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sábado, 12 de outubro de 2019

BRAZIL: FAKENEW...É GOLPE

Novo Golpe na Praça
Sérgio Antunes de Freitas
Esse título garante a atenção inicial dos leitores, mas o golpe não é tão novo assim!
Relembrando, apenas para derrubar a audiência de uma concorrente, em 30 de outubro de 1938, a rádio CBS (Columbia Broadcasting System) interrompeu sua programação musical para noticiar, em edição extraordinária, uma suposta invasão de marcianos. Com base no livro A Guerra dos Mundos, do escritor inglês Herbert George Wells, o ator e diretor de cinema Orson Welles disseminou o terror pelo país com sua interpretação dramática.
Provavelmente, foi o primeiro dos golpes, que se tornaram comuns na imprensa mundial.
No Brasil, é uma festa! O costume, por exemplo, é noticiar problemas no produto do anunciante que encerra seu contrato de publicidade com a emissora. Pegam o produto, fazem um tratamento poluidor e levam para um órgão de credibilidade fazer a aferição de sua qualidade. Desnecessário contar o resto!
Nas últimas eleições, já utilizando também as redes sociais, disseminaram ideias esdrúxulas, como a existência de um “kit gay”, na verdade, um livro francês, traduzido para o português por uma editora, sem nenhuma conotação política.
Também deturparam o auxílio-reclusão, benefício criado no Governo Collor, para a sua aplicação pelas previdências pública e privadas.
Foram inúmeras as fotomontagens pornográficas, atribuídas ao partido político adversário. Em uma dessas, mulheres mostravam o bumbum em frente ao Templo de Salomão, mas os rostos eram desfocados. E muita gente, muita mesmo, jurou que era verdade.
Uns acreditam até hoje!
Enfim, esses golpes, mais do que prejudicar os adversários, prejudicaram a democracia, cuja legitimidade deve ser zelada por todos os que se julgam patriotas.
Muita gente sabia das mentiras, mas queriam chegar aos fins desejados, desprezando os meios.
Se os eleitores, que devem voltar às urnas no próximo ano, se deixarem cooptar por boatos, “fakes”, que eu chamo de vigarices, nunca teremos a democracia em sua plenitude.
E pior são aqueles de leitura curta, emprenhados pelos ouvidos, como se diz no interior, ou por mensagens eletrônicas de origem incerta, que acabam culpando a própria democracia por tudo isso.

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