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domingo, 11 de agosto de 2019

BRAZIL. CAPITALISMO ILUSTRADO. O SÉCULO DE LUDWIG MISES


CAPITALISMO ILUSTRADO* 


Marina da Silva
1ª parte
www.google.com.br/images. BRASIL. 2015-2016. Eduardo Cunha, preso, é corrupto; somos milhões de Cunha, LOGO SOMOS TODOS...burrismo. Coxinhas, bolsomínions, burronaristas aos milhões, mais de 57 milhões para chegar perto do poder da burrice.


Esclarecimentos iniciais:
1. Capitalismo ilustrado é o nome escolhido por um grupo de multimilionários, bilionários ultra-liberais conservadores e/ou libertarianos anarquistas que alavancou "The Moviment": programa de destruição do Estado-nação tal qual o conhecemos, principalmente o WELFARE STATE ou ESTADO PROVIDÊNCIA ou ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL [grosso modo, o Estado intervém na atividade econômica regulando tudo e fazendo distribuição de riquezas via políticas públicas sociais]  colocando em movimento um plano de ação elaborado ainda no decorrer da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Uma cruzada anti-Estado (intervencionista) e práticas socialistas voltadas para o bem-estar social (ideias de coletivismo, fraternidade, igualdade, solidariedade, compromisso social) envolvendo a EDUCAÇÃO da sociedade para não só aceitar como defender como suas, ideias  anti-estatismo, anti-igualitárias, anti-coletivismo, anti-fraternidade,  anti-solidariedade, anti-paternalismo estatal, anti-socialismo, anti-comunismo.
Valores caros e fundamentais ao capitalismo fundado na propriedade privada,  mercado econômico livre, liberdade, individualismo, ganância e egoísmo extremados são vendidos às populações como desejáveis, os únicos válidos; assim como sua forma de acumulação de riquezas: 1% da população concentrando riquezas, produção, circulação e distribuição de tudo, Estado incluso e 99% reles indivíduos livres, empreendedores sociais, consumidores que devem ser  ensinados, domesticados, adestrados desde o berçário, cultuando e louvado capitalistas e o Estado Mínimo.
O Estado é o inimigo dos indivíduos!  Uma organização social atomística de consumidores, cada um no seu quadrado e cuidando da própria vida, nada de igualitarismo, coletivismos, Estado "paizão" regulando a economia e as relações de trabalho.
Claro que Ludwig Von Mises1 não concorda de jeito nenhum comigo, e ele está certíssimo porque Deus criou apenas CONSUMIDORES. Para ser correta com Von Mises foi Deus que criou a "democracia dos consumidores". (p.238)

"Numa economia de mercado os capitalistas, assim como os empresários e os trabalhadores, servem os consumidores- afirma categórico L.Von Mises- não parece ser necessário acrescentar que os consumidores não são apenas consumidores, e que a totalidade de consumidores é igual à totalidade de trabalhadores, empresários e  capitalistas."  (idem, p.268-270)


2. Burrismo, jumentismo ou asnismo  declarado é a expressão que criei ou apropriei no ciberespaço na tentativa de demonstrar que tanto o momento, reduzido aqui à palavra globalização (revolução cientifica-tecnológica nos meios de transporte e especialmente comunicação, reestruturação de empresas, uso de nano-tecnologias, Inteligência Artificial, robotização, relocalização industrial, ascensão da China, etc) como os fundamentos The Moviment (nacionalismo extremado, militarização do Estado) como a "ESCOLHA" de líderes, agentes de governo, "Mito  governante" desprovidos de inteligência, extremistas, corruptos, de baixa ou nenhuma ILUSTRAÇÃO  são de um cretinismo, idiotismo, burrismo inenarráveis. Mas eu vou tentar narrar porque é a escolha pelo jumentismo que irá reascender e/ou ressuscitar a opção à Esquerda!

3. Ilustrado, ilustração é sinônimo, segundo o pai dos burros, o dicionário Aurélio,  o mesmo que:
 "1. tornar ilustre; 2. esclarecer, elucidar; 3. instruir; 4. adornar com gravuras ou desenhos; 5. célebre, notável; 6. famoso; 7. preclaro; 8. insigne; 9. nobre; 10. distinto; 11. termo de cortesia para exprimir consideração."
Para os "burros declarados" ilustrado e ilustração é dar um brilho, deixar brilhante. EX.: passar cera de lustrar no carro e dar um lustro deixa o carro ilustrado, com muita ilustração.


