção dada somente para o filho do professor) e  ainda tem a cara-de-pau de reclamar do salário. 
Todas as mulheres são sexualizadas e inferiorizadas: a feia que não merece sexo; a gorda que só pensa naquilo; a burra que rebola a bunda para ganhar um dez, etc. Esta personagem rebolante apagando a lousa é marcante para muitas meninas da ditadura, principalmente as lindas, bonitas, ninfetas, corpo de mulher feita: sempre tinha um professor Raimundo, sentado com as pernas abertas, chamando uma a uma, entre as pernas, para receber o visto no para casa que nunca era corrigido. Os meninos eram chamados por último e recebidos de frente para a mesa do professor.
Seu boneco é o carioca pobre, sujo,  malandro, cachaceiro, dentes cariados e a meia-fina na cabeça é a prontidão para o crime, bandido! Catifunda é a versão paulista do seu Boneco: cartola, charuto, terno e negócios e golpes escusos e ollha que São Paulo é o estado brasileiro mais rico, industrializado, "a terra das notas de cem" como canta Mc Daleste - que Deus o tenha! O mineiro é sempre o "jeca": da capitinga nascido em Barbacena; eterna guerra dos Emboabas quando Minas Gerais era província dos paulistas. Os gays sempre são hilariantes, tem trejeitos característicos e purpurina, muito rosa cor de menina e fala típica. Esta é e sempre foi a única forma de se aceitar a homossexualidade nas tradicionais famílias brasileiras hipócritas. 
Nos Estados Anysios de Chico city, o baiano é eternamente preguiçoso, e lá está "Painho", na rede, fala arrastada, rodeado de baianas esperando astros e estrelas em seu terreiro: "Gal ligou?" E e Chico ainda tira sarro de Caetano Veloso no personagem Baiano e os novos caetanos. 
As mulheres não tem voz; tem peitos e bundas, "é mentira Terta?" Nosso vampiro é caipira, tupiniquim,  fala um português sofrível, não acerta uma praga, não pega vítimas, não consegue roubar uma bolsa de sangue! O cangaceiro é caolho uma caçoada contra Lampião, personagem histórico do Brasil e respeitado por muitos no país. Os comunistas se ferram, a esquerda marxista é representada pelo atoleimado Bertoldo Brecha, ofensa, claro, ao pior analfabeto, o analfabeto político, segundo o pensador e dramaturgo Bertolt Brecht.
A solução para acabar com a imoral e vergonhosa injustiça social  do riquíssimo Brasil - a grande miséria e pobreza do povo brasileiro- tem Justo Veríssimo, político, deputado corrupto advogando por décadas a "Lei do Abate": "pobres, põe no paredão e mata tudo!" O craque da seleção é uma piada: Azambuja, malandro carioca, gosta de holofotes, mas nunca jogou num grande time. E por aí vai.
...

