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quarta-feira, 17 de março de 2021

BRAZIL.TRUMPISMO, MEU JEITO Parte 3

 

TRUMPISM: MY WAY*

www.google.com.br/images 2020 YOU FIRED!
MY WAY  "E agora que o final está próximo, então encaro a cortina final, meu amigo vou dizer claramente, eu vou expor o meu caso, do qual eu tenho certeza.(...) Eu fiz isto do meu jeito " Frank Sinatra 

Parte 3

Marina da Silva

 

POR QUE DONALD TRUMP NÃO SE TORNOU PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS NOS ANOS OITENTA, NOVENTA OU NO PRIMEIRO QUARTEL DO SÉCULO XXI?

Muito simples, primeiro porque nos anos Oitenta e Noventa Donald J. Trump estava  tentando construir seu caminho, seu jeitinho, sua “marca”, totalmente dissociada da “marca Fred Trump”, o empresário que ficou milionário construindo moradias populares. Trump ainda não era Trump, era totalmente desconhecido apesar de ser milionário e seu primeiro passo para criar “o jeitinho, ops, "o caminho Trump” foi apossar da logomarca Trump para sua “organização” empresarial, fato que começa com  a restauração do Hotel Commodore, um prédio histórico praticamente jogado ao chão, descaracterizado, para dar lugar ao  Grand Hyatt hotel. Donald não tinha nem o dinheiro para comprar o hotel nem os 100 milhões de dólares para a empreitada; os bancos lhe emprestariam apenas 30 milhões. O caminho ou jeitinho foi usar a “influência política do pai” e do amigo Roy Cohn1 e exigir a criação de um programa de benesses e isenções fiscais da prefeitura de Nova York para milionários empreendedores. Claro que ele conseguiu: 40 anos de isenções fiscais, uns 160 milhões de dólares e o prefeito era praticamente da família Fred Trump2; Trumpinho tinha um advogado das máfias como seu desde os 23 aninhos. Estas amizades fazem crescer em Donald a arrogância, petulância, o desrespeito, o tom ameaçador, intimidador e o escroquismo contra políticos, adversários, governos, jornalistas, apresentadores de TVs, a mídia em geral.

Colagem a partir de www.google.com.br/images Hotel Commodore, NY.

“Nesse ponto, Donald Trump chegou a um acordo de opção com a Penn Central para comprar o Commodore. [2] [3] Trump, no entanto, não tinha os $ 250.000 necessários para garantir a opção. [2] [4] No entanto, o pai de Trump, Fred Trump , tinha uma conexão política de longa data através da máquina democrata do Brooklyn com o então prefeito Abraham Beame . [4] Apesar de a cidade estar no meio da pior crise fiscal de sua história, o vice-prefeito de Beame, Stanley Friedman , conseguiu uma redução de impostos de 40 anos e $ 400 milhões sobre a propriedade. [4]Solicitado por funcionários da cidade a fornecer uma cópia do acordo com a Penn Central, Trump enviou a papelada do acordo de opção sem as assinaturas. [2] O abatimento avançou como se o acordo tivesse sido assinado e como se Trump tivesse pago para garantir a opção. [2] Trump foi então capaz de convencer a cadeia de hotéis Hyatt a fazer parceria com a Trump Organization e comprar o Commodoreidem

Donald quer se desgarrar do pai, criar  a imagem de super rico bem sucedido, grande negociador, homem de sucesso por si próprio,  que aprendeu tudo sozinho por conta e risco, mas a estória não é bem assim.  Sem o dinheiro e os contatos imediatos em todos os graus de Fred Trump dentro das negociatas com o "poder e políticos" (o jeitinho universal no planeta), Donald foi/é só blá blá blá.

https://fortune.com/2016/09/13/donald-trump-politicians-donations/ Comprando políticos se consegue tudo. "Eu financio o candidato e quando quero algo eu ligo".  Fala de Trump em um dos debates. Eleição 2016.

“As pessoas me perguntam: Como você conseguiu 40 anos de isenção? Porque eu não pedi 50.” D.J. Trump

Com Roy Cohn3, Donald aprendeu a manipular a mídia e fazer auto-promoção em propagandas, publicidade, marketing depreciando, atacando o governo, políticos e a mídia, principalmente após seus negócios fracassarem nos anos 1990. Atacar, ameaçar, perseguir, entrar com processos contra qualquer um, xingar, mentir, acusar sem provas. "Se alguém me ameaçar eu vou procurar Roy Cohn. Isso os deixa assustados e eles recuam e não voltam. Roy Cohn é uma arma para mim". Fala de Trump no documentário citado. Donald Trump é um indivíduo esperto, sagaz, mas tem inteligência mediana, não é  um gênio como Steve Jobs, Bil Gates e outros jovens que iriam mudar o mundo para sempre dentro de suas garagens. Enquanto estes gênios queimavam neurônios no Vale do Silício, Trumpinho gastava grana em produtos de cabelos, roupas, ostentação e testosterona em festas chiques sempre rodeados de belíssimas modelos se exibindo para a sociedade de ricos emergentes e jamais tendo acesso à high Society clássica e tradicionalíssima, o que o deixa furioso cultivando veneno e instintos assassinos de vingança. 

Felizmente, ou não, para o  "movimento do partido liberal" libertário: anarco-capitalistas, neoliberais, conservadores, liberais ultra-radicais, punks, hippies, anarquistas  que preferem a alcunha "libertarianos" Donald Trump não marcou presença e nem poderia porque estava nas fraldas descartáveis quando Ludwig Mises (1881-1973), F. Hayek (1899-1992) e Milton Friedman (1912-2006) criavam a sociedade internacional pró-livre mercado: Sociedade Mont-Pelèrin em 1947, na Suíça, com o objetivo de atuar dentro dos governos impondo de forma radical  a sociedade de livre mercado, anti-estatista e anti-comunismo/socialismo/social democracia como única opção de sociedade civilizatória possível e desejável para o planeta.4

"A Sociedade Mont Pèlerin (em francês Société du Mont Pèlerin, em inglês Mont Pelerin Society) é uma organização internacional fundada em 1947, composta por filósofos, economistas e políticos de diversos países, reunidos em torno da promoção do liberalismo e de seus valores e princípios.[1] A sociedade defende a liberdade de expressãolivre mercado e os valores políticos de uma sociedade aberta, sendo orientada por um ideário liberal ou, segundo seus críticos, neoliberal."idem

Enquanto Trump estava na "high-school" ou fugindo do serviço militar "estudando" por cinco anos durante a guerra dos EUA contra o Vietnã,  republicanos e democratas conservadores, neo-conservadores, neoliberais, libertarianos davam duro, isto é, atacavam ferozmente nos jornais, panfletos, tabloides, radio, TVs o New Deal de Roosevelt (1933) e todas as políticas voltadas para o "Bem-estar social": salário mínimo,  seguridade social, o sindicalismo e acordos coletivos, educação pública, saúde pública, renda-básica para desempregados, seguro desemprego, subsídios para fazendeiros, investimentos em infra-estruturas (transporte, escolas, hospitais etc e tal) seguindo os "intelectuais e gurus economistas" Mises, Hayek, Milton Friedman e o Sr. Conservador, senador Barry Goldwater e outros radicais pelo capitalismo. Para estes qualquer política planejada, dirigida ou inclinada para o welfarismo levaria os Estados Unidos direto e reto para o inferno- leia-se: social democracia, socialismo, comunismo. Um pensamento válido para os defensores do Laissez-faire (zero regulação da economia e mercado econômico livre, estado-zero, estado-mínimo) enquanto durou a "ameaça comunista da ex-URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, período da "Guerra Fria" e mesmo depois do fim do "socialismo real" com  a unificação alemã e queda do muro de Berlim em 1989 e o desmantelamento do leste europeu  comandado pela União Soviética nos anos seguintes .

www.google.com.br/images Os intelectuais do neoliberalismo: esquerda Mises, centro Hayek, direita M. Friedman. Todos viveram para sentir o triunfo de seu ideário aplicado ao mundo. Mises morreu em 1973, Hayek em 1992 e Milton em 2006.  Depois de Trump eles devem estar revirando no caixão, mas a ideia de escolher "o pior" é um dos mandamentos Hayek em O caminho da servidão.