*Capitalismo ilustrado é uma expressão pomposa dada ao “movimento atual” anarco-libertarianismo sobre o Estado-nação por políticos/estrategistas/marketeiros, economistas, jornalistas, empresários, financistas, especuladores (bilionários com poderes dentro dos governos) como Steve Bannon (fundador evangelizador, porta-voz); Mischael Mondricamen (diretor-executivo, fundador do Partido do Povo na Bélgica); Mateo Salvini (fundador) e irmãos-Itália; Victor Orban (Hungria); Marine Le Pen (França); Nigel Farage e Boris Johnson (Partido Brexit, Inglaterra); Olavo e olavetes (Brasil). https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/10/capitalismo-esclarecido-e-populismo-de-bolsonaro-aproximarao-o-brasil-dos-eua-diz-steve-bannon.shtml



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Agora podemos prosseguir com o "Capitalismo ilustrado burrismo declarado" voltando à História...

Despotismo esclarecido
2 ou reis absolutistas esclarecidos, iluminados (Iluminismo): refere-se a um período histórico (a partir de meados do século XVIII) onde a forma de governo em alguns países da Europa se caracterizou pela exaltação do soberano e do Estado seguindo  ideais de ordem, progresso, filantropia, reformas  econômicas e sociais; reformas estruturais e modernização/construção de cidades com base na racionalidade, uso da razão, inteligência. Melhoramentos nas vias de transporte/comunicação; drenagem de pântanos, fundação de escolas e universidades promovendo a educação; construção de hospitais; tolerância religiosa (separação entre igreja e Estado); incentivo à produção cultural, reforma do sistema penal com abolição da servidão e tortura; incentivo ao comércio, agricultura, manufatura; racionalização da administração do Estado entre outras. São exemplos de soberanos ilustrados (déspotas esclarecidos)2: Pedro I (1724-1780) e Catarina II (1729-1796) Rússia; Maria Tereza (ministro Kanitz) Áustria; Frederico II 
(1740-1786) Prússia; Dom José I (ministro Marquês de Pombal, 1699-1782), Portugal e ainda soberanos da Suécia, Espanha.
Esclarecido ou Ilustrado para estes governos era cercar-se e dominar conhecimentos e saberes úteis para a tomada de decisão dos soberanos nos campos econômico, político, social e administrativo. O rei é o Estado: indivíduos inteligentes, competentes capazes, letrados e sintonizados com as ideias do Iluminismo, aptos a lidar com o governo e população de forma inteligente e racional.

Pare tudo e volte ao século XXI:

www.google.com.br/images. Bannon e Trump, o asno presidente da AMÉRICA!


2016.
The Moviment lança  Donald Trump, bilionário, especulador financeiro, dotado de pouca inteligência e muita esperteza candidato à presidência dos Estados Unidos. Conhecido pelo ego inflado, grosso, deselegante, racista, misógino, homofóbico, xenófobo (ataques aos imigrantes latinos, destaque para mexicanos) Trump é eleito presidente  da potência capitalista e armamentista number One atacando minorias, usando fake news contra a candidata Hilary Clinton com ajuda suspeita do FBI, CIA e até de Vladmir Putin (Rússia).
Uma façanha conseguida com polpudas doações de liberais e/ou libertarianos radicais para campanha (cito aqui o bilionário Peter Thiel) e um exército grotesco e abjeto de seguidores conservadores e extremistas no ciberespaço. 
Steven Bannon3, fundador do "The Moviment" em Janeiro de 2017, estrategista da campanha Trump, amparado e fundamentado em discursos e estratégias de ataque a grupos específicos açula na campanha eleitoral o  ódio, desconfiança e raiva incitando a população que se rendeu de boa vontade ao "politicamente incorreto" (ataques a negros, mulheres, imigrantes, gays, mexicanos, muçulmanos, etc),  que na verdade é "legalmente" incorreto e contrários às leis vigentes nos estados norte-americanos e aos "Direitos Universais do Homem e Cidadão (mulheres inclusas)".
Incompetente, desnutrido intelectualmente, representante do que há de mais abjeto e ignóbil na contemporaneidade,  Donald Trump é o líder, o mito escolhido pelos liberais conservadores extremistas ligados ao partido republicano ou direita republicana dos USA. The Moviment, neste momento, afirma para o mundo a era do Capitalismo Ilustrado, uma forma totalmente adversa, paradoxalmente contrária ao Absolutismo Ilustrado dos monarcas esclarecidos de meados século XVIII, baseado na Razão, conhecimento, inteligência, competência.

