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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

BRAZIL. CÂNCER DE MAMA...MUDANÇA DE HÁBITO.

 CÂNCER DE MAMA: O ANASTROSOL E EU.

Marina da Silva

Queridix amiguis, antes de começar a prosear com você sobre o "assunto" câncer e Anastrosol...

Não entre nesta bobagem de "linguagem neutra, não sei o quê de gênero" e outras merdas que só nos desinforma e desumaniza. Somos todos seres humanos e eu acredito, filhis de Deus. O apresentador Ratinho de forma execrável como a sua própria pessoa e programa jogou esta baboseira na TV1 como se o novo governo da Frente Ampla (vários partidos pela democracia) agora fosse obrigar  220 milhões de habitantes falar TODIS, AMIGUIS, POVIS.  Quem é mais velho ou não (TV Globo vive reprisando coisas velhas) lembrará que o Mussum do programa Trapalhões,  é o pai da linguagem "neutra" Cacildis! Mussum forevis2

www.google.com.br/images. Só assistia porque adorava o Mussum, a alma e comédia do programa Os Trapalhões.

Vortemos à vaca fria ou seja as lapadas que andei e ando levando do Anastrosol. Hoje abri a 6ª caixa deste medicamento (28 mini comprimidos X 5 caixas= 140dias) uns cinco meses mais ou menos. A terapia começou em Outubro, apanhei feio até Dezembro/2022. Dor, fadiga, cansaço infinito, ondas de calor, pés e mão gelados, insônia pelas ondas de calor, ansiedade, apertamento de dentes e o escambal. Este estado me abalou muito: era só cama e sofá-cama, entrei em parafuso por não conseguir faxinar, lavar 1 banheiro minúsculo e eu fui parar no psiquiatra que detectou volta da depressão e putaquipariu! Ajuste na medicação, abraços, ouviu meu chororô e como ele disse que eu sou forte e nada me derruba, acreditei. Meu psiquiatra me conhece mais que eu mesma, ponto final. Depressão? Eu encaro ela, dou uma voadora nela, eu sou a tal! Sai do consultório convencida da minha força e tomei posse disto. Voltei ao trabalho após férias e criei um plano para sair da depressão. Parei de me preocupar com serviços domésticos, banheiro lavado todos os dias, fazer comida eteceteras. Não nã conseguir escrever um trem qualquer para o blog estava me matando. Mas...xapralá! Né brinquedo não!Lá em Dezembro resolvi obedecer D1, a primeira Denise que conheci do grupo de mulheres Menina de peito (Facebook) e se tornou uma amiga especial na minha vida: vem para a acupuntura na Oncomed, ajuda com a dor. E é isto, tem uns trem que se a gente não vai por amor, curiosidade...vai pela dor, quando o bicho pega.  Mas o que eu sabia de acupuntura?

www.google.com.br/images O professor aloprado, filme de 1996, uma comédia deliciosa de Eddie Murphy e esta é uma das cenas mais hilárias do professor Sherman Klump para perder quilos mortais.  O ator faz seis papeis nesta comédia, vale a pena assistir.


Acupuntura para mim era agulha, furada de agulha, era esta cena da comédia O professor Aloprado. Nunca dei valor à acupuntura por mera estultícia, nunca procurei saber sobre acupuntura mesmo tendo contato direto com pessoas que fazem uso desta medicina milenar que é usada até os dias de hoje e segue firme. Minto, lembrei que conheci nos anos Oitenta, século XX, um médico oncologista e acupunturista que tinha uma clínica de dor e atendia pacientes, inclusive oncológicos. Não sei porque este assunto está guardado no mais profundo do meu cérebro e suspeito que, Freud explica,  medo da palavra câncer lá nos idos dos anos 1980. Pois bem, tracei um plano estratégico para encara o Anastrosol com todos os conselhos e dicas que me deram mulheres do grupo Menina de peito, médicos, enfermeiros dos hospitais Orizonti e Oncomedi e resolvi obedecer Denise: caminhadas ou qualquer exercício físico aeróbico, acupuntura, meditação, exercícios respiratórios, alongamentos. Vencer a depressão com fadiga não está sendo fácil; meditação eu começo bem e vem fadiga e ronco por horas; caminhadas estou fazendo e melhorando cada dia mais. Dores nas juntas e no corpo todo, ansiedade, bruxismo, fome por doces, bruxismo ou apertamento dos dentes, tensão muscular generalizada e localizada também no pescoço e costas.
http://www.usp.br/espacoaberto/arquivo/2005/espaco56jun/0dicas.htm Sou eu ali brilhando os pontos de dor. 21 de Dezembro comecei o tratamento com a medicina chinesa acupuntura.
 
Agora, acredite se quiser na minha palavra: a acupuntura ajuda e umas sementinhas que Dra. Andrea coloca nos pontos chaves na minha orelha também. Estou fazendo uma sessão semanal  e além que quebrar a cara com as agulhas (não há dor), o tratamento funciona. Que bom seria se este tratamento estivesse disponível para todos no SUS (não sei se o SUS fornece este tipo de terapia em algum lugar do Brasil, especialmente depois do Golpe contra a presidenta eleita, Dilma Rousseff em 31-10-2016) eu faço pelo plano de saúde.
Esta semana de carnaval 2023 notei que a ansiedade diminuiu ou sumiu, as dores diminuíram (levei um susto outro dia quando reparei que nem tudo estava doendo ao mesmo tempo); o bruxismo durante o dia diminuiu, não usei mais analgésicos (codeína) e miorrelaxantes em Fevereiro. Quinta-feira pós carnaval voltei para a consulta com meu psiquiatra e de cara vi que ele me olhou com aprovação. Ao final da consulta diminuiu pela metade a dose que foi aumentada e espaçou meu retorno. É pouco ou quer mais? Eu quero mais! Ainda esta semana não tive que lutar para não me jogar no sofá, a fadiga ainda me pega à tarde, mas encontra resistência; não me atiro no sofá de graça não! ô luta! A cama te chama, o sofá te chama, o chão te chama e você pega uma trouxa de roupas para passar ou tira um pó, ou lava o banheiro caindo aos pedaços de sono.

https://saocamilo-sp.br/noticias/docente_de_medicina_aborda_o_tema_acupuntura_benefcios_sade_da_pessoa_idosa_ao_blog_60_sade. Esta sou eu nas sessões fazendo exercícios respiratórios e repetindo mentalmente mantras que aprendi na fisioterapia.

Entonces...faço aqui  mea culpa por tratar a acupuntura de forma tão displicente e dar valor aos profissionais só agora porque precisei e esta medicina chinesa está me ajudando muito. Vinte anos atrás eu quebrava meus preconceitos contra psiquiatra, o médico de doidos e profissionais da psicologia e psicanálise que eu repetia as tolices que ouvia na mídia; achava que era modismo, esnobismo e hoje nos perrengues mais difíceis são estes profissionais que me ajudam levantar, sair do poço e seguir adiante. O mesmo vale para as agulhas da acupuntura e as sementinhas na orelha também. Obrigada Dra. Andrea.

