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domingo, 15 de junho de 2014

BRAZIL: CAPITALISMO VERDE: a insustentável eco-farsa verde!

CAPITALISMO VERDE
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Marina da Silva
De todas as fases históricas de acumulação capitalista, a atual, - conhecida como Acumulação Flexível - se dá amparada nas novas tecnologias de produção, economizadoras de trabalho vivo; novas formas de gerenciamento e de relações de trabalho; na evolução dos meios de transporte, comunicação, informatização e paradoxalmente tem como fundamento basilar a extração de mais valia absoluta, a expropriação e exploração da mão de obra de bilhões de indivíduos em todo o planeta.
www.google.com.br/images. "Deus fez o mundo, O RESTO É PRODUZIDO NA CHINA".Autor desconhecido.

A possibilidade de fragmentação do processo produtivo e sua dispersão geográfica geraram uma disputa por empresas permitindo a obtenção de matérias primas, isenções fiscais e outras benesses dos Estados competidores e mão-de-obra barata em contratos precários, driblando a legislação trabalhista, desregulamentando a parca proteção social, camuflando a relação de emprego, reavivando a escravidão. Esta acumulação torna-se ainda mais potente e ganha robustez com a sedução e alienação da farsa verde: um discurso ecologicamente correto, politicamente sustentável, responsavelmente social.
Mosaico a partir de www.google.com.br/images

Capitalismo verde, produção verde, produto verde, economia verde! Forjados pela consciência enviesada verde, os consumidores (antes, cidadãos e cidadãs) padecem do encantamento verde e não se dão conta que o discurso do desenvolvimento e negócios sustentáveis, cada vez mais se escora na exploração predatória e irresponsável dos recursos do planeta. Nunca se produziu tanto, nunca se usou tanto a mão-de-obra de baixa qualificação, nunca se usou tão avidamente os recursos naturais, nunca se consumiu tanto fomentando a obsolescência programada dos produtos.


www.google.com.br/images. Belo Horizonte. Serra do Curral. Décadas de degradação ambiental sustentam economicamente a MBR.

Um exemplo: Minas Gerais sustém o crescimento de 10% da economia capitalista chinesa (que vende ao mundo inteiro produtos 1,99 - leia-se, baixa qualidade, descartáveis, além da suspeita cancerígina), queimando toda a riqueza do cerrado nas inúmeras siderúrgicas, substituindo-o por gigantescas florestas homogêneas de eucalipto! 
Isto sem falar na depredação das montanhas como a belíssima serra do Espinhaço, cartão postal dos mineiros. Hoje se grita pela salvação do planeta, patrulham-se crianças ainda no útero das mães usando ecobags, roupas, sapatos, chinelos, bolsas, acessórios, bijuterias, móveis e tudo... de plástico; tanto de altas grifes como os genéricos, falsetas, pirateados!
www.google.com.br/images. A febre chinelos Havaianas, um produto de borracha criado para pobres e hoje vendido a peso de ouro!

Ao lado da falácia verde impera outra maior: o empreendedorismo individual, que pode ser traduzido no individualismo exacerbado, na alta competitividade e principalmente no desapego aos direitos trabalhistas, à proteção social do trabalho, conquistas históricas que envolveram muitas lutas e mortes ao longo de séculos! O empreendedorismo a la Eike Batista, o X-man, que em 1 ano - 2009 - triplicou seus 7.5 bilhões de dólares  e se transformou no 8º homem mais rico da galáxia é para predestinados, os eleitos do deus capital!
Para os mortais o jeito é ser inovador, criativo, sem apego a salário, jornada, local de trabalho e outros direitos sociais. Os indivíduos são comprimidos pelo espaço/tempo: o trabalhador vai onde o trabalho está, acompanhando o movimento de horizontalização das empresas. Correr risco sem nenhuma contrapartida e se responsabilizar pelo fracasso é o que se exige do trabalhador na atualidade.
www.google.com.br/images. Mini masterchef é a versão júnior do Masterchef, reality show australiano de 2010 exibido na Discovery Home & Health 2014.