Os "intelectuais e gurus" trabalhavam para dar corpo científico, filosófico, epistemológico, metodológico (praxeológico) ao "novo liberalismo" ou retomada do velho liberalismo econômico formando clubes, confrarias, associações, fundações filantrópicas, "igrejas" (verdade seja dita, e Doherty a diz: muitos eram gurus psicodélicos, pastores de igreja com muita boa vontade e caminhando por outras trilhas livres em comunidades libertárias) arregimentando jornalistas, escritores, professores, alunos ativistas, empresários, diretores, gerentes, administradores públicos em todas as esferas. O que eles querem?  Estão voltados à caça, literalmente, isto é, procurar, identificar agentes potenciais para espalhar e levar o evangelho neoliberal/libertariano e "educar, domesticar, adestrar, treinar" os americanos - "que sempre gostaram de "governo", de votar) a adotarem e defenderem como seus, princípios caros ao liberalismo econômico dos grandes empresários, trustes e carteis, holdings monopolistas, oligopolistas, grandes corporações multinacionais: individualismo contra coletivismo; livre mercado econômico contra intervenção, dirigismo e planejamento estatal da economia e mercado econômico; egoísmo e ganância contra a doutrina cristã de amor, comunidade, partilha, fazer o bem sem olhar a quem e os "irmãos vivendo tudo em comum dividindo os bens com alegria"; mais perigoso que os comunistas era/é  Jesus Cristo.5

Esta primeira fase de retomada do livre mercado e doutrinação da população tem em Leonard Read o principal expoente. É ele que funda a FEE- Fundação para Educação Econômica, entidade sustentada pelo Fundo Volker e arregimenta seguidores entre estudantes, jornalistas, escritores, economistas, professores universitários, políticos, pequeno, médio e grande empresariado sob a bandeira da LIBERDADE e das raízes libertarianas da América desde os "pais fundadores". Esta fase avançou aos trancos e barrancos numa viagem mística e psicodélica a partir de meados dos anos 1950"s: muito LSD, cogumelos alucinógenos e outras substâncias "libertadoras" na pregação evangelizadora das boas novas: mercado livre, propriedade privada, individualismo, lucro, ganância. É o que nos conta Brian Dohrerty sobre "uma das mais importantes instituições libertariana dos anos 1960(...) Freedom School e mais tarde Rampart College" fundada e dirigida por Robert Lefevre. (Doherty, cap.6) 

www.google.com.br/images. Trump e esposa Ivana.

Não se tem notícia de que Trump frequentou este meio "intelectual e político" de clubes e "igrejas" libertarianas, mas sim, ele anda fazendo amizades úteis ao seu projeto como o advogado das máfias Roy Cohn, citado por Brian Dohrety em Radicais pelo capitalismo e o super expert em falcatruas políticas Roger Stone.6 Este último, um obcecado por dinheiro, poder e por Nixon (tatuou a cara do político no corpo) e foi acusado de conspiração no escândalo Watergate e banido da política onde alimentava o sonho de um dia, quem sabe, ser o presidente da América. A mesma obsessão de Roger Stone por Richard Nixon é transferida para Donald Trump e tanto lá e cá, Roger Stone estará envolvido em falcatruas políticas e escândalos. Assistindo o documentário GET ME ROGER STONE fica clara a obsessão de Stone por vingança contra os democratas e o alto poder que o baniu, ainda jovencito, da política. O malandro se orgulha de fraudar uma eleição escolar quando ainda estava no ensino básico e de ser fã e seguidor do Mister Conservador, o senador republicano Barry Goldwater. idem

www.google.com.br/images. Ganhar em qualquer negócio e na política com regras sujas, desonestas, criminosas? Chame Roger Stone. Roger se orgulha disto, escreveu livro com regrinhas sujas e foi um dos "mentores de Trump". E veja o que aconteceu à América...

Trump não quer ser apenas Donald Trump, o empresário bilionário, bem sucedido, o rei Midas que em tudo que faz coloca muito ouro, cristais, mármores, luxo Luís XIV, ostentação barroca de gosto duvidoso, mas que o torna o modelo a seguir na busca pelo "American dream"; ele quer ser presidente da América. E sabe que precisa ser conhecido: Trump, Trump, Trump. Para qualquer lado que se olhe, em todos os jornais e TVs lá está Donald Trump, o super star, a Lady Diana dos Estados Unidos construindo a Trump Tower, o Castelo Trump, Trump Plaza, etc, etc, investindo pesado nos cassinos em Atlanta. Em 1977 casa-se com a modelo Ivana, tem seus filhos e uma excelente parceira nos negócios. Nos finais dos anos 1980 e início dos anos 1990"s Trump vai as compras: mansões, hotéis, iate, helicóptero, jato, companhia aérea, time de futebol e tudo personalizado em ouro e cristais, lógico, e faz  grandes projetos imobiliários como o super cassino Taj Mahal. Donald aprendeu valiosas lições com o Roy Cohn: "Ele [Roy] descobriu algo que acho que ninguém havia descoberto antes. Se você usasse os jornais, se usasse a publicidade, se atacasse seu adversário, se criasse tumulto, se fizesse ameaças, conseguia realizar muitas coisas. Mas não era brilhantismo, era pura confusão" diz David Lloyd Marcus, primo de Roy (Doc. Trump an American...)
www.google.com.br/images. A arte de negociar com ameaças e "jeitinho" para conseguir o que quer, Donald Trump tem, é expert, absorve e torna seu tudo e todo conhecimento e ferramentas de que necessita, mas a arte de escrever...contratou um ghost-writer. Tony Schwartz, jornalista, é o escritor fantasma de Trump e autor de artigos sobre Trump na revista Newsweek.

No final dos anos Sessenta, os "neoliberais" estão mais que prontos para iniciar a ONDA contra o Estado no modelo desenvolvido na "Escola de Chicago" e imposto a vários países latinos pelo FMI e Banco Mundial começando em 1973 no Chile, em plena ditadura militar cruel e sanguinária de Augusto Pinochet; em 1979 no Reino Unido com Margareth Tatcher; em 1980 com Reagan nos Estados Unidos; em 1983 na Alemanha com Helmut Kohl e no Brasil em 1990 com a eleição de Fernando Collor.Em 1980 Ronald Reagan, republicano de direita ultra-conservadora neoliberal** é eleito presidente dos Estados Unidos. É o início selvagem de desmantelamento do Estado seguindo as prédicas dos economistas austríacos cristalizadas na cartilha neoliberal também conhecida como Consenso de Washington. Pobreza, miséria, desemprego, insegurança social, acumulação de renda nos 1% mais ricos. A era Reaganomics: "Vamos abolir as regras e deixar os negócios serem negócios", seja empreendedor como Trump, isto é, empréstimos sem limites, apostas, negociatas em Wall Street, correr riscos e ser imprudentes com "o dinheiro alheio". O capital investido em especulações em Wall Street supera o capital industrial e as indústrias estão em processo de reestruturação da produção, desterritorialização e relocalização no planeta na terceira onda ou revolução cientifico-tecnológica. A ganância, mentira, enganação, falsidade, golpes, apostas de risco tornam-se virtudes; vale-tudo para ser um "Trump": Seja incorreto! Aperte o botão do FODA-SE! Ostente o que tem! Ser rico é maravilhoso! Tudo encoberto nos mesmos chavões: Vamos fazer a América grande, o Estado é o problema, só existem vencedores e fracassados, faça você mesmo,  chega de parasitismo social, esmola social, SEJA UM EMPREENDEDOR. Reagan investe pesado nas armas, polícias e drogas, ops, na "guerra contra as drogas" usando a mesma desculpa de Nixon e antecessores e sucessores para rebaixar, encarcerar, explorar e expropriar, matar e cometer violências várias, principalmente contra os negros, latinos, asiáticos, mulheres, GLBTQI+ e demais minorias.8   Não pergunte ao país o que ele pode fazer por você, mas o que você pode fazer pela nação, outro chavão propagandístico de democratas, republicanos, independentes, reformistas, anarco-capitalistas, enfim, dos Radicais pelo capitalismo. Ao final do mandato de Reagan em 1988, Trump está descendo ladeira abaixo rumo ao fracasso empresarial do século, mas vendendo a imagem de homem de sucesso, uma máquina de fazer dinheiro; é uma celebridade e pensa concorrer à presidência. E os jovens americanos querem ser como ele: glamouroso, rico e politicamente incorreto. A verdade verdadeira sobre Reagan: as drogas eram a sua maior arma... na geopolítica mundial; um escândalo vindo à público em 1986: O caso Irã - Contras.9


(Continua...)


  

 *My Way

Frank Sinatra

Meu Jeito

E agora, o fim está próximo E então eu encaro o último ato

Meu amigo, vou falar claro Vou expor meu caso, do qual estou certo

Eu vivi uma vida completa Eu viajei por toda e qualquer estrada

E mais, muito mais que isso Eu fiz isso do meu jeito 

Arrependimentos, tenho alguns Mas então novamente, muito poucos a citar

Eu fiz o que eu tive que fazer (...) Eu fiz isto do meu jeito 

** Há muitas nuances no "ser" direita neoliberal libertariana e direita neoliberal conservadora. Quem explica? Brian Dohrerty.

Fonte

1. Sobre "os favores" do poderoso advogado da máfia e do movimento libertariano dos anos 1950" ver o documentário TRUMP AN AMERICAN DREAM, Netflix e leia Radicals for Capitalism de Brian Dhoreth.

