BRAZIL 2014: a hora do impossível.
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Marina
da Silva
Após
anos convivendo ora com “pessimismo esperançado” ora com “otimismo desesperançado”, sonhando o Brasil consolidar-se como potência
econômica, levando goela abaixo remédios amargos e apertando o cinto e
arrochando gastos, desgostosos e sabendo ser mais engodo, e mesmo assim
acreditando nas promessas de Sarney/ Collor/Itamar/Fernando Henrique Cardoso e
seus planos mirabolantes de conter a inflação, fazer o bolo de riquezas crescer
e depois distribuí-lo, em 2003, o povo venceu o medo e Lula chegou ao Planalto!
Quem
não se emocionou e se arrepiou todo ao ver Lula lá, a esperança de novos rumos,
mais humanos e sociais, para todos ou pelo menos para boa parte da nação e não
chorou ao vivo, a cores de corpo e espírito com a fenomenal posse do metalúrgico
presidente que angariou votos prometendo começar fazendo o necessário, depois,
reeleito, fazer o possível e quando menos se esperasse fazendo o impossível? Lula
venceu o pior de todos os medos o risco Brasil de calote da dívida com o FMI e
medos menores como o de comunistas comendo crianças, queimando padres,
dividindo barracos e latifúndios tal qual Mao-Tsé-Tung fez na China assim que
tomou o poder!
Lula lálá,
o canto esmagado em 1989 - pelas artes e manhas de forças globais não tão
ocultas -que levaram ao poder Collor/Itamar/FHC- criando o terrorismo
psicológico e paisagens de medo de confisco de poupança, medo da inflação, da
volta dos militares, do comunismo, do risco Brasil, etc - explodiu nas urnas,
ruas, praças e becos de todo o país e especialmente em Brasília no dia da posse!
A esperança venceu o medo: “Primeiro
faremos o necessário- dizia Lula num debate na Globo- depois faremos o
possível- e quando menos se imaginar (ou esperar) estaremos fazendo o
impossível”. Lula repetia um bilhete lhe enviado por um jovem
militante/simpatizante e se agarrou a isso! O necessário era acabar com a fome
de milhões de brasileiros que já vinham sendo assistidos por ações da sociedade
civil, cujo principal nome foi Betinho. Dar comida e uma renda mínima era o
necessário e se cristalizou no Bolsa-família.
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Collor
abriu as pernas aos países amigos em
1990; Itamar e Fernando Henrique
disputam, desde 1992 e mesmo do além, a paternidade do plano Real,
criação do Real e a estabilidade econômica que propiciaram um crescimento, como
diria esses analistas de plantão, pífio, e totalmente desatrelado do
desenvolvimento humano. Aliás, essa falha grosseira permitirá a ascensão do
metalúrgico e o fim do “tucanato”, meramente um pecado capital: a vaidade!
O
aumento da miséria e pobreza do povo brasileiro no governo da social democracia
PSDB, fortaleceu o partido dos colaboradores, ops, trabalhadores e agregou a
ele aliados inimagináveis! Esta aliança bipolarizando as forças políticas do
país vai se cristalizar em três momentos históricos importantíssimos! O
primeiro em 2005 com o escândalo Mensalão, uma prática política de segunda
comum no Legislativo como a compra de votos [mas com muita força em todos os poderes], mas que, vinda dos
políticos paladinos da pureza política, ética, moral, honestidade, incorruptibilidade,
contra o “toma-lá-da-cá” jogou uma pá de cal na esperança e confiança geral no
PT e em alguns petistas de primeira linha! O sonho acabou!
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O
Segundo evento, talvez o mais relevante e de transcendental importância para o
povo brasileiro, a descoberta de mega campos de petróleo e gás natural na
camada pré-sal em 2007, açulou a ganância nativa/estrangeira e foi abafada numa extensa
cortina de fumaça inabalável chamada Mensalão PT. O Mensalão PT na verdade foi
salutar e de importância geoestratégica e geopolítica mundial, porque enquanto
a mídia a todos abduzia com a palhaçada televisiva que durou anos e culminou
com o "julgamento do século", uma densa cortina de fumaça serviu para camuflar as
maracutaias, apropriação e expropriação das riquezas do pré-sal!
Lula
foi reeleito para desgosto da “burguesia”, a classe média que além de engolir
um presidente simples, do povo, “analfabeto” viu sua renda enfraquecer,
encurtar e até desaparecer! Adeus New York, Disney, Paris! Os anos seguintes foram
caracterizados pela invasão do Life style 1.99, made in China, genérico e
falseta! “Triste sina América Latina não caberemos todos em Miami” e ame
ou...deixe-o!
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O
terceiro evento tal e qual o Mensalão deu muita capa de revista e
sustentabilidade ao “Lulismo”, rendendo votos, reeleição e pole position nas
eleições seguintes e em 2010 colocou Dilma Rousseff no Planalto e na história
como a primeira mulher presidenta do Brasil, ou como queiram, presidente: a ascensão
meteórica da classe média C [d,e] destaque a média C que, embora muitos queiram ligá-la às
esmolas da Bolsa-família, a realidade é que nasceu no PAC I com o sangue, suor,
trabalho na construção civil, sobrevalorização dos preços da mão-de-obra e
materiais de construção e na especulação imobiliária. Minha casa...minha
dívida! Super Dilma faz um golaço de placa e o Brasil, não levou a taça, mas
permitiu uma mega concentração de riqueza e desvio do dinheiro público nos Pac’s
II, Pac Copa, Pac Mobilidade urbana, PACto corrupção! A roubalheira estava(?) tão escancarada que
forja-se um pacto entre direita, esquerda, centro, laterais, zaga, enfim,
acabou de vez qualquer desavenças políticas entre cerca de 30 partidos
políticos! Todos pela corrupção!
