MATER ET MAGISTRA
Mãe e Mestra!
Esse era o nome da Escola de Violão do meu primo, na Avenida Rodrigues Alves, em Bauru.
Detalhe? Ele era órfão de mãe!
Provavelmente, ele elegeu o nome para sua escola com base na Carta Encíclica do Papa João XXIII, de 1961, assim também intitulada, cujo início era o seguinte:
“Mãe e mestra de todos os povos, a Igreja Universal foi fundada por Jesus Cristo, a fim de que todos, vindo no seu seio e no seu amor, através dos séculos, encontrem plenitude de vida mais elevada e penhor seguro de salvação. A esta Igreja, ‘coluna e fundamento da verdade’ (cf. 1 Tm 3, 15), o seu Fundador santíssimo confiou uma dupla missão: de gerar filhos, e de os educar e dirigir, orientando, com solicitude materna, a vida dos indivíduos e dos povos, cuja alta dignidade ela sempre desveladamente respeitou e defendeu.”
Crenças e religiões à parte, as figuras de Mãe e de Professora se confundem, se fundem, se aglomeram em formato de ternura.
Não me canso de ver, ler e ouvir de professoras as mais lindas frases destinadas às suas dezenas, centenas, milhares de alunos, sempre com carinho materno.
Não me canso de ver, ler e ouvir de mães as mais lindas frases destinadas a seus filhos, mesmo que seja um único, sempre com ensinamentos valiosos.
E o mais verdadeiro de todos diz assim: - Saibam, eu amo vocês infinitamente, meus filhos!
Mães amam seus filhos, os filhos de seus filhos, os netos de seus filhos, todos os descendentes de seus filhos.
Abstraindo-se as professoras da civilização, não há civilização.
Abstraindo-se as mães do mundo, não há mundo.
Professoras, no sentido magnífico da palavra, transcendem as salas de aula.
Mães transcendem a gravidez.
Existem ainda as professoras santificadas, pois tratam todos os seus alunos como filhos queridos, biológicos ou adotados.
Existem também as mães santificadas, pois tratam todos os filhos do mundo como se, fisicamente, seus fossem. Mesmo as que não geram nem geraram, assim podem ser, pois todas as crianças são filhos de todos nós.
Há amplitude ilimitada em seus sentimentos!
Mais um detalhe? Meu primo, mesmo sem ter conhecido a mãe, sempre falava sobre ela com um amor incomum, como se conhecesse e viva estivesse. Por certo, a conhecia de informações uterinas, de alguns poucos meses de convivência, talvez, por comentários de terceiros, pelo amor que outras mães lhe dedicaram e, acima de tudo, de seus sonhos.
Não tenho dúvidas, mães e professoras são seres sobrenaturais.
A elas, devoção!
Sérgio Antunes de Freitas
Maio de 2022
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