TUBARÃO
BRASILEIRO INVADE BÉLGICA
www,google.com.br/images Os cavaleiros do Apocalipse, ops, os "três mosqueteiros" monopolistas [das apostas, fusões, aquisições, cartel e truste]! Ganância, arrogância e tirania.
Marina da Silva
Ninguém jamais poderia
imaginar (incluso os trabalhadores belgas) que, com apenas 25% do capital da InBev - empresa
que surgiu da fusão entre a cervejaria Belga Interbrew e a AmBev- os
brasileiros assumissem o comando, controle e mesmo ditassem as regras daquela que se tornou a 4ª maior
cervejaria do planeta! Um milagre da nova ordem capitalista flexivel globalizada, que
vem demonstrando que além do futebol e carnaval, cerveja é a nossa praia! Com o
jeitinho brasileiro, muito manjado
nestas plagas, os executivos da AmBev, já no 1º semestre da aquisição, levaram
a InBev a um “lucro bruto 11% em relação ao mesmo período de 2004” e a 5.5% de
aumento “no volume de venda de cerveja”.
www.google.com.br/images Classe, realeza, "primeiro mundo"; era assim vista a cervejaria belga até o casório com os três caipiras "subdesenvolvidos", ops, mosqueteiros Leman, Teles, Sicupira.
"Ao lado de Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, seus parceiros de negócios há mais de três décadas, Lemann detém 25% do capital da maior cervejaria do mundo, a InBev; é dono da holding Lasa, que reúne Lojas Americanas e Blockbuster; do grupo B2W, onde estão agrupadas as lojas virtuais Submarino, Americanas.com, Ingresso.com e o canal de televendas Shoptime; e da São Carlos Empreendimentos Imobiliários. Os três estão entre os principais acionistas da maior empresa de transporte e logística da América do Sul, a ALL, e, desde dezembro, têm uma fatia de 8,3% do capital da CSX, uma das maiores ferrovias dos Estados Unidos. Somadas, essas participações valem R$ 46,35 bilhões, o equivalente, por exemplo, ao valor de mercado da Companhia Siderúrgica Nacional. Lemann é hoje, aos 68 anos, a quinta pessoa mais rica do Brasil e a 172ª do mundo. Ele aparece, ainda, na lista dos mais ricos da Suíça - onde reside desde 1999, num subúrbio exclusivo de Zurique -, pouco atrás da herdeira grega Athina Onassis."1
Uai? É possível ensinar missa a
vigário, ops, papa? Os belgas são os reis da cerveja (de qualidade), conhecidos
como os melhores fazedores de cerveja do mundo! Como os executivos tupiniquins
conseguiram tal proeza? Fazendo o que
fazem de melhor: o "quadrado" descer "redondo" goela abaixo dos trabalhadores, pagando
o mínimo aos guerreiros, dando nó na Justiça e proteção social das leis trabalhistas
e estendendo a manzorra sobre o Estado! Uma guerra vale tudo suja, para a qual
a Bélgica, um dos últimos redutos do estropiado Estado do Bem Estar Social, supunha-se protegida!
www.google.com.br/images. Antes: "Louvado seja o alemão que inventou a cerveja!" Então entra o tubarão J.P. Lemann atravessando o samba e...a cerveja se transformou no líquido que desce redondo, enche de gases e deixa você...redondo!
Sob a batuta dos
brasileiros, a InBev engendrou um processo de reestruturação produtiva com um
único objetivo: lucrar o máximo com o
mínimo; o que incluía fechamento de fábricas em vários países (Bélgica, França,
Alemanha, Luxemburgo, Holanda) demissão a rodo, cortes de salário (instituindo
o salário variável - 70% fixo e 30% meritocracia ou cumprimento de metas). “Em
2006, durante uma reestruturação, 400 funcionários da InBev perderam o emprego
na Bélgica”. Foi um Choque de Gestão e
política de Resultados, estratégias muito conhecidas dos trabalhadores
brasileiros. Desigualdade de condições de trabalho, disparidade de acordos
coletivos, banco de horas, baixos salários, etc, nas várias fábricas da empresa
espalhadas pelo Brasil e América Latina, levaram os trabalhadores
AmBev/InBev a propor “uma rede sindical
nacional” durante reunião em abril/2008 da CUT(Central Única dos
Trabalhadores), CONTAC e CNTA (Confederações do setor de alimentação) e a UITA
(Unión
Internacional de Trabajadores de la Alimentación). “Os sindicatos
perceberam que a união é a melhor estratégia na luta pelos direitos”.
