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sábado, 20 de fevereiro de 2016

BRAZIL: FAVELAS, FAVELIZAÇÃO!

BRAZIL: ORIGEM E HORIZONTALIZAÇÃO DAS FAVELAS


Quartel general e o Morro da Providência em 1900 (Foto: Anônimo)

"Conheça a história da 1ª favela do Rio, criada há quase 120 anos. Morro da Providência foi ocupado por combatentes e ex-escravos em 1897. Cidade faz 450 e tem grande parte da população vivendo em comunidades."http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/rio-450-anos/noticia/2015/01/conheca-historia-da-1-favela-do-rio-criada-ha-quase-120-anos.html


Marina da Silva

A origem das favelas brasileiras está historicamente condicionada ao processo de desenvolvimento econômico pelo qual passou o país desde a colonização, império e república. Senzalas, cortiços, favelas são “fenômenos” que se cristalizaram simultaneamente com o processo de formação econômica-político-social-territorial/bélico-religiosa ligados à exploração de um imenso continente de riquezas, reserva geoestratégica e geopolítica cobiçado e disputada pelas potências mundiais desde o século XVI até tornar-se propriedade exclusiva dos norte-americanos pela Doutrina Monroe em meados do século XIX em plena hegemonia mundial da Grã-Bretanha!
Resultado de imagem para brasil colonia guerras
"Entre as revoltas nativistas mais importantes estão: Revolta de Beckman, Guerra dos EmboabasGuerra dos Mascates e a Revolta de Filipe dos SantosSão revoltas separatistas: Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana."http://www.infoescola.com/historia/revoltas-do-periodo-colonial-brasileiro/

Muitas vezes apresentado como ciclos descolados da realidade mundial, o processo de ocupação e exploração/expropriação e extermínio dos nativos das terras brasileiras está inserido dentro do processo mundial do surgimento, transição e dominância do modo de produção capitalista. Para Karl Marx a importância do Brasil e das colônias nas Américas se liga ao que o autor denomina “fase primitiva de acumulação de capitais”! O Brasil fundado colônia de Portugal durante a revolução comercial e expansionismo marítimo foi parte do processo de acumulação de capitais que seria a base para o surgimento, crescimento e superação do sistema feudal de subsistência pelo modo de produção capitalista.
Colônia escravocrata, latifundiária e de monocultura, a Ilha de Vera Cruz passou a Terra de Santa Cruz até chegar a Brasil exterminando e escravizando indígenas, importando escravos da África negra tanto para os engenhos de cana-de-açúcar, mineração do ouro, diamantes e pedras preciosas, plantações de café, etc como para a expansão territorial e guerras! 
www.google.com.br/images. IMPÉRIO. Antônio Conselheiro e a Guerra dos Canudos.
 Balaiada, Sabinada, Farroupilha, guerra do Paraguai e muitos outros conflitos e guerras internas marcam o Brasil Império[1822-1889].

Império a partir de 1822, o fim da escravidão em 1888 precedeu a proclamação da República em 1889.  As senzalas dão lugar nas cidades aos cortiços e favelas que se expandem geograficamente e horizontalizadas, passando por um crescimento geométrico acelerado a partir da reorientação econômica: processo de industrialização na região sudeste, área core do Rio de Janeiro, capital do Brasil e São Paulo, pólo cafeeiro e industrial, “a terra das notas de cem”!
Esforços concentrados no Rio de Janeiro e São Paulo levarão a um imenso deslocamento migratório interno do Nordeste para o Sudeste (decadência dos engenhos, fim da escravidão), aumento da urbanização, cortiços e favelas. É do nordeste a mão-de-obra que edificará e sustentará o desenvolvimento econômico exponencial de São Paulo e Rio de Janeiro; uma vasta população fugindo da miséria e em busca de melhores oportunidades e condições de vida.