2. Sobre Hotel Commodore e sua “recuperação” ver:  https://en.wikipedia.org/wiki/Grand_Hyatt_New_York; Trump an American dream, documentário Netflix

3. Sobre Roy Cohn ver documentário  Trump An american dream; https://en.wikipedia.org/wiki/Roy_Cohn "Roy Marcus Cohn ( oʊ n / ; 20 de fevereiro de 1927 - 2 de agosto de 1986) foi um advogado americano que ganhou destaque por seu papel como conselheiro-chefe do senador Joseph McCarthy durante as audiências do Exército-McCarthy em 1954, quando auxiliou nas investigações de McCarthy sobre supostos comunistas . Os historiadores modernos vêem sua abordagem durante essas audiências como dependente de acusações demagógicas, imprudentes e infundadas contra oponentes políticos. No final da década de 1970 e durante a década de 1980, ele se tornou um importante fixador político na cidade de Nova York. [2] [3] [4] [5]Ele representou e foi mentor do incorporador imobiliário e posteriormente presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o início de sua carreira empresarial . Nascido no Bronx, na cidade de Nova York, e educado na Universidade de Columbia , Cohn ganhou destaque como promotor do Departamento de Justiça dos EUA no julgamento de espionagem de Julius e Ethel Rosenberg , onde processou com sucesso as execuções dos Rosenberg em 1953. Como chefe da promotoria advogado durante os julgamentos, sua reputação ruiu durante o final dos anos 1950 ao final dos anos 1970, após a queda de McCarthy. Em 1986, ele foi expulso pela Divisão de Apelação da Suprema Corte do Estado de Nova York por conduta antiética após tentar fraudar um cliente moribundo, forçando-o a assinar uma emenda testamentária deixando-o com sua fortuna. [6] Ele morreu cinco semanas depois de complicações relacionadas à AIDS , [7] tendo veementemente negado que estava sofrendo do vírus da AIDS."

4. DOHERT, Brian. Radicals for Capitalism; https://www.montpelerin.org/

5. Sobre a reorientação capital de igrejas cristãs para o deus Capital ler RADICALS FOR CAPITALISM de Brian Dhorert; e documentário THE FAMILY , Netflix https://www.netflix.com/watch/80063867?trackId=13752289&tctx=0%2C2%2C13ba5bbc7c6a2f247745cddefca211351b956ea3%3Abbc1878976870f53afe478e45e6437801efbcb99%2C13ba5bbc7c6a2f247745cddefca211351b956ea3%3Abbc1878976870f53afe478e45e6437801efbcb99%2Cunknown%2C

6. Roger Stone por ele mesmo: ver documentário GET ME ROGER STONE, Netflix https://www.netflix.com/watch/80114666?trackId=13752289&tctx=0%2C0%2Cc051483672aed0ccbddc754abad878137fffad66%3A462104535f1da7a9701c05501e1f6055de25ae19%2Cc051483672aed0ccbddc754abad878137fffad66%3A462104535f1da7a9701c05501e1f6055de25ae19%2Cunknown%2C

7. Sobre o neoliberalismo a partir dos anos Setenta...Pesquise.

8. Sobre o tema ver documentários: A 13ª EMENDA https://www.netflix.com/watch/80091741?trackId=13752289&tctx=0%2C0%2C575678d6f3fddb06b3cdd1b4c18d476b84984855%3Ac7d6caa476f5959a64bd7a8d5d88f6e22d754352%2C575678d6f3fddb06b3cdd1b4c18d476b84984855%3Ac7d6caa476f5959a64bd7a8d5d88f6e22d754352%2Cunknown%2C; E (14ª) EMENDA : Luta pela América https://www.netflix.com/watch/80219054?trackId=13752289&tctx=0%2C1%2C575678d6f3fddb06b3cdd1b4c18d476b84984855%3Ac7d6caa476f5959a64bd7a8d5d88f6e22d754352%2C575678d6f3fddb06b3cdd1b4c18d476b84984855%3Ac7d6caa476f5959a64bd7a8d5d88f6e22d754352%2Cunknown%2C

9. Sobre O caso Irã/Contras...PESQUISE.

quarta-feira, 10 de março de 2021

BRAZIL: AMERICAN PAX PRECISA URGENTE...DE LULA LÁLÁ

 Êi, você aí!

Sérgio Antunes de Freitas
https://jornalggn.com.br/editoria/justica/militares-silenciam-apos-soltura-de-lula/

🤓
Você mesmo(a), que vive dizendo que o Lula é ladrão.
Se você afirma isso, é porque sabe onde está o dinheiro do roubo. E tem obrigação de contar para a Polícia Federal. Você não é cidadão ou cidadã, não?
Afinal, faz 40 anos que eles pesquisam a vida do Lula, de seus familiares e até de amigos, juntamente com a Polícia Civil, Militar, apoiadas por polícias internacionais, dos Estados Unidos, Itália, Suíça etc., além da COAF, Receita Federal, Banco Central e outros. Reviraram seus bens e chegaram a apreender até os aparelhos eletrônicos pessoais de seus netos. Nada encontraram!
Vamos lá! Conta logo!
Oras! Será que você é leviano(a) de levantar falso testemunho? Gostaria que fizessem isso contra você? Você não deve ser maria-vai-com-as-outras, só porque leu fakes no zap-zap vindos do Tiozão; ou leu artigos de jornalistas obscuros em jornais provincianos, que só repetem matérias de agências de notícias chapas brancas.
Tanto não encontraram nada, que os canalhas da lava jato o condenaram por “fatos indeterminados”, dentro daquele circo jurídico e midiático, que agora está desmoronando. Será que você não tem discernimento? Não tem crítica própria? Só tem espasmos mentais ou emocionais? Você costuma agir assim? Não tem medo de ser processado(a) por calúnia ou difamação?
Se você não gosta dele, não vote nele. Simples assim! Ou você não sabe que política séria não é fofoca de cidade pequena? Ou você só quer disseminar o ódio, que tanto mal fez ao Brasil, por alguma razão fisiológica?
Desembucha! ONDE ESTÁ O DINHEIRO QUE O LULA ROUBOU?
🤨



quinta-feira, 4 de março de 2021

BRAZIL: TRUMPISMO? Parte 2

 TRUMPISM: UM BOLSONARO NA CASA BRANCA.

Marina da Silva

Parte 2

Por que Trump não se candidatou à presidência dos EUA a partir das eleições de 1988? Parece uma questão de transcendental importância, e é, não para a humanidade, mas para Donald Trump.

Mas Antes...

Por que UM BOLSONARO NA CASA BRANCA do subtítulo acima? Simples, porque no Brasil a partir de 2017, o inimaginável, o pesadelo jair bolsonaro, ex-capitão do exército, deputado federal por mais de duas décadas, suspeito juntamente com seus filhos  na CPI das milícias-RJ1, um preguiçoso, tosco, grosseiro, racista, homofóbico, misógino e intelectualmente limitadíssimo entrou no radar das eleições de 2018 como opção ao provável retorno petista ao poder através do ex-presidente mais amado do país, Lula.

www.google.com.br/images. moro e dellagnol desmascarados pelo The Intercept. moro diz que não passam de fantasias como as fantásticas "suposições de crimes" criadas , inventadas e coladas por ele, sérgio moro, deltan, TRF-4, Ministério Público  ao presidente Lula, blindando e poupando políticos sabidamente criminosos dos partidos mais corruptos PMDB, PSDB, PP, citando os 3 mais citados na Lava jato.
Lula seria eleito no primeiro turno se, sérgio moro, juiz de primeira instância, corrupto, parcial no comando da Operação Lava jato, deltan dellagnol e juízes corruptos do TRF-4/Paraná, polícia federal corrupta, Ministério Público Federal e STF não tivessem instrumentalizado a Operação e as investigações Lava Jato transformando-a num palanque político contra petistas, Lula e Dilma e protegendo os principais e verdadeiros políticos/empresários envolvidos nos crimes da Petrobrás. Destruir o PT a qualquer custo virou o foco da OPERAÇÃO LAVA JATO, leia-se vazamentos de escutas ilegais contra a presidente Dilma e Lula, divulgação de mentiras, falsas denúncias, investigações capciosas, delações premiadas suspeitíssimas e à revelia do "devido processo legal, ampla defesa" e demais fundamentos basilares do DIREITO. E o mais grave: prisão de Lula em Abril de 2018 sem provas, apenas com suposições criadas por sérgio moro, o herói da corrupção e dos corruptos. Fatos que vieram a público com Operação VAZA JATO, Intercept Brasil.2

www.google.com.br/images. MBL- movimento bunda livre, movimento burrismo livre, marionetes no xadrez geopolítico da potência regional Brasil a serviço norte-americano (apoiaram o golpe contra a presidenta Dilma, apoiaram o usurpador michel temer- PMDB, apoiaram intervenção militar e bozonaro. Acreditam no livre mercado como um ser de carne e osso, fato ensinado pelo guru olasno de carvalho.