Foto Marina da Silva. Acupuntura vem me ajudando com a depressão também. Esta foto é do dia 25-02-2023. Nem me lembrava como é bom um carinho assim com minha pessoa.

Acordei cedo, fiz faxina básica (tirar lixo e lavar uns trem na pia) e vazei para o salão: pintei raízes brancas dos cabelos, fiz pedicuro e manicure e saí de lá me sentindo muiiiiiiiiiiiiito bem! A dor, fadiga e escambal sumiram? Não, vão sumir, estou fazendo há 5 meses o tratamento com Anastrosol, NÃO DESISTI DO MEDICAMENTO e estou voltando para aumentar hábitos mais saudáveis. A escritaterapia tem me ajudado muito e estou voltando a escrever sobre assuntos que mais gosto neste blog. Quero me mostrar linda, recatada e no bar só tomar sucos (a glicose piorou, colesterol está aquele trem cabuloso, não peguei resultado da densitometria óssea, deixei para março quando farei mamografia nas mamas novas). Voltei a costurar, ops, tentar fazer peças com ajuda do You tube, estou viciada no You Tube (mídia verdadeira, jornalistas de peso e honestos com o que acreditam sobre assuntos políticos, econômicos, notícias importantes do Brasil e do mundo) e séries.
Finalmente...

Siga conselhos e não seja burra como eu. Em qualquer perrengue da vida faça a pergunta: Consigo sozinha? Consigo enfrentar só com a fé em Deus? Consigo com ajuda de Deus, família, amigos? Se a resposta for "não estou conseguindo", não espere ir ao fundo do poço nem me copie: use ajuda de profissionais habilitados, peça indicação de  médiquis ou sua oncologistis ou amiguis. Todes e toddixs podem nos ajudar a ter qualidade de vida! Se tiver plano e este fornecer o serviço de acupuntura, use-o! Já diz o ditado: quem num escuta conselho (meu caso), escuta ô coitadis! Ai ai ai ai. kkkkkkk
Bjis e pandiquejis.
 
P.s.: Muitas pessoas quando ouviram minha saga anastrosolítiquis me disseram algo que me fez mal: paga uma faxineira; deixa de pão-duragem e paga alguém pra te ajudar. É camaradis, companheris é foda você nascer com DNA Elza Soares,  Carolina Maria de Jesus,  Clarice Lispector, Cora Coralina, Adélia Prado, Denise D1, Maria Cristina, Marina xará carioca e muitas outras mulheres fenomenais e receber acolhimento  regina duarte, susana vieira, cássia kiss, damares alves...
Relevei? Não, só deletei.


Referências no "causo"

1. Sobre um excelente esclarecimento da "linguagem neutra e a escrotice do Carlos Massa, o ratinho que elegeu o filho político no Paraná, assista o evangélico Aquias Santarem do canal Critica Brasil, é imperdível e este crente é ótimo. https://www.youtube.com/live/bDmAamgdIps?feature=share

2.https://www.amazon.com.br/Mussum-For%C3%A9vis-Juliano-Barreto/dp/8544100252 "Cacildis! Tudo o que você sempre quis saber sobre o Mussum, mas não podia perguntar ao Didi. Antonio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido como Mussum, é um dos mais amados humoristas brasileiros. Mas você sabia que ele também era sambista? E que era torcedor fanático da Mangueira? E que serviu a Aeronáutica?Mussum é cultuado inclusive por quem não teve a oportunidade de vê-lo junto a Didi, Dedé e Zacarias no saudoso programa “Os Trapalhões”. Mussum forévis, a primeira biografia deste ídolo e artista multifacetado traz detalhes não só sobre sua carreira na TV, mas como músico em conjuntos como “Os 7 Modernos” e “Os originais do samba”. Este último inclusive costumava se apresentar como banda de apoio de artistas do porte de Elis Regina, Jorge Ben, Jair Rodrigues, Martinho da Vila e Baden Powell. O mé, a relação com Renato Aragão e os outros Trapalhões, e muito mais nessa biografia “imperdívis”.

domingo, 26 de fevereiro de 2023

BRAZIL. EMILY IN PARIS... COMEDY?

 EMILY IN PARIS

www.google.com.br/images. Series list. Irreproachable. Want to know who's who? Watch.

Marina da Silva

 

Emily in Paris is the name of an American series - it was produced before the Covid-19 pandemic - and which premiered in October 2020 in the United States and Brazil1, if my memory serves me right, between the end of 2021-2022 on Netflix. In the country of soap operas, Brazil, the television series is classified as a romantic comedy, a soap opera by Globo at 7 pm and could be seen only as a bit of humor to endure the pain and mourning of the genocide committed by the #bolsonarogenocide government during the pandemic Covid-19 in Brazil (Apr./2020-2022). Laughter is the best medicine - says the popular saying - and Emily in Paris is just another silly comedy. But it will be?

Let's go with Emily Cooper (Lily Colins) a young XXI century to unveil the plot of the series. Emily works for an American marketing and advertising corporation in Chicago, Illinois - Gilbert Group, and, despite her inexperience, was chosen by her boss Madeleine Weeler (Kate Walsh, actress of the series 13 Reason why )2 to replace her in the French branch Savoir, marketing aimed at the luxury market, nec plus ultra, recently incorporated by Gilbert.

www.google.com.br/images. Emily's boss, phenomenal actress Kate Walsh the ultimate laugh-maker!

Emily, an office-girl*, a trainee who takes care of the boss's coffee and coat, is chosen as a substitute for Madeleine Weeler, personality of the Year, head-director of the Gilbert group to be the new boss in Paris, the city of Lights, birthplace of republican ideals, the French Revolution and the ideals of liberté, equality, fraternité, humanism, encyclopedism? Cradle of Rosseau, Diderot, Saint-Simon, of Napoleon's imperial power, of great authors such as Balzac, Victor Hugo, Zola, Guy de Maupassant? Strange. It can only be comedy.Yes, it was this great strangeness: the bold-faced Emily, who doesn't speak French and knows little or nothing about France in general and Paris in particular, who readily accepts as sub-manager of the French luxury marketing team who  made me follow this saga. It has to be a joke, right?
https://www.pods.com/blog/2021/02/chicago-living/. Chicago...UAU!
Quer conhecer, viver, morar em Chicago?  