 A exploração se dá tanto na apropriação da força física (cumprir metas, ser polivalente, multifacetado o mesmo que fazer a sua tarefa e de outros dez ou mais trabalhadores) como da capacidade intelectual dos indivíduos (capital intelectual). O absurdo virou show de TV: para que RH-recursos humanos se podemos recrutar e selecionar os melhores e colocá-los para competir ao vivo e a cores com transmissão 24 horas nas TV? Big Brother; O Aprendiz e 1 contra 100 de Roberto Justus; Ídolos, etc. O setor de RH, mais do que nunca, darwiniano, sai aos poucos das empresas e ocupa a telinha: atores, cantores, chefs de cozinha adultos e crianças, estilistas, jornalistas, dançarinos, modelos, prostituição masculina/feminina de luxo. Milhões de internautas disputaram “o melhor emprego do mundo”, um big salário para cuidar de uma ilha paradisíaca e  mesmo Steve Spielberg seleciona roteiristas em reality show.
Mosaico a partir de www.google.com.br/images No Brasil terceirização é o mesmo que precarização do mundo do trabalho.

Explode no mundo inteiro o trabalho precário quase sempre divorciado dos direitos trabalhistas (terceirizado, subcontratado, estagiário, cooperativas ilícitas, voluntarismo ideológico/religioso, trabalho parcial, temporário, pejotização, isto é, trabalhador transformado em empresa e na maioria das vezes envolvendo muita informalidade e mesmo ilegalidade, trabalho informal, empreendedorismo social, análogo a escravo (seja lá o que for que isto signifique), trabalho escravo.
E se tudo pode ser pior; a acumulação flexível não só apropria como se faz baluarte da ecofarsa: ampara-se no ecodesenvolvimento sustentável do capital verde que se expande sem o menor esforço e com altíssimos lucros, ora associando-se sob os auspícios dos governantes nas PPP’s (parceira público privada) ora criando novas empresas para tomar posse de uma riqueza até então inimaginável: o lixo!
RRR: reciclar, reutilizar, reduzir! É a economia verde que só no Brasil em 2005 gerou um faturamento de cerca de US$ 7 bilhões, 500 mil empregos de catadores, 50 mil funcionários da indústria recicladora. O Brasil está entre os 10 maiores recicladores de papel e papelão do mundo. Em 2005 o país foi pentacampeão em reciclagem de latinhas: 89% do descarte, 9.4 bilhões ao ano, 26 milhões de latinhas recicladas por dia! É pouco! Propalam.
O lixo vem sendo disputado no braço: de um lado catadores versus urubus, ratos, escorpiões e outros bichos; do outro, empresas que cada vez mais adotam o “compromisso empresarial para a reciclagem”. O principal feito histórico vem da “exploração inteligente do gás do lixo”, uma energia “limpa” que será vendida, no caso do aterro de Gramacho na cidade de Duque de Caxias/RJ à Reduc- refinaria Duque de Caxias da Petrobrás.
O lixo é luxo e lucro: papel, papelão, latas de aço, vidros, garrafas pet, latinhas de alumínio, tetra park, lâmpadas, monitores, pneus, lixo orgânico, gás do lixo, móveis, artefatos de decoração, etc, etc e tal e o escambal também! Em Gramacho, o maior lixão (aterro sanitário) da América do sul, cerca de 1300 catadores se pegam nos tapas com urubus, correndo o risco de doenças, de atropelamento pelos tratores e caminhões ou serem soterrados pelo lixo!
”Não é lixo é trabalho” proclama a mídia, a porta voz dos capitalistas verdes, “o novo conceito do lixo _ diz sem esconder sua euforia André Trigueiro, apresentador do “Cidade e Soluções”/GloboNews – deixa de ser problema e passa a ser insumo energético”. Empresas verdes recebem o brasão da responsabilidade social, compromisso ambiental e créditos...de carbono, papéis com valor de mercado para serem negociados com empresas não tão verdes, aliás, sujas! Reciclar é pura magia, uma alquimia que transforma toneladas de lixo das classes abastadas do país (ou comprado do exterior como os 64 containers de lixo inglês vendido a empresários brasileiros)  em ouro verde e diplominha de responsabilidade ambiental.
www.google.com.br/images. Se a Melissa criou o plastic paradise a rede Globo, apesar do fracasso, criou a novela a base de plástico: Meu pedacinho de plástico, ops, recicláveis, oooops, chão! Dá pra reciclar todo o cenário e principalmente figurino!

