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quinta-feira, 25 de julho de 2013

BRAZIL: RIMAS PRIMAS - José Zokner (Juca)

RUMOREJANDO

José Zokner (Juca)


PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA FALTA DE MAIORES.

Constatação I

Antes os curitibanos sabiam que no outono, nos meses de abril e/ou maio havia e, embora em tempo mais curto, há o veranico de inverno. Agora, nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro os curitibanos se defrontam com o “invernico” de verão, ou até mesmo há ocasiões em que o inverno vem passar o verão em Curitiba... Sem dúvida, com a variação das quatro estações por hora, o curitibano, por nascença ou adoção, tem que ter uma saúde adaptável ao ferro, aço, platina iridiada, liga desses metais, ou de metais utilizados pelos foguetes que colocam satélites artificiais ou tripulações em órbita, etc... Coitados!

Constatação II

E já que falamos no assunto, o septuagenário, quase octogenário, vive se queixando de cãibras. Tanto no inverno, porque ele se engelha, como no verão que, pelo suor, elimina potássio do corpo. E dá-lhe que dá-lhe banana. E filosoficamente lucubra: “Quando se fica velho o corpo endurece nos lugares errados...” Coitado!

Constatação III

Não se pode confundir rapaces, que segundo o Aurelião, quer dizer “Que roubam; rapinantes” com rapazes, que é o plural de rapaz, muito embora, nos dias de hoje, haja muitos rapazes rapaces, sem que haja necessariamente rapaces rapazes. Elementar, rapaziada e raparigotas...

Constatação IV

E como dizia aquele septuagenário, quase octogenário, o mesmo da constatação anterior, que prefere não se identificar, optando ficar incógnito por razões que alega não ter interesse de confessar suas – dele – fraquezas: “Sexo, de prazeroso, agora, virou preocupante”.

Constatação V

Rico adverte; pobre, avisa.

Constatação VI

A candura,

Após alguns anos

De casamento,

Nem sempre perdura,

Não dura

Nem por um momento.

Alguns fazem os panos,

E sem abrir os tarros,

Se mandam

Sob a alegação

Que vão

Só, ali, no bar

Pra comprar

Cigarros,

Esquecendo que não

Andam

Mais fumando

E que até fazem censura

Ao seu mal cheiro,

Alegando

Que inclusive fedem.

Outros, simplesmente,

Se escafedem

Por inteiro

Sem dar

Maiores explicações

Ou satisfações

Tão-somente.

Daí, quem vai ou fica

Recebe dos amigos

E também dos inimigos

Felicitações.

Freud explica?

Constatação VII

Perdoe-me, meu caro leitor

Esse meu desabafo, mas não dá

Para morrer de entusiasmo e amor

Por esse joguinho do meu Paraná.

Constatação VIII

Foi a senhora Hilary Clinton que não achou nada Hilary...ante o que aconteceu no Salão Oval da Casa Branca entre o seu marido e uma estagiária? (Perdão, leitores).

Constatação IX

O repúdio nada mais é do que um frustrado encômio negativo?

Constatação X (De uma dúvida crucial, daquela tal que tira o sono da gente pelo seu elevadíssimo grau de importância).

Quando duas ricaças – quatrocentonas e/ou emergentes – se põem a trocar farpas, criticando e comparando alguma festa, dada por uma delas em relação à dada por outra, ou alguma vestimenta ou coisas desse tipo que são transcendentais para o futuro da Humanidade, daria, nesse caso capital, premente e urgente, para fazer a afirmação que o roto está falando do esfarrapado?

Constatação XI

Colaboração antiga do leitor Vinicius Portelinha, de Ivaiporã – Paraná, a quem Rumorejando retribui o “tríplice e fraternal abraço”: “O rico pega o carro e sai, o pobre sai e o carro pega”.

Constatação XII (Para ser declamado em festa não necessariamente escolar).

Não sei se é destino.

