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domingo, 24 de março de 2013

BRAZIL: MEIO COPO VAZIO.


Meu Canto (ou versos improváveis)


A Jem

Sabia que seria assim. Conheço-me.
As previsões me acompanham os fracassos. Chuva e lama.
Não é a primeira vez; não será a última. Lamentos.
Tento desviar-me de mim. (Jamais o consigo.)
Sorrio para você. Quero feri-la com palavras.
Ofender seus mistérios. Violar suas nuances...
Desejo mesmo ser vil. Matá-la, se preciso.
Faltam-me os meios, os modos. Subjugações.
Sou seu. (Sempre serei.) Obediências; involuções.
Minhas asas quebradas - mais uma vez.
E outra... E outra... E outra vez.
Invade-me os sonhos. Sequer neles, sequer neles sou capaz de vencê-la.
Não obstante, eu juro. Odia-la-ei, um dia.
Um dia. (Não hoje.)
Hoje...

2 comentários:

  1. Triste... Isso aí nem é amor de verdade. É desamor por si mesmo, servidão ao próprio vazio. Quero não! Beijos, Angela
    http://noticiasdacozinha.blogspot.com

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  2. Ângela,
    Adoro a escrita de AJ, lembra-me autores russo, de quem ele gosta muito e eu também! Adoro esse trato belíssimo com nossa Língua Portuguesa e esta escrita visceral, profunda e impregnada de "phatos"! Bj Marina

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