Professor Chico Anysio, um homem de muitas caras e  facetas, mas sem nenhum PARTIDO com e pelo Brasil e povo brasileiro. Americanizado, serviu fielmente aos donos do poder nativos e/ou estrangeiros por quase meio século e continua servindo após morte no canal Viva que não deixa morrer esta desgraça. Após o golpe de Estado contra a presidenta  Dilma Rousseff, reeleita para o mandato 2015-2018, o professor Raimundo,  através do seu filho, o humorista Bruno Mazzeo, veio para ressurreição da escola sem partido ou escola do burrismo, um negócio literalmente de família: a "Nova escolinha do professor Raimundo", que de NOVO, não há nada. O pai está encarnado no filho! Mesmo personagem, mesmo figurino, mesmíssimos alunos, mesmíssimos diálogos, trejeitos, lascividade e desamor ao Brasil e seu povo.
Povinho, povo subdesenvolvido, povo vira-lata, bando de favelados, nordestinos, pretos. 
Entre piadas e risos, ricos e a classe média clássica aristocrática, descentes da Casa de Orléans e Bourbons, foi cristalizando na alma o ódio aos nordestinos, a aversão aos pobres, a demonização dos favelados, o medo dos negros, a apatia e indiferença política, o racismo, machismo, homofobia,  banalizando violência policial  diária e do estado contra os menos favorecidos e tudo isso, latente,  saiu dos cantos sombrios dos cérebros, das piadas descaradas no dia-a-dia, saiu das casas, condomínios, escolas veio à tona e inundaram as ruas, praças, TV's, redes sociais e a vida em sociedade no século XXI. E tudo direcionado e guiado, um ódio irracional e preconceituoso contra Lula, o pai dos pobres, e o petismo [governo do PT 2003-2018], sendo o último mandato usurpado pelo Congresso Nacional e com ajuda de sérgio moro e comparsas da Operação Lava jato e ministério público federal. 
Com a ingerência corrompida do juiz sérgio moro, atual ministro da justiça, Dilma Rousseff foi deposta num falso "impeachment por pedaladas", Temer assumiu o poder, sérgio moro, TRF-4, MPF  prenderam, SÓ  NAS SUPOSIÇÕES,  em abril de 2018, O EX-PRESIDENTE Lula, impediram sua candidatura, tornando Lula inelegível, para eleger como presidente, um asno asqueroso e militares extrema-direita alinhados com os norte americanos. deUSAcima de tudo!
***

O que programas como os do "mestre Chico Anísio" conseguiu com louvor em cinco décadas, em primeiro lugar: o reforço do caráter onto-negativo do povo em relação aos políticos e à política, isto é, um altíssimo índice de desconfiança nos políticos fortalecendo esteriótipos que acabaram por dominar a política no país - todo político é corrupto; nenhum político presta; meu candidato rouba, mas faz;  é votar no que rouba menos; entrou para política vira ladrão,  etc. 
Em segundo lugar e o mais grave: uma inversão da moral, de valores essenciais que protegem a estabilidade da sociedade:  o certo é o errado,  vícios são virtudes (mentira, fakenews) trazendo à tona o pior que existe em cada ser humano e retrocedendo o processo de humanização  de forma inimaginável. Mentir, roubar, matar, estuprar, fofocar, dedurar, odiar, guardar raiva, rancor, levar vantagens em tudo, passar as pernas até na própria mãe, etc ganharam status no discurso "politicamente incorreto" para massas, uma manobra geoestratégica e geopolítica mundial [libertariana neoliberal] desde o retorno ao neoliberalismo final dos anos Setenta, século XX. 
Em terceiro lugar: a apropriação de qualquer movimento social de indignação contra corrupção no governo [corrupção entre empresas e governo, entre os poderes corrompidos e administração pública - Judiciário, Executivo, Legislativo, Ministério Público]. Os criminosos, milicianos, polícias, forças armadas corruptos mandam no país. A corrupção e corrosão do caráter e valores morais, éticos, religiosos viraram a mesa e seus líderes  levam os cidadãos a defender a corrução e corruptos, a ilegalidade, o assassínio, genocídio de negros, mulheres, gays, nordestinos, etc!
Defensa do indefensável: vestidos com a bandeira nacional, cores da bandeira, camisa de seleção de futebol fazendo dancinhas e gesto arminha em manifestações:  "Somos todos Eduardo Cunha"; "Cunha meu corrupto favorito";   "Bolsonaro é o enviado de Deus", "Moromania contra corruptos", "vamos fechar, com um cabo e um soldado, o STF", "Direitos humanos é lei do abate", "Ditadura já", "Intervenção norte-americana já", fim aos direitos trabalhistas e Justiça do Trabalho, defesa da reforma da previdência altamente nociva à maioria da população; defesa do fim de gastos públicos sociais e outras sandices. Tudo isto, simultaneamente, inundando cabeças de fakenews, absurdidades, malignidade, ódio, raiva, rancor ferozes que culminam e culminaram muitas vezes em ataques violentos, tiros e mortes, destaque para assassinatos cruéis  e ataques às meninas, mulheres, moradores de favelas e gays que vem aumentando assustadoramente nestes cinco meses de 2018.
Divididos em torcidas, eleitores se deixaram encabrestar por líderes religiosos dentro da política, em sua maioria, evangélicos corruptos, influenciadores ligados música, artistas de TV, futebol, influenciadores digitais (a maioria militares ultra-conservadores, empresas de fakenews e likes),  movimentos vemprarua e MBL (subsunção voluntariamente  burra aos think tanks Institute Liberty, Catho, Atlas Network- liberais EUA), movimento "Cansei"  criado por Dória e até  ator de cinema pornográfico.
***
A escolha da Escolinha do professor Raimundo não foi ao acaso e sim intencionalmente para jogar fora o véu de inocência e pureza da zorra que se aprontou com o Brasil e  cabeça dos brasileiros. Chico Anysio é o mais importante por passar a mensagem por longos anos e sem alterar a narrativa e prescrição da Globo: manter o povo no estado vira-lata, inferiorizado, baixíssima auto-estima. Um estado alterado pelo governo Lula, que pela primeira vez na História fez o povo brasileiro sofrido sentir orgulho de ser brasileiro e talvez por isso, esteja Lula pagando alto, preso político há mais de um ano nas mãos de sérgio moro e grupo Lava jato. O programa ou revolução do idiotismo planejado teve reforços com Os trapalhões, Planeta dos macacos, Viva o gordo e o mais destrutivo de todos eles: Casseta & Planeta.
Mas a fundação do movimento cabe à Escolinha do professor Raimundo, ao Chico total dono desta zorra toda.


