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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

BRAZIL: LEI DE GERSON!

LEVADA NO BICO
www.google.com.br/images. Personagem de M. Lobato "
Jeca Tatu era um pobre caboclo que morava no mato, numa casinha de sapé. Vivia na maior pobreza, em companhia da mulher, muito magra e feia e de vários filhinhos pálidos e tristes.
Jeca Tatu passava os dias de cócoras, pitando enormes cigarrões de palha, sem ânimo de fazer coisa nenhuma".

Marina da Silva


“Levar no bico” para quem desconhece é a expressão usada para quem em apuros, distração ou por mera inocência e boa fé na humanidade se vê vítima de trapaceiros, enganadores, gente de má-fé, mau caráter que vive de levar vantagem em tudo aplicando a “lei de Gerson” no famoso golpe do “Conto do vigário”. Das bandas de onde venho, Minas Gerais, terra do pão de queijo, ser passado para trás, ser levado no bico é atestado de burrice! O golpe é tão simples e o método aplicado, o argumento, é tão envolvente, sedutor e eficiente que é praticamente impossível não cair na lábia de larápios e vigaristas numa levada de bico!
E foi o que aconteceu com Cris e Marina, duas caipiras do grupo “Amigas do Peito” na cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro.
                                    
Logo do grupo virtual Amigas do Peito idealizado por uma das amigas Marina de Loureiro Maior.

Dia 20-10-12 voamos alegres, saltitantes e felizes para o II Encontro do Amigas do Peito, um grupo de mulheres que estiveram ou estão “cortando um dobrado”, passando o “mó perrengue” com o câncer (de mama e/ou outros)  e  compartilham experiências, vivências, informações, tiram dúvidas e desabafam numa rede de solidariedade e amizade mágica e virtual no Facebook!
Do virtual para o real o grupo ganhou corpo no I Encontro das Amigas do Peito em Sampa, São Paulo. O II Encontro foi agorinha no Rio de Janeiro e tudo transcorreu com muita alegria, emoção, organização. Beijos, abraços, gargalhadas, sorrisos, trocas de lembranças e presentes, uma bela rodada de panquecas regada a água e refrigerante (a maioria está em tratamento) e brindadas com rose Chandon. TU-DI-BÃO!
Vamu qui vamu!

                                  
II Encontro Amigas do Peito. Rio de Janeiro. 20-10-21. Da direita para esquerda Meg, Marina Maior, a quarta é Nátali. Esse grupo tem uma importância vital para mulheres que estão no perrengue câncer! É um grupo nacional que vem dando bons frutos: Amigas do Peito de São Paulo, Minas, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Brasília e outros estados brasileiros!

Dia 21-10-12, domingo de sol, é doloroso deixar Copacabana! Ato falho ou não, o pior aconteceu: a bela menina Kelly, uma morena rosa de abalar Copa, fechar Bangu e dar inveja a garota de Ipanema se atrapalhou com o horário de verão e perdeu...o avião! A partir desse momento começamos( eu, Cláudia e Cris) uma Odisséia para salvar o sonho da menina Rosa: chegar em Beozonte a tempo de se uniformizar e não perder a chance de entrar no Independência segurando honrosamente a faixa da campanha de prevenção do câncer de mama antes do clássico dos clássicos do campeonato-  Atlético mineiro X Fluminense, uma etapa importantíssima para o time do seu coração! Galo doido!
Entre conseguir novo voo estourando o cartão de crédito, engolir um café, fechar conta, pegar táxi e implorar ao taxista voar  para o Santos Dumont, levamos incontáveis e angustiantes minutos! O vôo era 10:57hs e chegamos na boca do check-in Gol as 10:30hs e...”os procedmentos para embarque estão finalizados”! Bola fora, bola murcha, biquinho, cara de choro, faltou-nos ajoelhar e beijar as mãos e pés do recepcionista para a menina entrar no avião de qualquer jeito, modo, maneira!
                   
Kelly, a menina rosa, atleticana roxa e uma morena de fechar Copacabana!
Foto roubartilhado do facebook de Kelly.rsrsrsrs

Uuufa! Num é a toa que Deus é brasileiro e o Cristo redentor vive de braços abertos acolhendo a todos! Tudo saiu a contento e a menina atleticana, após beijos e abraços apressados, embarcou com tudo rumo aos céus para realizar seu sonho, deixando sob  minha tutela sua mala do Galo!
Respiramos enfim aliviadas e fomos realizar nossos chekin-in para embarque com mais de duas horas de antecedência. Tudo registrado, avaliado, carimbado, etiquetado, pra poder voar...Vamos conhecer e fotografar o aeroporto para compartilhar no Facebook. Rsrsrs
Assim que colocamos o pé no segundo piso:
_ Senhoras - fomos abordadas por uma mocinha que nos entregou um panfleto - estamos numa campanha para INCENTIVAR A LEITURA! Apresentem esse vale naquele balcão e peguem um brinde!

