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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A curiosidade matou o gato!


Diálogos Femininos Secretos
www.google.com.br/images. Te contei? Não?

Sérgio Antunes de Freitas

O homem, que nunca trabalhou na mesma sala com duas amigas íntimas,
não sabe o que é “boiar na conversa”. Amigas íntimas entre elas, bem
entendido!

Reina o silêncio e, de repente, surgem as frases. Melhor chamar de períodos.

- Adivinha.

- Quem?

- Huuuuuum!

- Não acredito!

- Então, acredite, pois foi isso mesmo.

- Detalhes, menina. Eu quero de-ta-lhes.

Volta o silêncio.

Minutos depois, uma olha para a outra e, como se fosse um jogo de
truco, puxa o lóbulo da orelha! E a outra pergunta:

- De novo?

- De novo, amiga.

- Que horas eram?

- Umas nove mais ou menos.

- Ah! Então não tem perigo.

- Sei não.

- É! É bom não perder de vista.

Mais um período de longo silêncio e vem uma exclamação.

- Eu acho que, na próxima, vou de salto alto!

- Salto grosso, viu? Aproveita e dá uma sapatada na cabeça, se ela
aparecer por lá.

- Vou com aquele preto de salto fino, mas pesado, que eu chamo de
Rivotril. Bateu... é oito horas de sono atribulado.

- Bate com força, para ela ficar “trozoba” uns três dias.

- Aquilo não presta. Ela passa o rodo!

Um homem não deve se curvar à curiosidade, mas diz, pelo menos, o nome
da que passa o rodo, pôxa!

Por ironia, eu acredito, uma delas me pergunta se a conversa está incomodando.

- Nada, que isso! Quando estou concentrado, não ouço nem o vôo de um mosquito.

Não, não dou o braço a torcer, embora a boca já esteja quase
sangrando, de tanto morder o lábio inferior. Os olhos, quase
lacrimejando, de tanto forçar a cara de paisagem.

Silêncio! Talvez outro sinal de truco, uma torcida de boca, uma
carinha de coruja, uma erguida de sobrancelha... Agora, parece que é
sério, pois elas usam seus próprios nomes:

- Sílvia, encontrei outra vez.

- Não me diga, Ana Maria!

- Do mesmo jeito.

- E aí?

- Quase.

- Mas não sai desse quase?

- Por mim, já estaria no provavelmente.

- Tudo bem! Tudo bem! Nada como um dia depois do outro.

- E com a mesma roupa.

- Você?

- Não.

- Aaave..struz!

Já é quase meio-dia, eu quase enfartando de curiosidade e a outra cutuca:

- Nossa conversa não está atrapalhando mesmo?

- De modo algum – digo. Mas, se vocês quiserem conversar algo
reservado, é só avisar que eu saio da sala um pouco.

Diante da negativa da cabeça das duas, de modo sincronizado, como se
tivessem treinado durante oito anos, complemento com sutil sarcasmo:

- Se não for por isso, podem conversar à vontade. Desde pequenininho,
eu sou praticamente mouco!

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Sérgio Antunes de Freitas

7 de setembro de 2013

www.google.com.br/images. kkkkkkkkk

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