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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

BRAZIL: ALEMANHA versus CRISE? I'M THE BEST FUCK THE REST!

paul krugman

 


paul krugman

04/11/2013 - 14h33

Aqueles deprimentes alemães

Paul Krugman
As autoridades alemãs estão furiosas com os Estados Unidos, e não só por conta da escuta no celular de Angela Merkel. O que está lhes causando raiva, agora, é um (longo) parágrafo em um relatório do Departamento do Tesouro norte-americano sobre política econômica e políticas cambiais. No parágrafo em questão, o Tesouro argumenta que o grande superávit da Alemanha em conta corrente - um indicador amplo quanto à balança comercial - é prejudicial, criando "uma distorção inflacionária na área do euro e também na economia mundial".
Os alemães, zangados, descartaram o argumento como "incompreensível".
"Não existem desequilíbrios na Alemanha que requeiram correção de nossa política econômica e fiscal favorável ao crescimento", declarou um porta-voz do Ministério das Finanças alemão.
Mas o Tesouro norte-americano estava certo, e a reação alemã foi perturbadora. Para começar, foi um indicador da continuada recusa das autoridades econômicas da Alemanha, da Europa como um todo e, aliás, do mundo em geral, de encarar a natureza de nossos problemas econômicos. Além disso, demonstrou a desafortunada tendência da Alemanha de responder a qualquer crítica de suas políticas econômicas se fazendo de vítima.
Primeiro, os fatos. Vocês se lembram da síndrome da China, na qual a maior das economias asiáticas continuava a acumular imensos superávits comerciais graças a uma moeda desvalorizada? Bem, a China continua a manter superávits, mas eles caíram. Enquanto isso, a Alemanha ocupou o lugar que era da China. No ano passado foram os alemães, e não os chineses, que ficaram com o maior superávit mundial em conta corrente. E medido como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), o superávit alemão é mais de duas vezes superior ao da China.
É fato, eu sei, que a Alemanha vem acumulando superávits há quase uma década. No começo, porém, esses superávits eram compensados pelos grandes deficit no sul da Europa, financiados por grandes influxos de capital alemão. A Europa como um todo continuava a ter equilíbrio em seu comércio externo.
Mas veio a crise, e os fluxos de capital para a periferia da Europa estancaram. Os países devedores foram forçados - em parte por insistência da Alemanha - a adotar medidas severas de austeridade, que eliminaram seus deficit comerciais. Mas algo deu errado. O estreitamento dos desequilíbrios comerciais deveria ter sido simétrico, com os superávits alemães encolhendo em companhia dos deficit dos devedores. Mas em lugar disso, no entanto, a Alemanha não conduziu qualquer ajuste; os deficit na Espanha, Grécia e outros países encolheram, mas o superávit alemão não.
Isso fez muito mal à Europa, porque a incapacidade da Alemanha para se ajustar amplificou o custo da austeridade. A Espanha, o mais deficitário dos países antes da crise, serve como exemplo. Era inevitável que a Espanha enfrentasse anos duros, para aprender a viver de acordo com seus recursos. No entanto, não era inevitável que o desemprego espanhol chegasse a quase 27%, e o desemprego da juventude a quase 57%. E o imobilismo da Alemanha contribuiu fortemente para as dores da Espanha.
E também prejudicou o resto do mundo. É pura questão de aritmética: já que o sul da Europa foi forçado a eliminar seu deficit enquanto a Alemanha não reduzia seu superávit, a Europa como um todo vem acumulando grandes superávits comerciais, o que ajuda a manter deprimida a economia mundial.
As autoridades alemãs, como vimos, respondem a tudo isso com declarações raivosas de que a Alemanha se comportou impecavelmente. Lamento mas, a. isso não importa; e b., tampouco é verdade.
Por que isso não importa: cinco anos depois da quebra do banco Lehman Brothers, a economia mundial continua deprimida, sofrendo de persistente escassez de demanda. Nesse ambiente, um país que mantenha superávit comercial está simplesmente se beneficiando da desgraça dos vizinhos. Está desviando dinheiro que poderia ser usado para comprar bens e serviços deles e atraindo-o para sua economia, e com isso está eliminando empregos nos demais países. Não importa que o esteja fazendo por maldade ou com as melhores intenções: é o que está fazendo, sem mais.
Alem disso, a realidade é que a Alemanha não é inocente. O país compartilha de uma moeda com seus vizinhos, o que beneficia muito os exportadores alemães, que formam os preços de seus produtos em euros em lugar de fazê-lo em marcos, uma moeda que a essa altura estaria em disparada. Para evitar uma depressão, o país teria de gastar mais quando seus vizinhos fossem forçados a gastar menos. E não é o que vem fazendo.
As autoridades alemãs não aceitam qualquer dessas coisas. Elas veem o seu país como um exemplo cintilante a ser emulado por todos, e o desagradável fato de que não podemos todos acumular superávits comerciais gigantescos simplesmente lhes escapa.
E o fato é que isso não vale só para os alemães. O superávit comercial alemão é prejudicial pelo mesmo motivo que cortar a assistência alimentar e os benefícios-desemprego nos Estados Unidos resulta em destruição de empregos -e os dirigentes do Partido Republicano são mais ou menos tão receptivos quanto as autoridades alemãs a qualquer pessoa que tente apontar seu erro. No sexto ano de uma crise econômica mundial cuja essência é que não há gasto suficiente, muitas autoridades econômicas continuam a não compreender a realidade. E parece que jamais o farão.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
paul krugman
Paul Krugman é prêmio Nobel de Economia (2008), colunista do jornal "The New York Times" e professor na Universidade Princeton (EUA). Um dos mais renomados economistas da atualidade, é autor ou editor de 20 livros e tem mais de 200 artigos científicos publicados.