 
"Chicago is the birthplace of skyscrapers. The first skyscraper in the country was built there, in 1884, with 10 floors and a steel structure."https://engenharia360.com/chicago-historia-arquitetura-urbanismo/

Beautiful, historic, rich, founded in 1837 (186 years), about 2.7 million inhabitants. Chicago is the third most populous city in the USA. It mixes the historic and the contemporary (downtown) and the rich area of the suburbs. Chicago is known for the University of Chicago, Big Tech companies, the Chicago Bulls -NBA basketball; sad historical facts of racism told in Hollywood movies like Chicago Burning. And of course there's a lot of history beyond this paragraph. The opening images show the ultra modern city of Chicago, full of tall buildings and Emily jogging, all equipped with a cell phone and a performance application. For those who know History and Geography, the narrative is already explained in this opening: New world and Old world, but both countries, two imperialist capitalist powers where the Old world was overcome and destroyed in the two great wars of the 20th century - World War I (1914- 1918) and World War II (1938-1945).
https://www.tudosobreparis.com/historia.Everything about Paris is almost nothing of a city founded in the 4th century BC. Yes, Paris is old and there is no way to study world history without talking about the importance of Paris.
Emily is the freshness, the youth, the liberal “new world” that, in the 1970s, starts to impose itself in the so-called neoliberal wave and/or revolution and that arrives in the 21st century ultra neoliberal, anarcho-capitalist-conservative-libertarian ( a paradoxical designation) globalized, neocolonialist, imperial, fascist, extremist where the dispute to maintain the USA as the only power in the world takes place on the same old fundamentals: exacerbated individualism, selfishness, competition, profit at any price, greed, bet, risk, creativity (return to wild practices), free market, private property, unrestricted freedom (same as market deregulation, minimal state) and the anything goes vision of Silicon Valley's young big tech billionaires. With the supremacy of financial capital over productive capital, the planet begins to live with crises produced on Wall Street where fortunes disappear, billionaires sprout in the manipulation of the digital economy, interconnected in currencies never seen before.3 The great example of the current century was the mega theft of Wall Street, the great financial speculation, known as the subprime crisis)4
    
www.google.com.br/images.Emily in Paris reminds me of Black Mirror season 3 episode Nosedive. An unmissable critique of the social dilemma that guarded living has become  in cyberspace

"Paris was founded in the 3rd century BC on the île de la Cité by a community of Celts. They were a group of tribal fishermen called the Parisii who, pushed by emigration to the banks of the Seine, made a permanent settlement there and profited from the fertility and the area's temperate climate, plus the Seine Islands seemed the perfect place for this small community to establish its capital."http://www.paris-city.fr/GB/paris-city/au-fil-du-temps/histoire.php

Emily introduces herself to her new job in advance and is greeted like an ET, an outsider, arrogant as the Number One powerhouse with her feigned and offensive naturalness. There is a big cultural shock between the old world and the new world; between the $1.99*, generic, mass life style against the exclusive, rare, luxurious style; the ordinary versus the elegant; the sophisticated versus the vulgarity of ostentation. Emily doesn't even notice this cultural contrast and clash. She sees Paris with the eyes of a tourist who photographs everything and hashtags #EmilyinParis on her Instagram profile and sees her likes and followers grow at North American speed, that is, the speed of light. Her admiration empty of content in historical sights represents only the ostentation to show that she is in the very expensive city of Paris, the Paris for few, “second class” French people, included.

Emily is the fast life, drive-thru Mc Donald’s, the world of unbridled consumerism with no time to enjoy a break for wine, a cigarette, a chat with colleagues on a break from work. The first season is very rich: of dialogues, confrontations of two different worlds, narratives and visions that collide, of different cultures and ideals, of vision of companies, of relationships and work management that do not/or mix in personal life. Chronicles in the Brazilian media call them mere clichés and there is a reason not to believe in this prescription and to view Emily's romantic comedy in Paris with critical eyes.

The animosity between the old and the new is reflected in the watch, oops, cell phone, in the young woman's obsession with schedules, and physical activity. Emily is the new Forrest Gump, all the historical and architectural wealth of Paris is invisible to her and her camera captures only superficialities and their faces and mouths in selfies. The locations are real, beautiful, have a historical charge that populates French literature. The sold image of Paris is superficial, the "Lights" today are represented by the lighting of the Eiffel Tower. You can laugh a lot in the series, more so with the cast of Savoir.
www.google.com.br/images.This trio is fantastic, provides great laughs: Philippine Leroy-Beaulieu (Sylvie is Paris embodies the complex spirit of the city, the chic, elegant, biting and acid laugh); Samuel Arnould (Julian, would be "Emily" well dressed, wonderful looks), Bruno Gouery (Luc, mysterious character who speaks what others do not express verbally, intentionally lets secrets escape, is the conspirator).

Emily is the ideal type of worker: workahoolic, she doesn't distinguish between work time and life time; work and fun/leisure. It is plugged in 24 hours a day, 7 days a week without interruption. Emily confuses soiré - party, dinner, date from the end of the afternoon and evening with the same as extending the working day into the night, without Saturday, Sunday, holidays, vacations. All of Emily's energy is focused on working like a robot to have the merit of reaching a sub-director, sub-management believing in the fake self mad doctrine of the American dream, her life and joy revolves around work even when she is only sharing “their discoveries” like the deliciousness of a croissant or their stepping in the shit of a madam's dog, their runs through famous streets and squares, any discovery is a shock shared on social networks. Tongue twisters in the pronunciation or gender of a noun become caricatured war of the French language: un and une; le (definite article) used in a feminine noun vagin: le vagin not la vagin. And the direct link to wikipedia culture is hilarious: the pronunciation vagin (vajan) refers Emily to the famous character of Vitor Hugo Jean Valjean (jan vajan) Les Miserables; Does Normandy remember D-Day?

The new is public, superficial, spiritually poor and shared with billions of human beings in cyberspace, where pets, choreographed dances on Tik Tok, haters, fakenews,5 absurd bets like sticking a cell phone in the vagina or anus.6 Even the interactions friendship, family, love are poor, they don't forge true ties and can be done from a distance without physical approach as in the crude scene of Emily having virtual sex and getting in the hand, oops, her boyfriend's premature ejaculation and his vibrator that didn't respect her voltage from the old building and shorted out the neighborhood.

Two life narratives are clashing, very cartoonishly, in the series. Which world (or free market) will win in the 21st century? The poor, generic, fake, pirated, mass consumerism and globalized by the fast, furious, deregulated, meritocratic, deindustrialized, financialized and speculative market, authoritarian ultraliberal libertarian world, of the militarized minimal state, of superconcentration of wealth in 1% billionaires like Elon Musk or the old world, of rare, very expensive, high quality goods for the few and where the separation of factory and home still resists; work and life; labor rights, wages, working hours and leisure, sovereignty even if watched over by the US, human relations and richer labor relations that still allow forging strong human ties? 

www.google.com.br/images. Clothes, shoes, bags, sandals, boots, berets, and countless accessories, including the Eiffel tower keychain.