                                  
www.google.com.br/images. Chico Bento e Rosinha. Dois caipiras da Turma da Mônica. Maurício de Souza.
_ Uai?! Digrátis inté injeção na testa né não? Eu adoro ler! Saudei-a. Dirigimos-nos ao balcão e fomos recepcionadas por lindas garotas. A partir desse momento começou um palavratório sedutor, isto é, veja, abril, ops, abriu a aplicação do golpe e a levada de bico Fase I. A verdade é que o golpe se iniciou com um “cata-jeca”, aquela pessoa que faz a primeira abordagem e lhe dá a boa notícia: _ sorria, você é mais um sortudo na teia de enganação!
Ganhamos revistas para ler no voo: Dinheiro Rural-A revista do agro-negócio brasileiro. Enquanto isso ao lado pessoas escolhiam um segundo brinde: mochila para notebook ou uma mega ultra plus malinha-mochila-notebook de rodinhas com alças massageadoras para as costas! Lembrei na hora produtos das “organizações tabajaras” e das facas Guinzú! Cantarolei e sorri mentalmente.
                           
www.google.com.br/images. Organizações Tabajara é um antigo quadro do programa Casseta & planeta da Globo. Só vende FALSETA!
Fase II. Enredo armado, a moça que estava nos atendendo apresentou outro panfleto que tinha algo escrito, mas não consegui ler (estava sem óculos), perguntou pelo nosso cartão de crédito e apontou várias “bandeiras”. De posse de um dos cartões, olhou a validade e enquanto eu procurava desesperadamente meu cartão bandeira Mastercard mandou Cris escolher o segundo brinde, na verdade a isca principal para fisgar jacu, jeca, caipira, enfim cidadãos honestos e do BEM!
Encantada com a super malinha-mochila-notebook  de rodinhas fiquei aflita fuçando minha bolsa em busca do meu Mastercard enquanto a moça colhia dados pessoas da Cris. Cheguei a brincar perguntando a ela se poderia ligar para meu marido e pedir o número do cartão.

www.google.com.br/images Algumas bandeiras de cartões de crédito! Protegei-nos nossa  senhora do cartão de crédito!

 A danadinha, uma sofista de dar inveja a qualquer clássico grego, ao mesmo tempo que me respondia, sorria, brincava, mas NÃO  perdia o foco e enrolava Cris numa retórica Leviatã hobbesiana! Enquanto decidíamos pelo segundo brinde ela com a ficha preenchida, imprimiu na parte carbonada todos os dados do cartão e me informava que eu não podia ganhar o brinde sem o cartão, pois tudo era filmado, porque tinha cliente que reclamava que não tinha recebido o brinde e despejou uma logorréia de casos ocorridos de reclamação até contra o gerente dela!

                                   
www.google.com.br/images. Não era uma malinha assim, estav a mais para genérica  tipunet!


E a “saburrina” aqui:
_ Mas eu não vou reclamar; porque eu faria isso se estou ganhando presentes? E lá veio mais xurumela das tais  reclamações de clientes insatisfeitos...
_ Mas se tudo está sendo filmado? Insisti de olho na malinha-mochila-notebook de rodinhas que me enfeitiçou!
Então começou a Fase III do golpe: além da Revista Dinheiro Rural, da malinha-mochila-notebook de rodinhas, Cris ganharia, mais de um ano de revista grátis a escolher( ela escolheu Isto é e outra qualquer), dois exemplares sensacionais que seriam entregues diretamente no seu lar doce lar pagando uma levíssima taxa de R$6.90 em MIL VEZES! Uma bagatela! A essas alturas minha cabeça, além de confusa, estava tonta, dolorida; o estômago enjoado, enbrulhando e querendo devolver o café da manhã! Agora imagine minha amiga que estava fora do ar depois da etapa quimioterapia, preocupada com a radioterapia a iniciar em uma semana e sem cabeça para nada, pensado na “coisa”,  “aquilo-que-não-deve-ser-nomeado”, o lorde das trevas, o  Voldermort CÂNCER!
A ficha só caiu quando as MIL PARCELAS DE R$6.90 digitransformaram-se em DEZ parcelas de R$69.90, UMA DÍVIDA DE 699,00 REAIS porque “nenhum  cartão pode fazer cobrança semanal de R$6.90 nem parcelar de MIL VEZES”!
“Quando a esmola é demais até o santo desconfia, diz o ditado e foi isso que nos salvou!
                                      