domingo, 3 de novembro de 2013

BRAZIL: " E que foi abolido o sexo."


RUMOREJANDO

José[Juca] Zokner 

PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I
O político conclama:
“Vamos parar
Com esse mar de lama”
Mas, por enquanto,
Vai levando
Um certo tanto,
Em troca de apoio
Na votação,
Gritando,
Apregoando:
“Vamos separar
Do trigo, o joio
E, duma vez, acabar
Com a corrupção”.
Constatação II
Esclarecimento: Comunico, a quem interessar possa, que o Juca, que andou jogando no meu Botafogo, não se trata da minha pessoa. Obrigado pela atenção.
Constatação III (De um pseudo–soneto de autoria do obcecado).
 
Arritmia cardíaca
 
Tive um sonho macabro
E fiquei assaz perplexo
Que vivemos num descalabro
E que foi abolido o sexo.
 
Acordei num estupor
Com o coração em disparada
Ensopado dum frio suor
Que deixou a fronha molhada.
 
Não foi como vivemos
O que me deixou tão assustado
Foram esses terríveis extremos.
 
Dos governantes o desempenho
Sempre tem sido despudorado.
Mas sexo? Eu não me abstenho...
 
Constatação IV
Há, dentre muitos, dois tipos de ‘tomara’: O ‘tomara que caia’ e o ‘tomara que chova’. O primeiro, como todos sabem, é aquele modelo de indumentária que não tem alças e, se eventualmente cair, mostrará em toda a sua plenitude o que os decotes, cada vez mais ousados, têm mostrado e que – não é absolutamente uma crítica ou uma reclamação – as famosas, cantoras, modelos e outras tantas procuram mostrar, mormente quando ‘siliconaram’; o segundo ‘tomara’ é inerente ao clima da minha cidade de Curitiba, onde o calor, abafado, induz que se almeje uma chuva que refresque. Ultimamente, tem acontecido com frequência. No entanto, é seguida de um frio que para quem está na primavera e não longe do verão, que causa transtornos, principalmente, para as mulheres que ficam naquela dúvida, provavelmente crucial, o que vestir para sair ou “levo ou não levo casaco”. Coitadas (só no segundo caso...)!
Constatação V (De uma dúvida crucial).
Foi Louis XV que disse: “Depois de mim, o Delúbio, digo, o dilúvio”? Quem souber a resposta, por favor, comentários no blog. Obrigado.
Constatação VI (De várias dúvidas cruciais).
Esse desdém, esse menoscabo, esse desprezo que os políticos têm por nós todos será que algum dia vai acabar? Ou nós continuaremos elegendo pulhas? Afinal, o movimento das ruas foi para quê? Quem souber a resposta, por favor, comentários no blog. Obrigado.
Constatação VII (De mais uma dúvida crucial).
Será que o sujeito que recebe o mensalão ou qualquer outro tipo de obtenção de ganho desse jaez consegue se olhar no espelho e dizer: “Não. Eu não sou um fdepê”? Quem conhece alguém que não consegue, por favor, comentários no blog. Mais uma vez, obrigado!
Constatação VIII
E já que falamos no assunto, não se pode confundir ex-mulher com ex-amante, muito embora o que tanto uma como outra tem denunciado casos de corrupção dos seus ex’s, exercendo a auto benesse de deputado, senador e outros cargos (cargo?) menos votados não está em gibi, enciclopédia, livro de história, bem como outras fontes de eventual consulta e/ou leitura. A recíproca para esses casos “dedoduráticos” ainda não foi possível investigar. Tão logo tenhamos a resposta daremos a conhecer, com urgência, aos nossos prezados leitores.
Constatação IX