Castigo, ou lá o que seja,

Mas o cara adulterino

Acaba ficando no ora-veja*.

*Ora-veja = Substantivo masculino de dois números

Regionalismo: Brasil. Uso: informal.

1. Falta de lembrança (de alguém); esquecimento;

2. Artifício ou manobra enganosa para iludir; logro (Houaiss).

Constatação XIII (Para ser declamado em qualquer festa, inclusive escolar).

Não consigo entender a razão

Porque deputado quer aumento

Se ele costuma faltar à sessão

Sem ser descontado do seu provento.

Constatação XIV (Para não ser declamado porque não é quadrinha, trovinha ou cançãozinha e por estar mais para tragédia).

O senador Renan Calheiros ao discursar, depois de ser eleito pela primeira vez para a presidência do Senado, afirmou: "Não podemos esquecer que há parlamentos mesmo onde não há democracia, mas não existe democracia sem parlamento". Data vênia, como diriam nossos juristas, Rumorejando acha que S. Excia. tem toda razão. No entanto, será que não daria para o Parlamento – agora, com S. Excia, de novo na presidência, deixar, ele inclusive, de legislar em causa própria de uma vez por todas e, no embalo, acabar de vez com o nepotismo? Quem se dignar a responder tal questão, por favor, comentários no blog. Obrigado.

Constatação XV (De duas perguntas passíveis de mal-entendidos).

“Você está com o instrumento afinado ?” “Você está com a ferramenta afiada ?”

Constatação XVI

Rico é místico; pobre é adepto da magia negra.

Constatação XVII (De uma dúvida crucial).

Goleiro que pegou um pênalti significa que foi tão largo que até fechou a largura do extenso gol?

Constatação XVIII

Por várias vezes, Rumorejando tem enaltecido o cinema brasileiro e o dos “hermanos” argentinos. “Histórias mínimas”, do diretor portenho Carlos Sorin é excelente e, data vênia, como diriam os nossos juristas, é imperdível, como costumam dizer os críticos de cinema. Tenho – acatando, respeitosa e democraticamente, a opinião alheia – dito!

Constatação XIX

Parece besteira,

Ou brincadeira,

Mas tem bandalheira

Parcial

Ou por inteira,

Que, no geral,

Nem inquérito

É instaurado

Para apurar

O culpado

De fraude

E que até

O seu Zé,

Ou o seu Mané

Poderá se beneficiar

Como se, ele, o acusado

Fosse benemérito.

E, ainda, tem

Quem

Acredita,

Aplaude

Alguma empulhação,

Alguma pantomima,

Não achando uma desdita

Que, no final,

Exima

O eventual

Indiciado,

Que fez

Um “negócio da china”,

Também

Na base da propina

E que, talvez,

Algum dia

Ele, eventualmente,

Poderia

Ir parar

Numa lar

Com luxuosa piscina

Ao invés duma prisão,

Tão-somente.

Constatação XX

Rico é explícito; pobre é ambíguo.

Constatação XXI (Recado aos jogadores violentos de quaisquer times).

Quando o escritor uruguaio Eduardo Galeano, autor, dentre outros, de Las venas abiertas de America Latina e El futbol a sol y sombra y otros escritos, esteve em Curitiba, ele concedeu uma entrevista na televisão e-Paraná (Educativa). Em certo momento, ele contou que na Finlândia foi introduzido, não em jogos oficiais, o cartão verde, destinado ao jogador que pede desculpas e ajuda o adversário a se levantar depois de tê-lo derrubado com falta; confessa ao juiz que ele foi o último a tocar na bola num lance que o juiz dá lateral para o seu time; enfim, tem atitudes cavalheirescas, decentes e, sobretudo, honestas. Vige! Algo inverossímil, inexecutável, inexequível, infactível e inviável em certos países...