Para os catadores, o elo mais importante, o portador da mais valia, reciclagem é trabalho duro, pesado, sujo, insalubre, que lhes garante meramente a sobrevivência no dia a dia, uma cidadania às avessas, de lixo, que não lhes confere nenhum valor social e apenas os torna mais e mais invisíveis. O repórter André Trigueiro que conduz o programa e seus entrevistados transitam daqui para ali no aterro de Gramacho sem dar mostras de que, apesar de enxergarem muito bem,  vêem as centenas de homens, mulheres e urubus revirando mais de 7 milhões de toneladas de lixo que chegam diariamente no lixão de Gramacho!


domingo, 8 de junho de 2014

BRAZIL: rumorejando o Brasil com Sérgio Antunes...


A FIA DA VEINHA

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Sérgio Antunes de Freitas

Sua mãe morreu no começo do governo Lula e seus pés perderam o chão.
Não apenas pela falta materna, mas por todas as ameaças quer rodeiam a sua vida, assim como rodearam a vida de sua genitora. Veio um constante temor que só aumentou mais agora, no final do governo Dilma.
Ela vivia trocando ideias com a vizinha, pelo muro, para atualizar as informações.
Uma vez, à noitinha, conversavam:
- Já se foi o tempo que o Lula tinha só aquela aparelhagem de som. Agora, minha filha, ele tem “homem sitter”!
- Ah! Não me diga que ele é bicha!
- Não, minha filha! É um teatro na casa dele. Parece que tem até bilheteria. Imagina o preço que ele cobra!
Foram interrompidas por sua prima de Birigui, que, por telefone, garantiu ser o porto construído em Cuba, com recursos financeiros brasileiros, na verdade, uma base militar para os soviéticos.
- Ah! Mas os americanos vão descer bombas lá em cima. Você vai ver – comentou.
A prima também garantiu que os médicos cubanos são todos espiões de Fidel Castro.
Até aí, ela suportou bem! Mas quando a prima falou que estava sendo preparada uma revolução bolivariana pelo próprio governo brasileiro, precisou desligar o telefone. Ela não sabia o que era uma revolução bolivarina, mas teve que tomar remédios para dormir e, ainda assim, passou quase a noite toda acordada.
Quando pegava no sono, tinha pesadelos tenebrosos. Sonhava que os Sem-terra invadiam sua chácara de recreio, herdada da mãe e localizada a uns dez quilômetros de Taubaté. Tudo assistido por pessoas desmazeladas, mal amanhadas, com bolsa-família, de couro importado e envernizado, pendurada a tiracolo.
E não aparecia nenhum parlamentar da bancada ruralista, com chapéu de cowboy e dois revólveres nos coldres, para aniquilar os invasores e levá-la na garupa do manga-larga marchador, o que seria o início de um romance de sonhos.
Pior, continuaria solteirona!
Na chácara, com quase um hectare, fora construída uma casa, com banheiro azulejado, e uma churrasqueira. Por duas vezes, levou a turma da igreja para um churrasco nessa propriedade rural, sem economia de gastos: dois quilos de bifes, quarenta pães e doze pacotes de refresco em pó de vários sabores. A sombra da mangueira ficou lotada de cadeiras de praia. Na segunda vez, o toque negativo foi o de um garoto malcriado, que afirmou serem todos os refrescos de mesmo gosto, só variando a cor.
Mas toda essa riqueza poderia se perder, por conta do comunismo que sua mãe sempre temeu. Ela não acreditava que os comunistas comiam criancinhas, mas dizia que, “desse pessoal, pode-se esperar de tudo”.
Em uma hora da longa madrugada, foi até um esconderijo na área de serviço e conferiu se ainda estava por lá aquela arma que seu avô havia deixado para sua mãe: um revólver marca Webley, calibre 22, cujas quatro balas estavam em um saco com farinha, conforme o encanador havia recomendado, para conservação da qualidade dos projéteis. Ela nunca atirou, mas, se os Sem-casa resolvessem invadir a sua, com quase 80 metros quadrados e telhado de barro, “pregava fogo em todos”.
De manhã, ainda com olheiras, devido à terrível noite mal dormida, desabafou com a vizinha, citando a revolução bolivariana: - Se essa Dilma ganhar a eleição de novo, eu me mudo para Patrocínio, para ficar bem longe do Brasil!