Não é por nada, não, mas quando o meu Paraná traz, de um jogo fora ou dentro de casa, um empate este assim chamado escriba considera uma estrondosa vitória. Quando ganha, o que, neste ano, aconteceu – agora, lamentavelmente, parando – nem falar.
Constatação X
Destino ingrato,
Veio a acontecer,
Com aquele deputado
Que não conseguiu
Se reeleger
Levou, do seu eleitorado,
Uma baita cama-de-gato
Por causa do seu papo-furado.
E pra não pagar a conta,
Do ‘investimento’
Efetuado
Qual barata tonta,
No mesmo momento,
Fugiu.
Constatação XI
Existe uma música de carnaval do tempo deste assim chamado escriba, que não recorda mais o nome, mas que começava mais ou menos assim: “É com essa que eu vou sambar até cair”. E lá pelas tantas, dizia algo como: “Eu quero ver o ronca-ronca da cuíca, gente pobre, gente rica, deputado e senador[...]”. O autor se referia às pessoas caindo na folia. Não sei quem é o autor, mas não creio que hoje em dia ele manteria a parte da letra na qual ele afirma que quer ver deputado e senador...
Constatação XII
Deu, certa vez, na mídia: “O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou estar muito satisfeito com a pesquisa DataFolha, segundo a qual ele foi avaliado como o prefeito que registrou o melhor índice de aceitação popular dos últimos 20 anos na administração paulistana nos primeiros seis meses de mandato”. Data vênia, como diriam nossos juristas, mas Rumorejando acha que, levando-se em conta os prefeitos dos últimos vinte anos que São Paulo teve, até não pega bem a DataFolha fazer tal tipo de pesquisa.
Constatação XIII
Não se pode confundir leitura com literatura, até porque quem não é dado à leitura, como ocorre, nos dias de hoje, com a maioria dos jovens, não vai manjar de literatura.
A recíproca só pode ser da seguinte maneira: Quem entende de literatura não é dado a ver televisão, por exemplo. Se deve a sua leitura, aulas sobre o assunto, conferência, palestra dos literatos e estudiosos e assim por diante.
Constatação XIV (De outra dúvida crucial).
O jogador LeBron James é o Messi do basquete ou o Messi é o LeBron James do futebol?
Constatação XV (De um pseudo-soneto).
 
Sonhando acordado
 
Era um time obstinado
Em conseguir seus intentos.
Mas sempre mal colocado.
Seu ataque não fazia tentos.
 
A defesa vivia cochilando
Ainda que fossem de boa estatura
Bola na área não se via cortando
Para os adversários era só candura.
 
Um dia se queimaram na parada
Com os constantes maus resultados
E o ataque deu uma baita virada.
 
Me contrataram para centroavante
E eu como sou daqueles bem atilados
Com meus gols o time ficou operante.
 
Constatação XVI (Continuação do pseudo-soneto anterior com novo pseudo-soneto).
 
Sonhando, apenas sonhando...
 
Cada gol de pintura ou não que eu fazia
Os companheiros vinham me bater na cuca
A verdade que depois a cabeça me doía.
“Puxa, como você é bom de bola, Juca!”
 
Eu não me importava com as batidas,
Pois à noite a mina me faria cafuné
Não só na moleira. Nas partes doloridas,
Massagens, dando ênfase as do meu pé.
 
Ela exigia que eu ficasse sem roupa, pelado.
E ela, alegando muito calor, também ficava
Sua mão no meu corpo me deixava arrepiado.
 
A gente não é de ferro, depois de tanto esforço.
E eu quase adormecia de tão cansado que estava
Entretanto, para certas coisas não se pede reforço...
 
