Crônicas em Tons de Azul: Homem sendo homem
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Por Flávio Berto
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Eu diria que o mundo está mudando, só que não! É, contraditório, só que não, de novo! Acontece que, normalmente, as pessoas costumam olhar somente para o lado que lhes chama a atenção ou, sob uma ótica um pouco mais “umbigocêntrica”, apenas para aquilo que lhes interessa.
Hoje em dia, um dos temas vigentes em tudo quanto é discussão, principalmente nas mídias sociais, é a tal da diversidade. Para alguns, é algo que não tem mais volta e ai de quem ousar ir pela contramão da nova tendência.
Contudo, é preciso avisar a toda essa galera que, por mais que eles não gostem, o mundo é muito mais conservador do que eles parecem ter noção e o ser humano, então, mais ainda. Assim sendo, sem precisar ir muito longe, pode-se dizer que existe pouca gente mais conservadora do que o homem. Mas gente, por favor, sem neuras: é evidente que vamos falar de forma generalizada, senão vira tratado, certo?
Homem não costuma perder muito tempo: é daqui pra lá, direto, sem firulas. Por quê? Porque é mais fácil, porque funciona, porque não precisa inventar moda, porque é uma solução e porque não precisa ficar se preocupando com as origens e a história de vida de tudo quanto é por que!
Homem tem certeza que sabe e, se não souber, ele vai descobrir esse conhecimento desconhecido no meio do caminho. E se não descobrir? Ah, ele vai dar um jeito, uma hora sai, é só deixar que ele faça o dele em paz, não atrapalhem. Pode chamar do que quiser: ranheta, cabeça dura, turrão. Ele não está nem aí. É o jeito dele e isso lhe basta.
Homem não vai ao médico, não precisa. Se ficar doente e não tiver jeito, ele vai pensar um pouco no assunto. Médico é frescura, coisa de mulher, por isso que mulher vive pedindo para o homem ir ao médico, fazer preventiva, essas coisas que ele julga serem sem nenhuma utilidade e que as mulheres adoram fazer. Para que ficar arranjando dor de cabeça antecipada? Deixa para quando acontecer, aí vê o que faz.
Sim, eu sei, parece um texto machista e atrasado, mas não é. Às vezes, ao invés de implicar logo de cara com a primeira expressão que não está na lista proibida de cada um, é preciso tentar ver as coisas por outra ótica, a do próprio “réu”, saindo um pouco do velho costume de julgar os outros pelos nossos próprios valores!
O que se está abordando aqui é a natureza do homem! Ah, mas tem que mudar, tem que aprender, tem que ter jogo de cintura, com saúde não se brinca. Tudo bem, mas vai falar isso para o homem. As respostas vêm rápidas: frescura, perda de tempo, vai deixar de tomar uma “breja” com os amigos para ir ao médico? Vocês estão de brincadeira, não é?
Outra coisa: homem tem certeza que é forte, com ele não acontece nada. Tudo bem, às vezes acontece, mas deve ter sido engano. Então, vai fazer exame preventivo para que?
Todavia, ainda que homem seja muito ele mesmo, ainda é gente. E gente sempre tem suas neuroses e tabus. Entendam: aquele, o famoso que “é mais embaixo”, é algo intocável. Tanto que, no oitavo dia, Deus criou o PSA!
Brincadeiras à parte, é claro que saúde é importante, ainda mais quando o tema é câncer! Mas não adianta brigar com a natureza, a cultura e as tradições, é preciso saber como lidar com elas.
Não tenha um ataque de nervos por causa do “homem ao seu lado”. Se quiser ajudá-lo a entender a importância de se cuidar, aprenda a linguagem dele, pois homem pode ser homem, mas não é burro. Porém, de vez em quando, da mesma forma como acontece com todo mundo, é preciso de uma ajuda externa para ele tentar entender melhor as coisas da vida. Simples assim, só que não... rsss
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Flávio Berto no mês de novembro é nosso!
Engenheiro de formação, escritor em versos e prosa, compositor, sonhador como um eterno adolescente, apaixonado por letras, carros, músicas e mulheres.
Autor, entre outros livros, de Flagra (crônicas sobre relacionamentos), Um pássaro na gaiola(romance adolescente), Os quatro idiomas (a história de seis amigos inseparáveis) e O Czar e o Mandarin (coletânea de poesias 1979/2010).
"Existem duas funções vitais: respirar e escrever! A primeira, dá para passar sem ela..."
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PARABÉNS! ADOREI SUA CRÔNICA! Marina da Silva
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