Bicho e Gente
Amanda e Floquinho
Zé Pí
Homem e bichos, ao longo da história tentam viver em harmonia; uns aprendendo com os outros e às vezes até dá certo e, tão certo que se têm uns pelos outros os mesmos sentimentos.
São Francisco disse que é amor. Mesmo!
Uns cantam para nós, outros nos encantam e outros nos amedrontam. Uns nos defendem e nos dão a própria vida.
Assim, homem, cachorro, cavalo, gato, boi, canário, galo, golfinho, camelo,
pato, papagaio, baleia, ganso, urubu e até peixinhos podem nos dar amor, carinho e companhia.
Todos, ao nosso lado, até se transformam e, até feras viram mansidão e paz: Orca, serpente, tigresa; outros em amizade sincera: Elefante, chimpanzé, porco, boi, camundongo. Transporte, calor, alimento, lazer e até remédios eles podem nos dar.
Cachorro é especial. Filhotes de algumas raças trazem consigo a natureza em quatro patas, orelhas, focinho e rabo; e até um capetinha em forma de cachorro; corpo e alma, pura brincadeira, lambidas e travessura:
- Tininha, vai, vai, pega a bolinha!
- O filho da puta desfiou minhas meias de seda.
- O Roque tem o capeta no couro.
- Êbaaaa! Ganhei uma caçoinha pu...pu...pul...da.
- Ô cacete, não morde o meu calcanhar.
- Faça-me o favor de comer aqui! Na sala, não!
- Tô de saco cheio, te mando para Coréia e lá você é churrasco, né?
- Ô mãe, tira ele de cima da minha cama.
- Me dá um cheirinho, vai Tetéia.
- Cê mordeu a Cacá, seu viado?
- Olha o brinquedinho que eu trouxe pra você!
- Trepar na minha almofada, nem pensar, seu tarado!
- Olha aqui Trovão, amanhã eu volto no primeiro avião, tá?
- Vó, tira ele daqui, pelo amor de Deus!
- Ô fofinha, tudo tem limite, né?
- Manhê, ele mijou na minha mochila, não vou à escola!
- A doutora disse que a Fina tem um zoológico de lombrigas na pança.
- Eu quero é um cachorrão... Iguar o Coroné do Simplício.
- O Tião foi atropelado ontem, cara!
- Dizem que o crânio deles é pequeno e o cérebro muito grande...E dói muito!
Se você viu um Beagle branco e marrom por aí, é da Leinha o nome dele é Jardel. Ligue para o número 2517; a dona dele tem quatro anos, não come e tem febre desde que ele saiu correndo atrás dos pombos do parque Guilherme Lage.