www.google.com.br/images. Krusty o palhaço dos Simpsons.
_ Uai? Nóis tá sendo levada no bico! Constatei no olhar de Cris que já tinha informado que não tinha crédito, pois estourara o cartão para conhecer mulheres maravilhosas como nós nesse encontro facebookiano das Amigas do Peito! Mesmo assim a moça tagarela seguiu com a operação ”pega jacu” e verificou se a lebre não lhe estava escapando.
_ É uma dívida que eu não posso fazer. Informou educadamente Cris e eu dei graças a Deus por ter esquecido obrigatoriamente o meu cartão purcaudiquê eu tava dependurada numa mega prestação dos armários da casa nova!
_ Crédito insuficiente. A moçoila confirmou e sorriu decepcionada.E nós respiramos aliviadas e agradecidas a nossa senhora do cartão de crédito! Tem coisa que um Credicard num paga mess, entre elas, se safar de um conto do vigário, de um engana-bobo, duma levada no bico!Uhuuuuu!
 Então a menina nos contou que cada contrato que realizava ajudava a pagar bolsas de estudos para os “cata-jeca”! Afffff demorei, mas lembrei a tempo do mesmo golpe que me aplicaram na venda de assinatura de um jornal ralé de Minas Gerais! É purcausdiss que tô perdendo a fé na bondade humana!
Despedimo-nos amigavelmente e fomos metabolizar o golpe com uma coca-Marina!
www.google.com.br/images. Eu tô podendo! Uhuuuuuu!

Que golpe fidiégua! Quase fomos embromadas! Pasmas e passadas, a sensação de abuso e assédio moral nos jogou um pouco para baixo. E tem gente que pensa que quimio e radioterapia é que são venenos!
_ Isso tem que ser denunciado ao PROCOM ao Ministério público ao juizado de pequenas causas, ao Chapolin Colorado! O ódio tomou conta de mim.
Preciso urgente de uma caneta e no aeroporto só tem falseta, aquelas 1.99 que certamente não escrevem merda alguma e não mais que um parágrafo e “eu preciso dizer o que penso dessa vida, preciso demais desabafar”!
Uma idéia machadiana subiu no trapézio da minha mente e começou a fazer cabriolas: uma caneta pelamordedeus! Preciso escrever, anotar dados, preciso fotografar essa droga toda! A partir de então fotografei Cris em vários pontos do Sntos Dumont e próximo ao balcão da enganação como se estivesse colhendo provas periciais para os autos. Pedimos caneta de brinde, emprestada, até que demos de cara com um posto da Polícia Federal e no caminho até lá Deus nos enviou um anjo, um belo rapagão negro, flamenguista como eu e que se rendeu aos meus apelos desesperados de alguém que precisa aprisionar uma ideia para ela não fugir pru beleléu!
www.google.com.br/images. Caneta e marca-texto igual a que ganhei de Bruno César!
Bruno César como lhe agradecer pela gentileza? Fiz tanto drama que comovido o rapaz, ao saber que era escritora, presenteou-me com sua caneta de trabalho, a única que tinha em sua gaveta. Essa crônica é pra você mano Bruno, rubro-negro sangue bom!
Quanto a você caro(a) leitor(a) espero que esse perrengue lhe deixe de sobreaviso e atento ao golpe, para não ser levado no bico e comprando assinaturas de jornais e revistas, fazendo dívidas impostas descaradamente como se esse fosse o seu desejo e lhe tratando como gado reles, cidadão  vira-lata, sem classe!
                                
www.google.com.br/images. Moacir Franco, o Jecagay da eterna "A praça é nossa". SBT
Finalmente...Nóis é jeca, mas de besta nóis só tem o jeito de falá  e de caminhá! Pronto, falei!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

