THE SOCIAL DILEMMA: EXISTE UM PROBLEMA.!?...;
Parte 3
O Google e o Facebook são gigantes da indústria tecnológica e fazem bilhões de dólares empregando poucos trabalhadores e gigantescos computadores que fazem gigantescas fortunas a cada milésimo de segundo, informa Jaron Lanier. Eis uma informação importantíssima para o futuro da humanidade sob a égide do sistema CAPITALISTA que só pensa em dinheiro, muito dinheiro, bilhões, trilhões, quadrilhões, zilhões de dinheiro.
“O Facebook é feito para monopolizar sua atenção. Usa todos os truques básicos de propaganda combinando-os com os truques de jogos de cassino. Você sabe, caça-níqueis, etc. E basicamente aproveitando os instintos, basicamente jogando com sentimentos; raiva e medo são as formas mais seguras de fazer isso. Então eles criaram um conjunto de ferramentas para permitir aos anunciantes explorar esta audiência emotiva visando o nível individual. (...) E quando todos tem sua própria realidade é muito fácil manipulá-los.” Roger Macnamme em The great hack.
E claro, of course...É o dinheiro que move o mundo e as novas tecnologias são economizadoras de mão-de-obra viva, humanos, mas não são somente as big techs que usam as fascinantes tecnologias que tornaram o mundo interconectado e nossas ações rápidas, instantâneas. Esta é “A condição moderna” nas palavras de David Harvey17 e que levou a esta era de desemprego estrutural colossal, a partir da década de Setenta, século XX, gerando “O fim dos empregos” diria Jeremy Riffikin18 e à Corrosão do caráter, diz Richard Sennett19; uma luta estrutural histórica entre A Foice e o Robô20 no desenvolvimento e solidificação do sistema capitalista, afirma Eduardo Albuquerque.
A principal mercadoria do século que apenas desponta são os “dados privados” nossos compartilhados nas redes sociais todos os dias. E quando tudo isto começou?
Foi assim...
No início não havia nada e muita sílica no vale do silício. Então do “meio do nada”, também conhecido como THE BIG BLUE, a IBM, dona do pedaço, ops, mega indústria controladora de tecnologias de ponta (fornecedora de logísticas de “informação, classificação, catalogação, impressão e etc de dados para os donos das guerras21 - Primeira e Segunda Grandes Guerras do século XX) passou a ter concorrentes, destaque para OS CAUBÓIS DO VALE DO SILÍCIO22, os fundadores da empresa COMPAC, informação disponível no documentário de mesmo nome.
"Silicon Cowboys: Este que documentário que conta a história destes três fundadores que, em 1982, levaram a Compaq Computer a enfrentar a gigante IBM no mercado mundial de computadores com seu inovador lançamento, o “computador portátil”. São 70 minutos intrigantes sobre como Rod Canion, Jim Harris e Bill Murto afirmam com convicção que “Você não pode chegar ao iPhone sem a Compaq”. Inspire-se nesta história sobre como boas ideias e atitude podem transformar uma empresa pequena em gigante de mercado. “Silicon Cowboys” merece seu olhar para a filmagem dos anos 80, os detalhes divertidos e o vislumbre de uma era que, ao colocar uma alça em um computador poderia fazer de você um milionário. A Compaq passou de um escritório cercado por vacas para a empresa que atingiu US $ 1 bilhão em vendas rapidamente. Os três engenheiros da Texas Instruments decidiram se filmar por conta própria em 1983. Esses humildes inícios, cerca de 2.500km do Valedo Silício, fornecem um rebanho de detalhes divertidos para o fato de serem seus primeiros portáteis. O computador foi esboçado em um placemat em uma loja de torta ou que os fundadores quase começaram um restaurante mexicano. Se você usa hoje um “notebook”, agradeça à Compaq."https://fontetelecom.net.br/silicon-cowboys-como-a-compaq-mudou-o-cenario-da-tecnologia-com-os-computadores-portateis/
Sim, eles nos vendem e junto levam nossas famílias, amigos e amigas, colegas de trabalho, namorados, crushes, peguetes, nossas interações com eles e de cada um deles com seus outros faceamigos, nossos sentimentos e posicionamentos políticos e até nossos gostos na hora do sexo, do “rala e rola” entre quatro paredes! Pelo menos de dois bilhões de “usuários”, só do Facebook, gerando uma riqueza imensurável para poucas empresas. E eles podem fazer isto?