Constatação XXII

Deu na mídia: “A Sociedade não é contra o aumento dos deputados”, afirmou, certa vez, o então presidente da Câmara dos Deputados, Sr. Severino Cavalcanti. Este assim chamado escriba, que supõe também fazer parte da Sociedade, não lembra ter dado procuração a S. Excia, na época ou em quaisquer outras épocas, ou, ainda, a quaisquer outras Excelências, para falar em seu nome. Quem deu permissão a Ele (com maiúscula, porque essa gente está sempre acima do bem e do mal...), favor informar a Rumorejando, através de comentários no blog. Obrigado! Gente???

Constatação XXIII (De diálogos respeitosos).

Comentou um obcecado para outro: “Eu consegui contar uma história triste para a minha mulher, dizendo que um grande amigo de infância, em fase terminal, pediu para que eu fosse até a cidade dele, porque ele quer me ver antes de morrer. E eu vou viajar o fim de semana com a secretária da sessão, aquele mulherão que você conhece, que, finalmente, acedeu em fazer uma lua-de-mel comigo numa praia retirada”. Contestou o outro obcecado: “Você é um grande patife e ainda um maior canalha. Isso sem falar respeitosamente da senhora sua mãe, mas nem por isso deixa de merecer os meus invejosos, mas sem maldade, cumprimentos”...

Constatação XXIV

Deu, certa vez, na mídia: “O empresário Paulo Roberto Gazani Jr., de 35 anos, ficou durante dez horas nas mãos de dois sequestradores, em São Paulo, após ter sido dominado, às 7h30, na porta de sua casa, localizada na Alameda Joaquim Eugênio de Lima, nos Jardins, zona sul da cidade de São Paulo. Segundo a polícia, a intenção dos bandidos era realizar um sequestro relâmpago e entregar o empresário para outros criminosos, interessados em pegá-lo como refém e arrancar dinheiro da família”. Data vênia, como diriam nossos juristas, mas Rumorejando acha que está se abrindo um novo nicho de mercado. A globalização para esse mercado será um pulo. Quem sobreviver, verá, ou melhor, quem até agora sobreviveu está vendo. Vige!...

Constatação XXV

E como contava, na roda de amigos, aquele sujeito “songamonga”: “Eu não posso nunca dizer a minha mulher que um pedido dela é uma ordem, já que ela nunca me faz um pedido. Ela só me dá ordem”...

Constatação XXVI

Quando se deparou

Com o seu contracheque

Que não dava,

Não alcançava

Nem para comprar,

Um pé-de-moleque,

Ali na esquina, no bazar,

Que não mais lhe fiava,

Ele ficou

Totalmente

Conturbado,

Aparvalhado,

Atoleimado.

Coitado!

Constatação XXVII

Não se pode confundir recordar com recortar, até porque recortar não é viver...

Constatação XXVIII

Depois que ela fez as pazes com o namorado o que não foi por muito tempo, já que começaram as dissensões, picuinhas, discussões ela comentou com as amigas: “Foi bom enquanto não durou”.

Constatação XXIX

Rico é didático; pobre é confuso.

Constatação XXX

Não se pode confundir decimais com desci mais, muito embora por causa de algumas decimais antes da vírgula no ínfimo aumento do nosso salário há aqueles que dizem, assim, desse maldoso jeito, na escala social, desci mais.

Constatação XXXI

Rico é prolixo; pobre é enrolado.

Constatação XXXII

Ela armou

A maior pendenga

E me veio

Com uma arenga

Que eu estava de lengalenga,

Fazendo um feio

E execrável

Papel

Quando no motel

Não estava palpável

Minhas boas intenções

De dar maiores atenções

Ao seu novo penteado.

Me xingou,

Me difamou,

Me obsequiou

Com impropérios.

Que despautérios!

E me acusou

De ser sempre assim.

Coitado,

De mim...

E-mail: josezokner@rimasprimas.com.br

Site: www.rimasprimas.com.br

Um comentário:

  1. Nada como o primor e humor de Juca Zokner com nossa Língua portuguesa para começar bem o fim de semana! Adorei tudo Juca! Abração. Marina

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