OBRAS PÚBLICAS: CAPITAL POLÍTICO...fatos e versões!
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Marina da Silva
Assim
como o corpo humano é capital para indústria do sexo [adoção, prostituição, tráfico
humano, banco de órgãos, filmes pornográficos, etc], a inteligência é capital
intelectual, as obras públicas são o
capital político! Moeda de barganha para financiar e comprar políticos,
empresários, instituições.
Corrupção,
malversação (o mesmo que desvio, roubo) das verbas públicas, fazem parte do
cotidiano da administração da nação, estados e municípios brasileiros, em todos
os âmbitos do poder e ganharam proporções incomensuráveis e absurdas nesta
primeira década do século XXI, especialmente após a descoberta dos mega campos
de petróleo e gás natural da camada pré-sal em 2007; que alavancou o PAC-
programa de aceleração de crescimento, mais conhecido como Pacto Acelerado de
Corrupção! Pacto e não programa visto que vigora um acordo tácito entre os
vários políticos e partidos – que no Brasil chegam a mais de 30 siglas - com
baixíssima distensão, dissensão e discórdia! Todos roubam o Erário e ninguém
mais se incomoda com isso, principalmente os partidos e políticos paladinos da
ética, moral, bons costumes, responsabilidade social, fiscal, ambiental e etc e
tal também!
www.google.com.br/images. "Empreiteiras recebem R$8.5 por cada real doado a campanha de políticos"http://oglobo.globo.com/economia/empreiteiras
Obras
públicas sempre foram capital político
e alvo da ganância dos grupos que dominam a nação (caciques/coronéis, suas
famílias e seus comparsas para os donos do poder- Odebrechet), só que no Brazil
potência BBB dos Bric’s, a corrupção administrativa tomou proporções bizarras,
sinistras, intoleráveis! Viramos literalmente o país dos “empreiteiros e
empreitadas” que roubam a luz do dia milhões, bilhões de reais de obras
públicas e “internam”, lavam, limpam, passam dinheiro sujo em paraísos fiscais!
2008:
ano da crise financeira mundial que destruiu a economia americana e arrasou
vários países da Europa foi, apesar de uma “marolinha” no Brasil, um tsunami
nos cofres públicos! Medidas protetivas, estabilizadoras, corretivas, de
socorro, seja lá qual for o nome dado, permitiram e estimularam a economia e
uma hiper concentração de riquezas no pólo mais rico da sociedade!
" As principais obras em andamento
hoje no Brasil, ou já contratadas, nas quais "as quatro irmãs" estão
envolvidas, somam R$ 138,7 bilhões, segundo levantamento feito pelo GLOBO."
FHC,
Lula/ Dilma Rousseff (1994-2013), três presidentes, dois “governos”, mais de 20
anos de um mesmo programa: privatizações (doações de estatais), salvamentos de
banqueiros, empresários, com destaque para setor automobilístico,
sucroalcooleiro, ruralistas e empreiteiros; esmagamento da classe média,
congelamento salarial, desregulamentação e flexibilização das leis
trabalhistas, salário...mínimo, estímulo à terceirização de trabalhadores no
serviço pública de todos os poderes, cooptação e enfraquecimento do
sindicalismo, bolsa-esmola e concentração de riquezas!
Se
nos anos noventa, as ações do governo eram para proteger o Brasil do efeito
“dominó” de crises especulativas que dissolveram o poder do Japão, destruíram
as economias do sudeste asiático, México e Argentina as intervenções e doações
seguintes justificaram-se pelo ataque terrorista aos EUA em 2001, a crise
“sub-prime” dos EUA em 2008, a crise União Européia (2011/12) e até a crise do
Chipre que raros mortais sabem localizar no mapa!
2010
embalado pelo ouro negro e gás do Pré-sal descoberta comunicada a população
após partilha de vários blocos da camada para exploração - ex.: Eike Batista e
OGX, Repsol - e somente depois da tentativa de roubos de dados da Petrobrás
transportados pela empresa Halliburton em 2007, deu-se início a “farra do boi”
com a escolha do Brasil para sediar os jogos da World Cup 2014 e Olimpíadas
2016!
A
corrupção e roubo que estavam a todo vapor com o PAC 2007 [e com as medidas de “salvamento” da crise
dos Estados Unidos 2008 do Brazil] foram incrementados e fermentados pelos PAC Copa, Pac Olimpíadas, Pac
infra-estrutura, Pac mobilidade urbana, Pac escambal!