Constatação XVII (Coisas Difíceis de Entender. Quem souber explicar, por favor, comentários no blog. Obrigado).
-Por que o esporte (esporte?) Box, ou vale-tudo ainda não foi proibido até hoje, já que mata ou inutiliza tantos lutadores? Basta ver, por exemplo, o que aconteceu com o lutador Cigano. E do lutador de box mexicano, Francisco Leal de 26 anos, que vários sites americanos e espanhóis, entre eles a ESPN, confirmaram no dia 22 de outubro último, a sua morte depois de três dias haver sofrido um nocaute.
-Por que não se proíbe a apresentação de animais nos circos, não se levando em consideração o stress deles e o fato de havê-los tirado do seu habitat?
-Por que os países ricos, tipo G8, se reúnem se tais reuniões são totalmente inócuas?
-Por que os países ricos reclamam à Organização Mundial do Comércio contra os países ditos em desenvolvimento e agem nas mesmas condições do que estão reclamando?
-Por que só alguns países participam e têm direito a veto no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas?
-Por que não se proíbe, de fato, as touradas na Espanha e em outros lugares? E as brigas de galo? E as de cachorro? E a farra do boi? E passarinho em gaiola? E a caça? E o rodeio, esse macaqueado, digo, copiado da maior potência do Planeta?
-Por que um sujeito que se candidata a um cargo no Legislativo gasta mais do que o seu eventual altíssimo salário irá auferir e caso se eleja, não cobrirá o que gastou? Será por idealismo em servir a pátria? Patriotismo? Devoção aos eleitores?
-Por que um deputado ou senador zera seus delitos se pedir demissão do cargo que vinha ocupando, podendo, assim, se candidatar novamente. E, pior, até conseguindo se reeleger? Por que, para ele, o delito anterior – e, claro, com dolo – passa a ser relegado, perdoado?
-Por que, ao chegar ao Poder, o governante brasileiro muda sua ladainha, seu proceder?
-Por que o governo sempre muda as regras do jogo no meio do jogo?
-Por que a decência ficou fora de moda?
- Por que a Justiça não é reformulada para não permitir tanta protelação?
-Por que o governo obriga que em casos que ela tem que pagar o que deixou de fazê-lo que se tenha de recorrer a um advogado que cobra um percentual que chega até 30% de sua participação?
-Por que os governantes, deputados, senadores, juízes e desembargadores e outros mais não levam ao pé da letra que “todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos”?
-Por que será que a Humanidade é insolúvel? Será que é por causa do crescimento da população que torna o acesso aos bens mais difícil? Daí o ‘tirar melhor proveito em tudo’ e por todos?
 
RICOS E POBRES
Constatação I
Rico tem abdome; pobre, pandulho.
Constatação II
Rico é robusto; pobre é inchado.
Constatação III
Rico é astucioso; pobre é espertalhão.
Constatação IV
Rico é sereno; pobre, mora no sereno.
Constatação V
Rico tem um ou outro contratempo; pobre convive com problema.
Constatação VI
Rico é tribuno; pobre, enrola.
Constatação VII
Rico é empreendedor; pobre, é vagabundo.
Constatação VIII
Rico tem desejo; pobre, só tem vontade.
Constatação IX
Rico é sistemático; pobre, é bitolado.
Constatação X
País rico espiona outros países, sob a alegação de combater o terrorismo; país pobre não espiona. Apenas espia a vizinha quando muda de roupa em frente à janela.
Constatação XI
Rico arrisca; pobre, abusa.
Constatação XII
Rico escreve; pobre, rabisca.
Constatação XIII
Rico, sofre de Mal de Alzheimer; pobre, nem tem o que recordar.
Constatação XIV
Rico mora numa mansão urbana; pobre na periferia suburbana.
Constatação XV
Rico faz grandes negócios que descobre; pobre faz grandes esforços para que não soçobre.
 
Site: www.rimasprimas.com.br

terça-feira, 29 de outubro de 2013

BRAZIL: PALAVRÃOTERAPIA!