BRAZIL: RUMOREJANDO COM JUCA ZOKNER



RUMOREJANDO


PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I
Não se pode confundir rugido com mugido, até porque, em condições normais de pressão e temperatura, quem solta rugido é o leão e quem solta mugido é a vaca. Isso absolutamente não impede que os humanos soltem rugido e mugidoTudo depende do grau de importância que cada um se dá, do grau de delicadeza; da intensidade do pisão no seu calo e assim por diante. A recíproca, honestamente, eu confesso que não sei se é verdadeira ou não. Quem souber, por favor, comentários no blog. Obrigado.
Constatação II
Graças ao meu estro*
Que eu me tornei
Ambidestro
Quando
Te amei,
Te amassei,
Com carinho,
Não só na hora
Do bem-bom,
Mas também agora
Que toco sestro,**
Acompanhando
Um cavaquinho
E um violão.
*Estro ="2 entusiasmo artístico, riqueza de criação, gênio criador" (Houaiss)
**Sestro = Substantivo masculino.
1.Antigo instrumento egípcio de percussão, que consistia num pequeno arco metálico atravessado horizontalmente por pequenas hastes também de metal, as quais, agitadas por meio de um cabo, produziam som agudo e prolongado:
“Crótalos, búzios, tímpanos, badalos, / Sistros ressoam!” (Martins Fontes, Verão, p. 21.)
2.Espécie de marimba com lâminas metálicas.
3.Etnografia. Instrumento musical, usado na América do Sul, entre os índios cadiueus, constituído por uma forquilha entre cujas extremidades é esticada uma corda em que são enfiados discos que se entrechocam quando o instrumento é sacudido. (Aurélio).
Constatação III
Deu na mídia: "Diretoria do FMI sabe pouco de América Latina, não possui diplomacia para lidar com países latinos-americanos, nem sequer experiência para enfrentar as crises financeiras, diz o seu ex-diretor Claudio Loser". Nós, simples pobre mortais de Rumorejando, também sempre achamos, mas nunca ninguém nos prestou a mínima atenção. Talvez, agora. Talvez...
Constatação IV
Foi cavalheiresco,
O beijo ardente,
Romanesco,
Mas arrancou
Um dente
Que provocou
Na amante
Um ar dantesco,
Um mau semblante,
Grotesco,
Agoniado
Que a deixou
Desconsolada
Tão somente.
Coitado!
Coitada !
Constatação V
Deu na mídia: “Mesmo com o elevado superávit primário registrado nos últimos anos, a dívida líquida do setor público vem crescendo correspondente a mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB). Data vênia, como diriam nossos juristas, este assim chamado escriba acha que a dívida, baixando ou não, é impagável. Tenho dito!
Constatação VI
O dólar vem caindo
E eu não sei
E também
A ninguém
Perguntei,
fazendo bulha,
Ou quieto,
Se existe alguma relação
Com inflação
Ou exportação,
Mas o correto
É que o meu dinheiro
Está sumindo
Que nem agulha
No palheiro.
Constatação VII
Tive que fazer estágio
No seu empedrado coração,
Pagando um alto pedágio,
Pois não houve outra opção.
Constatação VIII
Não se pode confundir (de novo, pô ?) jacta com jaca, muito embora quem se jacta de comer uma jaca, daquelas de 10 quilos, sozinho, numa vez só, está correndo o risco de
não poder se jactar nunca mais na sua vida. Idem, idem se a dita cuja cair na sua cabeça. Quanto à recíproca, deixa pra lá.
Constatação IX
Quem deixou de assistir o projeto "O samba e sua nobreza", em que se apresentaram em Curitiba e Florianópolis, os grandes nomes de Velha Guarda da Portela, da Mangueira e de outros tantos nomes lembrados e cantados como Noel Rosa, Carlos Cachaça, Nelson Sargento, Ataulfo Alves, apenas para citar alguns poucos, não sabe nada de nada. Tenho dito!
Constatação X
Deu na Folha de São Paulo: “O PT e o PMDB fizeram um acordo para encerrar a CPI do Cachoeira sem levar à frente investigações que poderiam elucidar o envolvimento de políticos no esquema do empresário Carlinhos Cachoeira”. Comentário de Rumorejando: VIGE!
Constatação XI
Assim como está na hora de eliminar a reversão à esquerda, também está na hora de dar um jeito na irregularidade das calçadas, em Curitiba. Novamente, tenho, agora com tropeções, dito!
Constatação XII
Deu na mídia, mais precisamente no site do Estadão: “Banco Central reduz a 1,6% crescimento do PIB em 2012. Estimativa se aproxima do patamar de 1,5%, que já foi considerado ‘uma piada’ pelo ministro da Fazenda; BC também aumentou projeção de inflação de 4,7% para 5,2%”. Data vênia, como diriam nossos juristas, mas Rumorejando tem receio que até o fim de ano o PIB poderá passar a um número negativo e a inflação atinja um patamar de dois dígitos. Vige!
Constatação XIII
Deu na mídia, mais precisamente no Estadão um vídeo com Leandro Modé: “Governo acerta ao pedir mais clareza dos bancos na cobrança de tarifas. Mas é preciso cuidado com a saúde das instituições”. Data vênia, como diriam nossos juristas, mas Rumorejando acha que as taxas, juros que os bancos cobram já são mais que suficientes para cuidar da saúde das instituições. Quanto à saúde dos correntistas com relação ao que pagam às referidas instituições o senhor Leandro Modé ainda não se pronunciou. Cáspite!
Constatação XIV (De um pseudo-soneto).

     Tragédia pessoal e financeira

Ela deixou meu coração em frangalho
Dos demais pobres órgãos eu nem falo,
Eu não reclamo, eu silencio, eu me calo.
No entanto, eles me deram muito trabalho.

Isso sem comentar, relatar da dívida imensa
Feitas com cartão na nossa conta conjunta
E não recebi resposta a minha pergunta
Por que gastar tanto e não era uma prensa.

O questionamento foi feito em tom natural
Não revelando raiva, angústia ou decepção
Entretanto me causou um distúrbio duodenal.

No fim, tive que recorrer a médicos especialistas
Cujo preço da consulta também era uma aberração
Chegando aos montantes que cobram os analistas...