bolsonaro passou a ser orientado, tratado, amparado por milícias nas redes sociais (militares, policiais, grupos como o MBL; Cansei; ( do candidato a governador de SP João Dória) Vem pra rua; blogueiros, influenciadores digitais, jornalistas), todos financiados por políticos, Federações e associações do comércio, indústria, agro-negócio, ruralistas e empresários e o suporte global das Organizações Globo, Bandeirantes, Record, SBT, Rede TV e afiliadas. Após a eleição nos Estados Unidos, bolsoasno teve o ego inflado com apoio aberto dos Estados Unidos e conduzido para ser o Trump tupiniquim usando os mesmos métodos da campanha de Donald Trump, inclusive com assessoria de Steve Bannon, preso em 2020 por desviar dinheiro da construção do muro contra os imigrantes mexicanos, promessa de Trump em campanha. Fato que veio à público antes das eleições 2018: a interferência  ligada a Bannon através da empresa Cambridge Analytica3 (um braço do SCL group) propagadora de fake news, ódio, manipulação psicológica dos eleitores formando bolhas de discórdia no Brasil, atuando juntamente com políticos, blogueiros, influenciadores digitais, a escória da TV como Datena, Ratinho, Sílvio Santos, a banda podre da bancada evangélica e pastores corruptos como edir macedo, silas malafaia, waldomiro, everaldo, marcos feliciano, etc. bolsonaro ganhou as eleições amalgamando e reproduzindo o discurso e imagem Trump. E após as eleições, em 2019 já era considerado, como Trump, o maior erro geopolítico da história do capitalismo.
www.google.com.br/images. Steve Bannon e um dos bolsonaro.

Daí vem que Trump passou a ser considerado e é, tão burro, ignorante, limitado intelectualmente como o asno bolsonaro. As duas nações elegeram asnos para presidência. A diferença entre eles? Donald Trump é bilionário, estrela de programa televisivo, influencer na arte de negociar e mentir na era digital, informatizada e interconectada através da Internet e redes sociais, destaque para Twitter e Facebook. Realmente, dois comédias, farsantes, sem qualquer inclinação para presidente de duas grandes nações, Brasil e Estados Unidos. Jamais alguém no planeta imaginou que a candidatura de Trump pelo partido republicano era algo sério; era uma piada de muito mal gosto, mas deu no que deu! Os estados Unidos elegeram um "bolsonaro para a Casa Branca".4

O Trump brasileiro reinou no mundo bolsonarista e aqui inclui o ego inflado das Forças Armadas, gente intelectualmente deprimida, patética e subserviente ao colonizador, destaque para "as vacas fardadas" do Exército (sinônimo dado por um militar aos generais durante a ditadura militar). Juntemos a eles os bolsomínios, os cristãos (evangelho do Capital), os Coxinhas ou a classe média burra, os pobres eleitores pobres que acreditam no chavão "ordem e progresso e intervenção militar, totalizando cerca de 57 milhões de eleitores anti-petistas, rancorosos, raivosos, movidos à ódio, inicialmente conduzidos pela Organizações Globo- Hate Machine, desde o  primeiro mandato de Lula (2003-2009) e em 2015 pelo tucano áecio neves, PSDB de Minas Gerais, derrotado nas eleições de 2014 e que tramará no Congresso a usurpação do mandato da presidenta Dilma Rousseff, eleita por mais de 58 milhões de votos em 2014 para o mandato (2015-2018). Foi golpe! E parando por aqui para não atravessar o samba ou desafinar o coro dos contentes ou os apoiadores do "mito", atualmente reduzidos a uns 17% a 20% do eleitorado b-17 diante da mortandade pela pandemia Covid-19. Deu merda...

***

Voltemos ao prato principal: Donald.

https://veja.abril.com.br/mundo/como-donald-trump-escapou-do-exercito-durante-a-guerra-do-vietna/

"(...)Donald Trump, afirmou que escapou do serviço por pura sorte. Contudo, documentos divulgados pelo New York Times recentemente contradizem as declarações do magnata. (...)Trump conseguiu cinco isenções do trabalho militar, quatro por motivos educacionais – o magnata estudou administração da Wharton School da Universidade da Pensilvânia – e uma por motivos médicos. "

Trump nasceu em 1946 numa família milionária, chefiada por Fred Trump, um bem sucedido empresário da construção civil e passou a infância formando seu caráter, aliás, mau-caratismo.  Segundo a Sra. Trump, Trumpinho adorava pedir emprestado os legos do irmão mais novo e, usando cola super Bond, construía seus castelos.5 A mentira é o vício mais deplorável, diz Maquiavel, que prescreve a denúncia e um foro para resolver conflitos como medida salutar contra a corrosão do corpo social e corpo político de reinos e repúblicas. "Quando Donald tinha 13 anos, seu pai o enviou para uma escola particular por cinco anos. Fred Trump era austero. E eu acho que ele era um mestre para seu filho."  Enquanto Trump cresce em graça e beleza, ops, egoísmo, inveja e ganância, arrogante e mimado, os Estados Unidos consolida-se como super potência global tendo como oponente a URSS- os soviéticos; e os americanos viviam a inesquecível Golden Age. A farra do livre mercado econômico foi interrompida após a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e uma era de intervenção, condução e regulação das atividades econômicas ganhará força a partir do New Deal  de Roosevelt em 1933 e se consolidou com a Segunda Guerra.

liberalismo econômico desenfreado, praticamente morto, ressurgirá como uma fênix, ainda em meio ao andamento da Segunda Guerra Mundial e uma nova cepa de conservadores-liberais-neoliberais-anarco-libertarianos democratas e republicanos começam um trabalho de formiguinhas dando a vida para acabar com o American Dream tutelado pelo Estado sob a orientação dos economistas austríacos  Mises e Hayek dentro do solo norte-americano, uma nação pouco contaminada pelo vírus comunista, socialista, mas tendendo para o Estado de Bem-estar social.Trump começou a trabalhar cedo com  Fred, mas o seu sonho não era se igualar ao rígido pai e/ou ao seu sucesso como  homem de negócios que fez fortuna construindo aglomerados populares no Brooklyn, mas sim, superá-lo. Freud explica. Donald era ambicioso e ganancioso e fazia questão que todos soubessem disto. "Eu conheci Donald em 1974. Eu o conheci no La Club, um club privado no Upper East  Side. Ele era cativante. Eu soube imediatamente que Donald sonhava grande. A família era do ramo da construção, mas não em Manhattan. Se quer fazer algo pequeno faça no Brooklyn. Quer fazer algo grande, faça em Manhattan." Diz Nikki Haskell, amiga da família.( Doc. Trump an american dream)

Trump se livrou da guerra contra o Vietnã e está ao lado da supremacia branca e nesta permaneceu apoiando as ações contra o movimento pelos "Direitos civis7 ao voto, luta contra o racismo, segregação" de negros, mulheres, imigrantes enquanto seguia os passos do pai para se tornar um bem sucedido homem de negócios. A estrela da família, quem fez fortuna na construção civil foi o Trump-pai, que ao que se sabe, além do talento para os negócios era o único rei na família que ele conduzia de forma autoritária e absoluta. Donald trump teve que suportar o pai em vários momentos de sua juventude e vida adulta e estabeleceu, freudianamente, acredito, superar este nó górdio com a espada da arte em negociação e obras faraônicas. Trump, solteiro cobiçadíssimo, sempre era visto ao lado de mulheres belíssimas, top models, nas festas da high society, mas não na sociedade dos ricos tradicionais. Era apenas mais um super hiper mega plus  rico emergente do meio do nada, desconhecido, uma Vera Loyola ou uma Val Machiori terceiro-mundista e isto o marcará para sempre.(idem)

Nos anos 1970"s, Nova York é conhecida como "a cidade do medo". Altíssima criminalidade, altíssimos níveis de desemprego, drogas, arrastões,  despejos, pobreza gerados tanto pela crise do petróleo em 1973 como pelo processo de reestruturação produtiva:  uso de novas matéria-primas, plantas  industriais menores,   robotizadas, mecanização com base na microeletrônica, fechamento de plantas industriais e sua dispersão e desterritorialização geográfica tanto dentro do país como para países capitalistas periféricos subdesenvolvidos da América Latina e para a Ásia, destaque para China e Índia.8 É um momento de grave crise para os norte-americanos e tempos de crise são tempos de excelentes oportunidades, principalmente se você tem amigos certos dentro do governo. E Fred Trump tem. Quem tem amigos tem um tesouro, diz o dito popular, então imagina se você é amigo do prefeito de Nova York. Todas as portas dos cofres públicos se abrirão.

"Tempos difíceis são tempos de grandes oportunidades para gente furtiva. Desespero é a terra que eles herdam. Abe Beam, prefeito de NY é amigo muito próximo de Fred Trump. Mais próximo do que se pode ser. Abe Beam estava esperando na escadaria Fred Trump e Donald Trump para dizer: o que eles quisessem era deles." Wayne Barret, jornalista, Village Voice.(Trump an american dream)

Em 1974 Donald alça voo solo: Commodore Hotel em Manhattan está fechando as portas, demitindo funcionários, abrindo falência e a empresa Trump se "oferece" para o resgate. O problema é o dinheiro: os bancos emprestam 30 milhões de dólares e o custo de  reforma e restauração é de 100 milhões. 70 milhões de dólares que serão usados  vem do fundo das empresas de Fred Trump. Donald Trump vai à prefeitura e exige uma contra-partida: isenção multi-milionária de impostos por 40 anos.

