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sexta-feira, 8 de abril de 2022

BRAZIL: VIAGENS CIBERESPACIAIS

 VESÚVIO, MEU VELHO!

https://www.nationsonline.org/oneworld/map/google_map_Vesuvius.htm


Sérgio Antunes de Freitas

 

A história de um vulcão fascinava e aterrorizava a minha infância.

Imagens e textos não satisfaziam a minha curiosidade. Pelo contrário, aguçavam mais.

Eu nunca imaginei poder ver um tão de pertinho e, se alguém dissesse que isso iria acontecer, eu não acreditaria.

Meio século depois, eu vejo sua boca enorme, negra de profundidade e da fuligem de milênios. Bem ao fundo, umas tonalidades quase invisíveis lembram brasas.

Na trilha circundante à boca, as pessoas sobem e descem com uma pressa discreta. Afinal, ninguém sabe se o monstro vai pregar uma peça nos cientistas especializados em seu monitoramento diário.

E já que estava tão pertinho, uns dezesseis quilômetros apenas, fui a Pompéia, a cidade sepultada em vida por uma erupção no ano 79 d. C.

Nem pensei em parar para comer uma pizza napolitana, acompanhada de um vinho da Campania!

É muito bom saber mais por um ou mais textos sobre essa cidade desafortunada, um dos sítios arqueológicos mais importantes da Itália, da Europa, de toda a humanidade!

Há farta literatura sobre o ocorrido, com destaque para o livro "Os Últimos Dias de Pompeia", de Edward Bulwer-Lytton, publicado em 1824. Ele não trata do sinistro diretamente, mas o traz como cenário de seu enredo. Ainda vou ler!

E, para não perder a passagem por Pompéia, resolvi conhecer melhor a Casa do Poeta Trágico.

A interpretação feita, quando a casa foi descoberta, era de que um de seus afrescos tratava de um poeta recitando algo trágico. Isso não resistiu a outras análises, mas batizou o local em definitivo.

Também famosa é a Casa do Fauno, um conjunto de ruínas do que foi uma mansão construída durante o século II a.C., com uma quantidade impressionante de obras de arte, inclusive uma escultura de um fauno dançando em sua entrada.

Com 3.500 m² de área, sua grandeza demonstra como eram as diferenças sociais no Império Romano.

Isso confirma também não existir império sem ter a desigualdade social como base.

Interessante ainda é saber da quantidade de pinturas encontradas, sob a classificação de arte “erótica”.

Na verdade, a forte influência da cultura e da mitologia grega na época considerava a nudez e mesmo o sexo como temas refinados, sempre associados à fertilidade, à saúde, à boa sorte, cultuando a beleza do corpo humano.

Porém, quando achados nas escavações, eram levados para locais onde ficaram escondidos, a fim de serem vistos apenas por adultos de “moral ilibada”.

Hoje à noite, na hora do jornal da televisão, cujas notícias já conheci durante o dia, e das novelas atualmente tão fúteis, repetitivas e desinteressantes, pretendo ir a Kiev, a fim de conferir se já atualizaram suas imagens após o início da lamentável guerra. Ou vou a Machu Picchu, Base de Alcântara, Veneza, Patagônia, Getulina.

E, assim, vou conhecendo este mundo maravilhoso, sem o direcionamento desejado pela mídia, sentado solitariamente à frente da tela do computador, buscando mapas, imagens de satélite, textos, vídeos, tudo nessa imensurável, surpreendente e quase inacreditável Rede Internacional.

Não tão solitariamente, pois, muitas dessas pesquisas, eu termino levando aos amigos pelas redes sociais, amenizando os efeitos da pandemia, na espera de seus estertores.

É sempre prazeroso! Novas ondas, novas navegações, novos descobrimentos!

Ondas eletromagnéticas, claro!

 

Sérgio Antunes de Freitas

Abril de 2022

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