Claro...que sim! Nós lhe demos este poder quando assinamos, ou melhor, clicamos CONCORDO em seus “TERMOS E CONDIÇÕES”25, sem ler, no meu caso E NA MAIORIA dos casos: Li e concordo para criar contas grátis no Yahoo, Orkut, Uol, Google, Facebook, Twitter, Blogger, Youtube, Flirck, Pinterest, Linkedin, Instagram, Reddit, Snapcht, e só não entrei ainda no TikTok porque assisti os documentários: The Great Hack, Dark Net; Deep web, Snowden, The Social Dilemma, traduzido como O dilema das redes ou coisa que o valha em Português.
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Parte 4
“EXISTE UM PROBLEMA E TEM A VER COM UMA FONTE, UMA FONTE” diz Tristan Harris.
Mas qual é o problema?
O primeiro e principal problema que vejo está no título do documentário: The social Dilemma. Um problema tão complexo como o uso de dados privados para qualquer tipo de fim como o de fazer bilhões de dólares de forma ilícita e tramar contra as democracias promovendo discórdia, raiva, rancor, ódio, assassinatos e genocídios está REDUZIDO ao impacto social sobre o comportamento mental e isolacionista dos jovens e crianças e à incapacidade dos adultos de criar filhos e filhas com a sinistra possibilidade de manipulação das cabeças dos mais jovens com propagandas de massa, politizadas, direcionadas.
E agora? QUEM PODERÁ NOS SOCORRER E NOS PROTEGER? Quem poderá destruir os poderes do “macaco louco”26 viciantes, incapacitantes, espalhadores de fakenews, mentiras, raiva, ódio, rancor; anuladores da livre escolha e manipuladores de mentes destas gigantes da alta tecnologia que vendem nossos dados privados? Mr. Beans ou Chapolin colorado?27
“Os anunciantes são os clientes, nós somos o produto que está sendo vendido”, diz Aza Riskin! “Se você não está pagando pelo produto, você é o produto”, diz Tristan Harris. O que em outras palavras quer dizer que oferecer uma conta grátis, fácil de usar e rápida é uma ARMADILHA! “O google é só uma ferramenta de busca e o Facebook é só um lugar para ver os que meus amigos estão fazendo, ver as fotos deles” continua Tristan, mas o que não percebemos é que o Google e o Facebook estão competindo pela nossa atenção” e Tim Kendall, o fazedor de bilhões joga a pá de cal sobre nossa ignorância e inocência: “Quanto tempo nós podemos fazer você gastar? Quando da sua vida você consegue dar para nós?” Misericórdia! Vampiros Fdp*, sanguessugas do mal! Eu sou um produto, uma mercadoria e o Facebook e Google fazem dinheiro me vendendo para empresas me encherem de produtos, é tudo publicidade, propaganda de produtos? Jaron Lanier diz que esta é uma visão medíocre, simplista, porque na verdade o produto é me fazer, aliás, nos fazer mudar de comportamento, alterando nossa percepção. Mudança de comportamento e percepção é "o único produto possível", diz Lanier e continua "Não há mais nada que possa ser chamado de produto. É a única coisa com a qual conseguem ganhar dinheiro, mudar o que você faz, como você pensa e quem você é. É uma mudança gradativa. É leve. Se você pudesse falar para alguém: me dê 10 milhões de dólares e vou mudar em 1% a percepção do mundo na direção que você deseja..."
Eu quase concordo com Lanier. Mas o que se viu no BREXIT ou saída do Reino Unido da União Européia, na eleição do bolsonaro americano Donald Trump para presidente dos Estados Unidos em 2016 e do trump tupiniquim bolsonaro para presidente do Brasil em 2018 nada teve de MUDANÇA LEVE, GRADATIVA ou pouco perceptível. Foi um furacão avassalador em direção às tragédias geopolíticas, geoeconômicas que alteraram sim, a percepção de quem é a grande potência, potência NUMBER atual, que um dia foi os Estados Unidos. Tamanha bizarrice, burrismo e idiotia (comandada por bilionários de vários países, russos especialmente) como o Reino Unido sair da União Européia (Brexit com apoio de Trump), eleger dois asnos para presidente dos Estados Unidos (Trump com apoio de Nigel Farage do Brexit) e do Brasil (bolsoasno com apoio do asno Number One norte americano, Trump) colocou um big dilema, mas nada haver com dilema social e sim, com a balança do poder mundial. Somos todos consumidores dizia Ludwig Mises na metade do século XX, então não é nenhuma novidade, é o capitalismo! Tudo é mercadoria, inclusive a força de trabalho humana e os seres humanos. E é exatamente o que pregam há mais de um século os economistas da escola austríaca cujos fundamentos econômicos do liberalismo são retomados no final do século XIX e início do século XX, período de muita turbulência bélica que descambará nas duas Grandes Guerras Mundiais (1914-1918; 1938-1945) impedindo as práticas econômicas livres, o livre comércio, o mercado livre.