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MAS...
Por que denominar "The moviment" de Capitalismo Ilustrado se inteligência, racionalidade, competência,  conhecimentos gerais (balança de poder século XXI, geopolítico, geoeconômico e geoestratégico mundial em particular) NÃO FAZEM PARTE da escolha dos líderes mundiais neste momento capital ao capitalismo mundial? 
Vamos  tentar entender o que é e o que passa pela cabeça dos fundadores "The Moviment", os fundamentos científicos-filosóficos que embasam a ascensão neoliberal a partir dos anos Setenta, seculo XX (neoliberalismo e Estado-Mínimo), a radicalização do movimento rumo a quase supressão do Estado (miniarchia plutocrática militarizada) e o grupo a quem eles representam.
Para tal empreitada é conditio sine qua non, isto é, condição necessária nos educarmos na "escola sem partido", uma invenção dos "radicais pelo capitalismo4, mercado livre, propriedade privada, individualismo", enfim, conhecer a "escola austríaca liberal de economia".
Segundo o "filósofo da liberdade",  o ativista Leonard Read, criador da FEE - Fundação de Educação Econômica, 1946: "Não basta refutar os falsos princípios da regulação, estatismo, intervencionismo, é preciso inculcar [nas massas] os verdadeiros." (idem, p.2975-2976) Tradução livre
A verdade é que a escola sem partido tem partido: defende o mercado livre, a propriedade privada, a não-intervenção/regulação da economia pelo Estado, o individualismo, egoísmo, ganância e Blá. Por Blá  entenda-se: são contrários as ideias socialistas favoráveis a  intervenção do Estado regulando a economia e o mundo do trabalho e que defendem  princípios de igualdade, fraternidade, solidariedade, coletivismo, social democracia, comunismo, qualquer tipo de esquerdismo
Apenas como ferramenta didática: grosso modo, Esquerda (tem como sinônimo comunismo, comunista desde a revolução SOCIALISTA russa de 1917 até hoje) é  defender  os menos favorecidos na partilha de riquezas usando a intervenção do Estado; Direita é defender  os interesses dos mais favorecidos usando a intervenção do Estado, conclui-se então (de forma restringida) que a diferença Direita/Esquerda está no uso do Estado para poucos ou para todos ou maior número possível dos cidadãos. Segundo Robert Reich, ex-secretário do trabalho do governo Bill Clinton, hoje nos Estados Unidos a disputa entre republicanos democratas e republicanos conservadores versa sobre o "capitalismo possível para sociedade EUA": Capitalismo para poucos ou Capitalismo para todos!5

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A ideia de educar a população a favor dos ricos e poderosos (defender propriedade privada, mercado livre, individualismo, etc) tem suas raízes no aprofundamento da disparidade/desigualdade econômico-social entre as classes de consumidores, usando termos caros ao ilustre Ludwig Mises: concentração de riquezas  nos consumidores capitalistas e/ou empresários (donos do capital e/ou meios de produção) e consumidores trabalhadores (donos apenas da sua prole ou filhos, os proletários que  vendem sua mão-de-obra em troca de salários) e no surgimento das ideias coletivistas dos socialistas utópicos6

"No século XIX, diferentes pensadores tentaram refletir sobre os problemas causados pelas sociedades capitalistas em desenvolvimento. Ainda fortemente calcados nas ideias do pensamento iluminista, esses pensadores continuaram a buscar no racionalismo a saída para as contradições geradas no interior do pensamento capitalista. No entanto, esses não faziam uma crítica radical ao capitalismo, pois ainda defendiam a manutenção de suas práticas mais elementares. Chamados de socialistas utópicos, esses pensadores deram os primeiros passos no desenvolvimento das teorias socialistas. Os seus principais representantes são Robert Owen, Saint-Simon e Charles Fourier."

O século XIX é marcado pelos movimentos sociais e políticos, pelo ativismo e pela fundamentação cientifica-filosófica  do anarquismo
7, socialismo científico8, social democracia9.