Constatação XV
Não se pode confundir insolvente com insolente, muito embora, depois do emprestador tentar cobrar uma já antiga dívida, o insolvente reagiu acusando o credor de insolente. A recíproca não é verdadeira, pois há insolente que paga em dia seus débitos, mas poderá vir a ser no caso que o cobrador seja insolente por natureza.
Constatação XVI
E não se pode confundir pústula com postula, muito embora o que se tem visto de candidatopústula que postula um cargo nas eleições, não está escrito em lugar algum. E pior, mormente, quando se vê que assim chamada justiça eleitoral e outras jogando para o eleitor a decisão de votar em “ficha limpa”, que – normalmente sem condições de saber quem o é – não toma providências, mesmo para os casos flagrantes, em impedir que o pústula possa se candidatar. E isso com a propaganda, na televisão, instando que não se deixe de votar e que não se vote em quem tem ‘ficha suja’. Conclusão: Em certos países sempre quando se aprova uma lei se deixa brecha, ou brechas, para que ela possa ser contestada, refutada, malversada e outras ‘ada’ aéticas e imorais. Vige!
Constatação XVII
E, ainda, não se pode confundir sanha* com senha, muito embora quem, em determinadas ocasiões, esquece a sua senha fica com sanha de si mesmo.  
Sanha = substantivo feminino
1 rancor, fúria, ira, desejo de vingança
2 vontade incontrolável (Houaiss).
Constatação XVIII
Rico tem, às vezes, um lapso; pobre, sempre esquece.
Constatação XIX
De repente, não mais que de repente a gente se dá conta a existência de juízes e desembargadores que sua – deles – conduta ilibada é que nem o socialismo: pura utopia...
Constatação XX
Em certos países e, particularmente, no nosso há certo tipo de eleitores: aqueles que votam no menos pior; aqueles outros que votam pensando no quanto pior melhor; aqueles que ainda acreditam em promessas; aqueles que simplesmente anulam o voto; aqueles que anulam o voto,  votando em animais como foi o caso, no passado, do rinoceronte Cacareco e aqueles que votam por votar, mormente para não ter problemas com o Tribunal Eleitoral. Porém a um detalhe comum a todos. Quaisquer que sejam os resultados estarão todos fod, digo, ferrados, salvo àqueles que conseguirão um cargo, carguinho ou cargão. Vige!
Constatação XXI
E como filosofava o obcecado: “Cada sessenta segundos que você passa mal-humorado, angustiado ou mal, é um minuto de alegria que não voltará. A mesma coisa acontece com um evento do bem-bom: Cada um que for adiado estará perdido para sempre”.
Constatação XXII
Depois que houve empate entre candidatos a prefeito da minha Balsa Nova e o cargo é dado para o candidato mais velho, este assim chamado escriba acha que, além do atendimento prioritário nos bancos para, dentre outros, os de idade provecta encontraram mais uma ínfima, escassa e irrisória vantagem...
Constatação XXIII (Quadrinha para ser recitada por quem assim o desejar um tanto quanto confusa).
Resolver uma equação do segundo grau de cabeça
Não é para qualquer cidadão e simples mortal
Mas se você conseguir que isso ocorra, aconteça
Terá que saber bem a tabua de logaritmo decimal.
DÚVIDAS CRUCIAIS VIA PSEUDO HAICAIS
  
Dúvida I
O bemol e o sustenido
Daquele músico
Parecia mais um balido ?
Dúvida II
De tão esquálido
Não deu para ver
Como ele estava pálido ?
Dúvida III
É muita sisudez
Não responder a uma
Pergunta em Javanês ?
Dúvida IV
É muita insinuação
Ficar enaltecendo,
Todo tempo, o bem-bom ?
Dúvida V
Só o comprimido
Pra pressão alta e sogra
É que baixa a libido ?
Dúvida VI
Você também acha
Que, agora, o Brasil
Não vai e não racha ?
Dúvida VII
É uma decisão política
Ela me lançar: “Afinal,
Você vai ou fica” ?
Dúvida VIII
Quem colhe uma rosa
No jardim do seu coração
Fica todo prosa “?
Dúvida IX
É um grande pleito
Querer levá-la
Para o leito ?
Dúvida X
Fizeram um carnaval
Quando a 9ª de Beethoven
Virou Patrimônio Mundial ?
Dúvida XI
É muita leviandade
Surrar o meu Paraná
Sem dó nem piedade ?
Dúvida XIIDiante de tantas pagas
Restaram no inferno,
Pouquíssimas vagas ?
Dúvida XIII
Da invicta, foi o atrevido
Que arrancou um beijo
Com um baita estalido ?
Dúvida XIV
Foi o fandango
Que disse para a milonga
Vamos dançar um tango ?
Dúvida XV
Aí, disse a milonga:
Tango eu não sei dançar
Mas você não dança conga ?
Dúvida XVI
Não seja tongo
Você não acha conga
É só para mocorongo ?
Dúvida XVII
Se não houvesse o indefectível segundo turno
Você ficaria mais jubiloso, exultante, alegre
E, consequentemente, não ficaria tão soturno ?

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

BRAZIL: POR QUE UMA POTÊNCIA VIRA-LATA SE PODEMOS SER HUMANOS DE PRIMEIRO MUNDO?