 "Quem foi que disse nunca desperdice um boa crise? Comecei a ver Donald como o Salvador da cidade. Ele nos usou para conseguir abatimentos e nos o usamos para criar um novo programa e um novo veículo e um novo sentido de que as coisas podiam acontecer na cidade." Michael Bailkin, secretário de Desenvolvimento (1974-1976).

 Claro que Trump conseguiu, com a ajuda e canais dentro do governo na pessoa do "amigo" Roy Cohn, um advogado de família, famílias mafiosas, máfia do concreto ou Construção civil, inclusa. Nos anos 1950"s Roy Cohn está a serviço dos Radicais pelo capitalismo dentro do judiciário americano perseguindo, denunciando e sabe lá Deus o que mais, na sanguinária caça macartista aos comunistas.9 Em 1977 Donald se casou com Ivana com quem teve quatro filhos. É o início do TRUMPISMO OU MY WAY.

(Continua parte 3)


Fonte

1. Sobre o tema ver: CPI das Milícias no Rio de Janeiro. https://www.marcelofreixo.com.br/cpi-das-milicias; https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2018/05/12/cpi-milicias-politicos/; ASSASSINATO DA VEREADORA PSOL MARIELLE FRANCO https://pt.wikipedia.org/wiki/Assassinato_de_Marielle_Franco; https://theintercept.com/series/caso-marielle-franco/

2. Sobre a instrumentalização política da Operação Lava jato ver: https://theintercept.com/series/mensagens-lava-jato/

3. Sobre a interferência da empresa Cambridge Analytica nas eleições nos EUA, Brasil e várias nações pelo mundo ver: The great hack. https://www.netflix.com/watch/80117542?trackId=13752289&tctx=0%2C0%2C02ff26f9b60fd8d7a46a46a3768a106151bd1ae4%3A55462eba1f3fcbdc7c8e85fb071fb80e38fdaf97%2C02ff26f9b60fd8d7a46a46a3768a106151bd1ae4%3A55462eba1f3fcbdc7c8e85fb071fb80e38fdaf97%2Cunknown%2C

4. Sobre a nominação de Trump pelo partido republicano assistir: TRUMP'S WAR. Youtube https://youtu.be/2N8y2SVerW8

5. Sobre ascenção e queda de Donald Trump assistir: Trump an american dream. Netflix https://www.netflix.com/watch/80206395?trackId=14170286&tctx=2%2C0%2C29da8686-3731-48f2-84d9-bf410ee90e05-49171885%2C4128c83d-4fd8-468b-bbd3-ac5fa91cf08d_44057416X3XX1614864908132%2C4128c83d-4fd8-468b-bbd3-ac5fa91cf08d_ROOT%2C

6. Sobre a reconstrução do ideário livre mercado sob influência da escola austríaca de economia ler: Radicals for Capitalism de Brian Doherty

7. Sobre o assunto ver 13ª Emenda, documentário Netflix.

8. Sobre a reestruturação produtiva nos Estados Unidos ler: A condição pós-moderna de David Harvey; O fim dos empregos de Jeremy Rifkin; A corrosão do caráter de R. Sennett. 

9. Sobre Roy Cohn e sua participação nos movimentos contra comunistas e movimento libertariano ler Radicals...Brian Doherty; e sua amizade com Donald Trump e serviços prestados ver Trump an american dream.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

BRAZIL: ENQUANTO 97,33% NÃO TEM VACINA NÃO

 RIR É O MELHOR REMÉDIO

By Arthur Dantas 

Era tarde de terça, chovia moderadamente, estava eu no auge dos meus dezoito anos de idade e decidi que iria para o motel pela primeira vez, antes disso a casa de meus progenitores era meu lar de picardias e atos de lascívia.
Entramos no estabelecimentos e fomos ao quarto, nunca tinha estado em tal local, empolgado fui de encontro a minha parceira e praticamos o intercurso sexual, ao término acreditando que pagavamos apenas para ir e fazer tal ato liguei na recepção e digo " Terminei! ". O resultado senhoras e senhores ? Um show de risadas da recepção, parceira e meu pois percebi a merda que acabará de cometer, rimos todos continuei lá pelas horas que me restavam, dês de então não voltei a tal estabelecimento onde provavelmente sou conhecido como " O cliente que anuncia."
E assim termina o conto. Hehehehehe

domingo, 21 de fevereiro de 2021

BRAZIL: TRUMPISM? Partie 1

 

TRUMPISMO: UM BOLSONARO NA CASA BRANCA?!:;,...

www.google.com.br/images. Qual a diferença entre donald trump e bolsonaro? Ambos são intelectualmente limitados,  baixo quociente de inteligência e são asnos, mas trump é um asno bilionário. Ambos pegaram Covid-19, um já tombou!


Marina da Silva

Parte 1

Esta não é uma estória de ficção, infelizmente, e nem termina com a eleição do 46º presidente dos Estados Unidos da América Joe Biden (2021-2024) e desenrolará por um bom tempo e será estudada, cientificamente, por todas as ciências na busca de apreender, compreender e entender como, literalmente, um asno foi eleito presidente da potência Number One e se tornou do ponto de vista global do Ocidente, um dos maiores desastres geopolíticos e geoeconômicos de todos os tempos. Enquanto isto só se pode pinçar aqui e ali pedaços de eventos e fatos históricos e contar como os eleitores norte-americanos (mas não apenas eles) elegeram o asno como presidente dos Estados Unidos.1 Na História mundial, Calígula fez do seu cavalo um senador, no século XXI, muitos “imperadores bilionários capitalistas anarco-libertarianos”2 fizeram asnos...presidentes!

Foi assim...

www.google.com.br/images.
Muitos historiadores e filósofos da economia política e demais ciências concordam ou não, mas parece que o século XXI começou mesmo no século XX que por sua vez pode ter começado no século XIX e assim por diante; uma impressão que fica quando se estuda a História compartimentada, em capítulos e não como um processo contínuo, não necessariamente de ordem e progresso devido aos vários conflitos e catástrofes e guerras, fomes e pestes naturais e naturalmente provocadas por aqueles que buscam, detém e querem expandir a riqueza e o poder, maquiavelicamente falando.  Então para começar a navegar no atual momento do capitalismo “flexível, fluido, invisível e de vigilância”, A Condição pós-Moderna segundo David Harvey, é necessário voltar à época da transição do feudalismo para o capitalismo, na revolução dos meios de transporte e comunicação (revolução marítima e era dos descobrimentos), na revolução do comércio de mercadorias, na produção manufatureira, na descoberta de novas colônias e riquezas que permitiram a Acumulação primitiva de capitais4 que por sua vez forjaram a era moderna, global e a fundação, desenvolvimento e cristalização do modo de produção capitalista. E antes de torcer o nariz para os livros...Esta "viagem histórica complexa" da construção da sociabilidade humana pode ser feita na internet:  Google, Youtube, Netflix, etc.com em filmes, séries, documentários, aulas de História, Geografia e demais ciências.5
***
Donald Trump nasceu no século XX, em 1946, logo ali no período de reconstrução Pós-Segunda Guerra Mundial [1938-1945] conhecido como Golden age6, sob a égide do ESTADO e inundado de ideias econômicas coletivistas, socialistas, comunistas, anarquistas, democratas, republicanas, social-democrata, etc, vindas de pensadores do século XVIII-XIX (Blanqui, Henri de Saint-Simon, Charles Fourier, Babeuf, Bakunin, Marx, Engels, citando alguns) e pelo pensamento econômico de Jonhn Maynard Keynes. A era de ouro é um período de grande prosperidade de “Bem-estar Social ou Estado Providência”, segurança alimentar, segurança dos empregos, seguridade social, habitação, fortalecimento da classe média, produção e consumo de massa, forte industrialização e atuante papel do sindicalismo, associações coletivas, voluntarismo, preocupação e defesa do meio ambiente no chamado “primeiro mundo”, enfim, uma época áurea, de muita prosperidade e luta por direitos.7
https://www.mirror.co.uk/news/us-news/signs-around-white-house-brand-22972702/ Cerca da Casa Branca coberta de placas dizendo 'perdedor' Donald Trump "Você está despedido"

Montar no asno Donald Trump (2016-2020), “demitido” por seus atos, performances, shows e condutas maléficas e toscas - que fizeram tremer a balança do poder mundial, ainda favorável aos EUA - e sua posição negacionista da pandemia Covid-198 e derrota nas eleições de 2020 e ir para Flórida com ele não responderá a questão:

“Como os EUA, a superpotência capitalista, “os donos e polícia do mundo” desde o século XX, elegeram um asno para presidente, considerado o maior erro geopolítico, geoestratégico e geoeconômico de todos os séculos e séculos amém?”