In the first ten episodes of the first season, all this discussion above is veiled by tourist landscapes of Paris, by the super fashionista wardrobe: Emily dressed for work. Emily is a hanger, a body for merchandise from head to toe, the walking poster girl for several famous brands selling products on her social networks, that is, on Mark Zukerberg's networks just like Anastasia Steel, the poor virgin who falls in love with the billionaire Mr. Gray and surrenders to luxury goods in more than 50 shades of Gray.7 If we stop to think a little about the place where Emily lives in Paris, a loft(?) of about 40 square meters, formerly a room for servants of the French nobility, we would ask: where the hell does this woman keep so many shoes, handbags, famous designer clothes? But there are still many questions posed in this first season and they will come in the following text. Wait because the story continues in episode 2 of season 1.

 (continued) EMILY FEVER IN PARIS IN BRAZIL'S CYBERSPACE.

 "In times of a pandemic, watching a series “water with sugar” makes your heart warm, and that's what I did over the weekend: I marathoned the series “Emily in Paris”, on Netlix (which also talks about my work, and for this became a post here lol). Those who follow me on Instagram saw some clippings I made while watching, but now I sat down to write about the costumes for the series Emily in Paris and what we can learn from it!" https://vestindoautoestima.com.br/figurino-da-serie-emily-in-paris/

 ****

Source

*Emily Cooper appears - in S1Ep1- running after her boss, grabbing her coat, bringing coffee, but she is a promising employee, she has an MBA with a master's degree in advertising and mass communication in social networks, cyberspace consumers.

** Life style $1.99 is a neologism, an expression coined or appropriated by me in the quest to understand, learn and apprehend the changes that occur with the so-called “3rd technological revolution” from the productive restructuring based on microelectronics, robotics, etc. , which affected the world of work and the social relations of production, leading to the corrosion and corruption of the construction of human sociability that was put in place in the post-World War II period, known as the Keynesian state or the welfare state.

1. Emily in Paris. Netflix (2020) https://www.netflix.com/ 1

2. 13 Reasons why, Netflix.

4. FERGUNSON, Charles H. THE HIDDEN OF AMERICA. How financial corporations corrupted the United States. Rio de Janeiro: Zahar publishing house, 2013.

5. On the social media dilemma, see: HACKED PRIVACY/ THE GREAT HACK https://www.netflix.com/ and THE SOCIAL DILEMMA https://www.netflix.com/watch/ Netflix Documentaries

6. On the subject, see THE MOST HATED MAN ON THE INTERNET. Netflix Documentary https://www.netflix.com/watch/81413925?trackId=254761469

7. Fifty Shades of Gray Trilogy movies available on Netflix

sábado, 25 de fevereiro de 2023

BRÉSIL. ÉMILIE À PARIS... COMEDIE ?

ÉMILIE À PARIS
www.google.com.br/images. ACTEURS ET ACTRICES de la série. Irréprochable. Vous voulez savoir qui est qui ? Surveiller.

Marina da Silva

 

Emily in Paris est le nom d'une série américaine - elle a été produite avant la pandémie de Covid-19 - et dont la première a eu lieu en octobre 2020 aux États-Unis et au Brésil1, si ma mémoire est bonne, entre fin 2021-2022 sur Netflix . Au pays des feuilletons, le Brésil, la série télévisée est classée comme une comédie romantique, un feuilleton de TV Globo à 19 heures et ne pouvait être vue que comme un peu d'humour pour endurer la douleur et le deuil du génocide commis par les # gouvernement bolsonarogénocide pendant la pandémie de Covid-19 au Brésil (avril/2020-2022). Le rire est le meilleur des remèdes - dit le dicton populaire - et Emily à Paris n'est qu'une comédie idiote de plus. Mais ce sera?

Partons avec Emily Cooper (Lily Colins) une jeune du XXI siècle pour dévoiler l'intrigue de la série. Emily travaille pour une société américaine de marketing et de publicité à Chicago, Illinois - Grupo Gilbert, et, malgré son inexpérience, a été choisie par sa patronne Madeleine Weeler (Kate Walsh, actrice de la série 13 Reason Why ou The 13 Reasons Why)2 pour remplacer her au sein de la filiale française Savoir, marketing destiné au marché du luxe, nec plus ultra, récemment incorporé par Gilbert.

www.google.com.br/images. La patronne d'Emily, la phénoménale actrice Kate Walsh est la principale productrice de rires !

Emily, une office-girl*, stagiaire qui s'occupe du café et du manteau du patron, est choisie comme remplaçante de Madeleine Weeler, personnalité de l'année, directrice générale du groupe Gilbert pour être la nouvelle patronne à Paris, la Ville Lumière, berceau des idéaux républicains, de la Révolution française et des idéaux de liberté, d'égalité, de fraternité, d'humanisme, d'encyclopédisme ? Berceau de Rosseau, Diderot, Saint-Simon, de la puissance impériale de Napoléon, de grands auteurs comme Balzac, Victor Hugo, Zola, Guy de Maupassant ? Étrange. Ce ne peut être que de la comédie.
Oui, c'était cette grande étrangeté : l'audacieuse Emily, qui ne parle pas français et ne connait pas ou peu la France en général et Paris en particulier, qui accepte volontiers comme sous-responsable de l'équipe marketing du luxe français qui m'a fait suivre cette saga. Ça doit être une blague, non ?
https://www.pods.com/blog/2021/02/chicago-living/. Chicago... WAOUH !
Vous voulez connaître,  vivre à Chicago ?
 
"Chicago est le berceau des gratte-ciel. Le premier gratte-ciel du pays y a été construit, en 1884, avec 10 étages et une structure en acier."https://engenharia360.com/chicago-historia-arquitetura-urbanismo/

Belle, historique, riche, fondée en 1837 (186 ans), environ 2,7 millions d'habitants. Chicago est la troisième ville la plus peuplée des États-Unis. Il mêle l'historique et le contemporain (centre-ville) et le quartier riche de la banlieue. Chicago est connue pour l'Université de Chicago, les entreprises Big Tech, le basket-ball Chicago Bulls -NBA; de tristes faits historiques sur le racisme racontés dans des films hollywoodiens comme Chicago Burning. Et bien sûr, il y a beaucoup d'histoire au-delà de ce paragraphe. Les images d'ouverture montrent la ville ultra moderne de Chicago, pleine de grands immeubles et d'Emily jogging, le tout équipé d'un téléphone portable et d'une application de performance. Pour ceux qui connaissent l'Histoire et la Géographie, le récit est déjà expliqué dans cette ouverture : Nouveau monde et Ancien monde, mais les deux pays, deux puissances capitalistes impérialistes où l'Ancien monde a été vaincu et détruit dans les deux grandes guerres du XXe siècle - Première Guerre Mondiale (1914-1918) et Seconde Guerre mondiale (1938-1945).

https://www.tudosobreparis.com/historia. Tout à propos de Paris n'est presque rien d'une ville fondée au 4ème siècle avant JC. Oui, Paris est vieux et il n'y a aucun moyen d'étudier l'histoire du monde sans parler de l'importance de Paris.