"O socialismo científico, também conhecido por socialismo marxista ou simplesmente marxismo é o nome usado por Friedrich Engels para descrever a teoria sócio-político-econômica elaborada por Karl Marx (1818-1883) no século XIX. Em meio aos movimentos de esquerda da nascente ideologia socialista, a corrente utópica e a marxista disputavam a preferência dos militantes à época. Para muitos leigos, Marx e Engels deram origem ao movimento socialista, o que é incorreto. Os primeiros a elaborarem tal forma de organização coletiva foram o Conde de Saint-Simon (1760 - 1825), Charles Fourier (1772 - 1837), Louis Blanc (1811 - 1882) e Robert Owen (1771 - 1858) cujas ideias mais tarde foram batizadas de socialismo utópico, pois seus teóricos se preocupavam em descrever os princípios de uma sociedade ideal sem indicar os meios para alcançá-la. Em oposição aos utópicos, o socialismo científico procura, de um modo racional e metódico analisar as condições de instalação de uma sociedade sem classes. A origem desta teoria é traçada a partir da publicação, no ano de 1848, do livro "Manifesto Comunista". Marx e Engels enaltecem os utópicos pelo seu pioneirismo, mas defendem uma ação mais prática e direta contra o capitalismo através da organização da revolucionária classe proletária."

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www.google.com.br/images. Mao Tse Tung radical pelo comunismo no aperto de mão histórico com o radical pelo capitalismo Richard Nixon em 1972. A China começa a se transformar na fábrica mundial comunismo capitalista ou capitalismo comunista, um sistema híbrido que mantém a dominação sobre as massas com o terrorismo ideológico cruel e assassino.


Radicais pelo capitalismo, radicais pela anarquia, radicais pela social-democracia, radicais  pelo socialismo e radicais pelo comunismo em comum: todos não vêem com bons olhos o "Estado". Os anarquistas querem a destruição total do Estado; os socialistas/comunistas pregam o fim do Estado e a ditadura do proletariado;  os capitalistas liberais conservadores ou neoliberais querem um Estado Mínimo; os ultra-liberais e/ou anarco-libertarianos tentam impor na atualidade a miniarchia plutocrática militarizada ,isto é, um governo de milionários/bilionários e um estado militarizado para garantir a miniarchia e impor a "filosofia da liberdade" suprimindo, neutralizando e perseguindo nas escolas (principalmente escolas e universidades públicas) todos e tudo ligados ao socialismo/comunismo/social democracia resumido erroneamente na palavra Esquerda e/ou comunismo. 
A ação do Estado, na visão miniarchia plutocrática militarizada deve ser restrita  a proteção dos consumidores donos do capital/ consumidores empresários donos de propriedades privadas contra os consumidores não-proprietários aplicando-lhes a violência se necessário e retirando-lhes a liberdade [que é o fundamento basilar da filosofia capitalista da liberdade] se estes consumidores interferirem na liberdade dos proprietários de propriedade privada e no livre mercado econômico.

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O ESTADO É O PROBLEMA... 2ª parte

O Estado é inimigo do indivíduo, inimigo do livre mercado, inimigo da propriedade privada e inimigo da liberdade. Inculcar estes valores nas cabeças de todos, principalmente estudantes, é o papel da Educação que formará  e preparará indivíduos para  viver na sociedade de homens livres sem amparo/ajuda do "papai Estado". Esta é a Ilustração que será imposta (a partir do pós-Segunda Guerra)  a todos os consumidores, principalmente aos consumidores não-proprietários, os trabalhadores, hoje atendendo pelos nomes: colaborador e empreendedor social na linguagem culta e na coloquial do dia-a-dia são os laranjas ou Uberizados (trabalhadores travestidos de pessoas jurídicas ou empresa), autônomos de segunda geração, precariado, escravos e "análogos a escravos".
A educação dos indivíduos nas teorias e práticas liberais, neoliberais, libertarianas se torna a arma capitalista do pós-Segunda Grande Guerra (1939-1945). Todas as ações geoestratégicas, geopolíticas, geoeconômicas dos radicais pelo capitalismo, em plena Gold Age (era de ouro para os norte-americanos)10, passam a focar no marketing propagandístico e psicologização das ideias e valores destes radicais através de fundações, institutos, agremiações, associações, clubes, jornais, revistas e partido liberal. Qualquer semelhança com as estratégias nazistas, fascistas e stalinista não é mera coincidência.

