BARRAGENS DE MARIANA
Sérgio Antunes de Freitas
De um lado,
Represo.
De outro,
Desprezo.
Represo.
De outro,
Desprezo.
Lucros à montante,
Para um privado futuro.
Tragédia à jusante,
Em repugnante monturo.
Para um privado futuro.
Tragédia à jusante,
Em repugnante monturo.
Barragens sociais,
Irmãos apartados.
Barragens ambientais,
Panoramas desolados.
Irmãos apartados.
Barragens ambientais,
Panoramas desolados.
Obras, mesmo gigantes,
Não comportam tanta ambição!
Em poucos instantes,
Levam o amor à extinção.
Não comportam tanta ambição!
Em poucos instantes,
Levam o amor à extinção.
No vale, não há quem fique!
Morta, natureza de uma era.
O estouro do maldito dique
Não permitiu o “mymba kuera”!
Morta, natureza de uma era.
O estouro do maldito dique
Não permitiu o “mymba kuera”!
O rio já não existe,
Lama e lágrimas a rolar,
E diz um palhaço triste:
- Não é mais doce morrer no mar!
Lama e lágrimas a rolar,
E diz um palhaço triste:
- Não é mais doce morrer no mar!
Sérgio Antunes de Freitas
15 de novembro de 2015
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