De sonho americano, Donald Trump9 se tornou o oposto. Um adulto intelectualmente atrofiado, egocêntrico, mentecapto, idiota, espalhador de mentiras, lorotas, fake news; um mero apostador fracassado nos próprios cassinos, atolado em dívidas, suspeito de crimes financeiros e conluios com nativos (políticos e lobistas) e com velhos inimigos dos norte-americanos [russos], enfim, virou o pesadelo americano eleito democraticamente presidente em 2016.

www.google.com/images.  donald trump e hitler. Uso massivo de manipulação psicológica, paisagens de terror, mentiras, ódio, raiva, rancor, genocídios são  novidades do século XX e  se tem Hitler e Stálin, dois exemplares para corroborar a História.  Trump e Hitler tem muito em comum: ambos perversos, sem qualquer empatia por seres humanos, cruéis. Maquiavel no seu guia político dá valor em "copiar" ações de líderes do passado, MAS daqueles inteligentes e que podiam fundar, expandir e manter POR MAIOR TEMPO POSSÍVEL O PODER sem a corrosão, corrupção e deterioração do corpo social-político-econômico, etc e etc e tal.

Como isto foi possível em pleno século XX? Era a pergunta que os europeus se faziam diante do hitlerismo-nazismo, fascismos, da ascensão do totalitarismo em toda a Europa. É preciso conhecer a estória desta História recuando ao período conhecido como Segunda Revolução Científico-tecnológica (1850); do neocolonialismo; da guerra franco-prussiana, do movimento romântico e fortalecimento dos nacionalismos, da Unificação alemã e italiana, da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), da Revolução Russa (1917), da gripe espanhola (1918), do Crash da bolsa de Nova York (1929), da ascensão do nazismo e fascismo na Europa nos anos Trinta, da Segunda Guerra Mundial (1938-1945). Tudo que é sólido se desmancha no ar; assim caminha o capitalismo...  e está disponível, novamente, em filmes, séries, documentários e aulas na maior invenção do século XX: a INTERNET.10

Donald Trump nasceu rico na “construção civil” filho do bem sucedido empresário Fred Trump na “era de ouro” para os Estados Unidos conduzida pelo New Deal de Roosevelt a partir de 1933. Neste “novo acordo”, o Estado tomou para si a condução e regulação da economia, políticas públicas sociais, recuperação de bancos, investimento  de capital no processo produtivo, em infraestruturas, na ciência e tecnologia, na regulação financeira e do mundo do trabalho após a grave crise dos anos Trinta gerada em Wall Street - quebra do sistema financeiro, conhecida como crash da Bolsa de Nova York em 1929. 

Qual é o papel do Estado? Para que foi criado o Estado? Quanto de “Estado” os capitalistas podem suportar... nas graves crises?

www.google.com/images. Frase lapidar de conservadores, neoliberais, ultra-liberais, anarco-libertarianos: O ESTADO NÃO É A SOLUÇÃO, O ESTADO É O PROBLEMA. Prédica da "escola de Chicago" fundamentalizada no pensamento de Ludwig Mises, F. Hayeck, Milton Friedman, Barry Goldwatter, Murray Rothbart...

Não vamos aqui entrar nesta querela de tamanho de ESTADO, um embate e confronto de ideias que foi levado a cabo por F. Hayek (1899-1992) e J. Maynard Keynes (1883-1946), um duelo econômico histórico que influenciou e influencia gerações e virou livro: KEYNES x HAYEK11.

“As origens e a herança do maior duelo econômico da história. Dois dos maiores economistas da história, John Maynard Keynes e Friedrich August von Hayek estiveram em lados opostos na maior batalha econômica de todos os tempos: se os governos deveriam ou não intervir nos mercados. Nas ruínas da Primeira Guerra Mundial, ambos estudaram o crescimento e a queda do ciclo de negócios, chegando a conclusões muito diferentes: Hayek achava que alterar o "equilíbrio natural" da economia resultaria em inflação galopante, enquanto Keynes acreditava que o desemprego em massa e a miséria que marcavam o fim de um ciclo poderiam ser encurtados com gasto governamental. Suas ideias ganhariam e perderiam o apoio de políticos – de Franklin Roosevelt a George W. Bush –, além de influenciar a vida e o sustento de milhões. Da Grande Depressão à Segunda Guerra Mundial, e da recuperação do pós-guerra aos dias atuais, o veterano jornalista Nicholas Wapshott examina, neste Keynes x Hayek, os animados debates entre esses dois gigantes do século XX cujas visões divergentes moldaram a ascensão e a queda de economias em todo o mundo.” idem

Com o mundo destruído, LITERALMENTE, claro que sai vencedor o keynesianismo e todos os defensores do livre mercado econômico, radicais pelo capitalismo (liberais clássicos, republicanos e democratas neoliberais, libertarianos, anarco-libertarianos) recolhem as asas e garras, recuam e, trabalhando  muito nos Estados Unidos nas décadas seguintes: Literatura, jornalismo, seminários, planfletagem, montando quartéis laissez-faire em institutos, fundações, escolas e grupos de ativismo nas faculdades e universidades nos cursos de economia, administração, sociologia, psicologia e outros, criando um Fórum Internacional de discussões na Suiça, conhecido como Sociedade Mont-Pélerin (retorno ao liberalismo) e algumas "igrejas".12 

O guia para retorno do livre mercado foi escrito por F. Hayek: O CAMINHO DA SERVIDÃO13,  muito parecido com o guia político  O Príncipe de Nicolau Maquiavel, a meu ver, adepta da origem do homem como "ser social" que constrói historicamente e progressivamente a  complexa sociabilidade humana juntamente com os outros seres humanos, cães e gatos exclusos.14 Claro que não posso afirmar isto de um economista e filósofo da economia, ganhador do prêmio Nobel15 (defensor da ação humana individual, egoísta livre, radicalmente contrário às ideias e filosofias coletivistas, socialistas, comunistas, e de Jesus, o Cristo) e que viveu o horror de quase meio século  de guerras, fome peste no "século curto" sob o império das disputas imperialistas pelos mercados mundiais, matérias-primas e mão-de-obra e morrendo de medo do bicho-papão, quer dizer, das ideias coletivistas, do dirigismo estatal autoritário, da planificação e regulação da economia pelos defensores do comunismo, socialismo, social democracia , sistemas e formas de governo, que segundo Hayek descambam INEXORAVELMENTE no totalitarismo, no intervencionismo estatal na economia (mesmo que as experiências do welfare State o contradigam). O medo é real assim como o contexto histórico de maior poder do Estado sobre tudo e todos. Não, Hayek não "copiou/colou" Maquiavel e é ele mesmo quem esclarece qualquer dúvida:

"Este é um livro político" e não um "ensaio de filosofia social" "e as "convicções que nele se expressam não são ditadas por meus interesses pessoais" e sim de valores  capitais fundamentais que ele crê, aderiu e defende:  a retomada do liberalismo econômico, estado-mínimo, livre mercado econômico, individualismo, egoísmo, lucro. Toda a preocupação e apreensão de Hayek está nas tendências socialistas, comunistas do momento (revolução Russa em 1917, ascensão do totalitarismo na Europa nos Anos 30, fortalecimento das ideias nacional-socialistas, social-democracia... A tese do livro apareceu pela primeira vez "num artigo intitulado A Liberdade e o Sistema Econômico, publicado em 1938. (HAYECK: P.9-10)

Depois que você toma conhecimento da obra The Conscience of the a Conservative  de Barry Goldwater16, passa a concordar com Hayek. Realmente, esta obra é o guia de ação política por excelência para conservadores e/ou anarco-libertarianos como Roger Stone. Ver documentário citado na bibliografia. Para os radicais pelo capitalismo, o papel  e tamanho do Estado está amalgamado aos princípios: laissez-faire, individualismo, egoísmo, ação [humana econômica] livre, não coletivista, não intervencionista; contra planejamento central e dirigismo estatal da economia. Existe na "conscience" permissão apenas  para um Estado liberal de Direito, com normas formais estritas para situações  gerais, e momentos de guerras, situações graves e/ou de crise do capital. Somente neste Estado mínimo  [minarquia plutocrática], o Estado Liberal de Direito pode existir e no contexto de incertezas, irracionalidade e imprevisibilidade do capitalismo (Hayek, cap.6), ou seja, quando os capitalistas fazem merda chamam o socorro do Estado. Para Murray Rothbart nem este tipo de "estado" é passível de existência, Estado nenhum é o melhor estado.

