RUMOREJANDO
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PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I
Rumorejando está lançando um concurso. O ganhador receberá um
origami do assim chamado autor deste blog. Quem foi que disse:
“Não vou baixar a cabeça”. 1. Um jogador de futebol, mais
especificamente um goleiro ao ser entrevistado depois de
ter engolido um frango; 2. A esposa do marqueteiro do PT
João Santana, chamada Mônica Moura, ao ser presa.
3. Um dos obcecados que sempre se faz presente em
Rumorejando, depois de dar uma pifada com uma gata de fechar
o comércio, a indústria e as prestadoras de serviços?
Constatação II
O nosso resquício de nossa pouca sorte com os governantes é que
eles se tramam na bordoada entre eles. Se eles estivessem todos
do mesmo lado a situação para nós estaria pior do que já está.
Hosana!
Constatação III
De modo geral quem frequenta um posto de saúde pode estar
99% certo que o diagnóstico será “virose”. Vige!
Constatação IV
Saiu no facebook, sem que tenha sido possível se inteirar a autoria:
“Ela era poesia...
Ele não sabia ler”
Rumorejando acrescentou utilizando a rima apelativa do infinitivo:
Ele era ternura...
Ela não conseguia perceber.
Constatação V (Sugestão aos nossos filólogos. De nada!)
Os nossos políticos e governantes são dignos... dos nossos ‘desencômios’.
Constatação VI (De diálogos conjugais, um tanto quanto
freudianos).
Disse a mulher do político que estava sendo julgado por participação
no mensalão e/ou petrolão e/ou outros ãos, na hora do almoço:
“O arroz hoje está soltinho”. Perguntou o marido que andava preocupado
com o andamento dos fatos: “Será que ele conseguiu um habeas-corpus?”
Constatação VII (Via pseudo-haicai).
O obcecado solicitou
O ISO 2000.
“Atingi tal desempenho”, alegou.
Constatação VIII (Dúvida crucial via pseudo-haicai).
É um pleonasmo
A expressão boato falso
Que te deixa pasmo?
Constatação IX
“Você é um cara sórdido
Tomara que fique mórbido”,
Ela vociferou
Quando ele chegou
Embriagado
No lar doce lar,
Às quatro horas da madrugada
Com a voz enrolada
A cantar
‘Mamãe eu quero mamar’.
E quando notou
Ela com a vassoura na mão
Perguntou:
-“Vai viajar?”
-“Seu poltrão,
Você comigo está lascado”.
Levou um safanão
E uma vassourada.
Coitado!
Coitada!
Coitado?
Constatação X (Ah, esse nosso vernáculo ou como
ensinar o a, e, i, o, u versejando, preferencialmente, para adultos).
Não por birra
Muito menos por ira
A barra pesa
E não é reza
Quando ela berra:
Você sempre erra
E, num urro:
“Seu burro”.
Ele quase se borra
Com ganas de ir à forra.
Mas como veio da farra,
Se cala. Ainda nela se amarra.
Constatação XI (Desabafo).
Os ex-jogadores de futebol que comentam as partidas de futebol
na televisão são todos uns chatos. Assim, data vênia, foi o caso
de Gerson, Rivelino, Marcelinho Carioca. Neto, na Band e
Casagrande na Globo, chegam ao desplante de jogar flores em si
mesmos, ainda que frisando “modéstia a parte”. Sóbrio é o jogador
Caio que, às vezes, tem um chato transmitindo o jogo... Coitados!
De nós, pobres teleespectadores e amantes do assim chamado
esporte bretão.
Constatação XII
O corolário
Daquele poema
Atrabiliário*
Era um problema
Só solúvel por teorema,
Que não se estuda no primário.
*Atrabiliário = “que ou aquele que vive tomado
pela cólera; irascível”. (Houaiss).
Constatação XIII (Ainda ecos do último carnaval).
O individuo,
Às aulas, assíduo,
Por causa do tríduo,
Começou a gazetear,
Os deveres relaxar,
Parou de estudar
E passou a frequentar
O bar
Do lupanar.
Mas que lugar!