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O ESTADO É O INIMIGO? DESDE QUANDO? COMO? POR QUÊ?

Usando o conhecimento de Hannah Arendt11 o fim da era imperialista e a vitória dos regimes totalitários aumentaram o poder do Estado sobre a economia, política, sociedade, enfim, sobre tudo com a super burocratização e militarização dos Estados: Hitler-nazismo (Alemanha), fascismo (Mussolini-Itália, Franco-Espanha, Salazar-Portugal),  socialismo - Lênin e Stalinismo - Stálin (URSS), comunismo (China e países asiáticos, países do leste europeu), autoritarismo militar anti-comunista na América Latina (ditaduras militares sanguinárias).
Para os radicais pelo capitalismo é com o fim da "Era de ouro do "Laissez-faire" (1850- 1929)12 e aumento do poder regulador, intervencionista e planificador da economia de  livre mercado e nas relações do  mundo do trabalho que declaradamente o Estado se tornou o inimigo dos consumidores capitalistas e/ou empresários donos do capital e meios de produção e amigo/paizão dos consumidores trabalhadores, um bando de parasitas sociais.

ERA DE OURO DO "LAISSEZ-FAIRE" OU LIVRE MERCADO
www.google.com.br/images.  O conhecimento da HISTÓRIA (e geografia) é vital para as ações humanas de acordo com Maquiavel. COMBATE O BURRISMO.

De acordo com o livro Radicals for capitalism de Brian Doherty é um período que compreende o intervalo entre a Guerra Civil americana até 1929, ano do Crash ou quebra da Bolsa de New York. 
Interessante saber no mesmo livro que na era de ouro do "Laissez-faire o Estado tem presença efetiva na economia com "subsídios sem precedentes em volume e escopo"(DOHERTY, P.). Muitas benesses e favores para os consumidores capitalistas donos do capital e/ou empresários o que desmente o mito libertariano  de que os capitalistas privados operavam o mercado econômico em livre competição, sem interferência do "papai estado" e principalmente sem os seus polpudos subsídios.
A verdade é que  o Estado se torna o problema, o inimigo, a partir da década de Trinta, século XX quando F. D. Roosevelt lança o "New deal"13, um novo acordo com a implementação de uma série de programas  envolvendo recuperação e regulação da economia e mercado de trabalho, reforma do Estado, investimento em infra-estrutura para diminuir o desemprego e socorro aos mais prejudicados: consumidores capitalistas empresários e consumidores trabalhadores, pondo fim ao liberalismo econômico e adotando a racionalidade  e preceitos econômicos de Keynes.14
www.google.com.br/images. 

O que resta aos radicais pelo capitalismo, defensores do laissez-faire e da filosofia da liberdade: livre mercado, propriedade privada, egoísmo, indivíduos livres para dispor do seu dinheiro como, quando e onde quiser (mesmo que em especulações financeiras que quebram a economia dos países)?
Restam-lhes os consumidores: jornalistas, escritores, novelistas economistas, políticos, capitalistas pequenos, médios grandes e mega empresários de mesmo culto radical fundamentado pelos economistas/pensadores da "escola austríaca de economia". L. Mises e principalmente Hayek irão criar a liga da liberdade contra socialistas, comunistas, intervencionistas e usando a propaganda e a EDUCAÇÃO  das massas para viver e praticar a filosofia da liberdade na sociedade dos homens livres e do Estado mínimo ou nano (miniarchia).