Brasil quiere ser como nosotros ya fuimos Por: | 18 de octubre de 2012


Lo que a los españoles y europeos en general nos hizo un día prósperos y avanzados en civilización, es lo que los brasileños, y en buena parte muchos otros latinoamericanos, están queriendo ser. Y lo hacen justo en el momento en que nosotros parece que estamos dejando de serlo.
Me explico. Como me ha hecho ver  el economista Andrés Cardó, a Europa y a Estados Unidos les llevó a la modernidad y a la democracia la idea de progreso. El deseo de superación.
Así, los padres que no habían podido alcanzar un cierto grado de conocimiento y de riqueza comenzaron a sacrificarse para que sus hijos un día “pudieran vivir mejor que ellos”, es decir, con más estudios, con una vida con menos penuria, con mayor calidad de vida.
Y lo hicieron. Así, los que les siguieron pudieron salir del túnel de la pobreza y del atraso, para ingresar en el mundo de la prosperidad individual y colectiva.
Y llegó la novedad de la Unión Europea, que hizo imposibles las guerras en una Europa cuya historia ha estado cruzada de sangre. Y nos sentimos más fuertes y nos hizo más ricos a todos.
Recuerdo aún a mi Andalucía pobre, de alpargatas, sin futuro, en la que los hijos seguían las hormas de pobreza y de falta de conocimientos de sus padres. No había superación posible. Los hijos eran siameses de la misma fatalidad.Y las carreteras polvorientas y peligrosas. Y los coches parecían tartanas de otro siglo.Y yo viajaba en tercera clase de los trenes que eran también de mercancías.
Un día, el progreso llegó a nuestras puertas y todo cambió. Los hijos de padres analfabetos fueron a la Universidad y empezaron a viajar y conocer el mundo, y humedecieron de felicidad los ojos cansados de sus padres trabajadores de la tierra.
Recuerdo ver a uno de esos labradores temblarle en sus manos arrugadas como raíces de vid, el diploma de su hijo abogado.
Hoy, los nietos de aquellos que empezaron a disfrutar del progreso y la modernidad son los ni,ni. No saben ya que hacer con sus títulos universitarios por los que un día suspiraron y que hoy, paradójicamente, los están devolviendo a la pobreza original de sus abuelos.
España parece en efecto un tren marcha atrás. Un amigo mío me decía ayer: “Me parece haber retrocedido a los tiempos de la transición, como si estuviésemos intentando salir de nuevo de los escombros del franquismo”.
He hecho este largo preámbulo para decir que, al revés, hoy en Brasil, como en buena parte de América Latina se está viviendo un momento parecido al que nos ilusionó un día a nosotros con la llegada del progreso y de la voluntad de superarnos y de triunfar.Y empiezan a soñar con una América Latina unida.
Lula rodeado de gente
También aquí, al otro lado del charco, se vivió durante mucho tiempo aquel desengaño, aquel no tener futuro delante, aquella angustia de que los hijos no conseguían superar a los padres.Se vivieron las heridas dejadas por la esclavitud y el colonialismo bastardo.
Hoy, al revés de lo que nos pasa a nosotros, ellos están cambiando. Han empezado a saborear los primeros frutos del progreso. Están dejando el hambre atrás. Hasta ha crecido el número de negros, en Brasil, que ingresan en la Universidad.Y los blancos son ya minoría. Todos están mezclados. Los DNA han bailado juntos.
Hasta el punto que el carismático Lula que llevó a la clase media a 30 millones de brasileños, hoy puede ser víctima de su propio éxito.
Ello, porque esos millones de expobres, ya no se conforman con comer tres veces al día. Ni con que sus hijos no estudien. Ni con una sanidad en la que morían uno de cada dos niños nacidos. Quieren más. Quieren superarse. Quieren ser como lo éramos los europeos antes de la crisis.
La madre empleada doméstica, quiere que su hija ya no limpie casas como ella y se sacrifica para que haga un curso de contabilidad. Quieren los padres que sus hijos les superen. Han dado un puntapié al fatalismo de una vez.
Y no les bastan ya los valores puramente materiales. Esa nueva clase C, llegada de la miseria, exige también ética a la vida pública, como lo está demostrando el interés de la calle por el proceso del mensalão, el escándalo de corrupción política que ha puesto por primera vez a políticos importantes en el banquillo de los reos. Y los está condenando con penas de cárcel. 
Brsileños felicesEsos brasileños que se estrenan en la clase media exigen al mismo Lula, que fue su Mesías, algo más que el maná del desierto. Quieren participar del proceso democrático y ya no reciben órdenes gratuitamente. Quieren pasar de ser individuos a ser ciudadanos con todos sus derechos. No les basta la limosna. Quieren subirse al tren del progreso global.
Y esa es la diferencia entre el proceso en curso en Brasil y en general en buena parte de este continente, y lo que empieza a pasar en España y en varios países de Europa.
Como decía un comentarista de este blog, “nosotros estamos aterrizando mientras ellos están despegando”. Es posible que comparativamente, los españoles, y la mayoría de los europeos, con crisis y todo, estemos aún mejor que los brasileños: con menos desigualdades sociales, con una democracia más consolidada, con mejor calidad de vida.
Lo que es diferente es la sensación que están viviendo los ciudadanos de ambos países. Mientras los españoles están entrando en una situación de cansancio y de falta de perspectiva, aquí en Brasil se respiran aires de vísperas de viaje, de hallarse en una situación donde todo mejora, donde hay esperanza. Donde el 70% de la gente afirma que el año próximo será aún mejor que este.
Y es esa sensación de estar prosperando, de poder soñar algo mejor para sus hijos, lo que crea ese espíritu de optimismo.
Aquel “Sí, nosotros podemos”, lanzado por Obama, que quizás a él se le quedó en el tintero, aquí se siente aún como algo real y nuevo, ya que por siglos pensaron que ellos "no podían". A veces que "ni debían", porque seguían sintiéndose hijos de esclavos y de los antiguos dueños que los habían "descubierto".
Eso explica el que, aún estando globalmente peor que nosotros, los brasileños se sientan más felices y esperanzosos que nosotros.
?Qué exagero? Vengan aquí y lo verán.
O vayan a Chile o a Colombia o a Perú o a Uruguay. No sé en Argentina. Quizás ellos ya fueron más europeos y más prósperos un día, antes de ser contagiados por el virus del populismo, que sigue siendo, en buena parte aún de este continente, el freno al verdadero despertar a una democracia madura y moderna como lo fue la europea, por lo menos hasta hoy.
Protestas en MadridProtestas en Madrid


