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sábado, 31 de julho de 2021

BRAZIL. POLÍTICA

 A POLÍTICA E SUA FARSA

 

A política tem várias definições, com visões distintas, surgidas ao longo da história da civilização.

Todas elas a consideram uma ciência. Existe, inclusive, uma faculdade de ciência política, com duração de vários anos de estudo!

Em todos esses conceitos, fica inerente a busca ao bem comum.

Como um de seus traços, aparece a aspiração ao poder, mas, obviamente, com regras, com respeito, com democracia, com ética, com dignidade, com a vocação de servir ao próximo.

Um de seus principais instrumentos é a dialética, entendida no seu sentido platônico, qual seja, “debate entre interlocutores comprometidos com a busca da verdade”.

Para os grandes políticos, benfeitores de fato, a história reserva o honroso título de “estadistas”, por terem a envergadura do Estado em seu sentido mais elevado.

Paralelamente a essa ciência, há uma pseudopolítica, que visa o poder em primeiro lugar, a fim de se obter privilégios e benefícios pessoais, grupais, corporativos.

Não bastasse seu objetivo desprezível, ainda se utiliza de instrumentos, os mais torpes: as mentiras, as calúnias, as ofensas, as acusações levianas, a desvalorização rude dos adversários, com escárnio, semeando a discórdia entre amigos e irmãos.

Dificilmente apresentam propostas construtivas, pois só sabem atacar, destruir, matar. É um campo fértil para psicopatas, aproveitadores da ignorância e dos preconceitos da população.

Os pseudopolíticos e seus seguidores sempre se proclamam homens de bem, patriotas, defensores da família, da moral, da religião, dos valores cristãos, mas agem de forma oposta, às escuras. Publicamente, atuam mediante a hipocrisia, o engodo, a falsidade.

Com a chegada das redes sociais, premidas pelo natural espírito gregário, as pessoas passaram a nelas publicar suas impressões e os seus desejos políticos.

Umberto Eco disse, em 2015, que “as redes sociais deram voz a uma legião de imbecis”. Tenho outra visão, vieram para democratizar a imbecilidade.

De qualquer forma, elas deixaram claro o estabelecimento de uma escala com dois grupos simpáticos à política, ou à pseudopolítica, em seus extremos.

Os adeptos da verdadeira política sempre procuram uma maneira de colaborar com sua evolução. De livros, artigos, reportagens que leem, pinçam uma ideia, uma frase, uma dúvida, para transmitir aos amigos e conhecidos, geralmente, de acordo com suas convicções e princípios.

Quando isso não redunda em um bom diálogo entre os pensadores opostos, pelo menos, os dois lados exercem a tolerância com as ideias divergentes.

Já os que se engajam na pseudopolítica criam e disseminam as fofocas, as “fake news”, as manifestações sem fonte fidedigna ou de desconhecidos infames, sem currículo ou caráter para amparar suas afirmações nocivas e desequilibradas.

Isso acontece em todos os países atualmente.

A política verdadeira almeja o progresso, o bem-estar de todos, a paz, a altivez nacional, a soberania.

A pseudopolítica, em sentido inverso, investe no retrocesso, no subdesenvolvimento, no obscurantismo, na submissão a interesses econômicos de grupos nacionais ou estrangeiros.

O futuro da nação será a resultante desses vetores.

E, sob as asas da liberdade, cada um escolhe em que direção e sentido vai empurrar o caminhão!

 

Sérgio Antunes de Freitas

Julho de 2021

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