Emily c'est la fraîcheur, la jeunesse, le « nouveau monde » libéral qui, dans les années 1970, commence à s'imposer dans la soi-disant vague néolibérale et/ou révolution et qui arrive au 21ème siècle ultra néolibéral, anarcho-capitaliste-conservateur -libertaire (une appellation paradoxale) mondialisée, néocolonialiste, impériale, fasciste, extrémiste où la contestation pour maintenir les USA comme seule puissance au monde se déroule sur les mêmes vieux fondamentaux : individualisme exacerbé, égoïsme, concurrence, profit à tout prix, la cupidité, le pari, le risque, la créativité (retour aux pratiques sauvages), le marché libre, la propriété privée, la liberté sans restriction (comme la déréglementation du marché, l'État minimal) et la vision de tout ce qui est permis aux jeunes milliardaires de la Silicon Valley. Avec la suprématie du capital financier sur le capital productif, la planète se met à vivre des crises produites à Wall Street où les fortunes disparaissent, les milliardaires germent dans la manipulation de l'économie numérique, interconnectés dans des monnaies jamais vues.3 Le grand exemple du siècle actuel était le méga vol de Wall Street, la grande spéculation financière, connue sous le nom de crise de Subprime).4



www.google.com.br/images.Emily à Paris me rappelle l'épisode Nosedive de la saison 3 de Black Mirror. revue incontournablesur le dilemme social que  est devenu la vie surveillée dans le cyberespace

"Paris a été fondée*** au IIIe siècle avant J.-C. sur l'île de la Cité par une communauté de Celtes. C'était un groupe de pêcheurs tribaux appelés les Parisii qui, poussés par l'émigration vers les bords de Seine, s'y installèrent définitivement profitant de la fertilité et du climat tempéré de la région, les îles de la Seine semblaient être le lieu idéal pour que cette petite communauté installe sa capitale. "http://www.paris-city.fr/GB/paris-city/au-fil-du-temps/histoire.php

Emily se présente à l'avance à son nouveau travail et est accueillie comme une extraterrestre, une intruse, arrogante comme la  Puissance numéro un avec son naturel feint et offensant. Il y a un grand choc culturel entre l'ancien monde et le nouveau monde ; entre le style de vie de masse à 1,99 $*, générique et le style exclusif, rare et luxueux ; l'ordinaire contre l'élégant; le sophistiqué contre la vulgarité de l'ostentation. Emily ne remarque même pas ce contraste et ce choc culturel. Elle voit Paris avec les yeux d'une touriste qui photographie tout et hashtags #EmilyinParis sur son profil Instagram et voit ses likes et followers grandir à la vitesse nord-américaine, c'est-à-dire à la vitesse de la lumière. Son admiration insatisfaite pour les curiosités historiques ne représente qu'une ostentation pour montrer qu'il est dans la ville très chère de Paris, le Paris pour peu,  Français « de seconde classe » inclus.

Emily est la vie rapide,  Drive-thru Mc Donald's, le monde de la consommation débridée qui n'a pas le temps de s'offrir une pause vin, une cigarette, une conversation avec des collègues pendant une pause de travail. La première saison est très riche : de dialogues, de confrontations de deux mondes différents, de récits et de visions qui s'entrechoquent, de cultures et d'idéaux différents, de vision d'entreprises, de relations et de gestion du travail qui ne se mélangent pas dans la vie personnelle. Les chroniques des médias brésiliens les qualifient de simples clichés et il y a une raison de ne pas croire à cette prescription et de voir la comédie romantique d'Emily à Paris avec un œil critique.

L'animosité entre l'ancien et le nouveau se reflète dans la montre, oups, le téléphone portable, dans l'obsession de la jeune femme pour les horaires et l'activité physique. Emily est la nouvelle Forrest Gump, toute la richesse historique et architecturale de Paris lui est invisible et sa caméra ne capte que les superficialités et  leurs visages et leurs bouches en selfies. Les lieux sont réels, beaux, ont une charge historique qui peuple la littérature française. L'image vendue de Paris est superficielle, les "Lumières" aujourd'hui sont représentées par l'éclairage de la Tour Eiffel. On peut beaucoup rire dans la série, encore plus avec le casting de Savoir.

www.google.com.br/images.Ce trio est fantastique, il offre  grands éclats de rire : Philippine Leroy-Beaulieu (Sylvie is Paris incarne l'esprit complexe de la ville, le rire chic, élégant, mordant et acide) ; Samuel Arnould (Julian, serait "Emily" bien habillé, look magnifique), Bruno Gouery (Luc, personnage mystérieux qui dit ce que les autres n'expriment pas verbalement, laisse intentionnellement échapper des secrets, est le conspirateur).

Emily est la travailleuse idéale : bourreau de travail, elle ne fait pas la distinction entre temps de travail et temps de vie ; travail et amusement/loisirs. Il est branché 24h/24 et 7j/7 sans interruption. Emily confond soiré - fête, dîner, rendez-vous de fin d'après-midi et soirée avec le même que prolonger la journée de travail dans la nuit, sans samedi, dimanche, jours fériés, vacances. Toute l'énergie d'Emily est concentrée à travailler comme un robot pour avoir le mérite d'atteindre un sous-directeur, sous-manager croyant à la fausse doctrine folle du rêve américain, sa vie et sa joie tournent autour du travail même lorsqu'elle ne fait que partager "leurs découvertes" comme le délice d'un croissant ou se salir les chaussures avec de la merde de chien  de madame, elle parcourt les rues et places célèbres, toute découverte est un choc partagé sur les réseaux sociaux. Les virelangues dans la prononciation ou le genre d'un nom deviennent la guerre caricaturale de la langue française : un et une ; le (article défini) utilisé dans un nom féminin vagin : le vagin et non la vagin. Et le lien direct avec la culture wikipedia est hilarant : la prononciation vagin (vajan) renvoie Emily au célèbre personnage de Vitor Hugo Jean Valjean (jan vajan) Les Misérables ; La Normandie rappelle à Emily le jour D.