PALAVRÃO
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Marina da Silva
Nasci na ditadura militar que ditava todas as regras no país e também dentro e fora dos lares. Entre as inúmeras proibições na família, uma era o nome feio, o palavrão, especialmente para nós mulheres. Dois de meus irmãos eram bocas sujas e o mais atentado, o comunista, tinha a mania de xingar a gente de rapariga e "felha" da puta!
Cresci travada, dando topadas com o dedão, xingando baixo, merda, bosta ou desgraça pelada para garantir na boca boa parte da dentição.
_ Mão na boca antes que o pé a alcance! Boca fechada conserva os dentes! Quem fala demais dá bom dia a cavalo!
A ditadura acabou e um arsenal de palavrões invadiu as ruas, praças, rádios, jornais, revistas, programas de televisão, música, novelas. E eu ainda travada!
_ Mãe, bate na boca dele, ele xingou palavrão! Um mico na pelada e eu não soube onde enfiar a cara.
Quase quarenta anos e não passo do merda, bosta e abandonei para sempre a desgraça pelada, o nome mais horrível que pronunciava e mamãe nunca o perdoava. Era sempre porrada!
Educo minha filha ensinando-lhe o significado de cada palavrão aprendido fora ou dentro da família e ainda reprimindo sua expressão.
_ Há lugares certos para se dizer um palavrão! Informo em todas as chamadas!
Aos quarenta passei por uma revolução!
_ Minha irmã está correta! Preciso relaxar mais, soltar a franga. Afinal quarentei e não preciso mais de autorização para xingar, soltar arroto ou bufa!
Levo a menina a um jogo de futebol e preparo para me esbaldar! O jogo é de vida; ou morte na segunda divisão. Assisto o primeiro tempo tão aflita que esqueço minha predisposição de xingar.
No intervalo mudo de lugar, sento em meio à rapaziada, preciso me libertar!
A poucos centímetros de mim, um degrau abaixo na arquibancada, senta-se uma senhora com uma menina. Como eu, cerveja na mão, mas na outra ostenta ainda um cigarro.
O jogo recomeça e era uma mulher destravada:
_Porra!!! Caralho Fábio Júnior!
Minha filha me cutuca, os homens silenciam-se, parecem chocados?!
_ Vai tomar no seu cu Cicinho! Viado, seu córno!
Meu rosto arde em brasa.  E é tanto filho da puta, cusão, boiola, puta que pariu, buceta arregaçada, que cai por terra toda a minha disposição de dar uma destravada.
Meu time ganhou no último minuto, com um pênalti roubado; um bêbado caiu por cima de mim, desequilibrado, e eu:

_ Bosta, merda _ só mentalmente_ sem o desgraça pelada!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

BRAZIL: NÃO RIA...SE PUDER!KKKKKKKKKKKKK


* O texto abaixo foi retirado da internet: *TEXTO DEDICADO ÀS MULHERES, MAS OS HOMENS DEVEM LER PARA SABEREM O DRAMA QUE É A DEPILAÇÃO FEMININA. É, REALMENTE, PRA "CHORAR" DE RIR....*

A PRIMEIRA DEPILAÇÃO**
Autor desconhecido

 "Tenta sim. Vai ficar lindo." Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética. - Oi, queria marcar depilação com a Penélope. - Vai depilar o quê? - Virilha. - Normal ou cavada? Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito. - Cavada mesmo. - Amanhã, às... Deixa eu ver...13h? - Ok. Marcado. Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas. - Querida, pode deitar. Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte. - Quer bem cavada? - é... é, isso. Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes. - Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda. - Ah, sim, claro. Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça). - Pode abrir as pernas. - Assim? - Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado. - Arreganhada, né? Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais. - Tudo ótimo. E você? Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas. - Quer que tire dos lábios? - Não, eu quero só virilha, bigode não. - Não, querida, os lábios dela aqui ó. Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo. - Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor. Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail. - Olha, tá ficando linda essa depilação. - Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto. Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça. - Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá? - Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada. Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir. - Vamos ficar de lado agora? - Hein? - Deitar de lado pra fazer a parte cavada. Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens. - Segura sua bunda aqui? - Hein? - Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda. Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava De cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria: - Tudo bem, Pê? - Sim... sonhei de novo com o cú de uma cliente. Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cús por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto. - Vira agora do outro lado. Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina. - Penélope, empresta um chumaço de algodão? Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente. - Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha. - Máquina de quê?! - Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol. - Dói? - Dói nada. - Tá, passa essa merda... - Baixa a calcinha, por favor. Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável. - Prontinha. Posso passar um talco? - Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha. - Tá linda! Pode namorar muito agora. Namorar...namorar. .. eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.