"Dois fatores históricos importantes contribuíram para as primeiras ocupações na região: o grande número de soldados vitoriosos da Guerra de Canudos, que desembarcaram no Rio em 5 de novembro de 1897 sem moradia, e a grande concentração de negros que lotavam a cidade após a abolição da escravatura. Com a lei do ventre livre em 1871, a cidade do Rio se encheu de ex-escravos em busca de trabalho. Nessa época começam a surgir uma grande quantidade de cortiços na região Central, que até então era considerada área nobre da cidade e se tornou uma importante região de concentração de trabalho com a construção da Central do Brasil, em 1858.""http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/rio-450-anos/noticia/2015/01/conheca-historia-da-1-favela-do-rio-criada-ha-quase-120-anos.html
A senzala faz parte da produção e acumulação de capitais do Brasil colônia; os cortiços são “a parte que te cabe neste latifúndio”; as favelas são frutos do “romantismo social” na cabeça de políticos medíocres como Sérgio Cabral Filho [deputado estadual 1991-2003; senador 2003-2006, governador 2007-2014] e Eduardo Paes [ sub-prefeito 1993-1997, vereador 1997-1999,  deputado federal 1999-2007, prefeito 2007-2016, ambos PMDB/RJ, que  ressuscitaram os cercamentos modernos, verdadeiros guetos nazistas, erguendo muros, cercando e militarizando as favelas cariocas através das milícias oficiais UPP's- unidades policiais de pacificação, também conhecidas como Unidades Pacificadoras de Pobres!

Muro de Berilm
http://diariodorio.com/o-muro-da-vergonha-criando-guetos-no-rio-de-janeiro/


www.google.com.br/images. "Cada um no seu quadrado!

Contrariando a estultícia e intolerância de sérgio cabral/eduardo paes, políticos profissionais, a História do Brasil afirma, entre outras “origens”, o surgimento de favelas ligadas às promessas politiqueiras à todos aqueles que lutassem nas guerras travadas pelo país tanto na "pacificação interna" como guerra contra seus vizinhos, especialmente a cruel e sanguinária guerra contra o Paraguai onde, o Brasil, por pouco, não riscou o Paraguai e seu povo do mapa! Terrenos em áreas de risco nos morros do Rio de Janeiro, cidade serrana, pedreiras desativadas, etc, seriam “o prêmio romântico dos políticos” que deram origem às favelas cariocas que, assim como em São Paulo, ganharam robustez em áreas precárias e perigosas a cada limpeza humana nas limpezas urbanas


www.google.com.br/images sérgio cabral e o "cercamento da favela da Rocinha!

As favelas ganharam corpo e robustez tanto pela concentração de riquezas como pela “intervenção urbana”, verdadeiras "limpezas "oficiais que destruíam cortiços e moradias precárias e deslocavam a população para áreas mais precárias, perigosas, de alto risco; acompanhando rios, córregos, riachos,  subindo morros, ocupando pedreiras e tudo em nome das obras públicas de urbanização. Morro da Providência e favela Cabeça de Porco (RJ); Pedreira Prado Lopes, Morro do Papagaio, favela da Concórdia e Taquaril (BH), Alagados (SA), Hortolândia, Paraisópolis, (SP)...” a arte de viver da fé, só não se sabe fé em que”.
Índios moram em ocas, escravos em senzalas, mulatos, mestiços, negros libertos, imigrantes estrangeiros, enfim, a população pobre mora em cortiços e favelas. O pobre brasileiro miserável vive em palhoças, choças, taperas, malocas, casebres, barracões de zinco ou de troços, palafitas, casas de pau-a-pique  nas favelas.
Senhor e escravos, patrão e empregados, Sinhazinha e dona coisa. O Brasil se forja e se desenvolve nesta dicotomia de desigualdade e disparidade econômica, social, política, cultural, etc, alienando e justificando para um Brasil mediano e classe média que os pobres não só merecem este lugar social como são responsáveis por ele!
A culpa da existência das favelas está atrelada, principalmente na cabeça da classe média clássica, à permissividade do “governo” não impedindo a ocupação ilegal dos favelados no tecido social urbano, mero “populismo político e econômico”.   É por absurdidades como esta, permeando o imaginário de ricos e principalmente da classe média, que no Brasil etiquetaram, classificaram e selaram a classe média como burra!
A expansão horizontal de moradias populares e aglomerados de favelas no Brasil está ligada à “economia de aglomeração” na fase de industrialização, que promoveu o deslocamento de milhares de pessoas para os centros urbanos do sudeste a partir da década de 40 século XX. Concentração de indústrias, matérias-primas, mão-de-obra; um enorme exército  que construiu megalópoles (SP,RJ) e metrópoles como Belo Horizonte, sem a mínima preocupação com infra-estruturas básicas: habitação, transporte público, saneamento básico(água, luz, esgoto, asfaltamento), serviços de educação, saúde e segurança pública, lazer, entre outros, para receber  os trabalhadores nativos e imigrantes. 
O “milagre brasileiro” dos primórdios dos anos setenta promoveu a urbanização acelerada na região sudeste acompanhada pelo crescimento vertiginoso das favelas. Quanto maior o crescimento econômico do Brasil, maior é a concentração de renda, maior o fosso que separa ricos e pobres, menor é o desenvolvimento humano e material de milhões de brasileiros. 
A República replica cruelmente o mesmo status quo da colônia/império: casa grande X senzala; mansões X cortiços; condomínios e moradias de luxo X aglomerados de favelas! O país chega nos anos oitenta atolado na pobreza, miséria, altos índices de violência, desrespeito aos direitos humanos nas favelas pelas polícias oficiais e surgimento das milícias de policiais corruptos e dos narcotraficantes! A insegurança geral justifica a violência oficial contra as populações das favelas e servirá de mote de campanhas políticas a partir da redemocratização do país e o fim da ditadura militar. A favela entra em cena demonizada, satanizada e como arma politiqueira nas eleições...mas este é assunto para outra oportunidade!



quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

BRAZIL: RUMOREJANDO...Rico é inflexível; pobre, cabeça dura.

RUMOREJANDO

Minha foto
http://rimasprimas.blogspot.com.br/  SALVE JUCA!
PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.

Constatação I (De um pseudo-soneto).

            Vige!

Na maior potência do Planeta
Também tem sonegador,
Trambiqueiro e picareta
E de carteiras, batedor.

Qualquer solução
Pra não pagar o leão
É uma mera ilusão
De um ingênuo cidadão.

Mas os caras lá temem a lei
Que, como o Rambo, não perdoa,
Pelo que se fala e pelo que sei.

Parece que há, por todo lado,
Não só leão brabo como também leoa.
Lá, quem não paga vê o sol nascer quadrado.

Constatação II

A bula
Pelo seu linguajar
Deixou-a fula
Pois não deu para decifrar.

Constatação III

Não se pode confundir submisso com sumiço até porque, em uma
 profusão de países, quem não é submisso ao poder vigente arrisca
 tomar um chá de sumiço pra sempre.

Constatação IV

Além do vazio no coração,
A saída da mulher deixou sequela.
Ficaram espalhadas pelo chão
Algumas calcinhas dela.

Constatação V

Quando Arquimedes, entusiasmado,
Saiu correndo pela rua pelado
Gritando “Eureka! Eureka!”
A solteirona falou pra vizinha:
“Ele se esqueceu de vestir a cueca.
E veja, ele não tem como a tua ou a minha.
O dele, não é perereca”.

Constatação VI

Quando o carioca anunciou para a mãe que ele tinha que ir até o
 Largo da Carioca, ela recomendou: “Se você ver alguém se dirigindo
 em tua direção com ar suspeito lá no Largo da Carioca, passe ao
 largo e se afaste com passos largos”.

Constatação VII

Disse o feirante para o velho freguês: “Muito prazer em vê-lo!”.
Provocou o velho freguês o feirante, respondendo: “Pena que eu não 
possa dizer o mesmo em relação a sua pessoa”.
Retrucou o feirante ao velho freguês: “Então faça como eu: Minta!”

Constatação VIII

Não se pode confundir ciclista com cientista, muito embora, em certos países, os dois precisam se equilibrar para não cair, ter razoável apoio e coisas desse jaez. Vige!

Constatação IX (“Ah, bom, quer dizer, ah ruim, quer dizer,
 ah ruim, mesmo”).

Ela franziu o sobrolho,
Ressaltando suas sobrancelhas hirsutas
Quando ele deu uma piscada
No meio da renhida trucada.
Os adversários mandaram ver
E ele se pôs a tremer,
Pois não tinha nada.
“Só pego parceiros birutas.
Por que você me deu sinal do gato?”
Ela perguntou
Totalmente chateada.
“Eu não dei sinal. De fato
É que me entrou
Um cisco no meu olho”.

Constatação X (Eufemismo).

E como comentava a comadre supereducada para a sua afilhada:
 “Ela ganhou o prêmio novamente. O sorteio mostrou mais uma
 vez que ela nasceu com certa parte do corpo voltada para o
 nosso satélite natural”.