***
A LIGA DA “LIBERDADE”

Do trabalho de formigas evangelizadoras como Rothbart e “gangue Leonard Read” juntam-se seguidores ativistas de todas as espécies principalmente dentro das universidades e mídia. Panfletagem, produção literária, propaganda em grandes jornais, passeatas, discursos, carregar bandeiras.
As teorias de L. Mises exercem grande influência na Educação nos Estados Unidos (Escola de Chicago) e dali para o mundo. Teoria e movimento: educar empresários e as massas no ideário libertariano são imprescindíveis, daí o uso intensivo da propaganda. Qualquer semelhança com o modelo nazista, stalinista, fascista, enfim, de governos totalitaristas não é mera coincidência, é o que preconiza o grande evangelizador radical Murray Rothbart: a opção radical “fundamentalista” não se importa em usar os inimigos em proveito próprio e usar as mesmas ferramentas dos nazistas, socialistas, comunistas, fascistas como instrumentos do capital porque são boas armas para qualquer sistema.
Contradição? Paradoxo?
Não. Para o anarco-libertariano Murray Rothbard que não aceita o título nem é o Senhor conservador15 (forma como ficou conhecido nos anos Sessenta Barry Goldwater) a política atua numa esfera totalmente descolada da Ética, Moral, bons costumes, tradição, família etc.; uma herança de Nicolau Maquiavel. Para ele e seguidores vale tudo: hostilizar, quebrar, mentir, usar a baixeza e sujeira na política para atingir o fim: livre mercado, propriedade privada, liberdade individual, egoísmo, lucro, dominar o Estado em proveito do capital.
Esta primeira fase pós-Segunda Guerra Mundial é conhecida, segundo Brian Dhoherty como “anarquia individual”, “radicalismo individual”. Movimentos, instituições, fundações, escritores, novelistas, jornalistas, etc.

www.google.com.br/images. Não sabe inglês? Vá para o Google tradução.

Os meios justificam o fim, diz Mises em “A Ação Humana. E o fim, não de Mises, mas de Rothbart é a destruição, a supressão do Estado, principalmente do Estado de Bem-estar Social apropriando-se do Estado para fins únicos das ideias libertarianas e uso dos capitalistas. E destruir o Estado mesmo onde as experiências deram certo (Estado de bem-estar social de países da Europa, prega F. Hyek). Desde o início tanto a teoria como a prática correm pari passu e concatenadas: criação da FEE- Fundação Educação Econômica (1946); Sociedade Monte Pelèrin (1947-Suiça), PL- Partido Libertariano e, financiamento e atuação de políticos/empresários dentro do sistema político e administração governamental; criação do Fundo da Liberdade, Cato Institute dos irmãos Koch, Atlas Network (uma rede de 400  “consultorias” ou Think tanks pelo mundo, Brasil incluso).
Embora F. Hayek negue que criou um guia de ação, “O caminho da Servidão”, obra mais divulgada, é como O Príncipe de Maquiavel um guia prático com “um programa detalhado para uma futura ordem social desejável. (...)devemos ter coragem de começar de novo mesmo que isso signifique, como dizem os franceses “Reculer pour mieux sauter”. (HAYECK, p. 3544-3557)
Recuar para melhor avançar sobre o intervencionismo do Estado, ideias de planificação, dirigismo central, coletivismo, socialismo, comunismo e neutralizá-las, diminuí-las, destruí-las no imaginário geral e substituí-las pelas “verdades radicais do capitalismo”. Tem início o programa de “destruição da verdade” e “uso do ódio como estratégia política”16 que atinge seu clímax nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016 potencializadas pela internet e redes sociais onde verdadeiros ciber-exércitos com ajuda da CIA, FBA e até de Vladimir Putin atacam o “discurso político correto” invertendo a relação VIRTUDE/VÍCIO. A moda virou ser politicamente incorreto, trazer para a luz do dia ou para a escuridão da web o pior de cada um: racismos, homofobia, xenofobia, misoginia, etc., cultuando a violência, ataques físicos, extermínios, espalhamento de mentiras, fofocas, ataques à mídia desqualificando o jornalismo sério, imparcial e plantando fakenews e discursos virulentos.17
Tudo isto só foi e é possível por toda esta jornada do pós Segunda Grande Guerra e potencializada pela “chamada “3ª revolução tecnológica fruto de todos os investimentos em ciência e tecnologias frutos do “esforço das guerras”. Um revolucionamento sem precedentes no transporte e especialmente na comunicação que alterou definitivamente as noções de tempo/espaço, resumida didaticamente como Globalização.
A vitória do neoliberalismo a partir do final dos anos Setenta do século XX sofreu algumas ameaças o que levará à radicalização representada pelo The Moviment atual, mas isto é assunto para outro momento. O que importa é saber que o radicalismo dos defensores da “liberdade” levou ao poder Trump (2016) na maior potência capitalista do mundo, os Estados Unidos; interrompeu a democracia no Brasil com um impeachment fraudulento contra a presidenta reeleita (2015-2018), Dilma Rousseff; tentou aniquilar o partido dos trabalhadores prendendo politicamente LULA, que retornaria a presidência (2019-2022); promoveu mais farra e concentração de riquezas com Michel Temer (político/empresário corrupto que está solto porque não há cela à sua envergadura na lista de locupletadores); fraudou as eleições de 2018 com uma esfakeada no candidato b17 e ajuda do juiz criminoso, corrupto sérgio moro dono da polícia federal, das investigações, prisões e locupletação e blindagem de corruptos via operação Lava jato (março de 2014 aos dias atuais), deltan dallagnol, procurador do Ministério Público federal e uma rede de juízes e policiais corruptos que almejam controlar o poder político no país, fazendo escutas de pares para chantageá-los até no Supremo Tribunal Federal, Supremo Tribunal de Justiça e Procuradoria Geral. O que veio à tona com o Intercept Brasil - Vaza jato. O mais grave, elegeu um asno asqueroso como presidente envolvido com família aos milicianos e militarizou o governo. No Brasil golpes e militares e ditaduras fazem parte da nossa História, mas o burrismo mais gritante vem mesmo do Reino Unido com o Brexit, eleição de Boris Johnson, [jornalista, asno, rico, mas asno como o asno bilionário presidente da América], primeiro-ministro da Inglaterra em 2019.
E a ganância e exercício de dominação aspira desmontar a União Européia nas próximas eleições.