Sérgio Antunes de Freitas
7 de junho de 2014

terça-feira, 3 de junho de 2014

LIFE STYLE $1.99: Havaianas the slipper classless.

Hello people! forgive me for my poor English and thanks google translate! Marina

HAVAIANAS: before it was poor's slippers, cheap and durable  now is  fast-fashion.

HAVAIANAS: de pobre, barato e durável a fast-fashion.
www.google.com.br/images. You know who is poor when you are using ... Havaianas!
" tá de Havaianas no pé"!


Marina da Silva
Havaianas, to whom it may concern, is a slipper made ​​in Brazil, made ​​of rubber the slippers used to define the individuals who used it as a certified class ... poor! Walking slippers "is a poor thing" and Havaianas, a slipper created for the poor class attested caste, ops, the status quo of the population who used it. Two very important events marked the political economic and social scenario in Brazil of the 60s:

* The creation of Havaianas slippers for Sao Paulo Alpargartas company in 1962 to a poor class;
· * The death of democracy and the beginning of the dark period of authoritarianism with the coup of 31 March 1964 and the establishment of military dictatorship [1964-1984].
Two of the worst evils that stain our history: political coups and the immense social gap between rich and poor in a country as large, master of immense wealth and immense poverty and misery  huge population groups.

Havaianas, a quem possa interessar, é um chinelo made in Brazil, feito de borracha e que dava aos indivíduos que o usavam, até poucos anos atrás um certificado de classe...pobre!
Andar de chinelos “é coisa de pobre” e as Havaianas, um chinelo criado para a classe pobre atestava a casta, ops, o status quo da população que o usava. Dois eventos importantíssimos marcam o cenário político-econômico e social no  Brasil da década de 60:
·       *  A criação dos chinelos Havaianas pela empresa Alpargartas em 1962 para a classe pobre;
·        * A morte da democracia e o início do tenebroso período  de autoritarismo com o golpe de 31 de março de 1964 e a instauração da ditadura militar [1964-1984].
Dois dos piores males que mancham a nossa História: golpes políticos e o imenso fosso social entre ricos e pobres num país tão grande, dono de imensas riquezas e também imensa e continental  pobreza e miséria de enormes contingentes populacionais.

 Mosaic from www.google.com.br / images If we are aware of the data we see that we are in relation to poverty, the same level as 1960!
 Se ficarmos atentos aos dados perceberemos que estamos, em relação à pobreza, no mesmo patamar de 1960!

If the rich and classic traditional middle class - the one known by the people as "those who eat corn and belches caviar" - the Havaianas slippers were a certificate of poverty and misery but for the poor and destitute manage to buy a slipper Havaianas could mean life or remedied be well off,    the same as having formal work ... or not!
"Do not deform, do not smell and do not release the straps" was the slogan of the advertising campaigns of the company Alpargatas, and even last long!

Se para os ricos e a classe média tradicional clássica - aquela conhecida pelo povo como  "gente que come angu e arrota caviar”-  os chinelos Havaianas eram atestado de pobreza e miséria; para os pobres e miseráveis  conseguir comprar um chinelo Havaianas poderia significar vida remediada ou estar bem de vida, isto é, veja, À época, o mesmo que ter trabalho de carteira assinada...ou não!
 “Não deformam, não tem cheiro e não soltam as tiras” era o slogan das campanhas publicitárias da empresa Alpargatas, e ainda duuuuuuuuuuram!

www.google.com.br/images.  Traditional Havaianas.





