RUMOREJANDO
José[Juca] Zokner
PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA
FALTA DE MAIORES.
Constatação I
O
político conclama:
“Vamos
parar
Com
esse mar de lama”
Mas,
por enquanto,
Vai
levando
Um
certo tanto,
Em
troca de apoio
Na
votação,
Gritando,
Apregoando:
“Vamos
separar
Do
trigo, o joio
E,
duma vez, acabar
Com
a corrupção”.
Constatação II
Esclarecimento:
Comunico, a quem interessar possa, que o Juca, que andou jogando no meu
Botafogo, não se trata da minha pessoa. Obrigado pela atenção.
Constatação III (De um
pseudo–soneto de autoria do obcecado).
Arritmia cardíaca
Tive
um sonho macabro
E
fiquei assaz perplexo
Que
vivemos num descalabro
E
que foi abolido o sexo.
Acordei
num estupor
Com
o coração em disparada
Ensopado
dum frio suor
Que
deixou a fronha molhada.
Não
foi como vivemos
O
que me deixou tão assustado
Foram
esses terríveis extremos.
Dos
governantes o desempenho
Sempre
tem sido despudorado.
Mas
sexo? Eu não me abstenho...
Constatação IV
Há,
dentre muitos, dois tipos de ‘tomara’: O ‘tomara que caia’ e o ‘tomara que
chova’. O primeiro, como todos sabem, é aquele modelo de indumentária que não
tem alças e, se eventualmente cair, mostrará em toda a sua plenitude o que os
decotes, cada vez mais ousados, têm mostrado e que – não é absolutamente uma
crítica ou uma reclamação – as famosas, cantoras, modelos e outras tantas
procuram mostrar, mormente quando ‘siliconaram’; o segundo ‘tomara’ é inerente
ao clima da minha cidade de Curitiba, onde o calor, abafado, induz que se
almeje uma chuva que refresque. Ultimamente, tem acontecido com frequência. No
entanto, é seguida de um frio que para quem está na primavera e não longe do
verão, que causa transtornos, principalmente, para as mulheres que ficam
naquela dúvida, provavelmente crucial, o que vestir para sair ou “levo ou não
levo casaco”. Coitadas (só no segundo caso...)!
Constatação V (De uma
dúvida crucial).
Foi
Louis XV que disse: “Depois de mim, o Delúbio, digo, o dilúvio”? Quem souber a
resposta, por favor, comentários no blog. Obrigado.
Constatação VI (De várias
dúvidas cruciais).
Esse
desdém, esse menoscabo, esse desprezo que os políticos têm por nós todos será
que algum dia vai acabar? Ou nós continuaremos elegendo pulhas? Afinal, o
movimento das ruas foi para quê? Quem souber a resposta, por favor, comentários
no blog. Obrigado.
Constatação VII (De mais
uma dúvida crucial).
Será
que o sujeito que recebe o mensalão ou qualquer outro tipo de obtenção de ganho
desse jaez consegue se olhar no espelho e dizer: “Não. Eu não sou um fdepê”?
Quem conhece alguém que não consegue, por favor, comentários no blog. Mais uma
vez, obrigado!
Constatação VIII
E
já que falamos no assunto, não se pode confundir ex-mulher com ex-amante,
muito embora o que tanto uma como outra tem denunciado casos de corrupção dos
seus ex’s, exercendo a auto benesse de deputado, senador e outros cargos
(cargo?) menos votados não está em gibi, enciclopédia, livro de história, bem
como outras fontes de eventual consulta e/ou leitura. A recíproca para esses
casos “dedoduráticos” ainda não foi possível investigar. Tão logo tenhamos a
resposta daremos a conhecer, com urgência, aos nossos prezados leitores.
Constatação IX
Não
é por nada, não, mas quando o meu Paraná traz, de um jogo fora ou dentro de
casa, um empate este assim chamado escriba considera uma estrondosa vitória.
Quando ganha, o que, neste ano, aconteceu – agora, lamentavelmente, parando –
nem falar.
Constatação X
Destino
ingrato,
Veio
a acontecer,
Com
aquele deputado
Que
não conseguiu
Se
reeleger
Levou,
do seu eleitorado,
Uma
baita cama-de-gato
Por
causa do seu papo-furado.
E
pra não pagar a conta,
Do
‘investimento’
Efetuado
Qual
barata tonta,
No
mesmo momento,
Fugiu.
Constatação XI
Existe
uma música de carnaval do tempo deste assim chamado escriba, que não recorda
mais o nome, mas que começava mais ou menos assim: “É com essa que eu vou
sambar até cair”. E lá pelas tantas, dizia algo como: “Eu quero ver o
ronca-ronca da cuíca, gente pobre, gente rica, deputado e senador[...]”. O
autor se referia às pessoas caindo na folia. Não sei quem é o autor, mas não
creio que hoje em dia ele manteria a parte da letra na qual ele afirma que quer
ver deputado e senador...
Constatação XII
Deu,
certa vez, na mídia: “O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou estar
muito satisfeito com a pesquisa DataFolha, segundo a qual ele foi avaliado como
o prefeito que registrou o melhor índice de aceitação popular dos últimos 20
anos na administração paulistana nos primeiros seis meses de mandato”. Data
vênia, como diriam nossos juristas, mas Rumorejando acha que, levando-se em
conta os prefeitos dos últimos vinte anos que São Paulo teve, até não pega bem
a DataFolha fazer tal tipo de pesquisa.
Constatação XIII
Não
se pode confundir leitura com literatura, até porque quem não é
dado à leitura, como ocorre, nos dias de hoje, com a maioria dos
jovens, não vai manjar de literatura.