“O
esquema de transferência de água controverso sobre o rio São Francisco, um
projeto de irrigação maciça que seria realizado no Nordeste, envolve justamente
a empresa Gautama, cujo dono aparece no centro de várias tentativas de subornar
deputados, senadores e governadores. Gautama da rede de corrupção está ligada a
uma grande parte dos projectos propostos no âmbito do PAC (Plano de Aceleração
do Crescimento), prometida por Lula. O empresário Zuleido Veras, dono da
Gautama, já é conhecido como "Marcos Valério do Nordeste", em
referência ao executivo de relações públicas que estava no centro da teia de
corrupção que explodiu em escândalos públicos em 2005.” operação navalha
“Megaoperação contra corrupção busca suspeitos de desviarem R$
1,1 bi em 12 Estados” http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/04/09/megaoperacao-contra-corrupcao-busca-em12-estados-suspeitos-de-desviar-r-11-bi.htm
Somente
o Pac Copa sugou cerca de 9 bilhões de reais em reformas e construção de
estádios de futebol! Uma apologia ao concreto escancara a irresponsabilidade
ambiental, a falácia verde e a transmutação de cimento, areia e brita em ouro
do mais alto quilate, uma alquimia financiada pelo estado de corrupção!
Se
na era Vargas e ditadura militar [1930-45 e 1964-84] o dinheiro público sumia
pelo ralo e as obras ficavam no meio do caminho ou sequer saiam do papel, no
governo JK a corrupção ficou em níveis toleráveis e o país entrou de vez na era
da industrialização, o que não foi totalmente interrompido pelos militares e
seus planos de desenvolvimento. A partir da transição democrática (1985-90) e
pela lança do quixotesco Collor, o cavaleiro neoliberal, o Brasil entrou de vez na era globalizada e os
assaltos aos cofres públicos, antes velados, vieram à tona com todo o seu lodo!
De 1990 aos dias de hoje temos leis de “responsabilidade” para tudo, mas
cumprimento e fiscalização zero!
www.google.com.br/images.José Sarney, corrupção é nome de família! Aposentou rapidamente e saiu de fininho com a deflagração da operação Lava jato que cita entre corruptos seu partido e filha Roseana Sarney.
Muda-se o timoneiro,
mas o navio continua comandado pelos ratos! Tudo aqui acaba em pizza! Esta
expressão mostra o estado de banalização e naturalização dos ataques ao
dinheiro público no Brasil! Licitações fraudulentas, obras superfaturadas e
“meia-boca”, propinas, prazo de execução indefinido, ausência de fiscalização
séria, expõe não apenas o desrespeito e descaso com a população, mas deixa
claro que a democracia representativa no Brazil é pura ficção, os eleitos para
representar e administrar para o povo e com o povo divorciaram unilateralmente
da sociedade e “vem a nós” através de mídias fotoshop em tempo de eleição
para conseguir um aperto de botão eletrônico que confirma a permanência de
corruptos no poder! Afinal, satirizam: “Cada povo tem o governo que merece”
mesmo que o povo suspeite que o ato eletrônico de apertar ou colocar dedão na
urna é passível de fraude! Para onde vai o voto da gente? Será que eles não
desviam o voto? Dúvida crucial.
www.google.com.br/images. Mesmo que você esteja morto, o seu voto tá garantido nas urnas!
As
obras públicas, antes “promessas” eleitoreiras que sequer saiam do papel, hoje,
institucionalizadas, são cabresto eleitoral, servem para manipular a população
e são fontes inesgotáveis de corrupção, fraude, desvio do dinheiro público! O
“descumprimento legal” de execução de obras públicas tem dois papéis
fundamentais: manipulação e garantia do voto de cabresto a cada dois anos, pois
dá a sensação de que a cidade é um “canteiro de obras” permanente, forjado nos
slogans “Fazendo mais”, “Fazendo melhor”, “Estamos trabalhando por você”, “A
cidade não para de trabalhar”! O outro papel é deixar aberto por tempo indeterminado
o escoadouro para fraudes e desvios do erário!
"Doleiro confirma pagamento de R$ 1 milhão a Gleisi Hoffman"http://oglobo.globo.com/economia/
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Por que empresas brasileiras, empreiteiras especialmente, agem corretamente em
outros países e se comportam desta forma no Brasil? Uma pergunta feita por
Alexandre Garcia a Gleisi Hoffman, a super ministra de Dilma na casa civil.
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Problemas de fiscalização...É a versão Gleise Hoffman, num risinho sarcástico e
acrescento, desrespeitoso, para justificar conluios e vistas grossas do governo
para com o assalto a nação!
"Embora as empreiteiras aleguem
que hoje dependem muito menos de contratos públicos (governos federal, estadual,
municipal e estatais), o ranking revela ainda uma forte dependência: 62% das
receitas da Odebrecht, 35% da Camargo, 72% da Andrade e 100% no caso da Queiroz
Galvão vêm de obras do setor público."
Fato é que nós queridos brasileiros e queridas
brasileiras devemos rechaçar esta versão Hoffman política e aviltante do fato
roubo em obras públicas e exigir julgamento, prisão, punição aos corruptos e
devolução do capital roubado aos cofres públicos, inclusive o recebido por ela na denúncia do doleiro Yousseff- Operação Lava jato!