Made of durable rubber, Havaianas slippers were the Ford T motorsport in the early twentieth century: single model, standardized in two colors: white for the soles of the feet and light blue straps and soles of the slippers. With the help of repetitive advertising in the media written, spoken, televised, using stars like Chico Anísio, Renato Aragão and Jô Soares, Havaianas dropped in popular taste and counterfeiting, generating millions of dollars for Alpargatas!

Confeccionado  em borracha resistente, os chinelos Havaianas eram o Ford T do automobilismo no início do século XX: modelo único, padronizado em duas cores: branca para a sola dos pés e azul claro para tiras e sola do chinelo. Com a ajuda de propaganda repetitiva na mídia escrita, falada, televisada, usando astros como Chico Anísio, Renato Aragão e Jô Soares,  as Havaianas caíram no gosto popular e da falsificação, rendendo à Alpargatas milhões de cruzeiros!
Mosaic from www.google.com.br/images.



Generic models of low quality and cheaper than the Havaianas also came out,  but, but, but ... smelled bad, the rubber resected, and the straps hurt your feet! Against counterfeiting? Heavy media campaign: Legitimate? Only Havaianas! Give them advertise! And grain by grain chicken Alpargatas was filling the coffers, oops, the stomach with a quality product and durable. The Havaianas slippers lasted so much that it was possible to reuse pulling studs, clips, wires, hairpins strips between the toes or sides which allowed the use for longer even with the wear on the calcaneal back!

Surgem os modelos falsetas, genéricos, de baixa qualidade e mais baratos que as Havaianas, mas, porém, todavia...fediam, ressecavam, e as tiras machucavam os pés! Contra a falsificação? Campanha midiática pesada: Legítimas? Só as Havaianas! Dá-lhes propaganda! E de grão em grão a galinha Alpargatas ia enchendo os cofres, oops, o papo com um produto de qualidade e durável. Os chinelos Havaianas duravam tanto que era possível o reaproveitamento tracionando com pregos, clipes, arames, grampos de cabelos as tiras entre os dedos ou nas laterais o que permitia o uso por mais tempo mesmo com o desgaste na traseira calcânea!
Mosaic from www.google.com.br/images."All that is solid melts into air." K. Marx. Less Havaianas that last long!


 "Tudo o que é sólido se desmancha no ar". K. Marx. Menos as Havaianas que duuuuuuuuuuuuuuuuuuram!
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Thirty (30) years of empire and Havaianas slippers, created from the "precatas" from the poor made ​​from old tire and other materials, using strips of old canvas or tube [today is good form to associate the inspiration of "slipper poor" Zori slippers to Japan], Havaianas joined the fads Globalization and Life Style $ 1.99 *!
Speed, fluidity, flexibility, innovation, creativity, detachment from the old, turnover, global market, planned obsolescence! These are the characteristics of the new world order of capitalist production that saw descend into limbo wonderful overall rates of profit there by the mid-'60s, phase known as "Age of Gold", the golden age of capitalism after World War II!
Capitalist accumulation today is flexible, mixes new, old and even revived human slavery! If Henry Ford was caught by the sole product and the rigidity of Fordist production series, the company Alpargatas stuck his foot in a single model INNOVATING in colors, printing the sole and strip size, customizing the "poor's slippers " and selling as if it were gold, a simpleton product glorified by heavy marketing strategy and making billions with a "poor poor product" turning it into a luxury product!

Trinta (30) anos de império e os chinelos Havaianas, criados a partir das “precatas” dos pobres e miseráveis com sola de pneu e outros materiais, usando tiras de câmara de ar ou lona velha [hoje é de bom tom associar a inspiração do chinelo de pobre aos chinelos Zori do Japão], as Havaianas  aderiram aos modismos da Globalização e do Life Style 1.99! 
Rapidez, fluidez, flexibilidade, INOVAÇÃO, criatividade, desapego ao velho, rotatividade, mercado global, obsolescência programada! São as características da nova ordem mundial da produção capitalista que viu descerem ao limbo as maravilhosas taxas globais de lucro ali pelos meados dos anos 60, fase conhecida como “Gold age”, a era de ouro do capitalismo pós Segunda guerra mundial! 
 A acumulação capitalista hoje é flexível, mistura o novo, o velho e até reavivou a escravidão humana! Se Henri Ford foi travado pelo produto único e pela rigidez da produção em série fordista, a empresa Alpargatas S.A fincou o pé  num único modelo INOVANDO nas cores, estampas, tamanho do solado e tiras, customizando o chinelo de pobre e vendendo a peso de Euro, um produto fajuto glorificado por pesada estratégia de marketing e fazendo bilhões com um pobre produto pobre digitransformado* em produto de luxo!