O "jeitinho Jorge Paulo Lemann", atualmente se apresentando como o suiço, que brasileiro, mesmo bilionário é sempre jeca em 20 regras básicas Harvard.2
REGRA DE OURO: " Ser ético sempre é fundamental."kkkkkkk
"chegar ao pote de ouro no fim do arco-íris, você deve percorrê-lo, mas sempre por um caminho lucrativo."
www.google.com.br/images. Fazer mais com menos: impostos, direitos trabalhistas, sindicatos, salários, respeito ao consumidor! E usando matéria- prima barata.Simples assim!
O quarteto de executivos
formado por J. P. Lemann, Marcel Telles, Carlos A. Sucupira e Carlos Brito é o
responsável em aplicar nos europeus o estilo AmBev, um híbrido do modelo de
administração dos Estados Unidos e Reino Unido. O quarteto, que virou trio, além de instituir a
meritocracia (“ganha mais quem gera mais resultados para a empresa”), trocou
ternos de grife por roupas informais $1,99, fez corte brutal nos gastos
limitando reembolso de contas de celulares, passagens áreas só na classe
econômica, diárias em pocilgas, nada de cervejinha grátis no final do
expediente e reuniões em hotéis chiques? Jamèr...
É no chão de fábrica mesmo! A
cerveja belga que era nobre e comandada pela mais seleta aristocracia, de
repente trocou o brasão real por rótulos de quinta categoria, traços dos "Emergentes",
classe que surgiu, enriqueceu e
se esbaldou no Brasil nos anos 80/90! Os europeus, ordeiros e silenciosos,
convivem agora com berros de ordem:
planejamento estratégico, atingir metas a qualquer custo, meritocracia, vestir
a camisa e pegar em armas para por em prática as metas e atingir Resultados
para os acionistas, que estão contentíssimos com esta linha dura brasileiríssima:
as vendas pularam de “108 milhões de hectolitros de cervejas e refrigerantes em
2003 para 270.6 milhões em 2006. As ações da companhia triplicaram de valor. O
faturamento de 2007 foi recorde - 14.4 bilhões de euros, 7.2% acima do
registrado no ano anterior”!
REGRA DE OURO "Inovações que criem valor são úteis, mas copiar o que funciona bem é um caminho mais prático."
www.google.com.br/images Lifestyle $1,99 made in China!
Os europeus, e especialmente os belgas, ainda
atordoados, após seis anos da fusão com a AmBev, não sabem quem engoliu quem! O
Tubarão brasileiro continua uma incógnita, um verdadeiro presente de grego! O
jeito é romper a linha do Equador e descobrir que país é este? Mas como? Luis
Nassif responde a repórteres da TV Belga em “uma entrevista longa” sobre a
fusão, favores recebidos, “sobre o método gerencial das empresas brasileiras,
se todas tinham a ganância demonstrada pela AmBev. Especialmente, sobre a reação
dos sindicatos aos processos de demissão da Ambev”. Tudo esclarecido por Nassif
e replicado na TV5 Monde Amérique Latine, dia 14 de maio de 2010: “A Bélgica
continuará a ser o país da cerveja? "
REGRA DE OURO:"O senso comum é sempre melhor que as ideias complexas. O simples é sempre melhor que o complexo."
www.google.com.br/images.