 
* Juan Arias.

Sobre el autor

es periodista y escritor traducido en diez idiomas. Fue corresponsal de EL PAIS 18 años en Italia y en el Vaticano, director de BABELIA y Ombudsman del diario. Recibió en Italia el premio a la Cultura del Gobierno. En España fue condecorado con la Cruz al Mérito Civil por el rey Juan Carlos por el conjunto de su obra. Desde hace 12 años informa desde Brasil para este diario donde colabora tambien en la sección de Opinión.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012



REDES ANTISSOCIAIS
www.google.com.br/images
Sérgio Antunes de Freitas

A primeira charge que me fez rir foi uma do Ziraldo, na revista A Cigarra, lá pelos anos 60.
Como se tratava de uma publicação voltada ao público feminino, o cartunista mostrou coerência, desmontando a tradicional figura do homem como ser superior.
A imagem era a de um indivíduo deitado em uma rede de dormir, que acabava de se arrebentar logo abaixo do acordoamento. Com uma das mãos, ele se segurava no que restou das cordas ainda enganchadas.
Com o resto do corpo, se abraçava á maior parte da rede, para não cair.
Jogados no chão, estavam os óculos, copo de refresco com canudinho, livro aberto etc.
Da enorme boca do infeliz, saí uma única palavra em negrito e caixa alta: “MARIAAAAAAAAAA...”
Acho que a rede, cujo nome original é hamaka, acompanha todos os brasileiros desde que os índígenas a inventaram.
Comigo foi assim,
Hoje, posso até dizer que, pela forma como se sai do belo descansadeiro, descobre-se a idade do descansado.
Quando moleque, na hora de sair, eu balançava o corpo ao máximo possível e, quando o bólido atingia sua maior altura, eu me arremessava e caía de pé. Uma aventura! Menos para o gato que costumava dormir ao lado do ponto de pouso. Ele sempre esturrava!
Depois, na adolescência, balançava menos vigorosamente e sonhava com o sucesso na vida, com as paixões inocentes, com um futuro glorioso, quando era interrompido pela obrigação da tarefa escolar.
Mais adiante ainda... Nossa, como é bom um namoro na rede, daqueles em que o casal fica agarradinho, sem saber pra que lado se virar! Os braços chegam a ficar dormentes, só para não sair de perto um do outro.
Nesse ponto, temos que falar da resistência das redes às altas temperaturas, que chegam a 42º entre os corpos.
Mas não existe nada mais sublime do que embalar o filho em uma rede, cantando a música que o faz dormir. É certo que alguns dormem rapidamente, desconfio, para o pai parar de cantar de tão desafinado.
Até que se chega à idade adulta, também chamada de “obesa-idade”.

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Com o peso, sair da rede (a depender de sua altura, largura, profundidade e distância do solo) torna-se uma odisséia dantesca, ou seja, a gente conhece o inferno.
Caí numa armadilha dessas no último fim de semana, quando me afundei em uma dessas que fica na varanda. Ela era muito profunda mesmo e eu estava mais pesado que de costume.
Quando tentei sair, no modo normal, não consegui.
Tentei em diagonal e nada.
Botei as pernas para fora e fiquei de cavalinho, puxando o corpo com os braços. Nem mexi!
A coisa começou a complicar e eu tentei o cavalo invertido: pernas dentro, mas como um jóquei, e os braços fazendo força.
De tanto esforço, acabei em uma posição indefinida. Não chegava a ser uma daquelas do kama-sutra, mas era esquisita. Por sorte, ninguém viu.
Eu não queria me jogar no chão, pelo risco de uma fratura, então, deitei de novo.
-Pôxa – pensei, será que vou ter que ficar de castigo até alguém aparecer aqui na varanda?
A idéia de pintar uma vontade de ir ao banheiro me aterrorizou. Bexiga cheia em uma situação daquelas seria fatal!
Fiz mais algumas tentativas infrutíferas, até que veio a lembrança dos tempos de infância e acabei resolvendo meu problema assim:
 - CLEIDE MARIAAAAAAAAAA...