A
recíproca só pode ser da seguinte maneira: Quem entende de literatura não é dado a
ver televisão, por exemplo. Se deve a sua leitura, aulas sobre o assunto,
conferência, palestra dos literatos e estudiosos e assim por diante.
Constatação XIV (De outra
dúvida crucial).
O
jogador LeBron James é o Messi do basquete ou o Messi é o LeBron James do
futebol?
Constatação XV (De um
pseudo-soneto).
Sonhando acordado
Era
um time obstinado
Em
conseguir seus intentos.
Mas
sempre mal colocado.
Seu
ataque não fazia tentos.
A
defesa vivia cochilando
Ainda
que fossem de boa estatura
Bola
na área não se via cortando
Para
os adversários era só candura.
Um
dia se queimaram na parada
Com
os constantes maus resultados
E
o ataque deu uma baita virada.
Me
contrataram para centroavante
E
eu como sou daqueles bem atilados
Com
meus gols o time ficou operante.
Constatação XVI
(Continuação do pseudo-soneto anterior com novo pseudo-soneto).
Sonhando, apenas sonhando...
Cada
gol de pintura ou não que eu fazia
Os
companheiros vinham me bater na cuca
A
verdade que depois a cabeça me doía.
“Puxa,
como você é bom de bola, Juca!”
Eu
não me importava com as batidas,
Pois
à noite a mina me faria cafuné
Não
só na moleira. Nas partes doloridas,
Massagens,
dando ênfase as do meu pé.
Ela
exigia que eu ficasse sem roupa, pelado.
E
ela, alegando muito calor, também ficava
Sua
mão no meu corpo me deixava arrepiado.
A
gente não é de ferro, depois de tanto esforço.
E
eu quase adormecia de tão cansado que estava
Entretanto,
para certas coisas não se pede reforço...
Constatação XVII (Coisas
Difíceis de Entender. Quem souber explicar, por favor, comentários no blog.
Obrigado).
-Por
que o esporte (esporte?) Box, ou vale-tudo ainda não foi proibido até hoje, já
que mata ou inutiliza tantos lutadores? Basta ver, por exemplo, o que aconteceu
com o lutador Cigano. E do lutador de box mexicano, Francisco Leal de 26 anos, que
vários sites americanos e espanhóis, entre eles a ESPN, confirmaram no dia 22
de outubro último, a sua morte depois de três dias haver sofrido um nocaute.
-Por
que não se proíbe a apresentação de animais nos circos, não se levando em
consideração o stress deles e o fato de havê-los tirado do seu habitat?
-Por
que os países ricos, tipo G8, se reúnem se tais reuniões são totalmente
inócuas?
-Por
que os países ricos reclamam à Organização Mundial do Comércio contra os países
ditos em desenvolvimento e agem nas mesmas condições do que estão reclamando?
-Por
que só alguns países participam e têm direito a veto no Conselho de Segurança
da Organização das Nações Unidas?
-Por
que não se proíbe, de fato, as touradas na Espanha e em outros lugares? E as
brigas de galo? E as de cachorro? E a farra do boi? E passarinho em gaiola? E a
caça? E o rodeio, esse macaqueado, digo, copiado da maior potência do Planeta?
-Por
que um sujeito que se candidata a um cargo no Legislativo gasta mais do que o
seu eventual altíssimo salário irá auferir e caso se eleja, não cobrirá o que
gastou? Será por idealismo em servir a pátria? Patriotismo? Devoção aos
eleitores?
-Por
que um deputado ou senador zera seus delitos se pedir demissão do cargo que
vinha ocupando, podendo, assim, se candidatar novamente. E, pior, até
conseguindo se reeleger? Por que, para ele, o delito anterior – e, claro, com
dolo – passa a ser relegado, perdoado?
-Por
que, ao chegar ao Poder, o governante brasileiro muda sua ladainha, seu
proceder?
-Por
que o governo sempre muda as regras do jogo no meio do jogo?
-Por
que a decência ficou fora de moda?
-
Por que a Justiça não é reformulada para não permitir tanta protelação?
-Por
que o governo obriga que em casos que ela tem que pagar o que deixou de fazê-lo
que se tenha de recorrer a um advogado que cobra um percentual que chega até
30% de sua participação?
-Por
que os governantes, deputados, senadores, juízes e desembargadores e outros
mais não levam ao pé da letra que “todas as pessoas nascem livres e iguais em
dignidade e direitos”?
-Por
que será que a Humanidade é insolúvel? Será que é por causa do crescimento da
população que torna o acesso aos bens mais difícil? Daí o ‘tirar melhor
proveito em tudo’ e por todos?
RICOS E POBRES
Constatação I
Rico
tem abdome; pobre, pandulho.
Constatação II
Rico
é robusto; pobre é inchado.
Constatação III
Rico
é astucioso; pobre é espertalhão.
Constatação IV
Rico
é sereno; pobre, mora no sereno.
Constatação V
Rico
tem um ou outro contratempo; pobre convive com problema.
Constatação VI
Rico
é tribuno; pobre, enrola.
Constatação VII
Rico
é empreendedor; pobre, é vagabundo.
Constatação VIII
Rico
tem desejo; pobre, só tem vontade.
Constatação IX
Rico
é sistemático; pobre, é bitolado.
Constatação X
País
rico espiona outros países, sob a alegação de combater o terrorismo; país pobre
não espiona. Apenas espia a vizinha quando muda de roupa em frente à janela.
Constatação XI
Rico
arrisca; pobre, abusa.
Constatação XII
Rico
escreve; pobre, rabisca.
Constatação XIII
Rico,
sofre de Mal de Alzheimer; pobre, nem tem o que recordar.
Constatação XIV
Rico
mora numa mansão urbana; pobre na periferia suburbana.
Constatação XV
Rico
faz grandes negócios que descobre; pobre faz grandes esforços para que não
soçobre.
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