Le nouveau est public, superficiel, spirituellement pauvre et partagé avec des milliards d'êtres humains dans le cyberespace, où chiens, chats, danses chorégraphiées sur Tik Tok, haters, fakenews5, paris absurdes comme enfoncer un téléphone portable dans le vagin ou l'anus6. les interactions humaines d'amitié, de famille, d'amour sont pauvres, elles ne tissent pas de vrais liens et peuvent se faire à distance sans approche physique comme dans la scène grossière d'Emily faisant l'amour virtuellement et étant dans la main, oups, l'éjaculation précoce de son copain et son vibromasseur qui ne respecte pas le voltage de l'ancien  bâtiment et a donné un  manque général d'électricité dans le quartier.

Deux récits de vie s'affrontent, très caricaturalement, dans la série. Quel monde (marché libre) gagnera au 21ème siècle ? Le pauvre, générique, faux, pirate, consumérisme de masse et globalisé par le « nouveau monde » monde marchand rapide, furieux, déréglementé, méritocratique, désindustrialisé, financiarisé et spéculatif, ultralibéral libertaire autoritaire, de l'État minimal militarisé, de la surconcentration des richesses dans les 1% milliardaires comme Elon Musk ou le vieux monde, des biens rares,  très cher, des produits de la plus haute qualité et pour quelques-uns et où la séparation de l'usine et de la maison résiste encore ; travail et vie X le travail c'est la vie; droits du travail, salaires,des heures de travail et de loisirs, une souveraineté même si elle est surveillée par les États-Unis, des relations humaines et des relations de travail plus riches qui permettent encore de tisser des liens humains forts ? 

www.google.com.br/images.Vêtements, chaussures, sacs, sandales, bottes, bérets et d'innombrables accessoires, dont le porte-clés tour Eiffel.

Dans les dix premiers épisodes de la première saison, toute cette discussion ci-dessus est voilée par les paysages touristiques de Paris, par la garde-robe super fashionista : Emily habillée pour le travail. Emily est un cintre, un corps pour la marchandise de la tête aux pieds, la fille de l'affiche  colporteur de plusieurs marques célèbres vendant des produits sur leurs réseaux sociaux, c'est-à-dire sur les réseaux de Mark Zukerberg tout comme Anastasia Steel, la pauvre vierge qui tombe amoureuse du milliardaire M. Gris et s'abandonne au luxe dans plus de 50 nuances de gris.7 Si l'on s'arrête un peu sur l'endroit où vit Emily à Paris, un loft (?) d'environ 40 mètres carrés, anciennement une chambre pour les domestiques des Français noblesse, demanderions-nous : où diable cette femme garde-t-elle tant de chaussures, de sacs à main, de vêtements de créateurs célèbres ? Mais de nombreuses questions se posent encore dans cette première saison et elles viendront dans le texte suivant. Attendez car l'histoire continue dans l'épisode 2 de la saison 1.

  (suite) LA FIÈVRE  EMILY A PARIS DANS LE CYBERESPACE BRÉSIL

"En temps de pandémie, regarder une série "de l'eau avec du sucre" me fait chaud au coeur, et c'est ce que j'ai fait le week-end : j'ai marathonien la série "Emily à Paris", sur Netlix (qui parle aussi de mon travail, et C'est pourquoi c'est devenu un post ici lol). Ceux qui me suivent sur Instagram ont vu quelques coupures que j'ai faites en regardant, mais maintenant je me suis assis pour écrire sur les costumes de la série Emily à Paris et ce que nous pouvons en apprendre !" https://vestindoautoestima.com.br/figurino-da-serie-emily-in-paris/

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Source

*Emily Cooper apparaît - dans S1Ep1- courant après son patron, attrapant son manteau, apportant du café, mais c'est une employée prometteuse, elle a un MBA avec une maîtrise en publicité et communication de masse dans les réseaux sociaux, consommateurs du cyberespace.

** Le style de vie 1,99 $ est un néologisme, une expression inventée ou appropriée par moi dans la quête pour comprendre, apprendre et appréhender les changements qui se produisent avec la soi-disant « 3e révolution technologique » de la restructuration productive basée sur la microélectronique, la robotique, etc. . , qui a affecté le monde du travail et les rapports sociaux de production, entraînant la corrosion et la corruption de la construction de la sociabilité humaine qui s'est mise en place dans la période post-Seconde Guerre mondiale, connue sous le nom d'État keynésien ou d'État-providence .

*** 26-06-2008. "Paris a 3 000 ans de plus qu'on ne le penait, selon les archéologues .L'occupation de la capitale française par les chasseurs remonte au Mésolithique, il y a environ 10 000 ans. Les pointes de flèches indiquent la présence humaine ; Village gaulois un fini par ville d'origine." https://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL614833-5603,00-PARIS+AND+ANOS+MORE+VELHA+THAN+THE+THINK+AFIRM+ARCHAEOLOGOS.html

1.Emily à Paris. Netflix (2020) https://www.netflix.com/ 1

2. 13 raisons pour lesquelles, Netflix.

4. FERGUNSON, Charles H. LE CACHÉ DE L'AMÉRIQUE. Comment les sociétés financières ont corrompu les États-Unis. Rio de Janeiro : maison d'édition Zahar, 2013.

5. Sur le dilemme des réseaux sociaux, voir : HACKED PRIVACY/ THE GREAT HACK https://www.netflix.com/ et THE SOCIAL DILEMMA https://www.netflix.com/watch/ Netflix Documentaries

6. Sur le sujet, voir L'HOMME LE PLUS DÉTESTÉ SUR INTERNET. Documentaire Netflix https://www.netflix.com/watch/81413925?trackId=254761469

7. Films de la trilogie Cinquante Nuances de Grey disponibles sur Netflix

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

BRAZIL. EMILY EM PARIS...COMÉDIA?

 

EMILY EM PARIS

www.google.com.br/images. Elenco da série.  Irreprochável. Quer saber quem é quem? Assista.


Marina da Silva

 

Emily em Paris é o nome de uma série norte-americana - foi produzida antes da pandemia Covid-19 – e que  estreou em outubro de 2020 nos Estados Unidos e no Brasil1, se não me falha a memória, entre final de 2021-2022 pela Netflix. No país das novelas, Brasil, a série televisiva é classificada como comédia romântica, uma novela da Globo do horário das 19H e poderia ser vista somente como um pouco de humor para aguentar a dor e luto do genocídio cometido pelo governo #bolsonarogenocida durante a pandemia Covid-19 no Brasil (abr./2020-2022). Rir é o melhor remédio - diz o dito popular - e Emily em Paris é só mais uma comédia bobinha. Mas será?

Vamos com Emily Cooper (Lily Colins) uma jovem século XXI desvelar a trama ou o enredo da série. Emily trabalha numa corporação estadunidense de marketing e propaganda de Chicago, Illinois - Grupo Gilbert, e, apesar de sua inexperiência, foi escolhida por sua chefe Madeleine Weeler (Kate Walsh, atriz da série 13 Reason why ou Os 13 porque)2 para substituí-la na filial francesa Savoir, marketing voltado para o mercado de luxo, nec plus ultra, recentemente incorporada pela Gilbert.

www.google.com.br/images. A chefe de Emily, a fenomenal atriz Kate Walsh a principal causadora de risos!