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**Texto compartilhado no meu mural FACEBOOK. 24-10-2013. Quem souber o autor me avise para devidos créditos

domingo, 20 de outubro de 2013

BRAZIL: "ABRE AS ASAS SOBRE NÓS"

Liberdade de expressão

 Hélio Schwartsman

Ouvir o texto
SÃO PAULO - Já que as biografias não saem mesmo das manchetes, é o caso de investigar melhor os fundamentos teóricos da liberdade de expressão. Em outras palavras, por que devemos ser contra a censura, seja ela prévia ou póstuma?
Como já alertava o filósofo John Stuart Mill, no século 19, existem muitas formas de oprimir uma pessoa. Dois candidatos fortes a fazê-lo são o Estado, com suas leis e corpo policial nem sempre razoáveis, e a sociedade, por meio das "opiniões e sentimentos prevalecentes". O único modo de contrapor-se a isso é assegurar ao indivíduo um núcleo de liberdades irredutíveis, entre as quais se destacam a de pensamento, expressão e reunião. Se eu puder me juntar a quem pense como eu, tenho chance de escapar da "tirania da maioria".
O interessante é que os benefícios dessa tolerância institucionalizada não ficam restritos ao indivíduo. Ela está na base de instituições que definem a modernidade, como a liberdade acadêmica e, com ela, o desenvolvimento tecnológico e científico, e a imprensa que, ainda que muito imperfeitamente, ajuda a controlar os apetites de nossos governantes.
Mais do que isso, a liberdade de expressão, ao assegurar que todos os temas possam ser discutidos sob todas as perspectivas, contribui para a sociedade encontrar o balanço entre mudança e estabilidade. Tome-se o caso da moral. Um debate aberto facilita o ajuste fino entre a saudável contestação e o necessário consenso.
É importante frisar que a liberdade de expressão só faz sentido se for estabelecida de maneira forte, ainda que não absoluta. Ninguém, afinal, precisa de garantias para dizer o que todos querem ouvir. Esse instituto só se torna relevante quando permite que mesmo ideias que nos pareçam desprezíveis, incluindo manifestações nazistas, racistas e biografias não autorizadas, circulem livremente. O tempo e um pouco de sorte acabam se encarregando de enterrar o que é lixo e preservar o que é útil.
Hélio Schwartsman
Hélio Schwartsman é bacharel em filosofia, publicou "Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão" em 2001. Escreve na versão impressa da Página A2 às terças, quartas, sextas, sábados e domingos e às quintas no site.
  • helio@uol.com.br
  • http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2013/10/

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

BRAZIL: Constatação I Rico tem dificuldades específicas; pobre, gerais.

