‘Taxa Tobin’: Uma proposta curitibana para o Papa Francisco
Há uma semana, o novo arcebispo de Curitiba, acostumado a longos estudos humanísticos e imersão em Bíblia – que conhece e faz exegese em hebraico, grego e latim, além de línguas modernas -, defrontou-se com a proposta da chamada ‘Taxa Tobin’.
O assunto foi-lhe levado pelo engenheiro Juca Zockner e o professor Antonio Carlos da Costa Coelho, com um pedido especial: que esse “ovo de Colombo” da Tobin chegue à mesa do papa Francisco, hoje a personalidade mundial mais objetivamente comprometida com as grandes dores do mundo.
2 – O PEDIDO DE JUCA
O que disseram Juca e Coelho ao arcebispo? Pediram-lhe que faça chegar às mãos do pontífice a ideia da Tobin, proposta de taxação, em alíquotas ínfimas, de transações financeiras mundiais, para a formação de um fundo internacional a ser destinado a nações e pobres absolutamente pobres, garantindo-lhes alimentos, educação e saúde.
3 – PRÊMIO NOBEL
A Tobin foi ideia de James Tobin, que ganhou o prêmio Nobel de Economia, há 40 anos. E ao longo desses anos vem sendo debatida; em alguns países chegou a ser implantada experimentalmente. Mas ainda espera endosso de grandes instituições mundiais e, espera especialmente, vencer o egoísmo dos que muito têm.
4 – ENTRA O RABINO
Com a sabedoria da “Mater et Magistra”, dom Peruzzo, depois de garantir que levará o apelo da Tobin ao pontífice, sugeriu: “Melhor ainda será envolver no projeto Tobin o rabino Skorka, de Buenos Aires. “ E justificou: “Skorka e Francisco são amigos pessoais há muitos anos. Um pedido meu poderá ser tomado como mais uma sugestão de um dos 3.500 bispos católicos a Francisco. Já o rabino, é diferente…”
O que posso garantir é que ainda este semestre o Sumo Pontífice deverá receber a sugestão carregada de clamor humanitário com assinatura de Dom Peruzzo e do rabino Skorka. E não se surpreendam se, desta vez, a “Taxa Tobin” começar a se transformar em realidade.
5 – LIBERTAÇÃO
Pode parecer sonho de alguns idealistas espalhados pelo mundo, mas a chamada ‘Taxa Tobin’ (novidade para muitos) tem muito para se tornar realidade. Com ela, James Tobin, norte-americano ganhador do Nobel de Economia, 40 anos atrás, apontou o que considerou caminho para ‘libertar o mundo dos pobres e famintos de sua escravidão histórica.’
Propôs a criação da taxa que acabou levando seu nome.
6 – VALOR IRRISÓRIO
E no que consiste a Tobin? Consiste na taxação de um pequeníssimo percentual das operações financeiras mundiais. No começo da proposta, falou-se em 0,1% até 0,25%. Hoje ficaria entre 0,01% a 0,1% dos valores das transações financeiras.
O arrecadado no mundo todo seria gerido por um fundo mundial, e teria como destino final nações e povos muito pobres, para apoiar populações famintas, ofertando-lhes educação e saúde pública de qualidade, além de moradia e comida.
7 – US$ 777,5 TRI
É impressionante a cifra envolvida, segundo os avalistas da proposta: haveria um fluxo anual de US$ 777,5 trilhões. Para melhor imaginar a proposta e seus desdobramentos, e quanto poder-se-ia fazer com tal montante. Caso fosse adotada uma alíquota insignificante de 0,01% sobre as operações do mercado financeiro mundial, as projeções falam de uma soma anual de US$ de 330 bilhões para o fundo que vier a ser constituído.
Os defensores da Tobin asseguram: “A participação de todos os países do mundo mudaria substancialmente as distorções existentes, em prazo relativamente curto”. Essa é a opinião, por exemplo, do curitibano Juca Zockner.
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