Mosaic from www.google.com.br / images. Sao Paulo Alpargatas belongs to the group Camargo Correa, the contractor responsible for much of the public works of mobility CAP CUP 2014! Alpargatas opens new plant in Montes Claros, in the northern city of MG and bet on 40% increase in production and the diversification of Hawaiian products.
Mosaico a partir de www.google.com.br/images. São Paulo Alpargatas é uma empresa do grupo Camargo Correia, a empreiteira que comanda parte das obras de mobilidade do PAC COPA! A Alpargatas abre nova fábrica em Montes Claros, norte de  MG e aposta no aumento de 40% da produção e na diversificação dos produtos Havaianas.


"Alpargatas assessed the possibility to build a factory in China, but decided the construction in Brazil because Havaianas have the country in their DNA.   It is extremely important to our customers have made ​​in Brazil stamped on the soles of our sandals, "says Márcio Utsch, CEO of Alpargatas." [kkk]
While in an interview Band News (mai/2014) the representative of Alpargatas has refused to respond in numbers ... The cost of producing  Havaianas Slipper varied the minimum in these 50 years! But the media attack has inflated the price of a slipper until then every poor wore! What was the poor thing turned fashion, chic feet of global and international actors! The world discovered Havaianas, he says, and the slipper was never the same ... the PRICE!




"A Alpargatas avaliou a possibilidade de construir uma fábrica na China, porém decidiu pela construção no Brasil pelo fato de Havaianas ter o País em seu DNA. É extremamente importante para nossos consumidores ter o made in Brasil estampado no solado de nossas sandálias", afirma Márcio Utsch, diretor-presidente da Alpargatas."

Embora em entrevista a Band News (mai/2014) o representante da Alpargatas tenha se recusado a responder em números... O custo da produção de um chinelo Havaianas variou o mínimo nesses 50 anos! Mas  o ataque midiático inflacionou o preço de um chinelo que até então todo pobre usava! O que era coisa de pobre virou fashion, chique nos pés de atores globais e internacionais! O mundo descobriu as Havaianas, diz  ele, e o chinelo nunca mais foi o mesmo...no PREÇO!


www.google.com.br / images. From R$ 17.90 on the official website Havaianas, simple style.
www.google.com.br/images. A partir de 17,90 no site oficial Havaianas, modelo simples.

www.google.com.br / images.Havaianas goes with everything: beach fashion, sport, fine suit, short, an outrage strictly spring, summer, autumn, winter!


www.google.com.br/images.Havaianas combina com tudo: moda praia, esportiva, traje fino, enfim, um ultraje a rigor primavera, verão, outono, inverno!
www.google.com.br/images. Look da estação homem!

In the 90's Brazil has opened its doors  and legs to the world, especially on products made in China from R$ 1.99! Everyone was producing in China, buying from China, reselling products made in China: "God made the world, the rest is made in China", a maxim that runs on social networks! Havaianas now "very fine", he also gained other air, seas, continents: the world opened to the Havaianas. 
The Havaianas slippers in addition to disappear with the pejorative "Slipperpoor" replaced the slogan "what is cheap is durable" to the motto that is chic is FAST-FASHION-or fad; every time the same product presents as a new product! And what is the magic behind the miracle "product $1.99" sold to $99.00? 
The answer: Heavy investment in marketing subjective: what sells Havaianas slippers is what is sold to the consumer's head!

