BY Sérgio Antunes de Freitas
No início do ano, quando o Bolsonaro afirmou sua intenção de não a enviar ao Congresso um projeto para o estabelecimento da pena de morte no Brasil, fiquei espantado. Afinal, ele e boa parte de seus eleitores sempre sonharam com isso! Imaginei: ele já está tirando a fantasia de estúpido, usada para ganhar as eleições junto aos seus seguidores. Mas não, não era isso, pois devemos admitir sua autenticidade.
De humanista, ele não tem nada! Então, qual seria o motivo? Montei a minha própria “teoria da conspiração”.
Dos grupos apoiadores à sua eleição, com os quais não se indispõe, os justiceiros, as milícias, os maus policiais, já detém a prerrogativa da pena de morte. Decretam-na e a executam de forma sumária, sem interferência de ninguém. Nem há direito de defesa, é óbvio!
A oficialização da insanidade faria uma divisão desse “privilégio” com o Poder Judiciário. E ninguém gosta de dividir o poder do qual se acha investido.
E há outra vantagem para eles! Atualmente, esses grupos matam quantos quiserem, culpados ou inocentes, companheiros ou adversários políticos, quaisquer pessoas que os contrarie ou por outros motivos mais torpes, sem correrem o risco de ser sujeitos à pena capital. No máximo, uma prisão com características corporativistas.
Mas nem pensem que sou a favor dessa penalidade absurda, por favor! Festejo nossos antepassados, sábios brasileiros, impedidores de tal malvadez em nossa estrutura legal.
Quem leu isso até aqui pode discordar, claro! Mas deve concordar que o jogo desse Governo não é para amadores.
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