Emily, uma ofice-girl*, trainee que cuida do cafezinho e casaco da chefe, é escolhida como substituta de Madeleine Weeler, personalidade do Ano, chefe-diretora do grupo Gilbert para ser a nova chefe em Paris, a cidade das Luzes, berço dos ideais republicanos, da Revolução francesa  e dos ideais liberté, igualité, fraternité, do humanismo, enciclopedismo? Berço de Rosseau, Diderot, Saint-Simon, da potência imperial de Napoleão, de grandes autores como Balzac, Vitor Hugo, Zola, Guy de Maupassant? Estranho. Só pode ser comédia.
Sim, foi este  grande estranhamento: a cara-de-pau da Emily, que não fala francês e nada ou pouco sabe sobre a França em geral e Paris em particular, que aceita prontamente sub-chefiar a equipe francesa de marketing de luxo quem me fez seguir esta saga. Só pode ser piada, certo?
https://www.pods.com/blog/2021/02/chicago-living/. Chicago...UAU!
Quer conhecer, viver, morar em Chicago?  

 
"Chicago é a cidade berço dos arranha-céus. O primeiro arranha-céu do país foi construído lá, no ano de 1884, com 10 andares e estrutura de aço."https://engenharia360.com/chicago-historia-arquitetura-urbanismo/

Linda, histórica, riquíssima, fundada em 1837 (186 anos), cerca de 2.7 milhões de habitantes. Chicago é a terceira mais populosa  cidade dos EUA. Mistura o histórico e o contemporâneo (downtown) e a riquíssima área dos subúrbios. Chicago é conhecida pela Universidade de Chicago, Big Tech companies, pelo Chicago Bulls -basquete NBA; fatos históricos tristes de racismo contados em filmes de Hollywood como Chicago em chamas. E claro tem muita História além deste parágrafo. As imagens da abertura mostram a ultra moderna cidade de Chicago, abarrotada de edifícios altíssimos e Emily fazendo “cooper”, toda aparatada com celular e aplicativo de performance. Para quem conhece  História e Geografia a narrativa se explicita já nesta abertura: Novo mundo e Velho mundo, mas ambos países, duas potências capitalistas imperialistas aonde o Velho mundo foi superado e destruído nas duas grandes guerras do século XX - Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e Segunda Guerra Mundial (1938-1945).

https://www.tudosobreparis.com/historia. Tudo sobre Paris é um quase nada de uma cidade fundada no século IV ac. Sim, Paris é velha e não há como estudar a História mundial sem falar da importância de Paris.

Emily é o frescor, a juventude, o “novo mundo” liberal que, na década dos anos 1970 passa a se impor na chamada  vaga e/ou revolução neoliberal e que chega ao século XXI ultra neoliberal, anarco-capitalista-conservadora-libertariana (uma paradoxal designação) globalizado, neocolonialista, imperial, fascista, extremista aonde a disputa para manutenção dos EUA como potência única no mundo se dá sobre os mesmos e velhos fundamentos:  individualismo exacerbado, egoísmo, competição, lucro a qualquer preço, ganância,  aposta,  risco, criatividade (retorno a práticas selvagens),  livre mercado,  propriedade privada, liberdade irrestrita (o mesmo que desregulação do mercado, estado mínimo) e a visão vale tudo dos jovens bilionários das big tech do Vale do silício. Com a supremacia do capital financeiro sobre o capital produtivo o planeta passa a viver com crises produzidas em Wall Street onde fortunas somem, bilionários brotam na manipulação da economia digital, interconectada em moedas nunca vistas.3 O grande exemplo do século atual foi o mega roubo de Wall Street, a grande especulação financeira, conhecida como crise suprime)4

www.google.com.br/images. Emily em Paris me  remete  a série Black Mirror  temporada 3 episódio Nosedive. Imperdível crítica sobre o dilema social que se tornou a vida  vigiada no ciberespaço

"Paris foi fundada no século III aC na île de la Cité por uma comunidade de celtas. Eles eram um grupo de pescadores tribais chamados de Parisii que, empurrados pela emigração para as margens do Sena, fizeram um assentamento permanente lá e lucraram com a fertilidade e o clima temperado da área. Além disso, as ilhas do Sena pareciam o lugar perfeito para esta pequena comunidade estabelecer sua capital. "http://www.paris-city.fr/GB/paris-city/au-fil-du-temps/histoire.php

Emily se apresenta ao novo posto de trabalho com antecedência e é recepcionada como um Et, uma intrusa, arrogante como a potência Number One com sua naturalidade fingida e ofensiva. Há um grande choque cultural entre o velho mundo e novo mundo; entre o life style $1,99*, genérico, de massa contra o estilo exclusivo, raro, luxuoso; o comum versus o elegante; o sofisticado versus a vulgaridade da ostentação. Emily sequer percebe este contraste e confronto cultural. Ela vê Paris com olhos de turista que tudo fotografa e cria  hastag #EmilyemParis no seu perfil Instagram e vê suas curtidas e seguidores crescerem na velocidade norte-americana, isto é, velocidade da luz. Sua admiração vazia de conteúdo em pontos turísticos históricos representa apenas a ostentação para mostrar que está na caríssima cidade de Paris, a Paris para poucos, povo francês “de segunda classe”, incluso.

Emily é o fast life, drive-thru Mc Donald’s, o mundo do consumismo desenfreado sem tempo para se deliciar com uma pausa para um vinho, um cigarro, um bate-papo com os colegas no intervalo do trabalho. A primeira temporada é riquíssima: de diálogos, confrontos de dois mundos diferentes, narrativas e de visões que se chocam, de culturas e ideais diferentes, de visão de empresas, de  relações e gerência do trabalho que  não/ou se misturam na vida pessoal. As crônicas na mídia brasileira chamam de meros clichês e está aí um motivo para não acreditar nesta prescrição e ver com olhos críticos a comédia romântica de Emily em Paris.

A animosidade entre o velho e o novo se põe no relógio, ops, celular, na obsessão da jovem por horários, e atividade física. Emily é o novo Forrest Gump, toda a riqueza histórica, arquitetônica de Paris lhe é invisível e sua câmera capta apenas superficialidades e suas caras e bocas em selfies. As locações são reais, belíssimas, tem uma carga histórica que povoa a literatura francesa. A imagem vendida de Paris é superficial, as "Luzes" hoje são representadas pela iluminação da Torre Eifeel. Dá para rir muito na série, mais com o elenco da Savoir.

www.google.com.br/images. Este trio é fantástico, proporciona ótimas risadas: Philippine Leroy-Beaulieu (Sylvie é Paris encarna o espírito complexo da cidade, o riso chic, elegante, mordaz e ácido); Samuel Arnould (Julian, seria "Emily" bem vestida, looks maravilhosos), Bruno Gouery (Luc,  personagem misteriosa que fala o que os outros não expressam verbalmente, deixa escapar segredos intencionalmente, e o conspirador). 