E um plano e as ideias da liberdade econômica, individualidade, lucro, egoísmo, contrárias à planificação central da economia, controle estatal e principalmente controle do livre mercado tomam forma ainda ali, durante a Segunda Guerra Mundial e são levados para o país capitalista par excellence; os Estados Unidos da América, por Ludwig Mises e F. Hayek em associação com liberais americanos, formando a Sociedade Mont Pélèrin e entrando em ação já nos finais dos anos Sessenta e início dos Setenta do século XX: a onda Neoliberal. Intervencionismo estatal é comunismo - diz Hayek - O caminho da Servidão; o Estado é o inimigo bradam todos eles, Murray Rothbart mais que todos! Somos todos consumidores! Bate o martelo Mises.
“O neoliberalismo venceu abatendo o Welfare State e suas corruptelas a partir dos anos Oitenta, século XX, após três décadas se reorganizando. A ordem Laissez faire (o mercado se auto-regula sob a mão invisível) retomada pela "Escola de Chicago" de Mises, Hayeck e seguidores: políticos, jornalistas, literatos, empresários de vários ramos, alunos, obreiros, panfleteiros e defensores do livre mercado econômico ainda durante a Segunda Guerra.
"Uma cruzada anti-Estado intervencionista e práticas socialistas e comunistas voltadas para o bem-estar social (ideias de coletivismo, fraternidade, igualdade, solidariedade, compromisso social, desenvolvimento humano, pleno emprego, previdência social) envolvendo a EDUCAÇÃO da sociedade para não só aceitar como defender como suas, ideias anti-estatismo, anti-igualitárias, anti-coletivismo, anti-fraternidade, anti-solidariedade, anti-paternalismo estatal, anti-socialismo, anti-comunismo." https://marinasdasilva.blogspot.com/2020/04/brazil-covid-19-e-pandemonio-ultra.html
(continua)
Fonte
*PQP = F*
17. HARVEY, David. A condição pós-moderna. São Paulo, Editora Loyola, 1992.
18. RIFKIN, Jeremy. O FIM DOS EMPREGOS. O declínio Inevitável dos Niveis dos Empregos e a Redução da Força Global de Trabalho.São Paulo: Makron Brooks, 1995.
19.SENNETT, Richard. A CORROSÃO DO CARÁTER. Conseqüências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro: Editora Record, 2004; Entrevista https://youtu.be/Rq2HJK-tuf0
20. ALBURQUERQUE, Eduardo. A FOICE E O ROBÔ: as inovações tecnológicas e a luta operária. Página 7 Artes Gráficas. 1990.
21. Sobre o tema ver: ARQUITETURA DA DESTRUIÇÃO (https://youtu.be/WNQk0OwyoBw); CIENTISTAS DA GUERRA
22. Silicon cawboys. Documentário Netflix; https://canaltech.com.br/cinema/7-
documentarios-sobre-tecnologia-para-voce-assistir-na-netflix-104250/
23. Sobre os bilionários do vale do silício assistir documentários: INSIDE BILL BRAIN. Deconding Bill Gates. https://www.netflix.com/watch/80184771?trackId=13752289&tctx=0%2C0%2C99c615752f9d78a51aebf90ad7df5b264c72b912%3Af416524e5421adadbe2b0dbb38901a494deada18%2C99c615752f9d78a51aebf90ad7df5b264c72b912%3Af416524e5421adadbe2b0dbb38901a494deada18%2Cunknown%2C
24. Sobre Roger Macnamee ver: The great hacker; The social dilemma.
25. Sobre o tem aver: TERMS & CONDITIONS. Documentário Netflix.
26. Macaco louco é a personagem, o vilão do HQ AS MENINAS SUPER PODEROSAS.
27. Mr. Bean (Britânico) e Chapolin colorado(Mexicano) são personagens da "nova comédia" de apologia ao bizarro, idiota, culto ao burrismo que vem sendo a tônica de "deshumanização" do progresso intelectual das massas forjando um enorme abismo e descompasso entre a riqueza material objetiva e o empobrecimento e desempoderamento do espírito, do intelecto humano criando um a unanimidade burra.