Constatação XIV
É muito temeroso
Pedir a mão da namorada
Estando andrajoso?
Constatação XV
Que será que os dirigentes do Paraná tinham contra nós, pobres e
sofridos torcedores? Quem souber, por favor, cartas, por e-mail,
ou comentários no blog para este assim chamado escriba. Obrigado.
Constatação XVI
Deu certa vez na mídia que o então primeiro ministro da Inglaterra
Gordon Brown instou junto ao presidente Barak Obama que se pense
uma alternativa de combustível verde. Para o nosso país que já consome
tal tipo de combustível seria de bom alvitre que fosse adotado também
nesses países e também no nosso o uso de coletes a prova de balas perdidas, ou não...
Constatação XVII (Sem proselitismo, porque todo proselitismo
é insuportável, exceto para um masoquista).
O vegetariano
Só come vegetais
Todo o ano
Sem proferir ais
E não fica insano
Jamais.
Constatação XVIII
Desenho futurista, abstrato e simbolista é aquele que a gente olha,
olha e olha, inclusive plantando bananeira e faz a seguinte pergunta:
“Quem é esse artista?”
Constatação XIX
Ser idoso é contar a mesma história para a mesma pessoa muitas vezes;
ser de meia-idade é quase a mesma coisa só que com a atenuante,
cada vez, perguntar: “Parece que eu já te contei essa história antes, não?”
Constatação XX
Ele jurou eterno amor,
Gesticulando com intenso ardor,
Mas ela não se comoveu:
“Só caso com você, ó meu,
Se você tiver um ducado
E eu serei a duquesa
A única das minhas amigas com realeza.
Elas morrerão de inveja.
Vê, então, como planeja”.
Coitado!
Constatação XXI (De um obcecado).
Ela deixou
Meu coração
Esfarelado
E se mandou.
Aí, um anjo bom,
Na forma de um mulherão,
Uma gaúcha,
Muito da feia
Com um nariz torto
Que parecia
Uma bruxa
Quis se deitar
Ao meu lado
E bradou:
“Não tá morto
Quem peleia”.
E me perguntou”
Se eu não ia ligar,
Se eu estava a fim
Pro coração ficar
Novo em folha.
Eu, não tive escolha
Não adiantou
Alegar
Que eu estava em recesso
E que não poderia
Cometer excesso.
Pra não fugir da raia
Atendi-a como se deve
Fui muito de leve
Mesmo me sentindo uma cobaia
Também pra não levar uma vaia.
Afinal, finalmente, enfim
Era mais um rabo-de-saia...
Agora ando com um
Coração recauchutado
Que é melhor que nenhum.
Coitado
De mim!
Constatação XXII (De conselhos muito úteis).
Não se faça de rogado,
Seja mais abusado
Não tenha medo.
Mande um torpedo
Em direção ao umbigo
Do teu inimigo.
Você estará concorrendo
A ficar vendo
O sol nascer quadrado
Bem mais cedo.
E você terá mais folguedo.
Constatação XXIII
Ele tentou, mas falhou.
Aí, não pode cortar a unha do pé.
A barrigona atrapalhou.
Constatação XXIV
Não se pode confundir voo espacial com voo especial, até por que
o voo espacial leva muito poucos passageiros, na sua maioria astronautas,
com a finalidade de pesquisar o cosmos talvez naquela velha reposta à
incógnita de saber como o universo foi criado, quando foi criado e como
foi criado. Ou mesmo para saber se estamos sozinhos ou acompanhados
no Universo. Aliás, basta ver o número de pessoas que testemunharam
a existência de discos voadores para obter a resposta parcial de algumas
dessas dúvidas acima assinaladas. Já com relação ao voo especial vale
assinalar que, em certos países, quando um governante vai viajar para algum
evento, considerado, por alguns, importante, mas que em condições de
pressão e temperatura não leva absolutamente a nada, ele leva um sem
número de passageiros na comitiva, em sua quase totalidade
aspone (Assessor de porra nenhuma) que vai passear a custa da nação a
qual ele pertence*. A recíproca é como é e tá acabado. Tenho dito!