RUMOREJANDO

www.rimasprimas.com.br

 Juca Zokner 

PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I (De diálogos conjugais).
O raposo
Perguntou,
Furioso,
Pra dona raposa:
“Aonde você andou?
E de onde você sacou
Essa flor-de-lis?
E essa mancha no nariz?”
“Foi uma mariposa.
Que ali pousou.
Com as patas com mel
Esse teu ciúme
Me deixa com azedume,
Pois você sabe muito bem
Que eu te sou fiel
E que sou contra harém.
Quanto à flor-de-lis,
Eu vi uma num quiosque
E como você nunca me presenteou
Mesmo sabendo que eu sempre quis
Eu colhi
Ali
Naquele tão formoso
E oloroso
Bosque”.
Constatação II
E como ponderava o cara-de-pau: “Depois de muitos anos de casado a gente passa a ter menos sexo, mas muito mais de quando era...”
Constatação III
Não se pode confundir cantata* com cantada**, muito embora, assim como o cara oferece flores, serenatas, como cantada para conquistar a mina, também, dependendo da sua voz, ou impostação da mesma, pode utilizar uma cantata com os iguais nobres objetivos. A recíproca, para esses maviosos casos é como é e tá acabado. Tenho dito!
*Cantata = Substantivo feminino
1. Rubrica: música.
Gênero de composição vocal-instrumental, predominantemente religiosa, em vários movimentos.
2. Rubrica: literatura.
Composição poética lírico-dramática de origem italiana, com partes recitadas e partes cantadas (árias)
3. Uso: informal.
m.q. cantada ('conversa')
4. Regionalismo: Portugal. Uso: informal.
Capacidade de enganar; astúcia, manha (Houaiss).
**Cantada = substantivo feminino
Regionalismo: Brasil.
1. Ação de cantar; canto, cantoria.
2. Derivação: sentido figurado. Uso: informal.
Conversa sedutora visando a uma conquista (Houaiss).
Constatação IV
A bruxa que só dizia
E só fazia
Bruxaria,
Nunca tinha laivos de civilidade.
Certo dia achou que havia
Cometido uma iniquidade.
Conheceu um bruxo, ora vejam, bondoso,
Calmo, tranquilo, charmoso,
Cujo fascínio lhe deixou enfeitiçada,
Assaz magnetizada.
Encantada.
Mas logo concluiu que não lhe serviria:
“Que barbaridade!
Ver alguém sem um pingo de maldade,
Só vai me trazer infelicidade”.
Constatação V (De uma dúvida crucial).
Se quem está meio gripado se costuma dizer que se encontra em estado gripal, quem está meio resfriado se encontra em estado resfriadal? Quem souber, por favor, comentários no blog. Obrigado.
Constatação VI (De outra dúvida crucial).
Será que um banqueiro quando ele paga menos de 1% ao mês da caderneta de poupança e empresta para um pobre de um tomador necessitado a cerca de 20% ao mês ele não fica vermelho de vergonha? Quem souber a resposta, por favor, comentários etc.
Constatação VII (De mais uma perguntinha inocente).
E já que falamos no assunto, alguém tem acompanhado o lucro pornográfico dos bancos e não tem ficado vermelho de raiva? Inclusive, com o fato dos bancos estarem fazendo economia para lucrarem ainda mais quando eles não colocam caixas em número suficiente, obrigando a gente ficar mais tempo na fila?
Constatação VIII (Sonho ou pesadelo?)
No ano passado,
Um dia sonhei
E fiquei
Todo contente
Que o Paraná
Foi o campeão
Do Brasileirão.
Quando acordei
Constatei
Que havia somente
Um padecimento:
O meu time,
Tão sublime,
Estava lá,
Novamente,
Ameaçado
De rebaixamento.
Coitado!
Constatação IX (De uma dúvida crucial).
Será que em países onde a poligamia é permitida, existem proclamas de casamento? E o problema de ter várias sogras como será que fica? Quem souber as respostas, por favor, comentários no blog. Mais uma vez, obrigado.
Constatação X (De outra dúvida crucial).
País colonizador costuma ter limites de fronteira?
Constatação XI
E como apregoava aquele dentista muito cônscio de faturar mais algum na sua profissão: “Deus dá nozes pra quem não tem quebra-nozes. Quem não tem dentes que venha ao meu consultório”.
Constatação XII (De uma nova versão da velha narração da cigarra e a formiga).
Falou a formiga,
À sua melhor amiga,
Fazendo uma intriga
“Que a cigarra não se liga
E sempre se empertiga
Com a mesma cantiga.
E que, agora, ela que siga
Para dançar em Riga.
Essa cantora de uma figa.
Essa cara de lombriga,
De quem tá com dor de barriga.
E não me desdiga,
Se não viro sua inimiga
E, daí, há o risco, periga
Termos uma boa briga”.
Constatação XIII
Quando ela viu,
No jornal
Local
E nos jornais
Policiais,
O retrato falado,
De frente
E também de perfil,
Do seu amado,
Velho namorado,
Aliás, bem retratado,
Ela intuiu,
Imediatamente,
Que sempre preferiu,
Muito mais,
Ele, no original,
Completamente
Pelado,
Tão-somente.
Constatação XIV (Sem pedir permissão ao meu grande Amigo Sérgio Antunes de Freitas, de Brasilia, para publicar o seu – dele – maravilhoso texto).
(Haikai de bebum)
 Na sala de estar,
 Alguns chamam de barzinho,
 Eu chamo de altar.
Constatação XV [De uma pseudo-fábula* confabulada (Indigna do guru Millôr), contada através de um pseudo-soneto].
*Rumorejando tem a satisfação de apresentar aos seus milhares de leitores (por modéstia, não falsa, não quis escrever milhões de leitores, espalhados por quatro Continentes, faltando atingir a Oceania) a sua última criação, ou seja, a pseudo-fábula, via pseudo-soneto. Rumorejando nesta primeira, digamos, audição a nível municipal, estadual, federal, mundial e intergaláctico, espera que os puristas gramáticos não se aborreçam com o fato, tampouco não fiquem com ciúmes por não terem chegado antes a tal invenção. A inspiração chegou por análise, dedução e com a ajuda imprescindível de algumas cuiadas de chimarrão. Aí vai, pois:
 
Esgotamento com glória.
 
De imediato ela foi tirando a roupa,
Alegando não ter muito tempo a perder.
“Venha depressa, assim você me poupa,
Já que não posso ficar até o anoitecer”.
 
Claro que obedeci na hora àquele mulherão,
Que nunca me havia dado a mínima pelota.
Afinal, eu sempre me julguei um cara bom.
E isso é a mais pura verdade. Não é lorota.
 
Ela não parou de falar nem por um momento,
Se queixando também da corrupção em nosso país.
O que para mim não deixou de ser um tormento.
 
