AMOR
Marina da Silva
Preciso
Mas nego, impeço o amor chegar.
A necessidade de um. Outros.
Mexer comigo. Outros braços, outra boca
Os sorrisos, abraços, beijos, palavras.
O corpo quente, vivo, vibrante, suado,
Odores juntados aos meus, sobre mim
Dentro de mim sem qualquer penetração
Além da alma.
Desejo negado, impedido; consciente nego beijos,
danças, toques, corpos colados
E recalco, freio, esfrio a exigência inegável
De carícias, carinho, amor e sexo e gozo explodindo
meu ser.
Amor, preciso
Mas o medo da dor...
Ainda vívido,
vivido, excruciante lembrança
Incrustada profundamente
na pele, olhos, coração e cérebro.
Escondo a vontade de amar again
Então sonho o dia em que outros braços, outra
boca...
A boca. Como me faz falta a boca...
Mais que beijos, as palavras...insuportável. Silencio
a falta
Bom
dia, Deus te abençoe, tudo bem? Boa noite, eu te amo.
O sono tranqüilo, seguro, dormindo em conchinha, no
ombro, no colo.
Ainda existe pesadelos persistem, assombram-me.
Meu
novo amor te quiero, Je t’aime, I Love you...
Não dói, mas o medo da dor...
Assim o impeço de chegar bebendo lado a lado uma
xícara de café
Ou aquele chope super gelado ouvindo um chorinho.
Lamento.
O medo chega e trêmula sufoco o desejo de deixar
você aproximar,
De tocar sem querer minha mão, pedir meu celular,
sambar junto.
Mas quero muito, muito, muito
Abrir a alma e meu coração e viajar, amar e dizer: “não
preciso de você, eu te amo!
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