RUMOREJANDO
Juca Zokner
PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.
Constatação I (De um pseudo-soneto).
De hormônios e comportamentos
Ela já deveria, a tempo, deixar de ser cinquentona
E, pela idade, sem os bons efeitos da progesterona
Pela atitude, sem dúvida, era do gênero mandona.
Já que ela se chegou achando que era minha dona.
Sem se preocupar com conduta ou protocolo
Ela veio, sem pedir licença, sentar no meu colo.
Eu me dispus a acariciá-la sem culpas ou dolo.
Mesmo temendo ficar com câimbra ou torcicolo,
Ela me beijava com êxtase, com encanto, com frenesi
Mas quando minha mão deslizou para um lugar oculto,
Ela me sussurrou: “Querido, continue, porém não aqui”.
Para quem me pareceu tão arrojada, audaz, despachadona,
Eu que estava querendo mostrar que não era um sujeito estulto*,
Disse: “Você acha que eu tenho água em lugar de testosterona?”
*Estulto = adjetivo
que não apresenta um bom discernimento; insensato, estúpido, néscio (Houaiss).
Constatação II (Até quando?)
Alguns componentes dos 3 Poderes da República não só curtem as delícias do capitalismo, mercê dos seus elevados salários diretos e indiretos, como também através do que auferem pela excrescência da corrupção. Aliás, para ser fdp tem que ter talento e vocação. Vige!
Constatação III (De outro pseudo-soneto).
Culpa do cão
“Dissoluta, devassa, libertina”,
Disse o marido compungido
Com o seu amor-próprio ferido
Porque ela tava nua numa campina.
Por que você tava nua, ele questionou?”
Ela respondeu: “Pelo calor e por pirraça”.
Ele muito p., disse bravo: “Não tem graça.
Você estava com alguém que se mandou”.
“Juro pela tua vida que eu tava sozinha
E tinha acabado de tirar minha calcinha”.
Para sentir o vento em todo o corpo meu.
Acontece que eu levei nosso querido cachorro
E quando tirei a última peça ele pegou meu gorro
Também o sutiã e a calcinha e se escafedeu.
Constatação IV (De um terceiro pseudo-soneto).
Promessa nem sempre é dívida
Quando ela já havia acedido de ir ao motel
E nós estávamos deitados na cama com dossel
Ela toda cheia de pudor, pudicícia e de recato
Não se dignou ao menos em tirar o sapato.
De nada adiantou o meu sincero e honesto argumento
E que vir a tal lugar e nada acontecer é um tormento.
E o luxo era de maneira tal que até havia dois chuveiros
E que daria para tomar banho juntos em muitos janeiros.
Ainda argumentei que o preço do motel era elevado
E que a negativa dela me deixava tristonho, agastado.
Acrescido que ela iria se comportar, conforme prometeu.
Acontece que eu mudei de idéia, pensando em noivado
E descobri que você pinta e borda feito um desmiolado
E a despesa, concordei que quem teria de pagar era eu”.
Constatação V (Passível de mal-entendido).
Ele cutucou a sogra com vara curta.
Constatação VI
Rico se engana de vez enquanto; pobre erra sempre.
Constatação VII
E como apregoava o obcecado metido a político da Esquerda: “Coxinhas de todo o mundo desuni-vos”.
Constatação VIII
E como apregoava outro obcecado – nada a ver com o citado anteriormente –, fazendo auto-promoção da sua – segundo ele – irresistível e modestíssima pessoa: “Estou a sua disposição das 6 da manhã até as 5 e 59 do dia seguinte. Conto humilde e timidamente com a sua inestimável e imprescindível incorporação”.
Constatação IX
Não é nada disso o que a mídia anda publicando. Que pizza que nada! Estão todos enganados. Ninguém comprou ninguém. Foi apenas uma questão de investimento...
Constatação X
E como se jactava aquele obcecado, que não tem nada a ver com os anteriores, metido a dândi*: “Eu uso shampu para os meus cabelos; outro, para minha barba e bigode e um terceiro para os meus pelos pubianos. Vai ser dândi assim na casa do chapéu! Vige!
*Dândi = substantivo masculino
1 indivíduo que se veste com elegância e requinte
2 Derivação: por extensão de sentido.
indivíduo que se veste e comporta com afetação e delicadeza (Houaiss).
Constatação XI
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