Constatação XI

Como quem sai aos seus não degenera. O celular, fruto do casamento da televisão com o computador, também leva as
 pessoas ao hospital de doentes nervosos (Rico vai para o 
hospital de doentes nervosos; 
pobre, para o hospício).

Constatação XII (Depois de algumas vitórias seguidas...)

Rumorejando, após uma investigação minuciosa, chegou à conclusão que não existe caveira de burro enterrada no Estádio Dorival de Brito e Silva, o campo do meu Paraná, que, mesmo lá jogando, vivia perdendo. 
O que existia por lá era burro mesmo.

Constatação XIII

E como poetava o septuagenário,
Quase octogenário:
Além, muito além
De uma cantada
Há sempre um porém,
Necessitando de uma gemada.

Constatação XIV

O carteiro,
Bem ligeiro,
Trouxe um telegrama
Pra sua – dele – mulher
“Você ainda me ama?
Você ainda me quer?”
Ela contestou
Da mesma maneira:
“Não diga asneira.
Sua metade eu sou.
Hoje, na cama,
Vou te oferecer pro teu deleite
Algo que você nunca provou:
“Vou te fazer um arroz-de-leite”.

Constatação XV (De um pseudo-haicai).

Era um amor varonil:
Havia casado
Sob a mira de um fuzil.

Constatação XVI

E como dizia aquele corruptor para o corrupto; “Essa nossa parceria também é uma forma de distribuição de renda”.

Constatação XVII

Não se pode confundir escambos, o plural de escambo, que o dicionário Houaiss dá como “troca direta de mercadorias sem interveniência da moeda” com escombros, que o mesmo dicionário dá como “entulhos, destroços, ruínas”, muito embora, em alguns casos, quando um ricaço vai construir um imóvel, desmanchando o que estava ocupando o terreno, ele, eventualmente, oferece aos pedreiros os escombros, os entulhos, para que os pedreiros levem embora. Dificilmente, nesse tipo de escambo o ricaço se disporá 
em pagar o frete do transporte, obrigando os pedreiros
 a se virarem com algum amigo que possui um caminhão. Vige!

Constatação XVIII (De uma quadrinha para ser declamada num evento que envolvesse determinado ato funerário).

Ele fez questão de que na sua lápide estivesse escrito com giz
Aqui jaz alguém que amou tanto na sua curtíssima vida
Que almejou viver novamente, ainda que tristonho e infeliz
Mesmo se a sogra viesse a viver junto a sua querida.

Constatação XIX (De outro pseudo-soneto).

Conselhos aparentemente úteis

Tomou um vinho espumante
Em companhia da amante
E outro vinho de garrafão
Na casa do seu irmão.

Vejam só que disparate
O espumante foi um dislate*
No seu estômago já combalido
Sentiu-se tão mal, que se achou perdido.

Já o outro vinho lhe fez tanto bem
Que apreciou o irmão por isso também.
E passou a visitá-lo com mais frequência.

Quanto a amante, não teve culpa alguma.
Sugeriu que tomasse remédio de guaxuma**
E que lhe proporcionaria melhor abrangência.
*Dislate = Asneira (Aurélio).
**Guaxuma = 1. Planta da família das malváceas (Urena lobata), 
de fibras têxteis, e dotada de propriedades medicinais: guaxiúma,
 guaxima, guanxuma, uaicima (Aurélio).

Constatação XX (Quadrinha para ser recitada para o psiquiatra
 e/ou psicanalista).

O meu psique ‘descalibrô’
De tanto que se ‘evaporô’.
Felizmente ninguém ‘notô’
Inclusive o meu ‘dotô’.

Constatação XXI

E como explicava o professor de matemática para o seu filho que não
 era muito dado ao estudo e que ficava o tempo todo nos joguinhos no 
celular e que pretendia enfrentar um vestibular sem fazer esforço:
 “Veja bem. Passar no vestibular, em nosso país, não é fácil, porque
 o numero de candidatos é muito grande em relação ao número de vagas.
 Desse modo, você deve levar em conta a seguinte expressão matemática”:
PNV = f(B/C/H), em que:
P = passar
N = no
V = vestibular
F = função
B = bunda
C = cadeira
H = hora
“Quanto mais tempo você passar sentado, estudando, maior será a tua
 probabilidade de lograr êxito no vestibular, seja lá qual curso você optar”.
Constatação XXII
Deu na mídia: Muitos times estão interessados na contratação do jogador
 brasileiro Neymar, se propondo a pagar altas somas em dinheiro para
 poder contar com o craque nas suas fileiras. Taí uma notícia de transcendental importância. Para o próprio e para sua – dele – família, claro.