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Foi o lema, tema e estopim das revoltas e
manifestações que eclodiram em Junho de 2013 em todo Brasil e ressuscitou as
bestas, as fardas, a violência, o medo, e fortaleceu o autoritarismo e terror
contra a população! Eles são os corruptos e corruptores, os ladrões da nação e
o povo... Vândalos?! O medo criado pelo terror, pela truculência e violência das
polícias, fardadas ou infiltradas nas manifestações (99% dos conflitos,
vandalismo, ataques a patrimônios públicos e privados, especialmente em Minas
Gerais foram iniciados pelos infiltrados), a violência contra civis, o uso e
abuso de armas letais (o terror em Copacabana) fez os brasileiros recuarem! “Meus
inimigos estão no poder, Ideologia, eu quero uma pra viver”!
Fotos Marina da Silva. Junho 2013. Belo Horizonte. Minas Gerais. Brasil.
"Fardas e forças forjam as armações..."
A
preocupação com a violência durante a Copa da corrupção e as eleições 2014 se
esvaneceram no ar quando os governos se alinharam e deram total poder aos
militares contra a população! No modo letárgico, impotente, com o ICP- índice de
confiança nos políticos abaixo de zero, são as armações contra o partido de
Marina Silva, REDE, que conseguiu agregar os descontes, a resistência no meio
artístico e boa parte da classe média, sem falar nos pobre e miseráveis abaixo
da linha do Equador e criar uma parca esperança em algo novo. Melindrada e
inviabilizada a candidatura de Marina Silva, por “forças ocultas”, coube a
Eduardo Campos a ressurreição da esperança e IPC que também se estilhaçou em
zilhões de pedaços na queda do seu helicóptero... descanse em paz!
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Às
vezes quando tudo parece dar errado...Marina Silva ganha a cabeça da chapa PSB
e tem uma ascensão meteórica no “ibope”, desancando o sonho de presidência do PSDB via Aécio Neves,
hoje mero candidato com a missão de roubar votos das duas petistas, ops, ato
falho, Marina da Silva já foi vermelha antes de ser verde, despolarizando a
competição! A ascensão de Marina Silva, verdadeira e/ou forjada serviu muito
bem aos propósitos dos companheiros e camaradas que achavam muito antipático e
apático e sem rodízio a distribuição de cargos na Lulacracia! Em nome de Marina
Silva, rolou uma dança das cadeiras de alto escalão antecipada. Lula lá, aqui e
acolá, em todos os grandes currais eleitorais do Oiapoque ao Chuí é o cabo de Dilma e tudo mais combinado e
arranjado vão fazer o impossível: o continuísmo.
Foto Marina da Silva. Petrorreais? A hora da partilha não chega nunca sairá dos discursos eleitoreiros!
Impossível mesmo é acreditar como veio a público que todos os
avanços conseguidos por Lula foi
contrariado pela pesquisa recente do IBGE que escancarou, por "descuido" calculado, estatisticamente falando, às vésperas do pleito, que em 2013 o Brasil não avançou muito além do possível ou
necessário como o governo esquerdista conseguiu
o espantoso feito neoliberalista: concentração de riquezas apenas para um dos
lados, o lado mais rico da nação!
Primeiro turno chegou...Dilma
presidenta, ops, presidente!
2014. setembro:
2014. setembro:
"ERROS NA PESQUISA. IBGE admite erros em dados divulgados no Pnad
Segundo o instituto, ao contrário do que afirmavam os dados divulgados anteriormente, a desigualdade no Brasil caiu. 20 de setembro, 2014"
"O diretor de pesquisas do IBGE, Roberto Olinto, disse que não houve interferência política na divulgação dos dados, mas sim um erro. “Não há o menor indício de pressão. Nós encaramos o fato como um acidente estritamente técnico e que será investigado”. Já a presidente do IBGE, Wasmállia Bivar, pediu “desculpas pelo transtorno e disse que o instituto está investigando o ocorrido. “Estamos aqui abatidos com esse erro. Vamos fazer o máximo possível para esclarecer”, disse a presidente. O episódio pode causar a demissão de Wasmállia."
1994. Ministro da Fazenda. Governo FHC: Rubens Ricupero a Carlos Monforte da rede Globo[fora do ar]:
"Quando a gravação começa, o assunto é a taxa muito alta do IPC-r de agosto, índice que a equipe econômica encomendara ao IBGE. Ricúpero ataca o instituto: "Eles fizeram um tremendo erro metodológico. ( ... ) Há uma tese também, um grupo que diz que o IBGE é um covil do PT". "No fundo é isso mesmo. Eu não tenho escrúpulos. O que é bom a gente fatura, o que é ruim, esconde". Grifo meu
"Quando a gravação começa, o assunto é a taxa muito alta do IPC-r de agosto, índice que a equipe econômica encomendara ao IBGE. Ricúpero ataca o instituto: "Eles fizeram um tremendo erro metodológico. ( ... ) Há uma tese também, um grupo que diz que o IBGE é um covil do PT". "No fundo é isso mesmo. Eu não tenho escrúpulos. O que é bom a gente fatura, o que é ruim, esconde". Grifo meu
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