***
Paradoxalmente, a TV Globo foi para o povo brasileiro uma grande Escola no resto da grade de programação não voltada para o burrismo. Programação riquíssima, inteligente, culta histórica, geográfica, novelística e jornalisticamente falando. Novelas de época baseadas na riquíssima literatura brasileira; Globo rural, Globo repórter, Globo esporte, Fantástico Show da vida, Jornal Nacional, novelas e temas contemporâneos com excelentes novelistas, série e minisséries fenomenais que Vale a pena ver de novo e muito mais.
Então se o brasileiro ESCOLHE o fácil, o chulo, a preguiça intelectual a culpa não é da Globo. Cada um é responsável pelas ESCOLHAS que faz. Eu não achei mais graça em Chico City, Chico total e a Zorra  e tudo graças à Globo que me deu programas, minisséries, séries e novelas maravilhosas como Lampião e Maria Bonita, O sítio do pica-pau amarelo, Globo repórter, Globo rural, O cravo e a rosa, Chocolate com pimenta, Hilda furacão, A muralha, Malu mulher, A sucessora, Pecado capital, Selva de pedra, Vale tudo...
A CURA estava na própria Globo e bastava seguir o dito popular: muito riso é pouco siso!




Fonte:



1. CONSUELO, Baby, Curumim chama cunhatã que eu vou contar Todo dia era dia de índio. https://youtu.be/9Gc6bypiYYg



2. RICARDO, Cassiano. LADAINHA



3. JOR, Jorge Ben. País tropical.https://www.youtube.com/watch?v=JzByVhWju88



4.CAMINHA, Pero Vaz. Carta encaminhada ao rei de Portugal D. Manuel  dando notícias do descobrimento do Brasil. É o primeiro documento histórico do Brasil.



5. DI, Zé. Indepência ou morte.  https://youtu.be/DbXKgzpeyvY



6. HARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo: Antissemitismo, imperialismo, totalitarismo. Editora Companhia de Bolso. E-book



7. Sobre a propaganda soviética ver: WHY WE FIGTH: THE BATTLE OF RUSSIA. Documentário Frank Capra e anatole Litvak; Second War in Collor em NETFLIX.


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