Constatação XXIII (Quadrinha para ser recitada na devida época).

Quando chega a quaresma, após o carnaval,
Me dá uma tristeza infinda e fico meditabundo
Depois de ter visto uma profusão de fio dental
E eu com os terríveis sintomas de moribundo.

Constatação XXIV (Quadrinha para ser recitada com o início 
do ano para a compra do material escolar, IPVA, IPTU e outras
 barbaridades que não levam absolutamente em benefício da população).

Vou pedir um empréstimo ao meu banco
Já que o gerente vive me oferecendo crédito
Talvez a fundo perdido eu consiga, eu arranco,
O que, indubitavelmente, seria um fato inédito.

Constatação XXV (Quadrinha para ser recitada em festa de 
septuagenários, octogenários, nonagenários e, se possível,
 centenários e bicentenários).

Não sou um cara abonado, muito menos um milionário.
Portanto, quando elas me proporcionam aquela atenção,
Não acho, nem creio que elas estão dando uma de salafrário.
É por causa do meu charme que, felizmente, tenho em profusão.

Constatação XXVI (Quadrinha para ser recitada em festa de
 quem estiver propenso a proporcionar aos amigos e parentes,
 principalmente aqueles).

Preparei um tira gosto, cerveja e vinho
Para os meus queridos convidados;
Eles tomaram pouco, sempre muito educados.
Pobre de mim. Tive que tomar tudo sozinho.

DÚVIDAS CRUCIAIS. ALGUMAS, VIA PSEUDO-HAICAIS.
Constatação I
Será que a leitura dinâmica foi inventada por um leitor compulsivo
 devorador de livros?
Constatação II
Bumbum perfeito é aquele que sabe rebolar em quaisquer circunstâncias?
Constatação III
Com quatro vitórias seguidas, será que os dirigentes do meu Paraná,
 agora, são uns clarividentes já que, anteriormente, não tinham o mínimo de discernimento?
Constatação IV
Gol legal é aquele que o jogador do nosso time marca em qualquer
 circunstância, mesmo estando em flagrante impedimento?
Constatação V
Nem sempre alguns produtos farmacêuticos, determinadas fitoterapias,
 algumas sessões de psicanálise fazem a curva de desempenho mudar a
 sua assíntota, seu ponto de inflexão descendente?
Constatação VI
Foi o paquiderme que deu uma trombada
Quando a formiga deu uma freada
Quando estava próxima da lombada?
Constatação VII
O pulha
Sempre os outros
Embrulha?
Constatação VIII
Das dívidas,
A cobrança,
Deixa as pessoas lívidas?
Constatação IX
Pessoa que afana
É mau-caráter
Ou doidivana?
Constatação X
O mentiroso contumaz
Só diz o que lhe apraz
Não importando o que vem atrás?
Constatação XI (Esta, não necessariamente crucial).
Excesso de pudor
É andar sempre vestida
Com uma calça comprida
Na frente do seu grande amor
Sem tirá-la jamais
Pros dois
Ficarem depois
Bem naturais?
Constatação XII
Sua digestão
Virou uma pororoca
Depois que ele comeu um pratão
De pipoca?

RICOS & POBRES
Constatação I
Rico é inflexível; pobre, cabeça dura.
Constatação II
Rico vive na maciota; pobre, sobrevive dando cambalhota.
Constatação III
Rico é expansivo; pobre, fugitivo.
Constatação IV
Rico vive na comodidade; pobre, na possibilidade.
Constatação V
Rico vai direto ao assunto; pobre, fica torcendo as mãos.
Constatação VI
Rico queima calorias na academia; pobre, no batente.
Constatação VII
Rico tem alacridade*; pobre vive emburrado.
*Alacridade = Substantivo feminino.
1. Qualidade de álacre; vivacidade, jovialidade, alegria (Aurélio).
Constatação VIII
Rico é a sentinela do ‘progresso’ do dístico da nossa bandeira;
 pobre, da desordem.
Constatação IX
Rico assiste o carnaval, na avenida, de camarote; pobre, cuida do asseio e limpeza do camarote para o dia seguinte do desfile.
Constatação X
Rico se expressa através de sons harmoniosos; pobre, coloca a viola no saco (cala-se).