Nos anos 90 o Brazil as portas e pernas ao mundo, principalmente aos produtos made in China a partir de 1.99! Todo mundo foi produzir na China, comprar da China, revender produtos made in China: “Deus fez o mundo, o resto é feito na China”, uma máxima que corre nas redes sociais! As Havaianas, agora "chique nus úrtimus", ganhou outros ares, mares, continentes: o mundo se abriu para as Havaianas. Os chinelos Havaianas além de sumir com a conotação pejorativa "Chinelo de pobre" substituiu o lema “o que é barato é durável” para o lema o que é chique é FAST-FASHION ou modinha; a cada instante o mesmo produto se apresenta como um produto novo! 
E qual a mágica por trás do milagre de produto 1.99 vendido a 99,00?
Curto e grosso? Investimento pesado em marketing subjetivo: o que vende os chinelos Havaianas é o que se vende à cabeça do consumidor! 

www.google.com.br/images. Chic, fast-fashion!


Advertising is the lifeblood of business and is well developed and inculcated in the minds repeatedly by movie stars is easy, clear and certain money! 
Globalization has strengthened the lifestyle $ 1.99: high luxury produced in first world countries to a small caste of millionaires and billionaires and rubbish, false, generic made ​​in China for the other mortal on the planet! A poor way of living, basic needs, with acceptance of ponce, cretinism and idiocy of the world's population and living with minimal human development, and general prostitution imposed by neoliberalism which relies on slavery, the "outsourcing" of the world work and life of workers, the use of fake, like a generic universal value!

A propaganda é a alma do negócio e se bem elaborada e inculcada nas mentes, repetidas vezes, por astros e estrelas é dinheiro fácil, líquido e certo! 
A globalização fortaleceu o estilo de vida 1.99: alto luxo produzido em países de Primeiro Mundo para uma pequena casta de milionários e bilionários e o lixo falseta, genérico made in China para os demais mortais do planeta! Um jeito de viver pobre, de necessidades básicas,  com aceitação do chulo, do cretinismo e idiotia da população mundial e a convivência com o mínimo de desenvolvimento humano, e prostituição geral imposta pelo neoliberalismo que se sustenta na escravidão, na “terceirização” do mundo do trabalho e da vida dos trabalhadores, do uso do falseta, genérico como valor universal!
www.google.com.br/images. It is not Havaianas, but it is almost...

Num é essa Coca Cola toda, mas é tipo net!

O life style *1.99 é a eterna voga, principalmente na moda! A mão de Midas agrega valores a produtos fajutos, genéricos, customizados (cores, tiras finas, strass, bandeiras nacionais, salto plataforma, etc) impondo através da “lavagem midiática” subliminar:
 “Todos os famosos usam Havaianas”; Havaianas é bom pra cachorro”; um comportamento de consumo que não compra o produto, mas a ideia por detrás dele! O pobre ficou chique? Claro que não! O pobre se ferrou como sempre, usando chinelo de borracha vagabundo, mas pago a peso de ouro! Cinqüenta anos após sua criação os chinelos Havaianas são o ícone mundial do Life Style 1.99, da vida chula, genérica, de massa, gado indiferenciado onde à riqueza material se contrapõe um franco processo de desumanização de homens e mulheres! 
Se a propaganda é a alma do negócio, se pobre gosta de luxo, logo até pobre usa Havaianas! Um marketing sensacional, paradoxal, um negócio da China, economicamente falando!
http://urbancamou.blogspot.com.br/2010/09/fashion-pinel-pinel-x-havaianas.html

"THE HAVAIANAS FROM € 450 TO € 35 THOUSAND CASES OF, Pinel WARRANT YOUR SPACE"

"DAS HAVAIANAS DE € 450 ÀS MALAS DE € 35 MIL, A PINEL GARANTE SEU ESPAÇO" 


www.google.com.br/images.HAVAIANAS FOR $ 1000.00? Just for stupid!
HAVAIANAS: EVERYONE USES?

HAVAIANAS, TODO MUNDO USA????

* Lifestyle $ 1.99 is an expression created by Marina Silva in search of apprehension, comprehension, analysis of complex phenomena arising with the so-called third technological revolution and its influence on the construction of human sociability from the rise of neoliberalism and globalization.