Fonte:
1. MISES, Ludwig. Intervencionismo, uma análise econômica. Escrito em 1940 durante a Segunda Guerra Mundial. Mises nasceu em 1881 e morreu em 1973; A Ação Humana. E.book.

2. Sobre Déspotas Esclarecidos assista o documentário "Construindo um império: Rússia". 
https://youtu.be/Ibsfav4lIhk

3. Steve Bannon foi um dos articuladores das estratégias de marketing e propaganda que levaram Donald Trump à presidência dos EUA. Em Janeiro de 2017 fundou, juntamente com políticos  e/ou empresários bilionários extrema direita européia o grupo "The Moviment e é o principal porta-voz do capitalismo ilustrado que obteve sucesso nas eleições dos EUA (2016), Brasil (2018), Inglaterra (2019).
https://pt.wikipedia.org/wiki/Steve_Bannon

4. DOHERTY, Brian. Radicals for Capitalism: uma história do movimento libertariano norte-americano moderno e suas raízes históricas.

5. REICH, Robert. Saving Capitalism: for few or for all.
Documentário Netflix.


7. Sobre anarquismo e suas correntes filosóficas ver: 
https://www.infoescola.com/sociologia/anarquismo/ "Apesar de ser uma importante filosofia política de crítica ao autoritarismo, o anarquismo não se constituiu como uma doutrina única, sendo mais correto falar em várias correntes, que divergem entre si principalmente no que diz respeito aos meios para alcançar a sociedade sem Estado. Por exemplo, Pierre Joseph Proudhon e Max Stirner acreditavam que o anarquismo deveria ser alcançado através da mudança pacífica das instituições coercivas, enquanto Mikhail Bakunin defendia uma revolução violenta para destruir a máquina estatal. Outros teóricos anarquistas importantes são: William Godwin, Henry David Thoureau, Leon Tolstoi, Piotr Kropotkin, Errico Malatesta, Emma Goldman e Buenaventura Durruti.

8. Sobre socialismo científico ver: 
https://www.infoescola.com/politica/socialismo-cientifico/

9. Sobre social democracia. PESQUISE GOOGLE.

10. CHOMSKI, Noan. Réquiem para o Sonho Americano.
Documentário; MOORE, Michael. Where to invade next; Trump an America dream. Documentários Netflix.


11. ARENDT, Hanna. Origens do totalitarismo: Antissemitismo, imperialismo, totalitarismo. Trad. Roberto Raposo. Companhia de bolso. E-book
12.  Sobre a Era de Ouro assista “Os grandes Homens que construíram a América”. Documentário History channel


14. Sobre Keynes e Keynesianismo? Pesquise Google, Youtube e similares.

15. GOLDWATER, Barry. Conscience of a conservative. EUA: Victor Publishing Co. 1960. E-book

16. GALLEGO, Esther Solano Org. O ódio como política. A reinvenção das direitas no Brasil. Editora Boitempo. 2018. E-book

17. SHAPIRO, Ben. How to debate leftists and destroy them. 11 Rules for Winning the Argument. e-book; Get me Roger Stone, documentary Netflix.



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