Depois do enésimo orgasmo, ela resolveu ficar,
Usando desculpas de novela, de famosa atriz.
E eu que não mais me aguentava, achei que ia finar.
 
Moral: Dependendo do caso, sempre há tempo para ficar e para morrer...
 
Constatação XVI
Deu na mídia, mais precisamente no site do Estadão: “A presidente Dilma Rousseff afirmou na manhã desta segunda-feira,14, que seus prováveis adversários nas eleições de 2014 precisam "estudar muito" e "se prepararem". Data vênia, como diriam nossos juristas, mas Rumorejando acha que independente para que e quem for, todos deveriam ter a oportunidade de estudar e também de ter um atendimento médico digno que ela e seu antecessor tiveram no Hospital Sírio-Libanês, quando lá estiveram, por razões de enfermidade. Na verdade, os políticos de modo geral e os brasileiros em particular são todos falastrões, boquirrotos e... deixe pra lá... Vige!
RICOS E POBRES
Constatação I
Rico tem dificuldades específicas; pobre, gerais.
Constatação II
Rico sempre infere; pobre, nunca se dá conta.
Constatação III
Rico se indigna; pobre, fica p. da vida.
Constatação IV
Rico toma uísque escocês, envelhecido, pelo menos, 12 anos; pobre, cachaça recém batizada.
Constatação V
Rico pratica a desobediência civil; pobre é desordeiro.
Constatação VI
Rico tem panturrilha; pobre, batata da perna.
Constatação VII
Rico é categórico; pobre, não conhece o seu lugar.
Constatação VIII
Rico vai a bancarrota; pobre, vive nela.
Constatação IX
Rico enfrenta com seu BMW o aclive; pobre despenca da bicicleta na descida.
Constatação X
Rico tem questão; pobre, incriminação.
FÁBULA CONFABULADA (Indigna do guru Millôr).
Numa província chinesa, banhada pelo rio Amarelo, vivia um chinês, chamado Kah Puh Reh, que, desde a mais tenra idade, mostrou sua vocação para a liderança. Com cinco anos, já tinha junto a ele outras crianças para participarem de jogos que ele sugeria ou que ele inventava; com treze anos, comparecia às reuniões comunitárias, na companhia do seu pai, segredando no seu ouvido algumas sugestões que ele, o pai, Shey Neh Rey Neh, apresentava às pessoas e que, normalmente, eram aceitas praticamente por toda a assistência, dando ao pai certa notoriedade perante os demais presentes. Era o que se poderia chamar de como se costuma dizer no decadente Ocidente: “papagaio come milho, periquito leva a fama”. Mas isso, já é outra história, o que, absolutamente, não vem, nesse momento, para o caso; com vinte anos, quando foi servir o exército, seus superiores o alçaram a tarefas de liderança e Kah Puh Reh se saiu tão bem que foi promovido a anspeçada que é uma graduação de praça entre marinheiro/soldado e cabo; posteriormente, nas reuniões comunitárias, lá estava ele, interferindo com brilhantes sugestões, juntamente com seu pai, Shey Neh Rey Neh, que também fazia suas intervenções, porém, jamais, que conflitassem com as do filho. Um dia, depois de haver exercido vários cargos de mando, vencendo eleições, onde concorriam outros candidatos, dentro da hierarquia permitida pela cúpula, ele se candidatou a um cargo mais elevado dentre aqueles que ele já havia concorrido. A cúpula que, evidentemente, passou a temê-lo, ameaçou os seus prosélitos e simpatizantes a não comparecerem as eleições, sob pena de represálias de toda espécie, inclusive determinando que nada fosse comentado com Kah Puh Reh. Este, um bom tribuno, como todo líder, usou da palavra, apresentando seu plano de metas, que não tinha nada a ver com um determinado plano de um longínquo país, chamado Brasil, que caracterizou um governo de um determinado presidente da república, eleito pseudo-democraticamente, entre várias ditaduras e que, nesse instante, também não vem para o caso. Antes de terminar, já no final apoteótico, ouviram-se pouquíssimas palmas no recinto, muito poucas em relação ao número de assistentes presentes ao evento, ainda que tivesse tido a promessa de incondicional apoio, principalmente dos seus amigos e conhecidos. Kah Puh Reh, sentiu a barra e pensou lá com seus botões: “o mar não está para peixe” e, imediata e estrategicamente, encerrou, retirando a sua candidatura, alegando a necessidade de se formar uma chapa de consenso.
Moral: Para um bom entendedor meio silêncio basta.
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