Emily  é o tipo ideal de trabalhador: workahoolic, ela não distingue entre tempo de trabalho e tempo de vida; trabalho e diversão/lazer. Ela está ligada na tomada 24H por dia, 7 dias por semana initerruptamente. Emily confunde soiré  - festa, jantar, encontro a partir do fim de tarde e noite com serão o mesmo que extensão da jornada de trabalho noite adentro, sem sábado, domingo, feriados, férias. Toda a energia de Emily é voltada para trabalhar como um robô para ter o mérito de chegar a uma sub-diretoria, sub-chefia crendo na fake doutrina self mad do American dream, sua vida e alegria acontece em torno do trabalho até quando está apenas compartilhando “suas descobertas” como a delícia de um croissant ou sua pisada na merda de um cachorro de madame, suas corridas pelas ruas e praças famosas, qualquer descoberta é um choque compartilhado nas redes sociais. Os trava-línguas  na pronúncia ou o gênero de um substantivo  vira guerra caricaturada da língua francesa: un e une; le (artigo definido) usado num substantivo feminino vagin: le vagin e não la vagin. E fica hilário a ligação direta para cultura wikipédia: a pronuncia vagin (vajan) remete Emily ao famoso personagem de Vitor Hugo Jean Valjean (jan vajan) Os miseráveis; Normandia lembra o dia D?

O novo é público, superficial, espiritualmente pobre e compartilhado com bilhões de seres humanos no ciberespaço, onde predominam pets, dancinhas coreografadas no Tik Tok, haters, fakenews,5 apostas absurdas como enfiar um celular na vagina ou ânus.6 Até mesmo as interações humanas de amizade, família, amor são pobres, não forjam laços verdadeiros e podem ser feitas à distância sem aproximação física como na cena tosca de Emily fazendo sexo virtual e ficando na mão, ops, vibrador que não respeitou a voltagem do antigo prédio e deu um curto geral na vizinhança.

Duas narrativas de vida estão se confrontando, muito caricatural, na série. Qual mundo(ou livre mercado) vencerá  no século XXI? O pobre, genérico, fake, pirata, consumismo de massa e globalizado pelo “novo mundo” veloz, furioso, desregulamentado, meritocrático, desindustrializado, mundo financeirizado e do mercado especulativo, ultraliberal libertariano autoritário, do estado mínimo militarizado, de superconcentração de riqueza nos 1% bilionários como Elon Musk ou o  velho mundo, das mercadorias raras, caríssimas, de altíssima qualidade e para poucos e aonde ainda resistem a separação fábrica e casa; trabalho e vida; direitos trabalhistas, salários, jornada de trabalho e lazer, soberania mesmo que vigiada pelos EUA, relações humanas e relações de trabalho mais ricas que ainda permitem forjar laços humanos fortes?

 

www.google.com.br/images. Roupas, sapatos, bolsas, sandalias, botas, boinas, e um sem número de acessórios, incluso o chaveiro torre Eifeel.

Nos dez primeiros episódios da primeira temporada toda esta discussão acima é velada por paisagens turísticas de Paris, pelo guarda-roupas super fashionista: Emily vestida para trabalhar. Emily é um cabide, um corpo para mercadorias da cabeça aos pés, a garota propaganda ambulante de várias marcas famosas vendendo produtos nas suas redes sociais, isto é, nas redes de Mark Zukerberg tal qual Anastasia Steel, a pobre virgem que se apaixona pelo bilionário Mr. Grey e se rende às mercadorias de luxo em mais de 50 tons de cinza.Se pararmos para pensar um pouco no lugar onde Emily mora em Paris, um loft(?) de uns 40 metros quadrados, antigo quarto para criados da nobreza francesa, perguntaríamos: onde diabo esta mulher guarda tantos calçados, bolsas, roupas de grife famosas? Mas há ainda muitas questões postas nesta primeira temporada e virão no texto a seguir. Aguarde porque a estória continua no episódio 2 da 1ª temporada.

 

 (continua)  A FEBRE EMILY EM PARIS NO CIBERESPAÇO BRASIL.

 

 "Em tempos de pandemia, ver uma série “água com açúcar” deixa o coração quentinho, e foi isso que eu fiz no final de semana: maratonei a série “Emily in Paris”, da Netlix (que também fala do meu trabalho, e por isso virou post aqui rs). Quem me acompanha lá no instagram viu alguns recortes que eu fiz enquanto assistia, mas agora eu sentei pra escrever sobre o figurino da série Emily in Paris e o que a gente pode aprender com isso!" https://vestindoautoestima.com.br/figurino-da-serie-emily-in-paris/

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Fonte

*Emily Cooper aparece - na T1Ep1- correndo atrás da chefe, pegando seu casaco, trazendo o café, mas é uma funcionária promissora, tem MBA- master em propaganda e comunicação de massa em redes sociais, consumidores do ciberespaço.

** Life style $1,99 é uma neologismo, uma expressão cunhada ou apropriada por mim na busca de compreensão, aprender e apreender as mudanças que ocorrem com a chamada “3ª revolução tecnológica” a partir da reestruturação produtiva com base na microeletrônica, robótica etc, que afetaram o mundo do trabalho e as relações sociais de produção, levando à corrosão e corrupção da construção da sociabilidade humana que se pôs no pós-II Guerra Mundial, conhecida como estado keynesiano ou estado de bem-estar social.

 

1.Emily em Paris. Netflix (2020) https://www.netflix.com/ 1

2. 13 Reasons why, Netflix 3. A grande aposta/ The big short (2015) filme sobre a mega crise Subprime (roubo do povo estadunidense) e que destruiu empresas, levou a bancarrota várias economias de países da União Europeia.

4. FERGUNSON, Charles H. O SEQUESTRO DA AMÉRICA. Como as corporações financeiras corromperam os Estados Unidos. Ri de Janeiro: editora Zahar, 2013.

5. Sobre o dilema das redes sociais ver: PRIVACIDADE HACKEADA/ THE GREAT HACK https://www.netflix.com/ e THE SOCIAL DILEMMA https://www.netflix.com/watch/ Documentários Netflix

6. Sobre o tema ver O HOMEM MAIS ODIADO DA INTERNET. Documentário Netflix https://www.netflix.com/watch/81413925?trackId=254761469

 7. Trilogia 50 tons de cinza, filmes disponíveis na Netflix