O consumo da cerveja diminui na Europa, onde a AB-Inbev pensa em demitir 800
funcionários. Em compensação, o grupo investe maciçamente na América do Sul, um
mercado emergente. «Questions à la Une» conduziu sua pesquisa na Bélgica e
também em São Paulo, onde a bebida de referência não é o mojito, nem a caipirinha,
mas sim a cerveja. A Ambev, a filial brasileira do gigante, domina o 70% do
mercado e inunda todos os bares com seus produtos. Uma rentabilidade garantida
por administradores formatados para fazer o máximo de dinheiro no mínimo de
tempo. Para diminuir os custos e portanto aumentar os lucros, eles não hesitam
em demitir trabalhadores. Uma receita que tentam por todos os meios aplicar na
Bélgica. Mas aqui, ao contrário do Brasil, os sindicatos podem se unir e
resistir”. Programa “Question a la Une” dirigido
por: François Lizen e Serge Ruyssinck. Apresentação: Bruno Clément.
QUEM É ELE?
www.google.com.br/images. Lemann é o co-fundador da 3G CAPITAL, EMPRESA DE PRIVATE EQUITY compra mega empresas com problemas (crises especulativas), reestrutura, faz fusões e aquisições, corte de trabalhadores, corte "implacável" nos salários, benefícios trabalhistas, etc e faz muito lucro com menos investimentos. Especulação, Expropriação e Exploração 3G. TUBARÃO DAS BOLSAS DE VALORES
"DE CORRETOR A BANQUEIRO
"A saga empreendedora de Lemann começa em 1971, com a compra de uma pequena corretora de valores chamada Garantia, que intermediava operações de compra e venda de papéis financeiros para clientes no Rio de Janeiro. Um negócio semelhante ao que ele conhecera nos anos anteriores, como funcionário da corretora Invesco, que faliu em 1966, e da Libra, onde ficou até comprar a Garantia. Já nos primeiros anos, Lemann estabeleceu contato com o banco Goldman Sachs, que usava a corretora para intermediar a maior parte de seus negócios no Brasil."
A AmBev/InBev, com ou sem queda no consumo da
cerveja, na Europa e no mundo latino, quer demitir 800 trabalhadores em mais
uma reestruturaçãozinha. Objetivo: mais lucro com o mínimo e este se encontra
nos países do leste! Fechar na Bélgica e produzir no leste europeu aproveitando
as oportunidades e vantagens comparativas: mão de obra baratíssima,
sindicalismo fraco, isenções fiscais e outras benesses dos Estados é a
estratégia do momento!
Troca-se salários em euros por yuans! Revoltados os
trabalhadores belgas prometem resistir como nunca se viu à subproletarização
terrorista da AmBev/InBev “uma das empresas mais eficientes e estressantes do
planeta” que não perde nem para a France Telecom, que literalmente tornou o
trabalho um “suicídio”!
www.google.com.br/images. No Brasil você bebe uma cerveja redonda lifestyle $1,99 e paga em euros!
REGRA DE OURO: "Sempre corte custos. Isso é algo que está sob seu controle e assegura sua sobrevivência."
Se os europeus temem o jeitinho brasileiro, os
brasileiros estão apavorados com o jeitinho
comunista do país mais capitalista do mundo, a China! A gigante AB-InBev -“Formada pela aquisição da
americana Anheuser-Busch pela belgo-brasileira InBev (que por sua vez surgiu da
união entre Interbrew e AmBev)” em julho de 2008 - já está na China e “Lemann, Sicupira e Telles estudam o mercado da
China e planejam, em três anos, estar em segundo lugar no país”.
“Brasileira
ou de outra nacionalidade, a InBev segue a tendência natural do mercado.
Empresas precisam gerar lucros”, defendem os entusiastas do estilo AmBev. Como
na atual fase de acumulação de capitais, a produção pode se realizar onde der
mais lucro desterritorializando etapas ou mesmo todo o processo produtivo, o
lema contra o estilo AB-InBev e congêneres é: Trabalhadores de todo o mundo,
Uni-vos...e rápido!
Nenhum comentário:
Postar um comentário