***

Pausa para informação importante:

"Tudo o que o Estado faz, uma empresa privada faz e melhor e aqui vou citar a repetiola desta frase pelos economistas de plantão da rede Globo desde 1990, data de início das práticas neoliberais no Brasil, levadas à cabo no governo de FHC- Fernando Henrique Cardoso, Partido da Social Democracia brasileira, na verdade, um "agente de Estado utilitário" empregado pelos Estados Unidos (1994-2001). Todo o foco deste governo foi voltado para privatizações de estatais que davam muito lucro  a preço de banana. O caso mais escandaloso se refere a Cia. Vale do Rio Doce. Sobre o tema ler A Privataria Tucana. Pesquise o autor.

***

Voltando ao tema...

Donald Trump é “educado” na  filosofia política da escola austríaca de economia e principalmente "no fundamentalismo oportunista, mau-caráter, corrompido, descarado, hipócrita de  Rothbart e sua gangue pró-macartismo (perseguição e caça aos comunistas, leia-se perseguição à Intelligentsia* americana), culto ao capitalismo anárquico e libertário: anarco-libertarianismo de Direita; liberdade extrema, individualismo e egoísmo extremos, desprezo e destruição do Estado. Trump já tinha na bagagem o conservadorismo republicano liberal tradição-família-propriedade, temperado pelo racismo, homofobia, latino-fobia, (principalmente contra mexicanos), misoginia, machismo e outros vícios explícitos e tratados com extremado zelo e um fascínio pelo culto narcisista e parasita do brilho e holofotes da mídia, fazendo qualquer coisa para aparecer e lançar suas mentiras e colher ótimos frutos e fãs.17  


Parte 2

POR QUE DONALD TRUMP NÃO SE TORNOU PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS NOS ANOS OITENTA, NOVENTA OU NO PRIMEIRO QUARTEL DO SÉCULO XXI?

  (continua...)

 

 Fonte

*https://pt.wikipedia.org/wiki/Intelligentsia "O termo intelligentsia (do russo:[1][2] интеллигенция, do latimintelligentia) usualmente refere-se a uma categoria ou grupo de pessoas envolvidas em trabalho intelectual complexo e criativo direcionado ao desenvolvimento e disseminação da cultura, abrangendo trabalhadores intelectuais."

1. O PAPEL DAS REDES SOCIAIS E SEU USO PARA “ALTERAR RESULTADO DE ELEIÇÕES” Ver THE GREAT HACK; SOCIAL DILEMMA https://www.netflix.com/watch/81254224?trackId=14170286&tctx=1%2C4%2Cde028b6f-bc2d-4239-bccd-a40a4ad91e08-36686501%2C588b6ed5-31dd-4eca-9901-51edd89c8100_58426297X3XX1611323976977%2C588b6ed5-31dd-4eca-9901-51edd89c8100_ROOT%2C.

2. Para entender as “nuances” conceituais sobre o que é" liberal, liberalismo" dos  radicais defensores  capitalistas do mercado econômico livre ler: Capitalismo para todos ou capitalismo para alguns de Robert Reich; Radicais pelo capitalismo de Brian Dhoreth. Ver em O caminho da servidão de F. Hayeck: "O uso a todo momento da palavra "liberal" em seu sentido originário, do século XIX,(...)Na linguagem corrente nos Estados Unidos, seu significado com frequência quase o oposto, pois, para camuflar-se movimentos esquerdistas deste país, auxiliados pela confusão mental de muitos que realmente acreditam na liberdade, fizeram com que "libera"l passasse a indicar a defesa de quase todo tipo de controle governamental."(Prefácio à edição americana, 1974:p.17. Ebook)

3. HARVEY, David. A CONDIÇÃO PÓS-MODERNA. São Paulo: editora Loyola, 1992.

4.  MARX, K. A ORIGEM DO CAPITAL. A Acumulação Primitiva. Coleção Bases 3. São Paulo, SP: Global Editora e distribuidora Ltda.1979

5.  Sobre a facilidade de conhecimento na internet ver exemplos: REVOLUÇÃO INDUSTRIAL SEC.XIX. Guerras https://brasilescola.uol.com.br/guerras/guerra-francoprussiana.htm;IMPERIALISMO ; https://www.youtube.com/watch?v=pUgbjFdxHU4&ab_channel=Aulaovivo; UNIFICAÇÃO ALEMÃ E ITALIANA https://www.youtube.com/watch?v=96X6anUlEu8&ab_channel=Hist%C3%B3riaOnline; A FAMÍLIA: Jesus salva (Uso geopolítico de Cristo contra avanço mulçumano) https://www.netflix.com/watch/80063867?trackId=14170286&tctx=1%2C5%2Cde028b6f-bc2d-4239-bccd-a40a4ad91e08-36686501%2C588b6ed5-31dd-4eca-9901-51edd89c8100_58426297X3XX1611323976977%2C588b6ed5-31dd-4eca-9901-51edd89c8100_ROOT%2C

 6. Sobre a Golden age, momento áureo de crescimento e expansão econômica e social (1945-1973) ver: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31572005000100003; https://pt.wikipedia.org/wiki/Expans%C3%A3o_econ%C3%B4mica_do_p%C3%B3s-Segunda_Guerra_Mundial

7. CHOMSKI, Noan. O fim do sonho americano. Documentário disponível no Youtube; REICH, R. SAVING CAPITALISM, documentário https://www.netflix.com/watch/80127558?trackId=13752289&tctx=0%2C0%2C793fa35ed111b0e1ba3ec3f809ecc8679a8c2448%3Adcc88be15af940737909e49bce35a8c9bc88a33a%2C793fa35ed111b0e1ba3ec3f809ecc8679a8c2448%3Adcc88be15af940737909e49bce35a8c9bc88a33a%2Cunknown%2C

8. Sobre a pandemia COVID-19 ainda em curso ver: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pandemia_de_COVID-19 http://www.coc.fiocruz.br/index.php/pt/todas-as-noticias/1853-especial-covid-19-os-historiadores-e-a-pandemia.html#.YC_cUhpKiUk; https://www.bbc.com/portuguese/geral-51842518;https://www.unasus.gov.br/noticia/organizacao-mundial-de-saude-declara-pandemia-de-coronavirus.

9. Sobre o tema ver: Donald Trum - Un American Dream. Documentário Netflix de como Trump foi “construído” por fanáticos e fãs e usado como candidato republicano para derrubar os democratas do poder (2008-2016) usando o poder de manipulação psicológica através de ódio, raiva, rancor e mentiras potencializados pela internet e uso das redes sociais e uso de dados privados de americanos, em estados-chaves pela empresa SCL GROUP- CAMBRIDGE ANALYTICA; GET ME ROGER STONE documentário https://www.netflix.com/watch/80114666?trackId=13752289&tctx=0%2C0%2Cef55f0626256b0b2a390709fb5ccd5c302a3bbd0%3Ab71cd1fa9c79fe9d1d0d43783f6a07347486a8b4%2Cef55f0626256b0b2a390709fb5ccd5c302a3bbd0%3Ab71cd1fa9c79fe9d1d0d43783f6a07347486a8b4%2Cunknown%2C

10.Sobre a criação da rede mundial que conecta o mundo instantaneamente assistir: LO AND BEHOLD documentário https://youtu.be/SSbhsPNnVWo

11. WAPSHOTT N. Keynes x Hayek: A origem e a herança do maior duelo econômico da história.  São Paulo, SP: Editora Record, 2016 em https://books.google.com.br/books/about/Keynes_x_Hayek.html?id=UVmwDAAAQBAJ&source=kp_book_description&redir_esc=y

12 .DHORETH, Brian. Radicals for Captalism: A freewilling History the Modern american Libertarian Movement. E-book. Sobre a acusação contra o CULTO Ayn Rand ver capítulo 5. OBJETIVISMO, ANARCHO-CAPITALISM, AND THE EFFECTS OF PSICHEDELICS ON FAITH AND FREEDOM, P. 225-291

13. HAYECK, F. O CAMINHO DA SERVIDÃO(1944). E-book. 

 14. MARX, Karl. A IDEOLOGIA ALEMÃ; MANUSCRITOS ECONÔMICOS FILOSÓFICOS DE 1844.

15. Ver emhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Hayek  "Friedrich August von Hayek (alemão: [ˈfʁiːdʁɪç ˈaʊ̯ɡʊst ˈhaɪɛk]Viena8 de maio de 1899 — Friburgo em Brisgóvia23 de março de 1992) foi um economista e filósofo austríaco, posteriormente naturalizado britânico. É considerado um dos maiores representantes da Escola Austríaca de pensamento econômico. Foi defensor do liberalismo clássico e procurou sistematizar o pensamento liberal clássico para o século XX, época em que viveu. Realizou contribuições para a filosofia do direitoeconomiaepistemologiahistória das ideiashistória econômicapsicologia, entre outras áreas. Recebeu o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel de 1974, "por seu trabalho pioneiro na teoria da moeda e flutuações econômicas e pela análise penetrante da interdependência dos fenômenos econômicos, sociais e institucionais", que dividiu com seu rival ideológico Gunnar Myrdal.[1]"

16. GOLDWATER, Barry M.THE CONSCIENCE OF THE A CONSERVATIVE. EUA: published by Stellar Classics. 2013. E.Book.

17. Sobre Donald Trump e seus passos ver: documentários Trump, an american dream; A Décima Terceira Emenda; Get me Roger Stone; 

The Family.PESQUISE.


domingo, 14 de fevereiro de 2021

BRAZIL. "Deixa eu dizer o que penso desta vida, preciso demais desabafar"

 

BOLA DE CRISTAL

Marina da Silva

 

 

A noite ainda ia alta quando o relógio despertou aos pés da cama de Santuza, roubando-lhe as poucas horas de prazer de um sono pesado. Deitara tarde na noite anterior. Tinha comida por fazer, muita roupa pra passar  e por fim foi apenas sacudindo, dobrando e enchendo a cômoda que de tão velha e cheia, estufara nos lados, mal encaixando as quatro gavetas. Embora jovem, ainda não completara trinta e cinco anos, Santuza sentia-se e via-se como uma velha. Pulou da cama que dividia com uma das duas filhas, entrou no banheiro pra esvaziar a bexiga e saiu de lá pronta, num jeans e camiseta surrados, cabelos puxados para trás e preso num desgrenhado rabo de cavalo.