*Qualquer semelhança com certos países, com fatos, pessoas e coisas não é mera coincidência. Vige!
Constatação XXV
E não se pode confundir tribulação que o dicionário Houaiss dá como
“Substantivo feminino. 1. Adversidade, contrariedade; 2. Aflição, amargura,
tormento. [F. paral.: atribulação.]” com tubulação, muito embora se o teu
chefe te pede numa sexta-feira, já no fim do expediente, para você levar para
casa uma tarefa que, segundo ele “tem que ficar pronta para ontem” (e que será utilizada dali a duas semanas) a sua programação com a família, amigos, namorada
ou até mesmo sozinho significa que você entrou pela tubulação, que quer
dizer que você ‘entrou pelo cano’, que o mesmo dicionário antes referido
não dá como fod, quer dizer, ferrou-se.
Constatação XXVI (De um pseudo-soneto).
De tragédias anunciadas.
Ela fez uma digressão*
Que um anátema**eu enfrentaria
Se na minha inocente intenção
A um motel eu com ela não iria.
Assustado com a ameaça
Tomei as devidas providências
Já que falava sério, não era pirraça
E sem quaisquer incoerências.
Eu estava sem dinheiro no momento
Para pagar as despesas do motel
E se ela arcaria com o feliz evento.
Ela respondeu quem não tem competência
Não pode usufruir uma espécie de lua-de-mel.
Portanto não se estabelece. Que indecência!
*Digressão = Substantivo feminino.
1. Desvio de rumo ou de assunto:
2. Excursão, passeio.
3. Subterfúgio, evasiva.
4. Liter. Recurso literário utilizado com o fim de esclarecer
ou criticar o assunto em questão (Houaiss)
**Anátema = Substantivo masculino.
1.Expulsão do seio da Igreja; excomunhão:
2.Maldição, execração, opróbrio:
3. Reprovação enérgica.
4. Indivíduo que sofreu excomunhão (1).
5. Excomungado, maldito, amaldiçoado:
6. Réprobo, condenado.
Adjetivo de dois gêneros.
7. Excomungado, amaldiçoado.
RICOS & POBRES
Constatação I
Rico não é dado à represália; pobre, é vingativo.
Constatação II
Rico é defensor; pobre, adversário.
Constatação III
Rico estima; classe média tem apreço; pobre é obrigado a tolerar.
Constatação IV
Rico é degustador; pobre, é cobaia.
Constatação V
Rico se dana; pobre se f*.
*Ferra, prezado leitor.
Constatação VI
Rico sempre dá um jeitinho; pobre se obriga aprender a sobreviver...
Constatação VII
Goleiro de time rico faz catimba*; goleiro de time pobre faz cera.
*Catimba = Substantivo feminino. Bras. Gír.
1. Manha, astúcia, ardil.
2. Esporte Emprego de recurso(s) antiesportivo(s), embora geralmente não violento(s), para gastar o tempo, ou desequilibrar o adversário, durante uma partida (Aurélio).
Constatação VIII
Rico pede arrego*; pobre, pede penico**.
*Arrego = (ê) [Der. regress. de arregar.] Bras. Gír.
Substantivo masculino.
1. Ato de render-se, entregar-se.
Interjeição.
2. P. ext. Exprime impaciência ou irritação (Houaiss)
**Pedir penico. Bras. Gír. 1. Acovardar-se, amedrontar-se. 2. Mostrar-se fraco, vencido. [Sin. ger.: pedir arrego, pedir bexiga; arregar-se.] (Houaiss).
Substantivo masculino.
1. Ato de render-se, entregar-se.
Interjeição.
2. P. ext. Exprime impaciência ou irritação (Houaiss)
**Pedir penico. Bras. Gír. 1. Acovardar-se, amedrontar-se. 2. Mostrar-se fraco, vencido. [Sin. ger.: pedir arrego, pedir bexiga; arregar-se.] (Houaiss).
Constatação IX
Rico faz juras de amor; pobre, é jurado de morte.
Constatação X
País rico refloresta seu país e compra a floresta do país pobre; país pobre vende a sua floresta e acha que vai ficar rico.