Sérgio Antunes de Freitas
7 de outubro de 2012


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

BRAZIL: "QUEM ROUBOU NOSSA CORAGEM"?

¿Por qué en Brasil no existe la oposición?

Por:
Dilma y cardosoDilma y Cardoso, adversarios políticos
Juan Arias
Es un fenómeno que choca a los europeos. En Brasil, prácticamente, no existe una oposición al gobierno de la Presidenta Dilma Rousseff. Hasta el punto que el líder del que debería ser el mayor partido de la oposición, Fernando Henrique Cardoso, expresidente de la República y fundador del PSDB (Partido Socialista Democrático de Brasil) pidió a sus correligionarios que “dejaran trabajar en paz” a Dilma.
Es verdad que una cierta condescendencia de la oposición con la actual Presidenta, supone indirectamente una crítica a su antecesor, Lula da Silva, ya que consideran que ella se desvía de su tutor en la lucha contra la corrupción.
La mayoría de los grandes partidos ha preferido desde siempre en Brasil vivir cobijada bajo las alas del gobierno del que reciben ayuda y cargos que les permiten ayudar a sus respectivos colegios electorales. Nadie quiere estar en la oposición y menos contra un gobierno como el de Rousseff con casi un 80% de consenso.
Lo mismo había ocurrido con su antecesor el carismático y popular Lula da Silva, de quien escribí en este mismo diario un artículo que fue traducido también aquí en Brasil titulado “Y Lula se comió a la oposición”.
Se la había comido de verdad, ya que nadie se atrevía a criticar un gobierno que gozaba de la máxima popularidad, apoyado por la gran masa de pobres que veían en Lula a su Mesías y Redentor.
Esa dificultad de enfrentarse con un gobierno popular con, además, gran apoyo internacional, hizo que incluso en 2005, cuando estalló el escándalo de corrupción política de mensalão, que hubiese podido costarle el cargo a Lula, la oposición no se atrevió a enfrentarse a él, ante el temor de la amenaza que había lanzado de sacar en su apoyo a la calle a los movimientos sociales controlados por el partido del gobierno, el PT, fundado por Lula.
Ello ha llevado a una situación paradojal. Ante la ausencia de una oposición política seria y eficiente, algo fundamental e indispensable en las mejores democracias y en los gobiernos mejor valorizados, dos estamentos de la sociedad han tomado el relevo de la oposición: los medios de comunicación y la justicia.

Los medios son los que en los últimos años han funcionado como oposición colocando sobre el tapete todos los escándalos de corrupción incluso los que llevaron a Dilma a retirar de su gobierno a ocho ministros.
Y no se ha tratado de algunos medios más o menos críticos con el poder.
Todos los diarios, semanales y televisiones más importantes, han sacado a luz escándalos políticos de corrupción de políticos tanto del gobierno como de la oposición. Lo han hecho los diarios Folha de Sâo Paulo, Estado de São Paulo, O Globo, Veja, Istoé, Panorama y las televisiones Globo y Banderantes entre otras.
Y junto con la prensa, el otro eje de la oposición lo está ejerciendo la justicia, tanto los fiscales del Estado como los jueces del Supremo que están condenando estos días a los políticos acusados de haberse dejado sobornar para apoyar en 2003 al gobierno Lula así como a los acusados de haber sido los corruptores de dichos políticos sirviéndose de dinero público usado ilegalmente.
Hay quién se pregunta si es normal en una democracia que sean instituciones como los órganos de información y los tribunales de justicia, los que hayan tomado el relevo de la ausencia de oposición política.
La pregunta no es de fácil respuesta. Sin duda que en una democracia normal, la oposición la deben hacer los políticos, que es lo que asegura la alternancia en el poder ¿Y cuando éstos se ausentan? ¿Es justo que tome esa misión otras instituciones, desde la prensa a la justicia o a las redes sociales?
Lo que habría quizás que entender es que el caso de Brasil es una anomalía, porque de repente el gigante americano se ha despertado y ha empezado a crecer no sólo económicamente sino también cultural y socialmente.
La opinión pública que por un lado rechaza la corrupción política, por otro se siente tranquila con unos gobiernos que la hacen soñar con mejoras año tras año.
Cuando el clima general de la sociedad es de esperanza en un futuro inmediato que se les presenta mejor que el pasado, no es fácil a los políticos desempeñar su papel indispensable de oposición.
No es una justificación, ya que estoy convencido de que sin oposición la mejor democracia acaba corrompiéndose inexorablemente. Es tan solo una constatación de una coyuntura histórica, que es real.
Lula y cardoso
Lula y Cardoso, adversarios políticos de una vida
Juan Arias. Periodista do jornal El Pais.