Quando jovem, fora muito vaidosa, tinha cabelos anelados, pele morena, lábios grossos e um traseiro que era o seu maior patrimônio. Deixara a casa dos pais aos quase dezoito anos para se casar com Antônio e vir morar na cidade grande. Profissão não tinha; estudos muito pouco, não fora além da sexta série ginasial e o marido, um lindo rapagão metalúrgico, não levou muito para encher-se da vida de casado e dos filhos e cair de vez na gandaia.

Moravam em Veneza. Não a bela e majestosa Veneza italiana, com seus canais, gôndolas e seu casario fascinante; palco de luas-de-mel e encontros de amantes nos muitos filmes que assistira com a mãe quando ainda morava no interior. Sua Veneza era na periferia da capital, próximo ao CEASA e banhado por um esgoto a céu aberto que sempre transbordava e levava alguns barracos a cada inundação de verão. Viera parar ali pelos idos de 1982 e de lá para cá, a convivência com enchentes virara rotina.

Enquanto fazia um café ralo e terminava o arroz, os pensamentos iam longe. As filhas, agora mocinhas, não davam tanto trabalho quanto, ainda pequenas, era obrigada a deixá-las muitas vezes sozinhas no barraco, sob o olhar de alguma vizinha enquanto ganhava a vida como diarista. A preocupação de agora era outra. Raquel e Soraia, suas filhas, estavam ainda na adolescência. A mais velha dezesseis anos e Soraia ia completar quatorze na semana seguinte. Como a mãe, não tinham cabeça para muito estudo e vivam fascinadas pelas novelas e programas de auditório da televisão. Sabiam tudo sobre a vida dos artistas: quem estava ou largou quem, quem deu vexame em festas, quem bebia, fumava, se drogava ou era a capa da revista. Tinham, pregados na parede do minúsculo quarto, dois pôsteres gigantes dos ídolos do momento. Sabiam todos os passos de dança das músicas “da hora”  e passavam  horas cantando e ensaiando no barraco de três cômodos a coreografia para os bailes funk nos sábados.

Santuza terminou seus afazeres, montou sua marmita, deu uma olhada no quarto onde dormiam as filhas, benzeu-se, apagou a vela e foi num passo acelerado para o ponto final do ônibus, a única forma de fazer o longo trajeto sentada até o centro da capital. Com sorte, a viagem não passava de cinquenta a sessenta minutos, tempo em que ela vinha dormindo, boca aberta, cabeça pendida na janela, bolsa atracada nos dois braços pra evitar ladrões.

Desde os anos noventa, vivia mais sossegada. Sem marido, fora a luta, inicialmente como faxineira e com a ajuda de uma das patroas conseguira emprego numa prestadora de serviço e virou empregada de carteira assinada, jornada quarenta e quatro horas semanais. Trabalho duro no palácio de justiça, salário se não muito pelo menos dava para ir vivendo, pagar contas e até comprar usados, rádio, geladeira, duas camas e televisão. Seu sonho agora era puxar mais um cômodo para os fundos e ter uma sala de TV e um sofá. Entrava sem dar bom dia e subia rápido pelas escadas até o sexto andar, para não dar trela ao porteiro abusado e ser alvo de mexericos e fofocas. Conversava pouco, trabalhava muito. Era incumbida de limpar dois andares repletos de salas, banheiros e copas onde um batalhão de gente trabalhava.

Pegava serviço às seis horas e só parava ao meio dia para o almoço com o estômago colado às costas. Ás vezes um funcionário ou outro lhe cedia um pedaço de pão, biscoitos e até café e algumas frutas.

Neste dia enquanto esfregava as paredes, limpava portas e divisórias, a cabeça de Santuza estava inquieta. As filhas de uma hora para outra largaram o ginásio, encorparam rápido e andavam com umas companhias que nem precisava de bola de cristal para ver onde tudo ia descambar. Suspeitava que Raquel fizera um aborto clandestino no final de semana em que avisou que ia passar uns dias no sítio de uns amigos.

A irmã também estava mudada, antes tímida e comportada, passou a andar com uma turma da “pesada”, o grupo do Zé Pretinho, rapaz violento, conhecido pela sua ligação com o tráfico de drogas. Santuza mal percebera o momento em que as filhas deixaram de ser crianças para se tornarem mulheres, mas o que mais lhe preocupa e muito, era o deslumbramento das duas com as novas amizades. Agora, sempre tinha coisa nova em casa, presentes que ela não sabia de onde vinham, mas seu coração de mãe suspeitava. Começou com pequenos mimos. Uns brincos, pulseiras, relógios que vieram seguidos por jeans de marca, tênis importados caríssimos.

Sentia um aperto no peito, pedia explicações que não satisfaziam o apelo de mãe. Via suas filhas se perderem a cada dia e não via jeito de interromper o processo. Não tinha as boas armas para o combate, que para ela seriam um homem de pulso em casa, a religião, os cuidados de mãe que não podia dar por estar horas seguidas fora de casa dando duro para sustentar a família.

Santuza saia do trabalho às cinco horas da tarde e chegava lá pelas seis e meia, sete horas, dependo muito da hora que o ônibus passava e as condições do trânsito. A volta era sempre tortuosa e humilhante. Do trabalho ao ponto do ônibus na praça da estação, Santuza andava uns bons vinte minutos, entre ruas repletas de gente, carros e ambulantes. A fila para entrar no ônibus dava volta no quarteirão e além de aguardar em pé tinha que se sujeitar aos “apertos e encontrões” na hora de entrar no ônibus, passar pela roleta e em todo o trajeto na ida e vinda para o trabalho. A volta era sempre em pé, dependurada tal qual aqueles salames em vendinhas do interior. Se viesse em pé a passada de mão era certa!

Hoje estava cm o coração apertado, pressentia algo ruim, não sabia o que. Tinha pedido a ajuda da mãe com a mais nova e esta a havia carregado para o interior por uns bons três meses. No entanto soubera pelos vizinhos que o tal Zé Pretinho não gostara e prometera uma lição para ninguém jamais esquecer. Havia uma semana que Soraia voltara e o tal ainda não dera as caras.

Santuza não conseguia tranqüilizar seu coração, mas esperava que o tal limitasse a brigar com a filha, tomar-lhe os presente e até bater-lhe. No entanto hoje, sentiu uma aflição ao ver a menina dormindo, uma dor no peito que não soube explicar e que se manteve durante todo o dia de trabalho. Estava ansiosa para chegar em casa, ver as meninas, arrumar as coisas e preparar o jantar. E depois descansar para mais um dia.

Já na rua de casa um burburinho de gente e o barulho da sirene da polícia colocou todos os seus sentidos em alerta. Começou a andar apressada e a rezar freneticamente, pedindo a Deus que não fosse em sua casa. Não com as suas meninas. Quando viu a comadre Colodina vindo aflita em sua direção, estacou lívida, não ouvia mais nada, não sentia mais nada a não ser aquela terrível opressão no peito e na cabeça. As pernas bambearam, a cabeça ficou rodando, sentia fortes zumbidos nos ouvidos, pensou estar flutuando.

 Zé Pretinho cumpria o prometido. Entrou na casa com seu bando, arrastou a menina para fora, encharcou-lhe as roupas, todo o corpo de gasolina, álcool, querosene e ateou fogo nela!

Ninguém se atreveu a socorrê-la. O bando gargalhava, gritava, urrava, enquanto a pobre menina se desfazia nas chamas, num ritual hediondo, satânico, macabro. A polícia chegou tarde. Não havia mais socorro! Soraia estava morta, totalmente desfigurada!

Um pacto de silêncio, terror, medo, encobriu os autores daquela crueldade. Lá embaixo, ao pé do morro, Santuza quedou-se de joelhos com um olhar estranho, de alguém que já não mais fazia parte da realidade.